Total de trabalhos: 50#16372577461Submetido em: 2021-11-18
Titulo REPARAÇÃO LAPAROSCÓPICA DE HERNIA UMBILICAL E DIASTASE DOS RECTOS MEDIANTE TÉCNICA DE LIRA. Autores CARMEN MAILLO, PEDRO SERRALHEIRO, GENOVEVA PIÃARRA, MARIA DE JESÃS OLIVEIRA, RAQUEL ABREU, NUNO FIGUEREDO.
ID: 16372577461 2021-11-18
REPARAÇÃO LAPAROSCÓPICA DE HERNIA UMBILICAL E DIASTASE DOS RECTOS MEDIANTE TÉCNICA DE LIRA.
Titulo Hérnia de Morgagni no Adulto: a propósito de um Caso Clínico. Autores Cláudio Silva (1), Ana Munhoz (1), José Pedro Santos (1), Teresa Correia (1), Isabel Mesquita (1,2,3), Mário Marcos (1,2,3), Paulo Soares (1,2,3), Jorge Santos (1,2,3).
Serviço de Cirurgia Geral do Centro Hospitalar Universitário do Porto - CHUP (1), Unidade de Cirurgia Esofago-gastro-duodenal do CHUP (2), Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar ? ICBAS, Universidade do Porto (3).
ID: 16372595850 2021-11-18
Hérnia de Morgagni no Adulto: a propósito de um Caso Clínico.
Objectivo/Introdução As hérnias de Morgagni (HM) resultam de defeitos diafragmáticos congénitos raros (representam apenas 1-5% das hérnias diafragmáticas), sendo a sua apresentação na idade adulta ainda mais incomum. Ocorrem mais frequentemente à direita (90% dos casos) e são maioritariamente assintomáticas. A correção cirúrgica das HM está indicada em todos os casos pelo risco de encarceramento/estrangulamento
Material e Métodos Caso clínico de uma doente com HM sintomática
Resultados Mulher, 76 anos, antecedentes de doença pulmonar obstrutiva crónica, referenciada a consulta de Cirurgia por queixas de dor epigástrica, tosse crónica e agravamento da dispneia que motivaram realização de exame de imagem a levantar suspeita de HM. TC a mostrar a herniação de conteúdo adiposo abdominal através de defeito diafragmático de 25mm a nível do ângulo cardiofrénico direito, sem aparente envolvimento das vísceras intra-abdominais. Trânsito digestivo contrastado sem alterações. Atendendo à suspeita, a doente foi proposta para tratamento cirúrgico. Intraoperatoriamente constatada HM direita contendo ligamento redondo, tendo a doente sido submetida a redução herniária e correção com prótese de colagénio por via laparoscópica. Procedimento e internamento sem intercorrências a registar, tendo a doente alta ao 2º dia pós-operatório
Discussão Apesar da sua raridade, as HM podem ter complicações graves devido ao risco de estrangulamento herniário. O tratamento definitivo é cirúrgico e deve ser recomendado a todos os doentes mesmo que assintomáticos
#16373489110Submetido em: 2021-11-19
Titulo Sectorectomia Lateral Esquerda Laparoscopica Autores Carlos E Costa Almeida, Teresa Caroco, Jaime Vilaça, Luis Carvalho
ID: 16373489110 2021-11-19
Sectorectomia Lateral Esquerda Laparoscopica
Objectivo/Introdução As vantagens da cirurgia minimamente invasiva são claras em diversas areas da cirurgia geral. A cirurgia hepatica também beneficia muito com a laparoscopia.
Material e Métodos Homem de 30 anos, com antecedentes de neoplasia maligna do testiculo, foi diagnosticado com uma lesao de 3 cm nos segmentos 2 e 3 do figado. Biopsia guiada por imagem diagnosticou um adenoma. Foi submetido a sectorectomia lateral esquerda por via laparoscopica, sem manobra de Pringle. Seccao do parenquima com CUSA e LigaSure Maryland. Pediculos segmentares e veia hepatica esquerda laqueados e seccionados com EndoGIA.
Resultados A mao direita com CUSA e a esquerda com o LigaSure trabalharam alternadamente de forma fluida para realizar uma transeccao do parenquima sem perdas hematicas significativas, nem fugas de bilis. O uso da Signia EndoGIA Carga Dourada permitiu uma secção vascular segura e eficaz. Deixado dreno que foi removido ao terceiro dia de pos-operatorio. A intervencao decorreu sem complicacoes e durou 120 minutos. Pos-operatorio sem intercorrencias, tendo o doente tido alta ao terceiro dia.
Discussão Lesoes hepaticas localizadas nos segmentos perifericos (2, 3, 4b, 5 e 6) sao as ideais para uma abordagem laparoscopica. A primeira sectorectomia lateral esquerda laparoscopica foi realizada em 1993 por Juan Santiago Azagra. Desde entao que se tem mostrado uma tecnica segura e reprodutivel, com vantagens para os doentes ao reduzir a agressao cirurgica.
#16373489111Submetido em: 2021-11-19
Titulo Adrenalectomia Retroperitoneoscopica Posterior Autores Carlos E Costa Almeida, Teresa Caroco, Jaime Vilaça, Luis Carvalho
ID: 16373489111 2021-11-19
Adrenalectomia Retroperitoneoscopica Posterior
Objectivo/Introdução A abordagem retroperitoneoscópica posterior da suprarrenal tem vantagens sobre a via transperitoneal. Desde 2015 esta é a abordagem por nós preferida para tumores até 6-8 cm. Sistematizar a técnica para facilitar a aprendizagem é o nosso objetivo.
Material e Métodos Demonstrar em vídeo os passos que podem ajudar a realizar de forma segura e eficaz a adrenalectomia retroperitoneoscópica posterior.
Resultados Todos os principais passos da técnica são demonstrados em vídeo, assim como as diferenças entre a abordagem a direita e esquerda.
Discussão A primeira adrenalectomia retroperitoneoscópica posterior foi realizada em 1994. No entanto, foi em 1997 com o Professor Martin Walz que esta técnica foi catapultada pelas suas vantagens face à abordagem anterior. Esta disseminação da técnica deveu-se à sistematização a que foi sujeita pelo grupo de Essen. Este vídeo demonstra precisamente esses passos de uma abordagem trazida de terras germânicas.
#16373532372Submetido em: 2021-11-19
Titulo ESPLENOPANCREATECTOMIA CAUDAL LAPAROSCÓPICA - UMA ABORDAGEM MINIMAMENTE INVASIVA NO TRATAMENTO DO TUMOR NEUROENDÓCRINO DO PÂNCREAS Autores Bárbara Neto Castro, Catarina Ortigosa, Ana Rita Ferreira, Daniela Pato Pais, Joana Pimenta, Hugo Louro, Susana Graça, José Leite Vieira, Manuel Oliveira
ID: 16373532372 2021-11-19
ESPLENOPANCREATECTOMIA CAUDAL LAPAROSCÓPICA - UMA ABORDAGEM MINIMAMENTE INVASIVA NO TRATAMENTO DO TUMOR NEUROENDÓCRINO DO PÂNCREAS
Objectivo/Introdução Os tumores neuroendócrinos (TNE) do pâncreas representam 1 a 3% das neoplasias pancreáticas e 7% de todos os TNE, e são na sua maioria não funcionais. São frequentemente diagnosticados em fase avançada, quando se tornam sintomáticos, ou representam incidentalomas. Têm um comportamento biológico diverso e o tratamento cirúrgico é o geralmente recomendado. O objetivo deste trabalho é apresentar um vídeo de esplenopancreatectomia caudal laparoscópica, abordagem escolhida para exérese de um TNE da cauda do pâncreas.
Material e Métodos F, 36 anos, AP de gastrite crónica, úlcera duodenal, obesidade e colecistectomia, medicada com pantoprazol 40 mg. Realizou EDA por queixas dispépticas que foi compatível com gastrite crónica e identificou um TNE do cardia (Ki67 <1%). A TC-TAP, o PET com Ga-68-DOTATOC, o PET-CT de corpo inteiro e a ecoendoscopia com biópsia, permitiram o diagnóstico de um TNE da cauda do pâncreas (Ki67 15-20 %), sem invasão de estruturas adjacentes, com cerca de 20 mm. A doente foi submetida a esplenopancreatectomia caudal laparoscópica.
Resultados Evolução favorável. Alta ao 5º dia pós-operatório.
Discussão Os TNE do pâncreas de pequenas dimensões e sem evidência de invasão local podem ser ressecados com segurança por uma abordagem minimamente invasiva como aqui se apresenta. Um follow-up longo após a cirurgia é essencial, uma vez que até 50 % dos doentes com resseção completa desenvolvem metástases hepáticas.
#16373578231Submetido em: 2021-11-19
Titulo Aspetos Técnicos da Resseção Anterior do Reto Ultrabaixa por Via Laparoscópica: a Propósito de um Caso Clínico. Autores Cláudio Silva (1), Ana Munhoz (1), Ezequiel Silva (1,2,3), Pedro Brandão (1,2,3), Mónica Sampaio (1,2,3), Ana Cristina Silva (1,2,3), Marisa D. Santos (1,2,3).
Serviço de Cirurgia Geral do Centro Hospitalar Universitário do Porto - CHUP (1), Unidade de Cirurgia Colorretal do CHUP (2), Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar ? ICBAS, Universidade do Porto (3).
ID: 16373578231 2021-11-19
Aspetos Técnicos da Resseção Anterior do Reto Ultrabaixa por Via Laparoscópica: a Propósito de um Caso Clínico.
Objectivo/Introdução As deiscências anastomóticas são uma das principais complicações da cirurgia colorretal. Entre os vários fatores implicados, a hipoperfusão parece ter um importante impacto. Para além de uma técnica cirúrgica correta, a utilização da fluorescência com verde de indocianina permite confirmar a boa vascularização cólica e a viabilidade anastomótica, reduzindo o risco de deiscência
Material e Métodos Vídeo de resseção anterior do reto ultrabaixa laparoscópica (RAR-UB) com utilização da fluorescência com verde de indocianina
Resultados Homem, 58 anos, referenciado por queixas de retorragias com 6 meses de evolução. Colonoscopia-neoplasia vegetante aos 6 cm da junção anorretal. Biópsia-adenocarcinoma. Ressonância magnética (RMN) pélvica-lesão vegetante com 3cm de extensão e infiltração até à serosa, adenopatia 6mm peri-rectal. Tomografia computorizada-sem doença à distância. cT3N1M0. Consulta de grupo: quimiorradioterapia (QRT) neoadjuvante seguido de cirurgia curativa. RMN após QRT-resposta parcial: cicatriz com 10 mm, sem adenopatias. Cirurgia às 12 semanas após término da RT: RAR-UB por via laparoscópica e ileostomia de proteção, com utilização da fluorescência com verde de indocianina para avaliação da vascularização da anastomose. Tempo operatório-150 minutos. Procedimento e internamento sem complicações, com alta ao 4º dia pós-operatório
Discussão A utilização da fluorescência com verde de indocianina permite a avaliação da perfusão da anastomose colorretal, podendo contribuir para a redução do risco de deiscência
#16374308011Submetido em: 2021-11-20
Titulo Causa atípica de abdómen agudo Autores Catarina Rolo Santos, Rita Pereira, Daniela Reis, Patrícia Bernardo, Lígia Santos, Pedro Gameiro
ID: 16374308011 2021-11-20
Causa atípica de abdómen agudo
Objectivo/Introdução Doente do sexo masculino, de 28 anos, admitido no Serviço de Urgência por quadro de dor abdominal tipo cólica no hipogastro, polaquiúria e febre com cinco dias de evolução. Seguimento em consulta de Cirurgia Geral por massa pélvica de etiologia a esclarecer. Analiticamente apresentava aumento dos parâmetros inflamatórios. Iniciou antibioterapia empírica e ficou internado.
Material e Métodos Doente submetido a ressecção segmentar do intestino delgado envolvendo lesão quística abcedada de grandes dimensões.
Resultados Diagnóstico histológico de quisto mesentérico abcedado.
Discussão Os quistos mesentéricos são tumores intra-abdominais raros, sendo definidos como qualquer lesão quística localizada entre os folhetos do mesentério, do duodeno ao reto, sendo a localização mais frequente a nível do íleon. Os sintomas são inespecíficos e a maioria dos casos são assintomáticos. O tratamento consiste na excisão cirúrgica.
No caso apresentado foi realizada excisão cirúrgica e drenagem de abcesso, com boa evolução clínica.
#16374480600Submetido em: 2021-11-20
Titulo Colectomia Direita Laparoscópica - a propósito de um caso clinico Autores Ana Munhoz, Cláudio Silva, Ezequiel Silva, Pedro Brandão, Mónica Sampaio, Ana Cristina Silva, Marisa D. Santos
ID: 16374480600 2021-11-20
Colectomia Direita Laparoscópica - a propósito de um caso clinico
Objectivo/Introdução A abordagem minimamente invasiva na Cirurgia Colorretal apresenta múltiplas vantagens: menos dor no pós-op, introdução de dieta mais precoce e restabelecimento mais rápido do trânsito intestinal. A doença localmente avançada mostra-se muitas vezes como impedimento à realização de uma técnica minimamente invasiva. O objetivo do trabalho é demonstrar a técnica da colectomia direita laparoscópica, num caso de doença localmente avançada.
Material e Métodos Mulher de 86 anos, antecedentes de IC, HTA, DM tipo 2. Internada com o diagnóstico de neoplasia do cólon ascendente, diagnosticada em colonoscopia realizada no SU por hemorragia digestiva. Completou estadiamento com TC TAP, que descreve lesão estenosante ao nível do ângulo hepático. Histologia compatível com adenocarcinoma. Foi submetida a colectomia direita laparoscópica com anastomose intracorporal.
Resultados Pós-op com boa evolução clínica. Iniciou ingestão de líquidos no 1º dia, com restabelecimento do trânsito intestinal. Alta ao 7º dia, sem intercorrências. Histologia compatível com adenocarcinoma pT4aN0(0/20)M0R0. Proposta vigilância em consulta de grupo oncológico.
Discussão As técnicas minimamente invasivas têm-se mostrado superiores comparando com a cirurgia aberta, com melhores resultados no pós-op e resultados comparáveis relativamente ao resultado oncológico. Estadios avançados eram consideradas contra-indicações à sua realização, no entanto, a maior experiência permite oferecer este tipo de abordagem, evitando a laparotomia e a morbilidade associada.
#16374482121Submetido em: 2021-11-20
Titulo Doença diverticular complicada de fístula colovesical - a propósito de um caso clínico Autores Autores: Ana Munhoz (1), Cláudio Silva (1), Ezequiel Silva (1,2,4), Carlos Ferreira (3,4), Pedro Brandão (1,2,4), Mónica Sampaio (1,2,4), Ana Cristina Silva (1,2,4), Marisa D.Santos (1,2,4)
Instituição: Serviço de Cirurgia Geral do Centro Hospitalar Universitário do Porto ? CHUPorto (1), Unidade de Cirurgia Colorretal do CHUPorto (2), Serviço de Urologia do CHUPorto (3), Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar ? ICBAS, Universidade do Porto (4)
ID: 16374482121 2021-11-20
Doença diverticular complicada de fístula colovesical - a propósito de um caso clínico
Objectivo/Introdução A diverticulite é a causa mais comum de fístulas colovesicais, responsável por 40-90% dos casos. O tratamento cirúrgico é a abordagem recomendada, apesar de associado a maior morbilidade pela distorção anatómica, sobretudo no aparelho urológico. As técnicas de fluorescência permitem o adequado mapeamento dos ureteres mostrando-se um importante adjuvante na disseção cirúrgica. O objetivo do trabalho é apresentar o caso de um doente com fístula colovesical por doença diverticular, submetido a cirurgia por via minimamente invasiva com auxílio da imunofluorescência.
Material e Métodos Homem de 55 anos, antecedentes de HTA e diverticulose. Enviado à consulta de Cirurgia Colorretal por suspeita de fístula colovesical. Apresentava pneumatúria e infeções urinárias de repetição. Realizou TC e colonoscopia que confirmaram o diagnóstico. Foi submetido Sigmoidectomia por via laparoscópica, com cateterização dos ureteres e seu preenchimento com verde de indocianina, permitindo adequada visualização na dissecção dos planos de maior inflamação.
Resultados Internamento sem complicações, com boa evolução clínica. Iniciou ingestão de líquidos no 1º dia de pós-op, tendo alta ao 6º dia.
Discussão As fístulas colovesicais raramente resolvem sem tratamento cirúrgico. A abordagem laparoscópica pode ser complexa devido ao processo inflamatório exuberante, no entanto, é cada vez mais aceite pelo aumento da experiência, sendo que as técnicas adjuvantes com recurso ao verde de indocianina aumentam a segurança do procedimento.
#16374501500Submetido em: 2021-11-20
Titulo Cistogastrostomia laparoscópica: a propósito de um caso Autores Paula Marques, Bárbara Monteiro, Paulo Soares, António Canha, Donzília Sousa e Silva, José Davide
ID: 16374501500 2021-11-20
Cistogastrostomia laparoscópica: a propósito de um caso
Objectivo/Introdução O pseudocisto pancreático representa uma das complicações tardias da pancreatite aguda, surgindo em cerca de 6 a 18,5% dos doentes. A drenagem cirúrgica através da confeção de uma anastomose ao tubo digestivo, nomeadamente ao estômago, é uma técnica com baixa taxa de complicações, passível de realização laparoscópica e com bons resultados a longo prazo.
Material e Métodos Relato de um caso de pseudocisto pancreático tratado por cistogastrostomia anterior laparoscópica.
Resultados Um homem de 69 anos inicia queixas de enfartamento pós-prandial associado ao crescimento de um pseudocisto pancreático.
Há cerca de um ano e meio, tivera uma pancreatite aguda complicada com coleções necróticas agudas, com sintomas compressivos a obrigar a drenagem percutânea seguida de drenagem retroperitoneal laparoscópica por persistência, com resolução após.
Um ano depois do procedimento, com surgimento de sintomas associados a pseudocisto pancreático de 167x15cm em TC abdomino-pélvico. Foi proposto para cistogastrostomia laparoscópica, que decorreu sem complicações. No pós-operatório, com pico febril único em D1 pós-operatório, sem outras complicações, tendo alta em D7. Até à data, o doente manteve-se sem queixas de novo e sem evidência de recrudescência da lesão.
Discussão A cistogastrostomia é uma técnica com bons resultados para o tratamento de pseudocistos pancreáticos. A sua realização por via laparoscópica permite a confeção de uma anastomose com um diâmetro apropriado, associada a uma recuperação rápida dos doentes.
#16375342712Submetido em: 2021-11-21
Titulo Sigmoidectomia laparoscópica após perfuração iatrogénica por endoscopia digestiva baixa Autores Dr. Gonçalo Guidi, Dra. Rita Marques, Dr. Artur Ribeiro, Dr. Ricardo Vaz Pereira, Dra. Urânia Fernandes, Dra. Daniela Martins, Dr. Clara Leal, Dr. Bruno Vieira, Dra. Carolina Marques, Dra. Francisca Freitas, Professor Doutor Pinto de Sousa , Dr. Fernando Próspero
ID: 16375342712 2021-11-21
Sigmoidectomia laparoscópica após perfuração iatrogénica por endoscopia digestiva baixa
Objectivo/Introdução A endoscopia digestiva baixa é um instrumento diagnóstico e terapêutico imprescindível na abordagem da patologia do cólon. No entanto, não está isenta de complicações. A perfuração cólica é uma das mais graves, ocorrendo em cerca de 0,2 a 0,4% (exames diagnósticos) e 0,3 a 3 % (exames terapêuticos).
A abordagem cirúrgica destas complicações é necessária nos casos em que o encerramento endoscópico não é eficaz ou exequível.
Material e Métodos Homem de 62 anos, admitido por perfuração iatrogénica do cólon em endoscopia digestiva baixa de rotina (constatada durante o exame e sem resolução endoscópica).
Apresentava-se hemodinamicamente estável, com abdómen doloroso a palpação superficial dos quadrantes inferiores e sinais de irritação peritoneal.
Realizou tomografia computadorizada que revelou volumoso pneumoperitoneu, com vários focos gasosos junto ao andar superior do recto e cólon sigmóide.
Decidida correção cirúrgica laparoscópica.
Resultados Realizada sigmoidectomia laparoscópica após constatação de perfuração ao nível de transição rectosigmoideia junto ao bordo mesentérico.
Pós-operatório sem intercorrências com alta ao 5º dia de internamento.
Discussão O tratamento minimamente conservador, sempre que exequível, deve ser considerado no tratamento das perfurações cólicas durante uma endoscopia digestiva baixa. No entanto, quando tal não é exequível (exemplo extensão da perfuração) a abordagem cirúrgica deve ser equacionada, com especial realce para a laparoscópica. Este vídeo realça o papel desta abordagem minimamente invasiva
#16374977071Submetido em: 2021-11-21
Titulo GASTRECTOMIA ATÍPICA POR VIA LAPAROSCÓPICA POR GIST GÁSTRICO DE 10 CM Autores João Pedro Araújo Teixeira1, Silvestre Carneiro1, Fabiana Sousa1, José Barbosa1, Elisabete Barbosa1
1 Serviço de Cirurgia Geral, Centro Hospitalar Universitário São João
Patologia Esófago-Gástrica
Autor: João Pedro Araújo Teixeira ; email: joaopedro_at@hotmail.com
ID: 16374977071 2021-11-21
GASTRECTOMIA ATÍPICA POR VIA LAPAROSCÓPICA POR GIST GÁSTRICO DE 10 CM
Objectivo/Introdução Os GIST são neoplasias subepiteliais raras com origem no estroma gastrointestinal. Afetam principalmente o estômago e o intestino delgado. Em média, atingem dimensões entre 2 e 9cm. O tratamento de eleição é cirúrgico, embora o tratamento com inibidores da tirosina cínase esteja indicado em tumores de alto risco.
Material e Métodos Homem de 83 anos com dispepsia,náuseas,enfartamento e perda de peso involuntária com 10 meses de evolução.Analiticamente,sem alterações.A endoscopia digestiva alta revelou lesão subepitelial na grande curvatura gástrica.A ecoendoscopia mostrou uma lesão heterogénea de componente cístico.A biópsia revelou GIST gástrico com expressão de DOG-1 e c-Kit. O doente foi submetido a exérese do tumor,por laparoscopia que apresentamos em forma de vídeo.
Resultados Intra-operatoriamente, identificou-se volumosa neoplasia gástrica com origem na grande curvatura, intimamente aderente ao mesocólon,de crescimento exofítico,com cerca de 10 cm,heterogénea,multinodular e hipervascular. Sem evidência de metástases hepáticas, peritoneais ou ascite.Procedeu-se a gastrectomia vertical englobando o tumor, sem intercorrências.
Discussão O tamanho do tumor, localização e tipo de crescimento (endo ou exofítico) são fatores determinantes para a abordagem cirúrgica. Neste vídeo, apresentamos um GIST com dimensão superior à média reportada na literatura, o que torna difícil manter inviolada a integridade do tumor durante o ato cirúrgico. Contudo, conseguiu-se uma resseção cirúrgica por via laparoscópica segura e eficaz.
#16374982854Submetido em: 2021-11-21
Titulo Marsupialização laparoscópica de quisto biliar gigante - A propósito de um caso clínico Autores Ana Munhoz, Cláudio Branco, Vítor Costa Simões, António Canha, Jorge Daniel, Donzília Sousa Silva, José Davide
ID: 16374982854 2021-11-21
Marsupialização laparoscópica de quisto biliar gigante - A propósito de um caso clínico
Objectivo/Introdução Os quistos biliares simples são formações quisticas de conteúdo líquido, que não comunicam com a via biliar intra-hepática. Está descrita uma taxa de incidência de 5% na população em geral, sendo mais prevalentes no sexo feminino. A maioria dos doentes são assintomáticos. Quando sintomáticos, a apresentação mais comum é a dor abdominal, enfartamento ou alterações do perfil hepático no estudo analítico
Material e Métodos Doente do sexo feminino, 59 anos, com antecedentes de apendicectomia. Encaminhada à Consulta Externa de Cirurgia por quadro de dor abdominal associada a enfartamento precoce e dispepsia. Neste contexto realizou tomografia com evidência de várias formações quísticas hipodensas, as maiores no segmento V (125x122x133 mm) e no segmento VIII (100x95x102 mm). Internada na Unidade de Cirurgia Hepatobiliopancreatica e proposta para tratamento cirúrgico. Submetida a defenestração de quistos dos segmentos VI e VIII. Procedimento decorreu sem intercorrências
Resultados Internamento com boa evolução clínica e analítica, sem registo de intercorrências. Alta ao 7º dia de pós-op. O estudo anatomopatológico foi compatível com quisto biliar
Discussão A defenestração laparoscópica na doença hepática poliquística, quando comparada com a cirurgia aberta, apresenta menor taxa de morbilidade, menor tempo de internamento e menor dor no pós-op. Atualmente, pelo aumento da experiência em cirurgia laparoscópica, é o procedimento de eleição para tratamento destes doentes, com resultados favoráveis a curto e longo prazo
#16375018913Submetido em: 2021-11-21
Titulo Resseção laparoscópica de metástases hepáticas de melanoma da coroide, visualização de 2 casos Autores Bárbara Marinho, João Oliveira, Vítor Simões, Cláudio Branco, António Canha, Paulo Soares, Donzília Silva, José Davide
ID: 16375018913 2021-11-21
Resseção laparoscópica de metástases hepáticas de melanoma da coroide, visualização de 2 casos
Objectivo/Introdução Existem dois tipos principais de melanoma, o melanoma da pele e das mucosas e o melanoma ocular (ou da úvea), sendo o melanoma da coroide o tumor primário intra-ocular maligno mais frequente em adultos. O primeiro tem origem nos melanócitos da ectoderme e metastiza, preferencialmente, por via linfática, enquanto o segundo tem origem nos melanócitos da mesoderme e apresenta disseminação hematogénea. Assim, apesar de ambos poderem envolver secundariamente o fígado, este constitiu o local mais comum de metastização à distância no melanoma da coroide. A resseção cirúrgica das metástases hepáticas de melanoma, em lesões aparentemente localizadas e ressecáveis, continua a desempenhar o papel
Material e Métodos Os autores pretendem apresentar em formato de vídeo, duas cirurgias laparoscópicas de resseção de metástases hepáticas de melanoma da coroide. A primeira corresponde a uma cirurgia de resseção do segmento V, num homem de 79 anos. A segunda mostra uma hepatectomia atípica, numa mulher de 61 anos, com lesões secundárias no segmento VII e transição V/VIII.
Resultados Em ambos, a análise anatomo-patológica da peça operatória foi compatível com metástase de melanoma.
Discussão Uma vez reconhecidas as claras vantagens da laparoscopia em relação à cirurgia convencional, esta deve ser preferida desde que seja possível a sua realização com segurança. Os autores apresentam a gravação de dois procedimentos cirúrgicos em que é feita a exérese de metástases hepáticas por via laparoscópica, que decorreram sem intercorrências.
#16375071280Submetido em: 2021-11-21
Titulo Hérnia de Petersen e Hérnia Incisional: Abordagem minimamente invasiva Autores Girão de Caires, Francisco; Ribeiro, Ana; Sousa, Hugo; Resende, Fernando; Costa Pinho, André; Lima da Costa, Eduardo; Preto, John
ID: 16375071280 2021-11-21
Hérnia de Petersen e Hérnia Incisional: Abordagem minimamente invasiva
Objectivo/Introdução A hérnia de Petersen é caracterizada pela herniação de conteúdo intraabdominal para o espaço potencial que se desenvolve posteriormente a uma gastrojejunostomia.
A sua incidência após Bypass gástrico laparoscópico é estimada entre 1,8-9,7% sendo por isso uma complicação pouco frequente.
Material e Métodos Apresenta-se habitualmente como dor abdominal causada por oclusão/suboclusão intestinal com redução espontanea.
O tratamento requer redução de ansas intestinais encarceradas e encerramento do defeito.
Resultados Por vezes, e como em qualquer complicação de cirurgia abdominal, estas hérnias podem estar associdadas a hérnias da parede abdominal tornando-se um desafio para o cirurgião.
Discussão É aqui apresentado o caso de uma doente de 45 anos, previamente submetida a BGYR para tratamento cirúrgico de Obesidade mórbida, diagnosticada com Hérnia de Petersen e Hérnia Incisional M3/W2.
Neste contexto foi submetida a correcção cirúrgica minimamente invasiva.
#16375084130Submetido em: 2021-11-21
Titulo Hérnia incisional complexa - Uma alternativa a ter em conta! Autores 1° Autor: Pedro Santos;
Co-autores: Mário Rui Gonçalves; Conceição Antunes; Teresa Carneiro; Jéssica Rodrigues; Catarina Cerqueira; Joaquim Costa Pereira
ID: 16375084130 2021-11-21
Hérnia incisional complexa - Uma alternativa a ter em conta!
Objectivo/Introdução As hérnias incisionais são complicações tardias comuns da cirurgia abdominal, com uma incidência de 20% após laparotomia. O dispositivo Fasciotens® Hernia é usado para alongar a fáscia aponevrótiva no intra-operatório através de uma tracção diagonal vertical mensurável e padronizada, durante 30 minutos, permitindo alcançar o encerramento abdominal livre de tensão.
Material e Métodos Doente sexo feminino, 45 anos, antecedentes cirúrgicos de laparotomia exploradora por quadro de oclusão intestinal (2016), foi referenciada à consulta externa por apresentar volumosa hérnia da linha média. Foi solicitado uma TC abdominal que revelou ?defeito na região epigástrica, 34mm, sugerindo hérnia incisional / recidiva herniária. Inferiormente, identifica-se outro defeito herniário com 18 x 10 cms (L x T), com procidência de conteúdo intestinal. Sem complicação?. Foi proposta para correção cirúrgica de hérnia incisional.
Resultados Realizou-se uma hernioplastia incisional Rives-Stoppa com apoio de Fasciotens® Hernia, constatando-se a presença de vários defeitos herniários da linha média, que unidos, constituíam um defeito de dimensões 30 x 13 cms (L x T). Teve alta no 2º dia pós-operatório, com boa evolução, sem queixas álgicas de relevo e abdómen mole, depressível e indolor à palpação.
Discussão Na correção de hérnias incisionais é frequente a necessidade de recorrer a cirurgias
reconstrutivas da parede abdominal extensas, demoradas e com uma morbilidade elevada. O Fasciotens® Hernia permite o encerramento deste tipo de hérnias complexas, sendo mais uma arma terapêutica neste tipo de procedimentos, com redução do tempo cirúrgico e da morbilidade associada a técnicas como a separação de componentes.
#16375092782Submetido em: 2021-11-21
Titulo Linfadenectomia toracica total por toracoscopia no tratamento do cancro do esofago Autores Inês Barros, Joana Bártolo, Joana Romano, Paulo Ramos, Cecília Monteiro, Rui Casaca, Nuno Abecasis
ID: 16375092782 2021-11-21
Linfadenectomia toracica total por toracoscopia no tratamento do cancro do esofago
Objectivo/Introdução No cancro do esófago a resseção cirúrgica e correspondente linfadenectomia permanece a única estratégia terapêutica que oferece possibilidade de cura. Apesar da abordagem minimamente invasiva permitir a realização de uma adequada linfadenectomia com menor morbilidade associada, a sua alta complexidade técnica leva a que muitos centros ainda não a executem de forma rotineira
Material e Métodos Sistematização da técnica cirúrgica adequada para a realização de linfadenectomia por toracoscopia, no tratamento do cancro do esófago.
Resultados Este vídeo mostra, de forma sistematizada, a linfadenectomia torácica total, realizada por toracoscopia num centro de alto volume (40/esofagectomias ano), realçando a anatomia desta zona e a forma de realizar esta linfadenectomia com a menor morbilidade possível
Discussão A abordagem minimamente invasiva no tratamento do cancro do esófago permite uma ótima visualização anatómica. A sistematização da técnica cirúrgica permite que, em centros de referência, seja realizada a linfadenectomia adequada, por toracoscopia, de forma segura e reprodutível
#16375135035Submetido em: 2021-11-21
Titulo Biópsia hepática laparoscópica Tumor neuroendócrino G1 com metastização hepática maciça e gânglionar Autores Fernanda Castro, Laurentina Silva, Humberto Cristino, Sara Silva, Catarina Muller, Duarte Alves, Catarina Rodrigues, Sara Fernandes, António Caires, Manuel Gouveia, Vitor Encarnação, Pedro Serrano, Emanuelle Parodi, Fernando Jasmins
*Serviço de Cirurgia Geral do Hospital Dr. Nélio Mendonça, SESARAM
*Autor correspondente: fernandamargcastro@gmail.com
ID: 16375135035 2021-11-21
Biópsia hepática laparoscópica Tumor neuroendócrino G1 com metastização hepática maciça e gânglionar
Objectivo/Introdução As neoplasias neuro-endócrinas são um grupo heterógeno de tumores raros com origem em células neuro-endócrinas. Cerca de 2/3 destes surgem no sistema gastroenteropancreático.
Material e Métodos Sexo masculino, 33 anos, antecedentes de malária, construtor civil em Angola de onde havia regressado há 15 dias. Recorreu ao SU por dor no hipocôndrio direito e febre com 1 dia de evolução. Analiticamente apresentava PCR 106, tendo realizado ecografia abdominal que revelou hepatomegalia, múltiplos nódulos ?em alvo? e esplenomegalia associada. Por suspeita de patologia infeciosa, decidiu-se internamento para estudo. Os exames dirigidos a patologia infecciosa foram negativos. A TC e a RM realizadas descreviam uma lesão nodular na cauda do pâncreas de 26x29mm, lesões nodulares hepáticas múltiplas em alvo com atingimento de >70% da superfície, e adenopatias peripancreáticas e retroperitoneais latero-aórticas, sugerindo tumor neuro-endócrino pancreático com metastização hepática maciça.
Resultados Realizou biópsia hepática guiada por TC e Eco-endoscopia para biópsia pancreática, cujo resultado anatomopatológico foi inconclusivo, pelo que é submetido a biópsia hepática por via laparoscópica, cujo o vídeo se apresenta.
Discussão O resultado AP confirmou o diagnóstico, tendo realizado PET-TC Ga-DOTANOC que confirmou a presença de metastização ganglionar (celíaca e lombo-aórtica) para além dos outros achados. Após discussão com o centro de referência, o caso foi orientado para a consulta de Oncologia.
#16375161560Submetido em: 2021-11-21
Titulo Fundoplicatura de Toupet laparoscópica Autores Susan Vaz, Fabiana Sousa, Vítor Devesa, Silvestre Carneiro, José Barbosa, Elisabete Barbosa. Serviço de Cirurgia Geral do Centro Hospitalar Universitário de São João.
ID: 16375161560 2021-11-21
Fundoplicatura de Toupet laparoscópica
Objectivo/Introdução Cerca de 20% dos doentes com DRGE apresentam motilidade esofágica ineficaz, sendo fundamental o seu diagnóstico pré-operatório de forma a adaptar a técnica cirúrgica.
Material e Métodos Descrição de caso clínico, sob a forma de vídeo, de doente submetida a fundoplicatura de Toupet laparoscópica por DRGE e motilidade esofágica ineficaz.
Resultados Mulher, 66 anos, com pirose, regurgitação e tosse seca com 3 anos de evolução, refractários a tratamento médico (omeprazol 40 mg 2id). Associadamente referia alguns episódios de disfagia. EDA identificou hérnia do hiato com cerca de 15mm. Manometria mostrou EEI normotónico e peristalse esofágica ineficaz (40% de ondas peristálticas com integral da contração da porção distal normal, 40% de ondas hipoperistalticas e 20% de ondas não transmitidas). pHmetria revelou RGE patológico (Score de DeMeester > 14,72) com extensão ao esófago proximal e índice de associação de sintomas de 100%. Foi submetida a fundoplicatura de Toupet por laparoscopia. Mantém-se vigilância em consulta externa, sem evidência de sintomas de RGE e sem agravamento da disfagia pré-operatória.
Discussão A seleção do tipo de fundoplicatura utilizada no tratamento da DRGE deve considerar os sintomas de disfagia e/ou alterações da motilidade esofágica. Na sua presença, deve ser privilegiada a Fundoplicatura de Toupet, que se associa a similar taxa de sucesso na resolução dos sintomas de RGE e a menor taxa de disfagia pós-operatória relativamente à Fundoplicatura de Nissen.
#16379555710Submetido em: 2021-11-26
Titulo Rives Stoppa Laparoscópico na hérnia incisional... abordagem inicial ou uma solução de recurso? Autores Mário Rui Gonçalves, Conceição Antunes, Jéssica Rodrigues, Joaquim Costa Pereira
ID: 16379555710 2021-11-26
Rives Stoppa Laparoscópico na hérnia incisional... abordagem inicial ou uma solução de recurso?
Objectivo/Introdução Em 1993, LeBlanc publicou a reparação da hérnia ventral por via laparoscópica. A técnica original foi sendo melhorada ao longo do tempo, à medida que mais Cirurgiões foram realizando o procedimento e devido à profunda alteração do paradigma da reconstrução da parede abdominal. Colocar a prótese no espaço retro-muscular foi um grande desafio inicialmente mas, atualmente, em equipas experientes, a técnica de Rives-Stoppa e outros procedimentos por via endoscópica têm ganho cada vez mais protagonismo.
Material e Métodos Apresentamos um video de uma reparação herniária, com a técnica de Rives-Stoppa laparoscópica, realizado num paciente de 62 anos, do sexo masculino, motorista de pesados, obeso (IMC 34), com antecedentes de hipertensão, diabetes mellitus tipo II e Sd. Apneia do sono. Em ecografia abdominal enviada pelo Médico Assistente, relatava-se a presença de uma hérnia umbilical primaria (M3) com 38 mm acompanhada por mais dois pequenos orificios herniários na linha branca na região peri-umbilical, com 5 e 7 mm respetivamente. Assim, foi planeada a realização de uma técnica de hernioplastia IPOM Plus laparoscópica associada a bloqueio anestésico do Músculo transverso abdominal guiado por laparoscopia, segundo o protocolo em vigor no nosso Serviço. Iniciado o procedimento e durante a colocação do 1º trocar (ótico) resultou uma colotomia iatrogénica do colon esquerdo, com cerca de 2-3 cms, com alguma saída de conteúdo fecal. Procedeu-se ao encerramento da colotomia com vicryl e, apesar da lavagem e aspiração abundante da cavidade peritoneal, decidiu-se substituir a técnica IPOM Plus pela Rives-Stoppa laparoscópica para evitar o contacto da prótese com a cavidade contaminada.
Resultados Tal como detalhado no video, realizamos uma técnica de Rives-Stoppa por via laparoscópica, com encerramento dos defeitos descritos na ecografia e rafia de diástase dos retos T2D2H1 detetada no intra-operatório (não descrita na ecografia) e colocando, depois, uma prótese de polipropileno no plano retromuscular.
Discussão Atualmente, é cada vez maior o número de procedimentos de reparação herniária disponível, o que tem permitido um tratamento cada vez mais individualizado desta patologia. Os Cirurgiões de parede abdominal, devem estar cada vez mais familiarizados com esta ampla variedade de procedimentos para oferecerem o tratamento mais adequado, à medida de cada paciente, e também para serem capazes de alterar, adaptar ou trocar o tipo de abordagem e técnica realizada conforme as necessidades destes pacientes e destas correções cirúrgicas cada vez mais complexas.
#16375190281Submetido em: 2021-11-21
Titulo TIMECTOMIA SUB-TOTAL POR TORACOSCOPIA UNILATERAL PARA TRATAMENTO DE UM QUISTO TÍMICO Autores Diogo Galvão (1); Inês Braga (2); Catarina Barroso (2,3); Ruben Lamas-Pinheiro (2,3); Jorge Correia-Pinto (2,3);
1 - Serviço de Cirurgia Geral do Hospital de Santo Espírito da Ilha Terceira
2 - Serviço de Cirurgia Pediátrica do Hospital de Braga
3- Instituto de Investigação em? Ciências da Vida e Saúde (ICVS)
ID: 16375190281 2021-11-21
TIMECTOMIA SUB-TOTAL POR TORACOSCOPIA UNILATERAL PARA TRATAMENTO DE UM QUISTO TÍMICO
Objectivo/Introdução Os quistos tímicos são anomalias raras e benignas. A maioria dos casos é assintomática e ocorre principalmente no mediastino anterior.
Material e Métodos Os autores apresentam o caso de uma jovem de 16 anos, com história materna de tiroidite auto-imune, com sensação de corpo estranho supraesternal. Tinha tumefacção da fúrcula jugular esternal com a manobra de Valsalva e à deglutição, notava-se um frémito à palpação. Analiticamente tinha uma tiroidite subclínica sem outras alterações. A ecografia cervical e TAC torácica mostraram uma massa tímica quística com 42 * 32 mm com um trajeto anterior aos vasos braquiocefálicos, mas sem invasão local. A ressonância magnética mostrou estabilidade da massa. Foi realizada biópsia aspirativa guiada por ecografia e o estudo citológico foi compatível com uma lesão quística. Por manter queixas com impacto na qualidade de vida, foi-lhe proposta a remoção do quisto tímico por toracoscopia.
Resultados Foi realizada uma toracoscopia esquerda utilizando um trocarte de 10 mm e dois trocartes de 5 mm. A pleura anterior foi aberta após identificação e preservação do nervo frénico esquerdo e dos vasos mamários internos. Procedeu-se à timectomia sub-total com preservação da porção inferior esquerda do timo. Colocado um dreno torácico de 18 Fr por 24 horas. A recuperação pós-operatória decorreu sem intercorrências e a doente teve alta no primeiro dia de pós-operatório. O exame histológico da peça operatória revelou um quisto tímico multiloculado.
Discussão A timectomia por toracoscopia é viável e segura para lesões tímicas. Deve ser proposta a doentes que apresentem sintomas com impacto na qualidade de vida após um minucioso estudo pré-operatório desses doentes.
#16375190282Submetido em: 2021-11-21
Titulo LAQUEAÇÃO PERCUTÂNEA DO ANEL INGUINAL INTERNO NO TRATAMENTO DA HÉRNIA INGUINAL NA CRIANÇA Autores Diogo Galvão (1); Inês Braga (2); Catarina Barroso (2,3); Jorge Correia-Pinto (2,3); José Luís Carvalho (2); Mónica Recamán (2); Ana Raquel Silva (2); Angélica Osório (2); Ruben Lamas-Pinheiro (2,3); Andreia Felizes (2);
1 - Serviço de Cirurgia Geral do Hospital de Santo Espírito da Ilha Terceira
2 - Serviço de Cirurgia Pediátrica do Hospital de Braga
3- Instituto de Investigação em Ciências da Vida e Saúde (ICVS)
ID: 16375190282 2021-11-21
LAQUEAÇÃO PERCUTÂNEA DO ANEL INGUINAL INTERNO NO TRATAMENTO DA HÉRNIA INGUINAL NA CRIANÇA
Objectivo/Introdução A hérnia inguinal na criança é uma patologia frequentemente operada nesta faixa etária. A laparoscopia permite uma abordagem minimamente invasiva de forma segura.
Material e Métodos Os autores apresentam o caso de um menino com 2 anos com uma tumefação inguinal esquerda. O exame clínico confirmou uma hérnia inguinal esquerda e ausência de hérnia contra-lateral. Foi proposta correcção cirúrgica laparoscópica através da técnica PIRS.
Resultados Após anestesia geral, a criança foi submetida a bloqueio do transverso abdominal. O pneumoperitoneu foi estabelecido por técnica aberta. Com o auxílio da laparoscopia, uma agulha de calibre 18 com um fio não absorvível dentro do cilindro foi introduzida através da região inguinal na cavidade peritoneal. Movendo a agulha, o fio é passado sob o peritoneu contornando a origem do saco herniário. Um segundo fio absorvível é introduzido com a mesma agulha e passado no meio da alça do primeiro fio. O nó é apertado por fora e colocado no espaço subcutâneo. O anel inguinal contra-lateral foi inspeccionado e não se verificou presença de hérnia. A criança teve alta no mesmo dia da cirurgia pois cumpria critérios de cirurgia de ambulatório.
Discussão A reparação da hérnia inguinal na criança através da técnica PIRS é uma opção válida e segura para o tratamento desta patologia. A possibilidade de exploração contra-lateral anula a existência de hérnia metácrona e o resultado estético da técnica é positivo.
#16375207372Submetido em: 2021-11-21
Titulo Abordagem do cancro do reto com recurso a TAMIS Autores Rita Gonçalves Monteiro, João Gomes, Joana Peliteiro, Moutinho Teixeira, Tatiana Neves, Horácio Pérez, Aida Paulino
ID: 16375207372 2021-11-21
Abordagem do cancro do reto com recurso a TAMIS
Objectivo/Introdução A abordagem por TAMIS (Transanal Minimally Invasive Surgery) é um procedimento cirúrgico com o intuito de ressecar completamente lesões do recto médio/alto, limitadas à mucosa ou submucosa e com margens negativas, sem a excisão nódulos linfáticos regionais.
Material e Métodos Os autores apresentam o caso de uma doente de 73 anos, referenciada à consulta de Cirurgia Geral após excisão de lesão plana com componente polipóide de aspeto viloso, com 30mm de extensão, a 15cm do orifício externo do canal anal, não passível de excisão endoscópica. A biópsia foi compatível com adenoma tubulo-viloso, com displasia de baixo grau. A doente não apresentava sintomatologia associada, negando retorragias ou alterações do trânsito gastrointestinal. Foi realizado estadiamento com recurso a colonoscopia, TC TAP, RM pélvica e análise de marcadores tumorais, concluindo-se estar perante cancro do recto T1N0.
Resultados Procedeu-se então a excisão da lesão por TAMIS, sem intercorrências. A doente teve alta no segundo dia pós-operatório. Ao 10º dia pós-operatório recorreu ao Serviço de Urgência por retorragias, sem outras queixas. Foi submetida a rectossigmoidoscopia que revelou úlcera com coágulo aderente em local de TAMIS realizado recentemente. A doente mantém-se atualmente em consulta de seguimento, assintomática e sem sinal de recidiva.
Discussão Na abordagem por TAMIS é fulcral um estadiamento pré-operatório correto de forma a assegurar a seleção criteriosa dos doentes, na medida em que não é possível a excisão de nódulos linfáticos no intra-operatório. Esta via permite uma abordagem menos invasiva no tratamento do cancro do reto, associada a uma menor morbilidade e menor tempo de internamento.
#16375214010Submetido em: 2021-11-21
Titulo Abordagem cirúrgica da acalásia refratária à terapêutica endoscópica ou cirúrgica Autores Pedro Miranda, Filipa Fonseca, Gonçalo Luz, Rita Garrido
ID: 16375214010 2021-11-21
Abordagem cirúrgica da acalásia refratária à terapêutica endoscópica ou cirúrgica
Objectivo/Introdução O tratamento da acalásia com toxina botulínica, dilatação endoscópica, POEM e Miotomia de Heller tem excelentes resultados a curto prazo, no entanto a sua eficácia tende a diminuir após 1-2 anos, especialmente nas duas primeiras técnicas. Assim sendo permanece a discussão sobre qual a melhor abordagem para os casos refratários, que tendencialmente constituem um grupo de doentes, por si só, com menor taxa de resposta terapêutica.
Material e Métodos Descrição de 3 casos clínicos-video de doentes submetidos a miotomia de Heller por via laparoscópica, decorridos em 2021, após terapêutica endoscópica com toxina botulínica (A), dilatação pneumática (B) e cirurgia (C), respetivamente.
Resultados Caso A) Mulher 66 anos, com antecedentes pessoais de HTA, Dislipidemia, SAOS sob CPAP. Diagnóstico de Acalásia tipo 2, submetida a injeção endoscópica de toxina botulínica. Recidiva dos sintomas após 6 meses. Submetida a Miotomia Heller via laparoscópica, tendo-se objetivado fibras musculares laxas com acesso difícil ao plano submucoso e tempo cirúrgico de 87min.
Caso B) Homem, 48 anos, antecedentes pessoais de coartação aorta e HTA. Diagnóstico de Acalásia tipo 2, submetido a dilatações endoscópicas progressivas com 30mm e 35mm. Recidiva dos sintomas após 8 meses. Submetido a Miotomia Heller via laparoscópica, tendo-se objetivado fibrose do plano muscular com acesso difícil ao plano submucoso e tempo cirúrgico de 120min.
Caso C) Mulher, 52 anos, antecedentes cirúrgicos de Op. Hartmann por laparotomia mediana seguida de reconstrução do trânsito intestinal e apendicectomia por incisão de McBurney. Diagnóstico de Acalásia tipo 2, submetida a Miotomia de Heller via laparoscópica em 2014. Recidiva dos sintomas após 5 anos. Submetida a Miotomia Heller via laparoscópica, tendo-se objetivado múltiplas bridas e aderências, miotomia prévia curta com fibrose do plano muscular com acesso dificil ao plano submucoso e tempo cirúrgico de 90min.
Todos os doentes tiveram um pós operatório sem complicações, tendo sido avaliados em consulta em um mês, com melhoria sintomática, aumento ponderal >2kg e sem queixas de DRGE.
Discussão Nestes casos a Miotomia de Heller por via laparoscópica mostrou-se uma opção válida e eficaz, mesmo após a terapêutica endoscópica ou cirúrgica. No entanto, a maior dificuldade técnica da dissecção do plano submucoso e o maior tempo cirúrgico, que esta abordagem acarreta, devem ser tidos em conta no algoritmo de decisão terapêutica da acalásia.
#16375246171Submetido em: 2021-11-21
Titulo Correção laparoscópica de uma hérnia diafragmática de Morgagni Autores Ana Oliveira, Vitor Devezas, António Pereira, José Barbosa, Elisabete Barbosa
Cirurgia Esófago-Gástrica
Serviço de Cirurgia Geral, Centro Hospitalar Universitário de São João, Porto, Portugal
Autor correspondente: Ana Oliveira, anaisabeloliveira95@gmail.com
ID: 16375246171 2021-11-21
Correção laparoscópica de uma hérnia diafragmática de Morgagni
Objectivo/Introdução As hérnias de Morgagni (HM), descritas em 1761, são um defeito diafragmático congénito raro, localizadas à direita e raramente bilateralmente. Em 80% dos casos contêm cólon transverso, mesentério e/ou epíploon adjacente. Raramente aparecem após um trauma. A maioria é assintomática, sendo diagnosticada por volta dos 50 anos. Se sintomáticos, os pacientes referem sintomas respiratórios, dor epigástrica e náuseas.
Material e Métodos Apresentação de vídeo cirúrgico sobre um caso clínico.
Resultados Caso clínico: Homem, 42 anos, com antecedentes de colecistectomia e asma. Por suspeita de infeção respiratória, realizou uma radiografia de tórax que revelou uma opacificação na base direita/região anterior. A tomografia computadorizada documentou uma HM com 16 cm, contendo cólon. O doente foi, assim, proposto para correção laparoscópica. No vídeo podemos ver, primeiramente, a redução do conteúdo herniário constituído por cólon transverso e grande epíploon. Seguidamente, procedeu-se à correção do defeito herniário, junto ao rebordo costal, com fio não reabsorvível e apoio de endoclose. Por fim, colocou-se a prótese de dupla face e fixou-se com pontos separados. Pós-operatório sem complicações, com alta hospitalar ao 2º dia. A radiografia pós-operatória revelou uma expansão quase completa do pulmão.
Discussão As HM são raras e têm indicação cirúrgica quando são sintomáticas, recorrentes ou volumosas (como neste caso). A abordagem laparoscópica permite uma boa resolução associada às vantagens da cirurgia minimamente invasiva.
#16375267391Submetido em: 2021-11-21
Titulo Gastrectomia atípica de Tumor Neuroendócrino Gástrico - uma opção viável. Autores Ricardo Alves, Ana Virgínia Araújo, Carlos Martins, Cláudia Branco
ID: 16375267391 2021-11-21
Gastrectomia atípica de Tumor Neuroendócrino Gástrico - uma opção viável.
Objectivo/Introdução As células neuroendócrinas encontram-se amplamente distribuídas por todo o corpo. As Neoplasias neuroendócrinas são definidas como neoplasias epiteliais com diferenciação neuroendócrina, podendo surgir na maioria dos órgãos.
Material e Métodos Este trabalho sob a forma de vídeo apresenta o caso clínico de um doente com diagnóstico de tumor gástrico neuroendócrino submetido a uma gastrectomia atípica por via laparoscópica.
Resultados Os tumores gástricos neuroendócrinos dividem-se em três subtipos, apresentando comportamento biológico e prognóstico diferentes. O diagnóstico correto do tipo clínico e grau histológico é fundamental pois a abordagem terapêutica varia dependendo do subtipo de tumor.
Discussão Neste trabalho apresenta-se o caso de um doente submetido a uma gastrectomia atípica por via laparoscópica com intuito curativo, uma opção viável de tratamento.
#16375287670Submetido em: 2021-11-21
Titulo Tumor neuroendócrino ileal - abordagem cirúrgica laparoscópica Autores Filipa Narciso Rocha
Rita Canotilho
Mariana Peyroteo
Pedro Antunes
José Flávio Videira
Joaquim Abreu de Sousa
Objectivo/Introdução Os tumores neuroendócrinos (TNE) do intestino delgado, localizam-se predominantemente no íleo terminal e são multicêntricos em até um terço dos casos. Geralmente, são bem diferenciados e têm baixos índices proliferativos, sendo indolentes na sua evolução. A resseção cirúrgica do tumor primário com linfadenectomia regional é o tratamento standard na doença localizada. A laparotomia era a via clássica de abordagem, visto permitir a inspeção e palpação de todo o intestino delgado para exclusão de outros focos de doença. Ainda assim, a laparoscopia tem sido cada vez mais utilizada.
Material e Métodos Consulta do processo clínico eletrónico do doente e de vídeo da cirurgia realizada.
Resultados Reportamos o caso de uma doente com 26 anos, que por quadro de diarreia e perda
ponderal, realizou colonoscopia que mostrou uma lesão suspeita no íleo terminal cuja biópisa não revelou alterações. O PET com 68Ga-DOTA-NOC mostrou uma neoplasia do íleo terminal com hiperexpressão dos recetores e o doseamento de cromogranina A foi positivo. Face aos achados sugestivos de neoplasia única de origem neuroendócrina, a doente foi submetida a hemicolectomia direita por via laparoscópica, que apresentamos sob a forma de vídeo.
Discussão Associada aos meios complementares de diagnóstico modernos atualmente utilizados para localização de TNE, a abordagem laparoscópica parece ser uma alternativa segura no tratamento de um TNE ileal, aliando o tratamento curativo aos benefícios da abordagem minimamente invasiva.
#16375312431Submetido em: 2021-11-21
Titulo Laparoscopic cytoreductive surgery with hyperthermic intraperitoneal chemoperfusion in gastric cancer Autores Jorge Nogueiro; Marisa Aral; Ana Oliveira; Hugo Santos-Sousa; Cristina Fernandes; Frederica Gonçalves; António Gouveia; LuÃs Graça; Elisabete Barbosa
ID: 16375312431 2021-11-21
Laparoscopic cytoreductive surgery with hyperthermic intraperitoneal chemoperfusion in gastric cancer
Objectivo/Introdução Peritoneal metastasis from gastric cancer represents advanced disease with poor prognosis. Cytoreductive surgery (CRS) with hyperthermic intraperitoneal chemoperfusion (HIPEC) has shown survival benefit in some malignancies, but its role in the treatment of gastric cancer peritoneal metastasis is not completely elucidated. CRS-HIPEC at the time of potentially curative gastrectomy seems to add survival benefit, especially in patients with positive cytology.
Laparoscopic HIPEC (LS-HIPEC) has been investigated as a less invasive treatment option in patients with gastric cancer with limited peritoneal carcinomatosis or positive peritoneal cytology.
Material e Métodos We aim to present a case of a 61-year-old woman with a gastric adenocarcinoma from the small curvature, with a positive cytology for tumor cells.
Resultados The patient initiated chemotherapy with FOLFOX and the re-staging CT scan showed no sign of distant metastasis.
The patient was then submitted to laparoscopic cytoreductive surgery (partial parietal peritonectomy, omentectomy, distal gastrectomy, cholecystectomy, appendicectomy, partial pelvic peritonectomy, hysterectomy and bilateral anexectomy) and HIPEC with Mitomicin C and Cisplatin. All organs were then removed by transvaginal route.
Discussão Recent literature added evidence that CRS-HIPEC for peritoneal metastasis from gastric cancer leads to survival benefit for these patients. A laparoscopic approach may be an option to reduce the high postoperative burden in this population.
#16375333000Submetido em: 2021-11-21
Titulo Laparoscopia no carcinoma hepatocelular do cirrótico Autores Simone Oliveira, Júlio Constantino, Maria João Ferreira, Débora Aveiro, Jorge Pereira
ID: 16375333000 2021-11-21
Laparoscopia no carcinoma hepatocelular do cirrótico
Objectivo/Introdução O carcinoma hepatocelular (CHC) é o tumor primário do fígado mais comum. A cirrose está presente em cerca de 90% dos casos e o CHC é a causa mais frequente de morte no doente cirrótico.
Material e Métodos O caso clínico diz respeito um doente do sexo masculino, de 77 anos, com nódulo hepático suspeito identificado em ecografia. Antecedentes de cirrose hepática alcoólica, com 3 meses de abstinência (Child Pugh A5). Fez TC abdominopelvica e RMN hepática que confirmaram um CHC, no segmento 4, com 18 mm de diâmetro. Apresentava cordão varicoso esofágico incipiente, sem outros estigmas de hipertensão portal. Tratando-se de um doente com bom estado geral (ECOG 0), com um nódulo único, bem compensado do ponto de vista hepático (BCLC A), foi proposto para resseção. Submetido a subsegmentectomia 4A laparoscópica. O pós-operatório decorreu sem intercorrências, tendo alta ao 4.º dia de pós-operatório.
Resultados O estudo anatomopatológico confirmou um CHC moderadamente diferenciado (T1a, R0). Após um ano o doente mantém-se assintomático e sem de evidência de recidiva.
Discussão A resseção hepática é a opção terapêutica de primeira linha no CHC em fígado cirrótico bem compensado. A abordagem laparoscópica associa-se a menor agressão cirúrgica, menor hemorragia e morbilidade pós-operatória, tendo por isso um benefício adicional nestes doentes. Inclusivamente, as vantagens da resseção laparoscópica têm permitido alargar o tratamento a doentes selecionados com hipertensão portal, com resultados oncológicos favoráveis.
Titulo Cirurgia nos tumores do ângulo esplénico Autores João Ribeiro, Ricardo Rocha, António Soares, Filipe Almeida, Paula Azevedo, Carla Carneiro, Vítor Nunes
ID: 16375344490 2021-11-21
Cirurgia nos tumores do ângulo esplénico
Objectivo/Introdução Os tumores do ângulo esplénico são relativamente incomuns, correspondendo a cerca de 8% de todos os cancros do cólon. Várias abordagens cirúrgicas são atualmente utilizadas, com conflitos de nomenclatura, não havendo uma abordagem standardizada. As diferentes opções cirúrgicas são a hemicolectomia direita alargada, resseção segmentar do ângulo esplénico e a hemicolectomia esquerda clássica.
Material e Métodos No nosso centro, uma das escolhas é frequentemente a resseção segmentar do ângulo esplénico. Apresentamos de seguida um vídeo demonstrativo da nossa abordagem laparoscópica standardizada para estes casos.
Resultados Assim, a nossa técnica, segue os seguintes princípios orientadores: uma resseção cólica desde o cólon transverso médio até ao cólon descendente, respeitando margens oncológicas de segurança de, no mínimo, 10cm; laqueação alta, na origem, do ramo esquerdo da art. cólica média e artéria cólica ascendente; laqueação da veia mesentérica inferior ao longo do bordo inferior do pâncreas; linfadenectomia ao longo do bordo superior da artéria mesentérica inferior. A peça operatória é extraída por uma incisão no quadrante inferior esquerdo e é, habitualmente, realizada uma anastomose cólo-cólica topo a topo manual.
Discussão Existe evidência na literatura, nomeadamente 2 meta-análises recentes, de que não existe diferença em termos de resultado oncológico e morbimortalidade pós-operatória entre estas técnicas. Assim, a escolha de uma técnica ?poupadora de órgão? parece ser uma opção apropriada.
Objectivo/Introdução Nas últimas décadas tem-se assistido ao crescente predomínio da cirurgia minimamente invasiva. Os benefícios para o doente têm sido demonstrados e comprovados ao longo dos anos. Esta mudança de paradigma torna necessário o ensino do interno de forma a capacitá-lo para a realização deste tipo de procedimentos. Neste vídeo é apresentada uma abordagem step-by-step na realização de uma correcção cirúgica laparoscópica de hérnia inguinal bilateral através da técnica transabdominal pré-peritoneal, com a sua realização por um interno de formação específica.
Material e Métodos Gravação de um procedimento cirúrgico envolvendo a correcção cirúrgica laparoscópica transabdominal pré-peritoneal (TAPP) de hérnia inguinal bilateral. Edição posterior demonstrando as referências anatómicas e assinalando os principais passos da cirurgia.
Resultados Apresentação de um caso clínico de hérnia inguinal bilateral, tendo-se realizado um vídeo, onde são apontados os principais passos da técnica.
Discussão A técnica TAPP, sendo uma técnica minimamente invasiva, está associada a baixas taxas de morbilidade pós-operatória e de recurrência. O ensino da cirurgia laparoscópica é possível e torna-se mais eficiente quando realizado de forma sistematizada, garantindo a formação e capacitação dos internos para a realização deste tipo de procedimentos.
#16375352641Submetido em: 2021-11-21
Titulo Trisectorectomia hepática esquerda com resseção parcial da veia cava inferior e trombectomia da aurícula direita com recurso a circulação extracorpórea Autores Maria Carolina Sobral1, Carolina Freire Rodrigues2, Camila Garcia Kyt4, Gabrielle de Oliveira Souza5, Rui Alves1, José Fragata2, Hugo Pinto Marques3
1. Hospital Dona Estefânia - serviço de cirurgia pediátrica; 2. Hospital Santa Marta ? serviço de cirurgia cardíaca; 3. Hospital Curry Cabral - serviço de cirurgia geral 4. Hospital Adventista Silvestre Rio de Janeiro - serviço de cirurgia geral 5. Hospital São Lucas Rio de Janeiro - serviço de cirurgia geral
ID: 16375352641 2021-11-21
Trisectorectomia hepática esquerda com resseção parcial da veia cava inferior e trombectomia da aurícula direita com recurso a circulação extracorpórea
Objectivo/Introdução O carcinoma hepatocelular representa cerca de 20% dos tumores malignos hepáticos em idade pediátrica. Constitui um grupo de tumores de tratamento difícil por serem tumores volumosos, muitas vezes irressecáveis, tipicamente na adolescência.
Material e Métodos Apresentamos um vídeo da abordagem cirúrgica de uma doente de 12 anos com diagnóstico de carcinoma hepatocelular.
Resultados A lesão ocupava praticamente todo o hemifígado esquerdo com extensão vascular à veia porta e veias supra-hepáticas esquerda e média, e um trombo atípico desde a veia cava inferior até à aurícula direita. Realizou quimioterapia neoadjuvante (6 ciclos de cisplatina e doxorrubicina), após a qual existiu redução dimensional da massa, já sem invasão da veia supra-hepática média, mas mantendo o trombo atípico. O planeamento cirúrgico foi organizado multidisciplinarmente entre cirurgia hépato-biliar, cardíaca e pediátrica. A doente foi submetida a trisectorectomia hepática esquerda alargada ao segmento I com resseção parcial da veia cava inferior e trombectomia da aurícula direita com recurso a circulação extracorpórea (CEC) e cardioplegia anterógrada. A cirurgia teve um período de CEC de 143 min e 32 min de paragem circulatória. Não houve intercorrências major.
Discussão O tratamento do carcinoma hepatocelular em pediatria é complexo e a resseção cirúrgica é essencial para a cura. A abordagem multidisciplinar entre especialidades cirúrgicas permite oferecer a possibilidade de sucesso cirúrgico a doentes complexos.
#16375369110Submetido em: 2021-11-21
Titulo Hérnia incisional lateral - Que procedimento adoptar? A propósito de um caso clínico Autores Jéssica Rodrigues, Mário Rui Gonçalves, Conceição Antunes, Teresa Carneiro
ID: 16375369110 2021-11-21
Hérnia incisional lateral - Que procedimento adoptar? A propósito de um caso clínico
Objectivo/Introdução As hérnias incisionais ocorrem em cerca de 11% das laparotomias, resultando em elevada morbilidade pós-operatória. Enquanto que para as hérnias incisionais na linha média se encontram vários estudos e orientações definidas, as hérnias incisionais laterais mostram-se desafiantes por, por um lado, serem mais raras, e, por outro, existirem poucas recomendações relativas às técnicas cirúrgicas a adoptar.
Material e Métodos Os autores apresentam um vídeo de relato de caso de um doente com hérnia incisional lateral paramediana direita submetida a correção cirúrgica com colocação de prótese retromuscular.
Resultados Doente do sexo masculino de 38 anos, com antecedentes pessoais de doença de Crohn com atingimento ileal. Submetido a resseção ileal em 2011, em contexto de abcesso do músculo psoas direito. Em 2018, com hérnia incisional lateral paramediana direita, sintomática; estudo de imagem mostrou ?atrofia de reto abdominal direito com afastamento do seu bordo interno do outro reto em 7cm?. Em Outubro de 2021 foi proposta a correção da hérnia incisional, por via anterior ? intraoperatoriamente com cerca de 7x6cm com secção transversal do músculo reto abdominal direito ? sendo realizado encerramento do folheto posterior da aponevrose do reto, colocada prótese plana de polipropileno em posição retromuscular e feito encerramento do folheto anterior.
Discussão Doente teve alta 12 horas após a cirurgia, com cinta de contenção abdominal colocada. Sem complicações no pós-operatório. Sem evidência de recidiva.
#16375394182Submetido em: 2021-11-22
Titulo Hernioplastia incisional laparoscópica: o inicio da curva de aprendizagem Autores André Caiado, Francisco Cabral, João Maciel, Manuel Limbert, Nuno Abecasis
ID: 16375394182 2021-11-22
Hernioplastia incisional laparoscópica: o inicio da curva de aprendizagem
Objectivo/Introdução A hérnia incisional da parede abdominal é uma complicação frequente dos procedimentos laparoscópicos colorretais. Para a sua correção, tem sido recomendada a colocação e fixação intraperitoneal da prótese com recurso à mesma via de abordagem. A visualização do defeito herniário por via laparoscópica permite identificar pontos de fraqueza acessórios que não tenham sido previamente identificados.
À medida que vai sendo crescente a formação e a realização de procedimentos laparoscópicos colo-rectais pelo interno torna-se também necessária a sua formação neste tipo de procedimentos.
Neste vídeo apresentamos 2 doentes submetidos hernioplastia incisional laparoscópica por um interno.
Material e Métodos Gravação de 2 procedimentos cirúrgicos envolvendo uma hernioplastia incisional laparoscópica. Posteriormente procedeu-se à sua edição assinalando os principais passos da cirurgia.
Resultados Vídeo.
Discussão A hernioplastia incisional laparoscópica é um procedimento passível de ser realizado pelo interno ao mesmo tempo que permite diminuir tempos de internamento, com diminuição da infeção do local cirúrgico e um regresso precoce à vida ativa.
#16375394183Submetido em: 2021-11-22
Titulo Suprarrenalectomia direita laparoscópica no feocromocitoma Autores André Caiado, João Maciel, Manuel Limbert, Nuno Abecasis
ID: 16375394183 2021-11-22
Suprarrenalectomia direita laparoscópica no feocromocitoma
Objectivo/Introdução A cirurgia minimamente invasiva tem sido cada vez mais utilizada nas diversas vertentes da cirurgia e no qual se inclui a cirurgia da supra-renal.
O feocromocitoma foi inicialmente considerado uma contraindicação à abordagem por via minimamnente invasiva pelo risco de desencadear crises hipertensivas associadas ao pneumoperitoneu. No entanto, diversas sérias têm descrito a eficácia e segurança deste tipo de abordagem permitindo a redução do íleos no pós-operatório, da dor e do tempo de internamento.
Neste vídeo apresentamos 1 doente submetido a suprarrenalectomia direita laparoscópica por um feocromocitoma realizada por um interno em formação.
Material e Métodos Gravação de 1 procedimento cirúrgico envolvendo uma suprarrenlaectomia direita laparoscópica. Posteriormente procedeu-se à sua edição assinalando os principais passos da cirurgia e referências anatómicas.
Resultados Vídeo
Discussão A cirurgia minimamente invasiva é passível de ser realizada em feocromocitomas em segurança e por um interno.
#16375397420Submetido em: 2021-11-22
Titulo Nissen-Sleeve gastrectomy - a valid option in very selected cases Autores Fábio Gomes, André Pinho, Hugo Sousa, Mariana Santos, Eduardo Lima Costa, John Preto
Centro de Responsabilidade Integrada de Obesidade, Centro Hospitalar e Universitário de São João
ID: 16375397420 2021-11-22
Nissen-Sleeve gastrectomy - a valid option in very selected cases
Objectivo/Introdução A operação de Nissen-Sleeve consiste na junção da gastrectomia vertical (um dos procedimentos bariátricos mais realizados em todo o mundo) com a criação de uma válvula anti-refluxo de Nissen; mostrando-se um procedimento adequado no controlo do refluxo sem interferir nos resultados bariátricos esperados.
Material e Métodos Relata-se o caso de uma mulher de 47 anos, obesa mórbida (IMC 45.3), com doença de refluxo gastro-esofágico e com colocação de balão intra-gástrico em 2008, referenciada a consulta multidisciplinar de obesidade e proposta para cirurgia bariátrica. Diagnosticada com mastocitose sistémica indolente e com hipersensibilidade a múltiplos fármacos, opta-se pela realização da operação de Nissen-Sleeve.
Resultados A cirurgia decorre sem intercorrências, tendo tido alta ao segundo dia pós-operatório. Recorre ao serviço de urgência 10 dias após alta, por dor abdominal difusa, tendo-se objetivada pequena coleção peri-gástrica em tomografia computadorizada. É internada para tratamento conservador, tendo tido alta assintomática após 7 dias de antibioterapia empírica endovenosa.
Discussão A mastocitose sistémica é uma doença rara com importantes implicações perioperatórias, cujos procedimentos cirúrgicos e anestésicos podem desencadear uma exacerbação aguda. Estes pacientes requerem um manuseio perioperatório cuidadoso, podendo, não obstante, ser submetidos a procedimentos cirúrgicos com segurança e eficácia. Este representa o primeiro caso de doente com mastocitose sistémica submetida a cirurgia bariátrica que se tenha conhecimento na literatura.
#16375418624Submetido em: 2021-11-22
Titulo Resseção multiorgânica laparoscópica- Pancreatectomia corpocaudal e hemicolectomia direita por neoplasia mucinosa do pâncreas e adenocarcinoma do cólon direito por polipectomia R1 Autores Maria Isabel Manso, Henrique Morais, Ruben Martins, Martins Dos Santos Tatiana Revez, Rute Pereira, Paulo Cardoso, Ricardo Ribeiro, Joana Domingues , João Castelão, Gizela Dias, Jorge Moleiro
ID: 16375418624 2021-11-22
Resseção multiorgânica laparoscópica- Pancreatectomia corpocaudal e hemicolectomia direita por neoplasia mucinosa do pâncreas e adenocarcinoma do cólon direito por polipectomia R1
Objectivo/Introdução A neoplasia mucinosa do pâncreas é uma condição clínica rara, correspondendo a 2% das neoplasias pancreáticas. É caracterizado por clínica inespecífica, pelo que o seu diagnóstico é normalmente feito por TC abdominal. Pelo seu potencial de transformação maligna, todos os consensos indicam a resseção cirúrgica como tratamento. Este vídeo retrata um caso de resseção multiorgânica laparoscópica por neoplasia mucinosa da cauda do pâncreas e adenocarcionoma do colon ascendente.
Material e Métodos Sexo feminino, 86 anos, realizou colonoscopia no contexto de astenia e melenas, com identificação de pólipo do colon ascendente, submetido a polipectomia com resseção R1. Durante o estadiamento foi identificada uma lesão mucinosa da cauda do pâncreas. O caso foi discutido em reunião multidisciplinar, sendo proposta para hemicoletomia direita e espleno-pancreatectomia corpo caudal.
Resultados A intervenção foi efectuada por via laparoscópica, houve ainda necessidade de realizar uma resseção gástrica atípica por ausência de plano de clivagem com a lesão pancreática.
Pós-operatório sem intercorrências, tendo alta ao 7º dia pós operatório.
O estudo anatomopatológico revelou uma cicatriz de colon direito sem lesão; pâncreas com neoplasia quística mucinosa de baixo grau com margens de resseção livres.
Discussão A resseção multiorgânica laparoscópica constitui um desafio cirúrgico, contudo não deve ser impeditivo desta via de abordagem, face as enormes vantagens que traz aos doentes, sem compromisso de qualidade resseção oncológica.
#16375419680Submetido em: 2021-11-22
Titulo You can run but you can't hide - Abordagem laparoscópica do segmento 1 Autores Mafalda Sousa Fernandes, Filipa Fonseca, José António Pereira, Pedro Amado, Rui Maio
ID: 16375419680 2021-11-22
You can run but you can't hide - Abordagem laparoscópica do segmento 1
Objectivo/Introdução O cancro colorrectal é a 2ª causa de morte por cancro nos países ocidentais. Cerca de dois terços desenvolvem metástases à distância, sendo o fígado o local mais frequente. Apesar da sobrevida global destes doentes ter aumentado nas últimas décadas com esquemas de quimioterapia mais eficazes, a ressecção cirúrgica continua a ser o único tratamento potencialmente curativo.
Material e Métodos Produção de vídeo demonstrativo de metastasectomia do segmento 1 por via laparoscópica no contexto de metástase hepática única metácrona de cancro do cólon.
Resultados Homem de 56 anos, com antecedentes de adenocarcinoma do cólon descendente, submetido a hemicolectomia esquerda laparoscópica e a quimioterapia adjuvante (QT). Na tomografia computorizada (TC) realizada aos 12 meses de seguimento, identificada lesão nodular do lobo caudado com 35 mm. Na PET, esta era a única lesão captante (SUV 9.5). Em reunião multidisciplinar, decide-se por cirurgia. O doente foi submetido a metastasectomia do segmento 1 por via laparoscópica. Na ecografia intra-operatória não foram identificadas outras lesões. O exame anatomo-patológico confirmou o diagnóstico de metástase hepática de adenocarcinoma colorrectal, com resseção R0. Cumpriu novamente QT adjuvante, e na TC aos 6 meses de pós-operatório não apresentava evidência de recidiva.
Discussão Considerando a problemática da exposição cirúrgica e o difícil controlo da hemorragia, a resseção laparoscópica de lesões nos segmentos póstero-superiores do fígado é um desafio. Actualmente, já existe evidência que sugere que a resseção destes segmentos, e até do lobo caudado, é exequível e segura, sendo que a técnica deve ser individualizada de acordo com a localização do tumor e a sua relação com os grandes vasos hepáticos.
#16375424200Submetido em: 2021-11-22
Titulo Abordagem das metástases hepáticas de cancro colorectal por estratégia inversa com recurso á cirurgia robótica Autores Maria do Carmo Girão; João Santos Coelho; Hugo Pinto Marques
ID: 16375424200 2021-11-22
Abordagem das metástases hepáticas de cancro colorectal por estratégia inversa com recurso á cirurgia robótica
Objectivo/Introdução O cancro colorectal é a patologia maligna mais frequente do tracto gastrointestinal. Cerca de 25% dos doentes com cancro colorectal apresentam metástases no diagnóstico.
A abordagem do cancro colorectal, deve ser multidisciplinar, sendo a cirurgia o único tratamento curativo. As metástases hepáticas são o tumor maligno mais frequente do fígado, sendo que mais frequentemente estas têm origem colorectal. O diagnóstico precoce permite a resseção atempada das metástases, tendo um impacto positivo na sobrevida dos doentes.
Material e Métodos As resseções hepáticas com intenção curativa são actualmente a melhor opção para os doentes com metástases hepáticas de cancro colo-rectal. A abordagem ?liver first? consiste numa estratégia de downstaging, em que a resseção das metástases hepáticas é realizada antes da resseção do tumor primário colorectal.
Resultados Os autores apresentam o caso de um doente de 68 anos, com o diagnóstico em Setembro de 2020 de neoplasia do recto com metastização hepática bilobar. Cumpriu quimioterapia neoadjuvante (5 ciclos), com resposta parcial, tendo sido proposto em reunião multidisciplinar para mais um ciclo de quimioterapia seguido de hepatectomia esquerda alargada e metastasectomia. A cirurgia decorreu sem intercorrências, bem como o pos-operatório.
O exame anatomo-patológico revelou metástases hepáticas de origem colorectal, pós- quimioterapia neoadjuvante, TRG3, R0.
Discussão O recurso á cirurgia robótica tem vindo a crescer, e esta tem vindo a permitir uma abordagem mais delicada e precisa na cirurgia hepática, com menor tempo de internamento, recuperação precoce e menos complicações pós-operatórias. A estratégia de ?liver first? tenta optimizar a oportunidade de uma cirurgia hepática potencialmente curativa.
#16375462960Submetido em: 2021-11-22
Titulo Abordagem laparoscópica de quisto hepatobiliar volumoso: punção aspirativa, fenestração e omentoplastia Autores Carolina Marques, Cátia Ferreira, Tiago Pinto de Castro, Nádia Tenreiro, João Pinto-de-Sousa
ID: 16375462960 2021-11-22
Abordagem laparoscópica de quisto hepatobiliar volumoso: punção aspirativa, fenestração e omentoplastia
Objectivo/Introdução A doença hepática quística é uma patologia muito comum e associa-se frequentemente a ausência de sintomas, traduzindo-se na maioria dos casos, por um achado incidental. Estes quistos podem ser classificados como simples ou complexos, na presença de espessamento, nodularidades murais ou assimetrias da parede, conferindo-lhes maior grau de suspeita neoplásica. No entanto, podem surgir dúvidas no diagnóstico, nomeadamente perante um quisto simples com paredes lobuladas ou perante dois quistos simples adjacentes que partilhem a mesma parede, podendo mimetizar um quisto complexo com septos internos. Além disso, os quistos simples podem complicar com infeção, sobretudo em pacientes com instrumentação quística ou do trato biliar prévia, ou em pacientes com comorbilidades importantes. Nos doentes com quistos sintomáticos, quistos complicados ou suspeitos de malignidade, impõe-se vigilância e por vezes intervenção, ao contrário dos doentes assintomáticos com diagnóstico incidental de quisto hepático simples.
Material e Métodos O presente trabalho tem como objetivo a apresentação do caso clínico de uma doente do sexo feminino de 57 anos, sem antecedentes de relevo, referenciada do médico assistente por clínica de dor epigástrica, saciedade precoce, enfartamento e anorexia, com mais de 6 meses de evolução. Realizou ecografia abdominal, que revelou volumoso quisto hepatobiliar septado, posteriormente confirmado por TAC e RMN, acrescentando que se trataria de uma formação nodular hipodensa, de contornos lobulados e esboço de 2 separações internas, de densidade hídrica, compatível com formação quística de 149x118x101mm, sem calcificações da parede associadas, e aparentemente sem franca compressão exercida sobre estruturas adjacentes. A pesquisa de Echinococcus foi negativa. A doente realizou ainda endoscopia digestiva alta, que revelou gastropatia crónica do corpo e antro - confirmada a nível histológico, associada a metaplasia intestinal focal, sem displasia, e positividade para H.Pylori - e presença de 2 úlceras bulbares em cicatrização. Realizou erradicação bacteriana da H. Pylori e teste confirmatório após.
Resultados Por manter a sintomatologia inicial, a doente foi discutida em Consulta de Grupo, decidindo-se drenagem do quisto hepatobiliar, com alcoolização percutânea - que não realizou devido a presença de fistulização para a cavidade peritoneal. Posto isto, a doente foi proposta para cirurgia eletiva de drenagem e fenestração laparoscópica do quisto hepatobiliar. Durante a cirurgia, constatou-se volumosa formação quística no segmento hepático II, septada e de paredes lobuladas. Foi realizada aspiração do seu conteúdo, seroso, sem suspeita de hidatidose, e efetuada fenestração do quisto hepático e omentoplastia. A histologia dos fragmentos da parede quística revelou epitélio cúbico simples, sem atipia. A citologia da punção aspirativa foi compatível com conteúdo de lesão quística, sem sinais de malignidade. No pós-operatório imediato, a doente desenvolveu pneumonia de aspiração, em provável relação com entubação orotraqueal durante a cirurgia. Teve alta ao oitavo dia pós-operatório, assintomática. Um mês após a cirurgia, a doente mantém-se assintomática, com resolução da sintomatologia pré-operatória.
Discussão Perante um doente sintomático com diagnóstico de quisto hepático, ainda que sem suspeita de complicações ou malignidade, este deve ser tratado, após exclusão de outros diagnósticos diferenciais que possam cursar com sintomatologia semelhante. Neste contexto, a abordagem cirúrgica laparoscópica é uma opção terapêutica segura e eficaz.
#16375443651Submetido em: 2021-11-22
Titulo Cirurgia minimamente invasiva no tratamento da hérnia inguinal (TAPP vs TEP) Autores Catarina Silva, Joana Magalhães, Ana Marta, Sílvia Pereira, Mário Nora
ID: 16375443651 2021-11-22
Cirurgia minimamente invasiva no tratamento da hérnia inguinal (TAPP vs TEP)
Objectivo/Introdução Desde o surgimento de técnicas minimamente invasivas, tem havido um grande interesse na correção da hérnia inguinal por via laparoscópica dadas as vantagens que esta abordagem oferece. Os estudos demonstram resultados superiores na abordagem laparoscópica quanto à dor pós-operatória, ao regresso precoce à atividade laboral e resultado estético, quando comparada com a abordagem por via anterior.
A abordagem transabdominal pré-peritoneal (TAPP) e a totalmente extra-peritoneal (TEP) são atualmente as duas técnicas laparoscópicas mais usadas com eficácia equivalente quando realizadas por um cirurgião experiente. Ambas abordam o espaço pré peritoneal pela via posterior e por isso têm a vantagem de poderem ser usadas em situações de recidiva após reparação por via anterior, permitindo também a correção simultânea de hérnias inguinais e crurais, bilateralmente.
Material e Métodos O vídeo que apresentamos representa uma compilação destas duas abordagens (TAPP e TEP) para correção de hérnia inguinal laparoscópica realizada em doentes diferentes na nossa instituição.
Resultados Pretendemos com este vídeo comparar estas duas técnicas realçando as suas principais etapas, as referências anatómicas a ter em conta, bem como as principais diferenças entre elas.
Discussão Assim, dado o crescente interesse nestas técnicas minimamente invasivas é importante que os cirurgiões estejam familiarizados com estas abordagens dado serem tecnicamente complexas e com uma longa curva de aprendizagem.
#16375518031Submetido em: 2021-11-22
Titulo Síndrome de Wilkie - reposicionamento laparoscópico da 3ª e 4ª porção do duodeno Autores Manuel Gouveia; Catarina Muller; Duarte Alves; Catarina Rodrigues; Sara Fernandes; António Caires; Fernanda Castro; Vítor Encarnação; Pedro Serrano; António Quintal; Ricardo Viveiros; Fernando Jasmins
ID: 16375518031 2021-11-22
Síndrome de Wilkie - reposicionamento laparoscópico da 3ª e 4ª porção do duodeno
Objectivo/Introdução O Síndrome de Wilkie ou síndrome da artéria mesentérica superior, consiste numa doença vascular rara em que a emergência da artéria mesentérica superior ocorre num ângulo inferior ao normal em relação à aorta abdominal, havendo diminuição do espaço aorto-mesentérico. Consequentemente, há compressão da 3ª porção do duodeno e da veia renal esquerda que podem resultar em dor abdominal, vómitos pós-prandiais e varicocelo à esquerda.
Material e Métodos Os autores descrevem um caso de Síndrome de Wilkie.
Resultados Sexo feminino, 35 anos, episódios de dor abdominal pós-prandial há 8 anos. Há 9 meses com vómitos pós-prandiais e perda de 18 Kg. Realizou uma RMN abdominal que mostrou uma redução do espaço aorto-mesentérico (10mm) com um ângulo aorto-mesentérico no limite inferior do normal (33º). Após falência de tratamento conservador, apresentava IMC de 17. A doente foi submetida a reposicionamento da 3ª e 4ª porções do duodeno por via laparoscópica. Sem intercorrências peri operatórias, teve alta após 2 dias. Até à data, 1mês pós-operatório, sem registo de vómitos ou dor pós-prandial com ganho de 4Kg.
Discussão Sendo uma patologia rara, deve suspeitar-se em doentes jovens com perda ponderal e vómitos pós-prandiais. Várias abordagens cirúrgicas como o procedimento de Strong, duodenojejunostomia ou gastrojejunostomia têm sido propostas. Atualmente a abordagem laparoscópica com reposicionamento da 3ª e 4ª porções do duodeno por via laparoscópica parece ser um tratamento adequado com reduzida morbilidade para estes doentes.
#16375642210Submetido em: 2021-11-22
Titulo Cirurgia minimamente invasiva na doença de Crohn fistulizante Autores Inês Sampaio da Nóvoa Miguel, Miguel F. Cunha, Juan Rachadell, Beatriz Dias, Pedro Almeida, Edgar Amorim, Mahomede Americano
ID: 16375642210 2021-11-22
Cirurgia minimamente invasiva na doença de Crohn fistulizante
Objectivo/Introdução Resumo provisório: A doença de Chron é uma doença inflamatória intestinal que pode envolver qualquer segmento do tubo digestivo.
O tratamento cirúrgico está indicado apenas em algumas situações, sendo a doença de Crohn fistulizante uma delas, quando a fístula é sintomática.
Quando estamos perante a necessidade de ressecção segmentar de intestino, deve ser realizada uma ressecção com o menor comprimento possível, uma vez que uma extensão alargada não tem benefício sobre uma ressecção mais limitada. Deve também ser tida em conta a possível necessidade de nova intervenção durante a vida do doente, pelo que é importante evitar o síndrome de intestino curto.
Material e Métodos .
Resultados Os autores apresentam o vídeo de um caso de uma doente do género feminino, 27 anos de idade, com doença de Crohn diagnosticada aos 24 anos, fistulizante, com fístula entero-cólica (íleon terminal-cólon transverso).
Realizou colonoscopia total que mostrava pseudopólipos, úlceras e tecido fibrótico, compatível com doença de Crohn.
A entero-ressonância revelou imagem com aspecto estrelado, com envolvimento de ansas de delgado e do cólon transverso, com lúmen patente.
Após discussão na consulta multidisciplinar de doença inflamatória intestinal, foi proposta intervenção cirúrgica.
Foi submetida a laparoscopia exploradora, verificando-se fístula com envolvimento do cólon transverso em 2 pontos e do intestino delgado em 4 pontos. Foi efectuada ressecção segmentar do cólon transverso com anastomose latero-lateral intra-corpórea, colorrafia no local do cólon transverso aderente à área da fístula, enterectomia segmentar de aproximadamente 5cm do íleon terminal com anastomose latero-lateral e sutura sero-serosa de 3 áreas do intestino delgado por desserosamento durante a dissecção.
Discussão Os autores pretendem mostrar a possibilidade de cirurgia minimamente invasiva na doença de Crohn complicada.
#16375649530Submetido em: 2021-11-22
Titulo Adrenalectomia esquerda por feocromocitoma Autores Joana Frazão, David Aparício, Wilma Dias, José Calado, Vítor Nunes
ID: 16375649530 2021-11-22
Adrenalectomia esquerda por feocromocitoma
Objectivo/Introdução Os feocromocitomas são tumores raros da medula da suprarrenal, que sintetizam e secretam catecolaminas. A HTA é muito frequente, sendo que um doente com sintomas de excesso de catecolaminas deve ser estudado através do doseamento de metanefrinas no soro e urina. A caracterização é feita por TC ou RMN. No peri-operatório, é necessário o controlo da TA, de forma a evitar instabilidade hemodinâmica no intra-operatório. Apesar de a terapêutica médica controlar os sintomas, o tratamento indicado é a excisão cirúrgica. A adrenalectomia é a resseção standard para tumores unilaterais, sendo a via laparoscópica a abordagem preferencial.
Material e Métodos Caso Clínico
Resultados Homem, 58 anos, com HTA refratária à terapêutica, palpitações e sudorese. Verificou-se um doseamento aumentado de metanefrinas no plasma e urina. A TC e RMN mostraram uma lesão heterogénea de 55 x 45mm na glândula suprarrenal esquerda. Preparação para cirurgia com bloqueio alfa e beta com início 14 dias antes da mesma. Submetido a adrenalectomia esquerda via laparoscópica, destacando-se uma veia suprarrenal média acessória. Alta ao segundo dia, clinicamente estabilizado e sem necessidade de anti-hipertensores.
Discussão A abordagem trans-abdominal laparoscópica é a técnica mais comum em doentes sem sinais de malignidade. Os gestos chave são a manipulação mínima do tumor e laqueação da veia supra-renal média. As variações anatómicas são pouco comuns, contudo a veia suprarrenal média acessória deve ser considerada.
#16375675670Submetido em: 2021-11-22
Titulo Oclusão intestinal - uma causa pouco comum Autores Rute Pereira, João Maia Teixeira, Tina Sanai, João Castelão, Gizela Dias
ID: 16375675670 2021-11-22
Oclusão intestinal - uma causa pouco comum
Objectivo/Introdução A hérnia do obturador é uma patologia rara, que consiste na entrada de conteúdo
intra-abdominal para o orifício pélvico do canal obturador. O diagnóstico constitui um desafio para o Cirurgião Geral, sendo normalmente realizado tardiamente. Os sintomas geralmente são inespecíficos, sendo as queixas mais comuns a dor na região inguinal, irradiada para a porção medial da coxa (sinal de Howship- Romberg) e sintomas de oclusão intestinal. Apresenta-se um caso de oclusão intestinal por hérnia do obturador numa doente com quadro de evolução de algumas horas e que apenas foi diagnosticado intra-operatoriamente. Por via laparoscópica, foi resolvido o quadro de oclusão, sem necessidade de resseção intestinal e correção da hérnia referida.
Material e Métodos Resolução laparoscopica.
Resultados Vídeo.
Discussão Caso pouco comum.
#16375675671Submetido em: 2021-11-22
Titulo Pneumoperitoneu por perfuração da cúpula vaginal Autores Rute Pereira, João Maia Teixeira, Tina Sanai, João Castelão
ID: 16375675671 2021-11-22
Pneumoperitoneu por perfuração da cúpula vaginal
Objectivo/Introdução O quadro de perfuração de víscera oca é uma emergência cirúrgica. Neste vídeo apresenta-se um caso clínico de uma doente observada no serviço de urgência com dor abdominal com algumas horas de evolução, em que os exames complementares de diagnóstico demonstraram a presença de pneumoperitoneu. De referir, como antecedentes cirúrgicos, histerectomia abdominal por neoplasia do ovário, há cerca de 3 meses. Intervencionada de urgência, constatou-se a presença de peritonite purulenta e perfuração da cúpula vaginal. Foi realizada rafia da cúpula vaginal e toillete peritoneal por via laparoscópica. A doente teve alta ao 5º dia pós operatório, sem complicações registadas durante o período Peri-operatório.
Material e Métodos Resolução por via laparoscopica
Resultados Vídeo.
Discussão Ainda que pouco comum, estão descritos casos na literatura.
#16375675672Submetido em: 2021-11-22
Titulo Gastrectomia proximal laparoscópica por GIST da transição esofagogástrica Autores Rute Pereira, João Maia Teixeira, Tina Sanai, Joana Dias, João Castelão
ID: 16375675672 2021-11-22
Gastrectomia proximal laparoscópica por GIST da transição esofagogástrica
Objectivo/Introdução GIST (Gastrointestinal stromal tumors) são sarcomas de tecidos moles, raros, que podem ocorrer em qualquer porção do tracto digestivo. Apresenta-se um caso de GIST de localização na transição esófago-gástrica num doente do sexo masculino, com queixas de dispepsia, maioritariamente. Foi submetido a terapêutica neo-adjuvante para downstaging. Posteriormente, foi submetido a gastrectomia próximal laparoscópica com interposição intestinal e montagem em Y de Roux. Teve alta cerca de uma semana pós-operatório, sem complicações a registar.
Material e Métodos Gastrectomia proximal laparoscopica com interposição intestinal.
Resultados Resolução cirúrgica.
Discussão Cirurgia pouco comum.
#16375678640Submetido em: 2021-11-22
Titulo eTEP - sTEP by sTEP Autores Marco Pires, Francisca Rosas, Sílvia Neves, Artur Flores, Carlos Magalhães
ID: 16375678640 2021-11-22
eTEP - sTEP by sTEP
Objectivo/Introdução As abordagens minimamente invasivas têm sido cada vez mais aplicadas na correção dos defeitos da parede abdominal. Apesar da correção laparoscópica se apresentar como um maior desafio técnico inicial face às técnicas clássicas, assim que ultrapassada a curva de aprendizagem, as vantagens podem ser múltiplas: menor dor pós-operatória, menor tempo de internamento, regresso às atividades diárias e profissional ao mais precoce e menor taxa de infeção do local cirúrgico.
Material e Métodos O caso trata uma doente de 55 anos, de antecedentes pessoais a destacar diabetes mellitus tipo 2 e insuficiência venosa periférica, sem antecedentes cirúrgicos, referenciada à Consulta Externa de Cirurgia Geral de Ambulatório do Centro Integrado de Cirurgia de Ambulatório (CICA) por hérnia primária da linha média, supra-umbilical, com 3 anos de evolução e agravamento sintomático nos últimos 6 meses. Sem episódios prévios de complicações associadas.
O estudo pré-operatório incluiu a caraterização do defeito por tomografia computorizada abdomino-pélvica (TC-AP), que revelou um saco herniário apenas com conteúdo adiposo, sem ansas intestinais presentes e um colo herniário de 19 mm, de localização mediana supra-umbilical e sem outros defeitos da parede abdominal.
Resultados Proposta para hernioplastia por via laparoscópica - extended totally extraperitoneal (eTEP) em regime ambulatório.
Cirurgia e período pós-operatório à data (3 meses) decorridos sem intercorrências.
O vídeo apresentado pretende demonstrar os principais passos da técnica cirúrgica aplicada num centro com elevada experiência em cirurgia da parede abdominal laparoscópica.
Discussão Com este trabalho, e apoiados na literatura atual, os autores pretendem demonstrar que a abordagem laparoscópica poder-se-á tornar o gold-standard da correção das hérnias da parede abdominal (mesmo em defeitos mais complexos, na ausência de contra-indicações) assim que o know-how e a respetiva curva de aprendizagem sejam adquiridos. Até lá, deve ser feita a referenciação para centros com cirurgiões experientes em laparoscopia.
#16379555711Submetido em: 2021-11-26
Titulo Recidiva de Hérnia inguinal corrigida por LAP TAPP - repetimos a abordagem? Autores Mário Rui Gonçalves, Helena Marques, Conceição Antunes, Jéssica Rodrigues, Joaquim Costa Pereira
ID: 16379555711 2021-11-26
Recidiva de Hérnia inguinal corrigida por LAP TAPP - repetimos a abordagem?
Objectivo/Introdução A hernioplastia inguinal laparoscópica tem demonstrado ser superior à cirurgia aberta no que respeita ao regresso mais precoce às atividades da vida diária e diminuição da ocorrência de inguinodinia. No entanto, os custos (aparentemente) mais elevados e a necessidade de anestesia geral podem ser argumentos contra a sua realização por rotina. Adicionalmente, a maior complexidade do procedimento e a anatomia menos familiar à generalidade dos cirurgiões serão outras causas da ainda limitada difusão da técnica. Furtado et al. publicaram a sistematização da TAPP inguinal, com a descrição de um novo conceito em Y invertido, com o estabelecimento de 5 triângulos e 3 zonas de dissecção, sendo necessário obter o que designam por visão crítica para realizar o procedimento em segurança e com qualidade. Recentemente, estes procedimentos têm sido cada vez mais usados, principalmente nos casos de hérnias inguinais recidivadas e bilaterais.
Material e Métodos Apresentamos um video do procedimento cirúrgico realizado num paciente de 40 anos, saudável, IMC 25, com antecedentes de hernioplastia inguinal laparoscópica TAPP à direita no Brasil, 10 anos antes. No exame físico constatava-se a presença de hérnia inguinal esquerda primária e hérnia inguinal direita recidivada, ambas volumosas, contendo ansas intestinais. Decidiu-se abordar cirurgicamente as hérnias, novamente por via laparoscópica TAPP.
Resultados Como detalhado no video, após a entrada na cavidade peritoneal, detetamos a presença de hérnia inguinal esquerda lateral, primária, e, à direita, a presença de uma prótese deslocada e coberta por peritoneu, localizada em posição lateral aos vasos epigástricos inferiores direitos associada a um defeito inguinal medial. Iniciando o procedimento pelo lado esquerdo, corrigimos o defeito herniário, com rafia do orifício inguinal profundo devido às dimensões consideráveis do defeito, com sutura contínua. Antes da colocação da prótese e do encerramento do peritoneu, e com a interpretação de que a prótese prévia pudesse ter sido mal colocada durante ou que tivesse migrado após a cirurgia anterior, decidiu-se avaliar a presença de recidiva de hérnia lateral direita. Foi necessário abordar o espaço pré-peritoneal desde a zona superior da prótese prévia, separando-a da parede abdominal, não tendo sido possível dissecar em segurança o anel inguinal profundo direito, não sendo, no entanto, constatada a presença de hérnia lateral. Foi explorado o espaço pré-peritoneal medial aos vasos epigástricos inferiores, reduzido o conteúdo herniário e encerrado o defeito com sutura contínua. Preparou-se uma rede de polipropileno de 25 x 12 cms que foi colocada desde a região lateral à esquerda até ao anel inguinal profundo direito. Aplicou-se cola para fixação da prótese.
Discussão O aumento das competências técnicas dos Cirurgiões e a diminuição das curvas de aprendizagem, têm levado a um aumento gradual da realização de hernioplastias por via laparoscópica, com ótimo resultados, demonstrando que é uma opção muito válida quer para os casos de hérnias primárias, recidivadas, unilaterais ou bilaterais. As ferramentas de treino e simulação destes procedimentos continuam a ser praticamente nulas. Por esse motivo, mas também devido à complexidade técnica e anatómica, continua a ser recomendável que os casos de hérnia inguinais bilaterais e recidivas sejam tratados por Cirurgiões de parede abdominal com elevada experiência e competência nesta patologia.