Total de trabalhos: 71#16364691200Submetido em: 2021-11-09
Titulo Transabdominal Preperitoneal Patch Technique (TAPP): experiência de um serviço. Autores Mónica, I.B.; Guimarães, N.; Oliveira, S.; Pais, D.P.; Andrade, S.; Colaço, I.B.; Ferreira, M.; Couceiro, A.; Pinho, J.F.; Melo, F.; Cecílio, J.V.
ID: 16364691200 2021-11-09
Transabdominal Preperitoneal Patch Technique (TAPP): experiência de um serviço.
Objectivo/Introdução A abordagem cirúrgica através da técnica TAPP é segura e efectiva. O estudo tem como objectivo a apresentação da experiência de um Serviço de Cirurgia Geral após o início da implementação desta técnica.
Material e Métodos Realização de estudo retrospectivo dos doentes submetidos a TAPP de Janeiro de 2019 a Junho de 2021.
Resultados A técnica TAPP foi realizada em 18 doentes, todos do género masculino, com uma média de idades de 55,39+/-11,62 anos e um peso médio de 75,19+/-9,06 Kg. Relativamente aos hábitos tabágicos, 38,9% são fumadores activos. Nenhum doente tem doença de colagénio ou diabetes mellitus conhecidas. Não houve necessidade de conversão em nenhum doente, nem foi registada qualquer complicação durante o peri ou o pós-operatório imediato, com um tempo médio de cirurgia de 123,3+/-57,38 min. Foram aplicados tacks em 88,9%, nos restantes doentes foi usada rede auto-adesiva. A taxa de mortalidade é 0% e a de morbilidade de 38,9% (taxa de morbilidade classificada como Clavien-Dindo I em 27,8% dos casos, Clavien-Dindo II em 5,6% e Clavien-Dindo IIIb também em 5,6% dos casos. O tempo médio de follow-up é de 11,65 meses (máx: 25, mín:2).
Discussão A correcção cirúrgica laparoscópica de hérnias da parede abdominal é possível e cada vez mais recomendada. A morbilidade desta série é mais alta do que o esperado segundo a literatura actual (38,9% em comparação com estudos que reportam entre 2,9% até cerca de 15% de taxa de complicações), o que pode ser explicado pelo facto de serem os primeiros casos realizados no nosso serviço.
#16365013660Submetido em: 2021-11-09
Titulo Analysis of Prospective Evaluation of the Management of Sporadic Nonfunctioning Asymptomatic Pancreatic Neuroendocrine Neoplasms - 2 cm (ASPEN Study) Autores Partelli, Massironi, Zerbi, Niccoli, Kwon, Landoni, Panzuto, Tomazic, Bongiovanni, Kaltsas, Sauvanet, Bertani, Mazzaferro, Caplin, Armstrong, Weickert, Ramage, Segelov, Butturini, Staettner, Cives, Frilling, Moulton, He, Boesch, Selberheer, Twito, Castaldi, De Angelis, Gaujoux, Holzer, Wilson, Almeamar, Vigia, Muffatti, Lucà, Lania, Ewald, Kim, Salvia, Rinzivillo, Smid, Gardini, Tsoli, Hentic, Colombo, Citterio, Toumpanakis, Ramsey, Randeva, Srirajaskanthan, Croagh, Regi, Bassi, Falconi
ID: 16365013660 2021-11-09
Analysis of Prospective Evaluation of the Management of Sporadic Nonfunctioning Asymptomatic Pancreatic Neuroendocrine Neoplasms - 2 cm (ASPEN Study)
Objectivo/Introdução Guidelines recommend a watchful strategy for small, incidental, nonfunctioning pancreatic neuroendocrine neoplasms (NF-PanNEN). This prospective study aims to evaluate the management of asymptomatic NF-PanNEN ? 2 cm.
Material e Métodos Prospective multicenter cohort study supported by European Neuroendocrine Tumor Society (ENETS) (NCT03084770). Overall, 540 patients with sporadic asymptomatic NF-PanNEN ? 2 cm were enrolled by 40 Institutions worldwide (August 2017-November 2019). Data for an interim analysis were available for 500 patients. Patients underwent active surveillance (AS) or surgical resection (SR) according to referral physician choice.
Resultados Overall, 406 patients (81%) underwent AS whereas 94 patients (19%) received SR at initial diagnosis. Patients in the AS group were significantly older compared to those who underwent surgery (56 vs 52 years, P= 0.01). Patients in the AS group had significantly smaller tumors (13 mm vs 14 mm, p= 0.03) and less dilated main pancreatic duct (2.5 vs 4 mm, p <0.01) compared to the SR group. Only one patient (0.3%) presented liver metastases at diagnosis. In the AS group 165 patients (60%) had at least 1 follow-up available. None of these patients developed metastases and only one (0.6%) had a significantly increase of the lesion. Of those 165 patients initially observed, 5 (3%) underwent surgery after the first follow-up. In the SR group, the most frequent type of resection was distal pancreatectomy in the 46% of cases and patients were approached with a minimally invasive in the 60% of cases. No postoperative mortality was observed.
Discussão In conclusion, active surveillance is the preferred approach for sporadic, asymptomatic, nonfunctioning, PanNENs ? 2 cm. The low but existing risk of distant metastases as well as the presence of histological characteristics of aggressiveness in almost one-fifth of operated tumors, impose caution in the choice of nonoperative management especially for lesions larger than 1 cm or associated with dilated MPD.
#16367613690Submetido em: 2021-11-12
Titulo A Variação Peri-operatória da PTH como factor preditivo da hipocalcemia após Cirurgia Tiroideia - Um estudo retrospectivo Autores Filipa Policarpo, Ana Alves Rafael, Miguel Fróis Borges, José Teixeira, Gonçalo Figueirôa, Fernando Azevedo, Luís Viana Fernandes
ID: 16367613690 2021-11-12
A Variação Peri-operatória da PTH como factor preditivo da hipocalcemia após Cirurgia Tiroideia - Um estudo retrospectivo
Objectivo/Introdução A hipocalcemia é a complicação mais frequente da cirurgia tiroideia. Tendo como objectivo o diagnóstico e tratamento precoces, evitar suplementação desnecessária e possibilitar altas precoces, o interesse nos factores predictores tem aumentado.
Num Serviço que usa por rotina a PTH às 4h (PTH4h), os autores propõem-se a avaliar se a variação peri-operatória da PTH tem melhor efeito preditivo.
Material e Métodos Estudo retrospectivo de doentes submetidos a tiroidectomia total ou totalização entre Março/2016 e Dezembro/2020, com doseamento da PTH no período pré-operatório e 4 horas após a cirurgia.
Os doentes foram divididos em 3 grupos de acordo com a calcemia no 1º dia pós-operatório (Ca24h): grupo A ?8.5mg/dl; grupo B 7.8 ? 8.4mg/dl; grupo C ?7.7mg/dl.
Resultados De um total de 143 doentes, 18 eram homens e 125 mulheres, com idade média de 58 anos, 129 submetidos a tiroidectomia total e 14 a totalização. 60 pertenciam ao grupo A (42%), 58 ao grupo B (41%) e 25 ao grupo C (17%).
A PTH4h foi 46pg/mL no grupo A, 31pg/mL no grupo B e 18pg/mL no grupo C.
A variação da PTH nos grupos A, B e C foi 7%, -39% e -63%, respectivamente.
No modelo linear, a PTH4h e a variação da PTH explicam respectivamente 14,7% e 20,2% da variação da Ca24h (p < 0,001).
Discussão Na nossa amostra a variação da PTH parece distinguir melhor os doentes com hipocalcemia.
No entanto, o nosso estudo é limitado pela variabilidade temporal da PTH pré-operatória. Um estudo prospectivo que avalie consistentemente estes e outros factores é necessário.
#16372779700Submetido em: 2021-11-18
Titulo Implicações clinicas da drenagem biliar pré duodenopancreatectomia cefálica em doentes com adenocarcinoma ductal pacreático: um estudo observacional retrospetivo Autores Maria João Amaral, João Freitas, Mariana Amaral, Marco Serôdio, Rui Caetano Oliveira, José Guilherme Tralhão
ID: 16372779700 2021-11-18
Implicações clinicas da drenagem biliar pré duodenopancreatectomia cefálica em doentes com adenocarcinoma ductal pacreático: um estudo observacional retrospetivo
Objectivo/Introdução Objetivo: Esclarecer a associação entre a drenagem biliar pré-operatória (DBP) e as complicações pós DPC e quantificar o seu impacto prognóstico.
Métodos: 128 doentes com diagnóstico de ADP, submetidos a DPC entre
Material e Métodos 128 doentes com diagnóstico de ADP, submetidos a DPC entre 2008-2020. Divididos em 2 grupos: DBP (grupo 1) e os que não foram submetidos a este procedimento. O grupo 1 foi subdividido de acordo com a via de drenagem: CPRE (1.1) e CPT (1.2). Estudo estatístico realizado com SPSS. Aprovação pela Comissão de Ética local.
Resultados 44 (34.4%) foram submetidos a DBP, 27 casos (61.7%) por CPRE e 17 (38.6%) por CPT. Houve morbilidade relacionada com a drenagem em 47.7% dos doentes: 37% no grupo 1.1 e 64.7% no grupo 1.2 (p=0.074). Houve diferença significativa entre o grupo 1 e 2 relativamente à colonização bacteriana da bilis (45.5% vs 3.6%, p<0.001), mas sem diferença na colonização por bactérias multirresistentes (45% vs 33.3%, p=1.000), no desenvolvimento de complicações pós-operatórias clinicamente significativas (29.5% vs 30.9%, p=0.802), fístula pancreática (63.6% vs 69%, p=0.468), gastroparésia clinicamente significativa (29.5% vs 29.8%, p=0.976), abcesso intra-abdominal (13.6% vs 21.4%, p=0.257), hemorragia (15.9% vs 10.7%, p=0.428), IFO (6.8% vs 10.7%, p=0.539) e reinternamento (50% vs 48.8%, p=1.000). Entre os grupos 1.1 e 1.2 houve uma diferença na colonização bacteriana da bilis, embora sem significado estatístico (55.5% vs 29.4%, p=0.130), e uma diferença estatisticamente significativa na gastroparésia clinicamente significativa (44.4% vs 5.9%, p=0.014). Não houve diferença na sobrevivência global aos 5 anos (18.1 vs 18.5%, p=0.833) e na sobrevivência livre de doença entre os grupos 1 e 2 (3.8% vs 0%, p=0.192). Houve diferença estatisticamente significativa na sobrevivência livre de doença entre os grupos 1.1 e 1.2 (6.3% vs 0%, p=0.017). A análise univariada mostrou que os doentes CPT têm maior risco de recidiva (HR 2.559, IC95% 1.092-5.994, p=0.031).
Discussão Nesta série de doentes, a DBP está associada a um aumento da colonização da bílis, sem um aumento significativo nas complicações pós-operatórias ou influência na sobrevivência aos 5 anos. A CPRE aumenta a positividade das culturas da bílis e provavelmente contribui para a gastroparésia pós-operatória. Os doentes submetidos a CPT parecem ter maior risco de recidiva.
#16372779701Submetido em: 2021-11-18
Titulo Fatores de prognóstico para a sobrevivência e sobrevivência livre de doença em doentes com adenocarcinoma ductal pancreático submetidos a cirurgia: um estudo observacional retrospetivo Autores Maria João Amaral, Mariana Amaral, João Freitas, Rui Caetano Oliveira, Marco Serôdio, José Guilherme Tralhão
ID: 16372779701 2021-11-18
Fatores de prognóstico para a sobrevivência e sobrevivência livre de doença em doentes com adenocarcinoma ductal pancreático submetidos a cirurgia: um estudo observacional retrospetivo
Objectivo/Introdução Objetivo: Identificar fatores de prognóstico clínicos e patológicos em doentes com adenocarcinoma ductal pancreático submetidos a intervenção cirúrgica no nosso Centro.
Material e Métodos Estudo observacional retrospetivo aprovado pela Comissão de Ética do CHUC. 148 doentes com o diagnóstico de ACDP submetidos a intervenção cirúrgica entre 2008-2020: 62.8% do sexo masculino, idade mediana 70 anos (IQR 61.0-76.0), 83.8% submetidos a DPC e 58.1% submetidos a terapêutica adjuvante. 70.9% em estádio?II. Análise estatística realizada no SPSS.
Resultados Após uma mediana de follow-up de 16.5 meses (IQR 9.0-29.8), a SG mediana foi 18 meses e a sobrevivência livre de doença SLD mediana foi de 10 meses; a SG aos 3 e 5 anos foi 26.9% e 16.4%, e a SLD foi 2.4% e 1.2%, respetivamente. 58.8% dos doentes tiveram recidiva, a maioria hepática (34.6%). Na regressão univariada, os seguintes fatores foram significativamente associados a uma pior SG: HTA (HR 1.641, (95%CI 1.112-2.421), p=0.013), DM (HR 1.759 (95%CI 1.200-2.578), p=0.004), dor abdominal (HR 1.647 (95%CI 1.131-2.400), p=0.009), CA 19.9 >500U/L (HR 1.638 (95%CI 1.063-2.524), p=0.025), T>2 (HR 1.703 (95%CI 1.132-2.560), p=0.011), N+ (HR 1.840 (95%CI 1.144-2.959), p=0.012), IVL (HR 1.968 (95%CI 1.202-3.223), p=0.007), estádio>II (HR 1.914 (95%CI 1.288-2.844), p=0.001), R?1 (HR 1.594 (95%CI 1.091-2.331), p=0.016) e recidiva (HR 2.221 (95%CI 1.399-3.524), p=0.001). O tratamento adjuvante associou-se a uma redução de 38.2% no risco de morte (HR 0.618 (95%CI 0.422-0.906), p=0.014). CA 19.9 pré-operatório >500U/L (HR 1.672 (95%CI 1.022-2.737), p=0.041) e AST?100U/L pré-operatório (HR 1.923 (95%CI 1.197-3.088), p=0.007) correlacionaram-se com a SLD na regressão univariada, sendo fatores de prognóstico independentes na análise multivariada (HR 2.250 (95%CI 1.431-4.077), p=0.001; HR 2.250 (95%CI 1.317-3.842), p=0.003, respetivamente.
Discussão Os doentes com ACDP submetidos a intervenção cirúrgica e com pior prognóstico podem ser identificados no nosso Centro. Garantir uma avaliação individualizada do prognóstico pode permitir que os doentes sejam estratificados em abordagens terapêuticas adequadas, a fim de prolongar a sobrevivência e obter uma estimativa mais realista da recidiva. Doentes com um CA 19.9 >500U/L e AST?100U/L no pré-operatório parecem ter um risco maior de recidiva tumoral após a cirurgia.
#16373186840Submetido em: 2021-11-19
Titulo AS TRANSFUSÕES PERIOPERATÓRIAS TÊM IMPACTO NO OUTCOME DO CANCRO GÁSTRICO? - A REALIDADE DE UM SERVIÇO Autores Daniela Martins, Ricardo Pereira, Urânia Fernandes, Gonçalo Guidi, Clara Leal, Bruno Vieira, Carolina Marques, Francisca Freitas, Pedro Costa, João Pinto-de-Sousa.
ID: 16373186840 2021-11-19
AS TRANSFUSÕES PERIOPERATÓRIAS TÊM IMPACTO NO OUTCOME DO CANCRO GÁSTRICO? - A REALIDADE DE UM SERVIÇO
Objectivo/Introdução Os doentes com cancro gástrico, especialmente se diagnosticados numa fase mais avançada, apresentam frequentemente anemia que, por sua vez, muitas vezes implica transfusão de concentrado eritrocitário (CE) durante o período perioperatório. No entanto, o impacto das transfusões de CE em doentes submetidos a cirurgia de resseção de cancro gástrico, ainda não está totalmente esclarecido. O objetivo deste estudo, é avaliar o impacto da transfusão de CE no outcome dos doentes submetidos a cirurgia por cancro gástrico.
Material e Métodos No estudo foram incluídos doentes submetidos a cirurgia gástrica por cancro gástrico, com intuito curativo, entre 2017 e 2021. A presença de anemia pre-operatória, foi definida como tendo um valor de hemoglobina (Hb) <12mg/dL nas mulheres e Hb <13mg/dL nos homens. A transfusão de CE no período perioperatório, definiu-se como a realizada nos 7 dias anteriores à cirurgia, durante a cirurgia ou durante o período de internamento após a cirurgia. As características dos doentes e do tumor bem como o outcome foram comparados entre os grupos de doentes.
Resultados No estudo foram incluídos 195 doentes, dos quais 45,1% dos doentes eram anémicos e destes 26,6% foram transfundidos. Os doentes que receberam transfusão eram mais velhos, (p=0,03), apresentaram progressão tumoral na parede gástrica mais avançada (pT) (p<0,001) e maior número de gânglios metastizados (pN) (p=0,04), tumores de maiores dimensões (p<0,001), menor Hb (p<0,01) e hematócrito (p<0,01) pré-operatórios, quando comparados com os não transfundidos. Além disso, verificou-se também um maior tempo de internamento (p<0,001) e menor sobrevida nos doentes transfundidos (HR 0,43; 95% CI 0,23-0,80; p< 0,008).
Discussão De acordo com os resultados deste estudo, a transfusão perioperatória de CE é um fator prognóstico para o cancro gástrico, o que obriga a melhor abordagem e otimização destes doentes no controlo da anemia no período pré-operatório.
#16373400630Submetido em: 2021-11-19
Titulo Infeção do local cirúrgico em cirurgia colorretal Autores Aldara Faria, Mauro Sousa, Teresa Pereira, Afonso Ramires, Fernando Quirino, João Coutinho, Álvaro Ayres Pereira
ID: 16373400630 2021-11-19
Infeção do local cirúrgico em cirurgia colorretal
Objectivo/Introdução A infeção do local cirúrgico (ILC) é uma das complicações pós-operatórias mais frequentes. No nosso centro de cirurgia colorretal identificamos uma elevada percentagem de ILC e, como tal, criamos um conjunto de medidas por forma a melhorar a morbimortalidade que lhe é inerente.
Material e Métodos Prospetivamente implementamos um conjunto de medidas, com análise retrospetiva, para diminuir a taxa de incidência de ILC. As taxas de infeção superficial, profunda e de órgão/espaço foram analisadas e comparadas antes e depois da implementação da ?care bundle?.
Resultados No período compreendido entre janeiro de 2016 e dezembro de 2020, avaliamos 1139 doentes submetidos a cirurgia colorretal por laparotomia mediana. Até novembro de 2017, o nosso estudo incluiu 427 doentes, 24,1% dos quais com ILC no período pós-operatório. A partir de dezembro de 2017, introduzimos um conjunto de medidas que incluiu um dispositivo de proteção de ferida operatória, preparação mecânica intestinal e antibioticoterapia oral e endovenosa, aplicado aos 712 doentes intervencionados nesse período, permitindo diminuir para 9,6% a taxa de ILC.
Discussão A ILC é a complicação pós-operatória mais frequente dos doentes submetidos a cirurgia colorretal, podendo apresentar incidências na ordem dos 50% em algumas séries da literatura. No nosso centro, a implementação de um conjunto de medidas específicas permitiu reduzir a taxa de ILC de 24,1% para 9,6%.
#16373728992Submetido em: 2021-11-20
Titulo Ambulatorização da Cirurgia Mamária: 1 Ano de Experiência Autores Sara Castanheira Rodrigues1, Diana Gonçalves1,2, Fábio Gomes1, Susan Vaz1, Henrique Mora 1,2, Joana Amaral 2, Susy Costa1,2, André Magalhães1,2, Fernando Osório 1,2,José Luís Fougo1,2, Elisabete Barbosa1
1Serviço de Cirurgia Geral, Centro Hospitalar Universitário de São João, Porto, Portugal;
2Centro de Mama, Centro Hospitalar Universitário de São João, Porto, Portugal.
ID: 16373728992 2021-11-20
Ambulatorização da Cirurgia Mamária: 1 Ano de Experiência
Objectivo/Introdução A Cirurgia de Ambulatório(CA)consiste na cirurgia programada realizada em instalações próprias com condições de segurança com admissão e alta no mesmo dia, ou num período <24horas(pernoita).Estudos demonstram redução de complicações pós-operatórias,com benefícios psicossociais para o doente e económicos para os serviços de saúde.Nas últimas décadas,a cirurgia oncológica da mama tem tendência a ser menos invasiva,sendo ambulatorizável,especialmente se feita por equipas especializadas e dedicadas.
Material e Métodos Análise retrospetiva das cirurgias realizadas durante 1ano(2020-2021)no Centro de Mama do Centro Hospitalar Universitário de São João.
Resultados Realizadas 916 cirurgias, 671(73,3%) das quais em regime de ambulatório: 277(41,3%) da mama,41(6,1%) da axila e 353(52,6%) acessos vasculares. Das cirurgias da mama [mulheres, média de idade de 55A(30-89)], 168 (60,6%) foram por patologia maligna. 83,2% das cirurgias foi conservadora(vs.16,8%mastectomias), 60,7% com recurso a técnicas oncoplásticas.Obtiveram-se margens positivas em 9,1% dos casos.Registaram-se complicações em 33,9% dos casos (5,3% com graus C-D?III) e 31(11,9%) doentes ficaram em pernoita.Em comparação aos doentes operados em regime de internamento,existe associação entre local da realização da cirurgia e complicações pós-operatórias(23%vs.40,3%,p<0.001).
Discussão A CA é oncologicamente segura, promovendo elevado grau de satisfação e bem-estar dos doentes, permitindo a alta precoce, sem compromisso da recuperação e sem impacto prognóstico.
#16375502750Submetido em: 2021-11-22
Titulo Paratormona como factor preditor da hipocalcémia pós-tiroidectomia - uma ferramenta para melhorar o pós-operatório? Autores Lara Madeira, Renato Barradas, Sónia Marques, Natacha Nunes, Henrique Nunes, Frederico Vera-Cruz
ID: 16375502750 2021-11-22
Paratormona como factor preditor da hipocalcémia pós-tiroidectomia - uma ferramenta para melhorar o pós-operatório?
Objectivo/Introdução A hipocalcémia constitui uma das principais complicações da cirurgia da tiróide, com impacto no tempo e nos custos do internamento, bem como na qualidade de vida do doente. Esta define-se por determinações de cálcio não ionizado inferiores a 8 mg/dL, associados a valores de paratormona (PTH) inferiores a 15 pg/mL, na presença ou ausência de sintomas.
O recurso, por rotina, a um tratamento profilático é desnecessário na maioria dos doentes, pode mascarar a hipocalcémia grave e, nestes casos, atrasar o tratamento mais adequado.
Encontram-se descritos múltiplos factores de risco, tais como: a dimensão aumentada da glândula, re-intervenção, dissecção ganglionar do compartimento central, doença de Graves, tiroidite, menos que 2 glândulas paratiroideias identificadas durante a intervenção ou a experiência do cirurgião.
Com este estudo, os autores pretendem analisar a correlação entre a PTH no pós-operatório precoce (3 horas após a tiroidectomia) e a calcémia no primeiro dia de pós-operatório, de forma a poder utilizar a primeira como indicador para o tratamento precoce da hipocalcémia, obviando assim os sintomas e procurando abreviar o tempo de internamento.
Material e Métodos Estudo retrospectivo, mediante a consulta de processo de 195 doentes submetidos a cirurgia da tiróide entre janeiro de 2019 e setembro de 2021.
Tratamento de dados com recurso a software IBM SPSS Statistics.
Resultados Num grupo constituído maioritariamente por elementos do sexo feminino (82,1%), com uma média de idades de 59 anos, foram identificados 53 casos de hipocalcémia pós-tiroidectomia, o que se traduz numa prevalência de 27%. Esta associou-se a incremento estatisticamente significativo nos dias de internamento.
A hipocalcémia no primeiro dia de pós-operatório correlaciona-se com o hipoparatiroidismo no pós-operatório precoce de forma estatisticamente significativa. Tal relação também se verifica quando se analisa a hipocalcémia com o decréscimo da PTH para valores inferiores a 40% da determinação prévia à cirurgia.
Nesta população, cerca de 47,9% dos doentes apresentava a glândula tiroideia aumentada de volume, o diagnóstico de doença maligna aconteceu em cerca de 25% dos casos, e em 26,2% o título de anticorpos anti-tiroideus estava aumentado. No entanto, nenhum destes factores apresentou impacto na hipocalcémia com significância estatística.
Discussão A determinação da PTH 3h após a cirurgia parece ser uma ferramenta útil e segura para identificar mais precocemente os doentes que precisem de tratamento para a hipocalcémia pós-tiroidectomia. Tal estratégia poderá contribuir para a diminuição do tempo de internamento e melhorar a satisfação dos doentes.
#16374036330Submetido em: 2021-11-20
Titulo A drenagem cervical na Cirurgia da Tiróide - 8 anos de experiência do serviço Autores Dr. Gonçalo Guidi, Dr. Carlos Santos, Dr. Paulo Avelar, Dr. João Gaspar, Dr. Leandro Lajut, Dra. Rita Marques, Dra. Cátia Ferreira, Dra. Ana Melo, Dra. Silvia Silva, Dr. Ricardo Vaz Pereira, Dra. Urânia Fernandes, Dra. Daniela Martins, Dr. Clara Leal, Dr. Bruno Vieira, Dra. Carolina Marques, Dra. Francisca Freitas, Professor Doutor Pinto de Sousa , Dr. Fernando Próspero
ID: 16374036330 2021-11-20
A drenagem cervical na Cirurgia da Tiróide - 8 anos de experiência do serviço
Objectivo/Introdução A cirurgia da tiroide é a cirurgia endócrina mais realizada em Portugal. No entanto, apesar do grande volume cirúrgico, mantém-se a controvérsia sobre a necessidade de utilização, ou não, da drenagem cervical nesta cirurgia.
O intuito da utilização de dreno advogava uma redução no tempo de internamento do doente através de uma redução nas complicações cirúrgicas como seromas e hematomas. Para além disso, muitos cirurgiões sentem-se mais confortáveis com o uso de dreno pois assim poderiam prevenir complicações com potencial de obstrução da via aérea.
Não existem estudos ou guidelines claras que reforcem ou refutem a necessidade desta prática e daí que a necessidade de utilização da drenagem fica apenas entregue à vontade e senso clínico do cirurgião responsável.
Material e Métodos Apresentar a experiência e evolução do nosso serviço ao longo de 9 anos (de 2013 a 2020 com um total de 748 cirurgias), em relação ao uso de dreno, assim como os seus resultados (complicações hemorrágicas/seromas e tempo de internamento).
Resultados A não utilização de drenagem cervical por rotina, diminuiu o tempo de internamento dos doentes e não aumentou o número de complicações hemorrágicas/seromas.
Discussão Tendo em conta os resultados, a drenagem cervical deve ser apenas utilizada em casos seleccionados e não por rotina
#16374179260Submetido em: 2021-11-20
Titulo Impacto do estudo Z0011 na abordagem axilar no cancro da mama - Follow-up a longo prazo Autores Beatriz Costeira, Rodrigo Oom, Cristina Sousa Costa, João Vargas Moniz, Nuno Abecasis, Catarina Rodrigues dos Santos
ID: 16374179260 2021-11-20
Impacto do estudo Z0011 na abordagem axilar no cancro da mama - Follow-up a longo prazo
Objectivo/Introdução Em linha com uma estratégia cada vez mais conservadora na abordagem do cancro da mama, o estudo ACOSOG Z0011 avaliou um grupo de doentes com gânglios axilares metastizados que podem evitar a linfadenectomia axilar (LA), sem diferença na sobrevivência.
Material e Métodos Estudo observacional de uma base de dados prospectiva de doentes submetidas a cirurgia conservadora da mama por cancro de 2012 a 2014 na nossa Instituição, com tumores T1/T2, cN0 e propostas para radioterapia e terapêutica sistémica adjuvante.
Resultados Das 1318 tumorectomias por terapêutica primária de cancro de mama realizadas neste período, 1125 realizaram biópsia do gânglio sentinela (BGS). Destas, 165 apresentaram metástases axilares. Foi realizada LA em 73 e 92 (56%) não foram submetidos a mais cirurgia axilar. Dos 92 doentes que não realizaram LA, todos eram mulheres, com mediana de idade de 61 anos. A mediana de gânglios sentinela positivos foi de 1 e 63% apresentaram macrometástases (>2mm). Todos os doentes realizaram terapêutica adjuvante sistémica e apenas 1 doente não realizou radioterapia.
A mediana de seguimento foi de 95 meses (p25 88- p75 105). Verificou-se 1 caso de recidiva local; 1 caso de recidiva local e progressão sistémica síncronas; 7 casos de progressão sistémica. A sobrevivência livre de doença e global nesta série é de 90,2% e 97,6%, respectivamente.
Discussão Este protocolo permitiu poupar 56% de doentes com cirurgia conservadora e BGS positiva a LA e suas complicações, suportando a segurança oncológica desta abordagem.
#16374308010Submetido em: 2021-11-20
Titulo Unidade de Hospitalização Domiciliária da Área Cirúrgica? Casuística do 1º ano Autores Catarina Rolo Santos, Rita Pereira, Daniela Reis, Patricia Bernardo, Lígia Santos, Pedro Gameiro
ID: 16374308010 2021-11-20
Unidade de Hospitalização Domiciliária da Área Cirúrgica? Casuística do 1º ano
Objectivo/Introdução A hospitalização domiciliária assegura a prestação de cuidados de saúde a doentes com uma situação clínica transitória e estável. Os doentes aceitam de forma voluntária a hospitalização domiciliária e o principal objetivo é promover o seu bem-estar e a sua qualidade de vida.
O objetivo deste trabalho é expor os resultados do primeiro ano de Unidade de Hospitalização Domiciliária da Área Cirúrgica (UHDAC).
Material e Métodos Estudo observacional retrospectivo, descritivo e unicêntrico, analisados os doentes internados em regime de ambulatório de janeiro 13 de dezembro de 2019 a dezembro de 2020.
Género, idade, diagnóstico, proveniência, motivo de internamento e tempo de internamento.
Percentagem de regresso ao Hospital.
Resultados Foram estudados 159 doentes. Idade média 61 anos, mediana 63 [23-93] anos, com predomínio do sexo masculino (62%). A principal proveniência foi o Serviço de Cirurgia Geral em 87 % dos casos. Dos vários diagnósticos, destaca-se o pé diabético em 16%, a colecistite aguda em 12% e a diverticulite aguda em 10%. Os dias de internamento com média de 9,40 e mediana de 7 [1-40]. Houve necessidade de reinternamento hospitalar em 8,8%.
Discussão Os resultados referem-se ao período entre 13 de dezembro de 2019 - data em que iniciou atividade - e o final de dezembro de 2020, no qual a UHDAC prestou cuidados de saúde no domicílio a um total de 159 doentes.
#16374352490Submetido em: 2021-11-20
Titulo Tratamento cirúrgico dos paragangliomas da cabeça e pescoço: experiência de 15 anos Autores Mariana Marques, José Carlos Pereira, Rita Canotilho, Ana Margarida Correia, Catarina Baía, Paula Ferreira Pinto, Laurinda Giesteira, Rosa Capelo, Cláudia Araújo, Margarida Lima, Dora Cunha, Cristina Sanches, Pedro Antunes, Augusto Moreira, Jorge Guimarães, Joaquim Abreu de Sousa
ID: 16374352490 2021-11-20
Tratamento cirúrgico dos paragangliomas da cabeça e pescoço: experiência de 15 anos
Objectivo/Introdução Os paragangliomas (PGs) são tumores neuroendócrinos raros com origem extra-adrenal, derivados da crista neural com origem em paragânglios simpáticos ou parassimpáticos. Os PGs simpáticos são provenientes das células cromafins, com capacidade de secretar catecolaminas, e desenvolvem-se ao longo da cadeia simpática, que se estende desde a baso do crânio até à pelve, localizando-se a maioria na região abdominal. Por outro lado, os PGs parassimpáticos têm origem em células não cromafins, localizam-se predominantemente na região da cabeça e pescoço, nomeadamente na bifurcação da artéria carótida comum (PG do corpo carotídeo), no foramen jugulare, no ouvido médio e na porção cervical do nervo vago. A maioria é não funcionante.
Os PGs da cabeça e pescoço são tumores raros, com uma incidência global de 1/300000 indivíduos por ano, podendo ser esporádicos ou surgir no contexto de uma síndrome familiar.
O objetivo dos autores é descrever a experiência de um único centro de referência oncológico com casos de PGs da cabeça e pescoço abordados cirurgicamente por Oncologia Cirúrgica.
Material e Métodos Foram investigados, retrospetivamente, os dados demográficos, clinico-patológicos e radiológicos dos doentes com diagnóstico de PG da cabeça e pescoço, tratados cirurgicamente, num centro de referência oncológico, aos cuidados da Oncologia Cirúrgica, entre 2006 e 2020.
Resultados Entre 2006 e 2020, foram tratados cirurgicamente 21 doentes com o diagnóstico de PG da cabeça e pescoço. Catorze (66.67%) dos doentes pertenciam ao sexo feminino. A mediana da idade ao diagnóstico foi de 48 anos (29-78). Catorze (66.67%) apresentaram diagnóstico de PG do corpo carotídeo e 7 (33.33%), do nervo vago cervical. O diâmetro médio dos tumores foi de 4cm. Foi verificado um caso de PG do corpo carotídeo bilateral. Em nenhum dos doentes, foi verificada presença de PGs síncronos de localização extra cervical. Em 2 doentes (9.52%), os PGs diagnosticados revelaram-se produtores de catecolaminas.
Dezasseis (76.19%) doentes apresentavam-se sintomáticos à altura do diagnóstico, sendo a queixa principal mais comum a perceção de uma massa cervical palpável de novo. Seis (28.57%) doentes apresentavam mutação do gene SDHB.
Em 2 casos, foi realizada angioembolização no período pré-operatório. Sete (33.3%) doentes apresentaram morbilidade pós-operatória, sendo que em 2 destes doentes não foi possível a preservação intra-operatória do nervo vago (ambos PGs do nervo vago), e 4 dos doentes apresentaram rouquidão ou disfonia no pós-operatório (3 PGs do nervo vago e 1 PG do corpo carotídeo).
Durante o follow-up, 3 (14.29%) doentes apresentaram recidiva da doença, tendo 1 sido re-intervencionado, com cura cirúrgica atingida. Nenhum dos doentes apresentou metastização à distância.
Discussão A cirurgia é o tratamento definitivo em doentes com PGs cervicais. Embora se trate de uma patologia rara e de difícil abordagem, é importante a concentração do tratamento desta doença em centros de referência diferenciados, com equipas dedicadas, para que a mesma seja tratada com o mínimo de complicações e o melhor outcome oncológico associado.
#16374496653Submetido em: 2021-11-20
Titulo Endometriose com envolvimento colorretal - Resultados de um hospital terciário Autores Ana Munhoz, Cláudio Silva, Ezequiel Silva, Pedro Brandão, Mónica Sampaio, Ana Cristina Silva, Hélder Ferreira, Marisa D. Santos
ID: 16374496653 2021-11-20
Endometriose com envolvimento colorretal - Resultados de um hospital terciário
Objectivo/Introdução A endometriose pélvica profunda é uma patologia complexa, especialmente quando há atingimento do reto. Nestas situações, o tratamento cirúrgico está recomendado em doentes sintomáticas (oclusão, hemorragia, dor pélvica) que não respondem ao tratamento médico. Estão descritas na literatura a resseção intestinal discoide,
Material e Métodos Revisão bibliográfica sobre o estado da arte e análise descritiva dos resultados de 10 doentes, submetidas a tratamento cirúrgico por endometriose profunda com envolvimento intestinal, entre Jan/20 e Out/21. Foram analisados: dados biográficos, indicação cirúrgica, avaliação imagiológica, técnica cirúrgica, complicações, sintomatologia pós-op, recidiva.
Resultados Nesta serie não houve registo de complicações relacionadas com o tratamento cirúrgico. No pós-op todas as doentes apresentaram resolução das queixas sem evidência de recidiva
Discussão A endometriose profunda com envolvimento colorretal tem geralmente indicação cirúrgica. No nosso centro, o tratamento preferencial quando há envolvimento do reto é a RAR laparoscópica associado à exérese de nódulos da pelve/abdómen. Esta opção quando realizada por cirurgiões colorretais experientes, apresenta vantagens relativamente à exérese discoide da parede do reto, sem prejuízo dos resultados funcionais
#16374503150Submetido em: 2021-11-20
Titulo Sarcomas das extremidades: factores de risco para outcomes oncológicos num centro de referência Autores Francisca Brito Da Silva1, Filipa Fonseca1, Beatriz Costeira1, Joana Bártolo1, Sara Carvalhal1, Hugo Vasques1, Victor Farricha1, Nuno Abecasis1.
ID: 16374503150 2021-11-20
Sarcomas das extremidades: factores de risco para outcomes oncológicos num centro de referência
Objectivo/Introdução Os sarcomas são um grupo de tumores raros e heterogéneo que deve ser tratado em centros de referência e a maioria localiza-se nas extremidades. O nosso objectivo foi analisar os resultados a longo prazo do tratamento destes doentes no nosso centro e identificar factores de risco para recidiva e mortalidade na nossa coorte.
Material e Métodos Estudo de coorte retrospectivo unicêntrico de doentes com sarcoma das extremidades tratados num centro de referência entre 2012 e 2019. Foram analisados dados demográficos, características do tumor e tratamento, bem como a morbilidade, mortalidade cirúrgica e radicalidade da cirurgia. Os resultados oncológicos como a sobrevivência global, recidiva local e metastização à distância forma analisados pelo método de Kaplan-Meier e o teste log-rank foi utilizado para análise univariada e regressão de Cox para análise multivariada de factores de risco para os resultados oncológicos..
Resultados Dos 1004 doentes com sarcoma tratados na instituição no período de estudo, 382 (38.0%) localizavam-se nas extremidades. Destes, 357 (93.5%) foram submetidos a cirurgia (77.0% na instituição, 16.5% noutro centro). A idade mediana é 58 anos IIQ [41-74], 49.5% eram do sexo masculino e 87.7% apresentou-se com doença loco-regional. Foram realizadas 376 cirurgias neste período. A taxa de cirurgia R2 foi de 1.1%. A mediana de follow-up foi de 23 meses IIQ[9-49]. Nos doentes operados na instituição, a taxa de recidiva local aos 5 anos foi 34.3%, a taxa de metastização foi 43.4% e a taxa de sobrevivência foi 51.7%. A taxa de amputação foi 9.9%. Na análise univariada, e multivariada os factores associados com a recidiva local, com a metastização e com a sobrevivência foram o grau histológico, tamanho do tumor e a radicalidade da cirurgia, enquanto o local da 1ª cirurgia também se correlacionou com o risco de recidiva local na análise multivariada (p<0.05)
Discussão Trata-se de uma série num centro de alto volume para esta patologia. O grau histológico, o tamanho do tumor e a radicalidade da cirurgia são os factores que mais influenciam os resultados oncológicos a longo prazo, embora o local de 1ª cirurgia tenha influência a nível da recidiva local, tornando importante a referenciação atempada destes doentes sempre que exista suspeita de sarcoma.
#16374562950Submetido em: 2021-11-21
Titulo protocolo para avaliação prospectiva do impacto da angiografia de fluorescência na extensão da ressecção em casos de isquémia mesentérica Autores Maria Picciochi*, António Soares, Ricardo Rocha, Elsa Francisco, Carla Carneiro, Vítor Nunes
*autor correspondente, e-mail: maria.picciochi@gmail.com
ID: 16374562950 2021-11-21
protocolo para avaliação prospectiva do impacto da angiografia de fluorescência na extensão da ressecção em casos de isquémia mesentérica
Objectivo/Introdução Atualmente, a decisão da extensão da ressecção em casos de isquémia mesentérica é baseada na apreciação macroscópica do tecido intestinal. A utilização de angiografia de fluorescência neste contexto poderá permitir uma ressecção menos alargada ao identificar áreas que se apresentem macroscopicamente duvidosas quanto à sua viabilidade mas com sinal fluorescente.
Material e Métodos Protocolo para um estudo propectivo de caso-controlo em doentes com isquémia mesentérica submetidos a exploração cirúrgica urgente ou emergente. Registo da extensão de ressecção antes e após angiografia de fluorescência. Serão avaliados como outcomes a mortalidade e reoperação a 30 dias bem como a extensão da ressecção.
Resultados Pretendemos desta forma quantificar o benefício da utilização de angiografia de fluorescência na exploração cirúrgica por isquémia intestinal.
Discussão Apesar da tecnologia de angiografia de fluorescência não ser recente, a sua utilização no contexto urgente apresenta dificuldades específicas relacionadas com a gravidade dos doentes operados. Por esse motivo, pretendemos contribuir com uma avaliação rigorosa do efeito da sua utilização em termos de benefícios em outcomes clinicamente significativos.
#16374562951Submetido em: 2021-11-21
Titulo Utilização de ecografia para diagnóstico de hérnia inguinal em Portugal Autores PTSurg Email: projects@ptsurg.org
ID: 16374562951 2021-11-21
Utilização de ecografia para diagnóstico de hérnia inguinal em Portugal
Objectivo/Introdução A ecografia na hérnia inguinal está indicada em doentes pouco sintomáticos ou dúvidas diagnósticas. A taxa de utilização de ecografia pré-operatória em Portugal é desconhecida. Este estudo descreve as características dos doentes em que esta foi utilizada, testando a associação da dor pré-operatória com a realização de ecografia.
Material e Métodos Estudo coorte prospetivo multicêntrico, que incluiu doentes consecutivos submetidos a reparação de hérnia inguinal eletiva (Out-Dez 2019). Doentes diagnosticados por exame físico vs ecografia foram comparados quanto às caraterísticas demográficas, da hérnia e da técnica cirúrgica. A associação entre dor pré-operatória e a realização de ecografia foi explorada com regressão logística. Definiu-se dor pré-operatória como score ?3 na dor em repouso ou durante atividades ou na semana prévia à cirurgia.
Resultados Foram incluídos 912 doentes de 33 hospitais portugueses, 49.1% foram diagnosticados com exame físico e 50.9% realizaram ecografia. Não houve diferenças estatisticamente significativas nas características do doente, da hérnia ou da técnica cirúrgica utilizada. A dor pré-operatória não se associou independentemente com a realização de ecografia (OR= 1.23, IC95% 0.88-1.71, p=0.221).
Discussão O uso de ecografia para confirmação diagnóstica da hérnia inguinal é elevado e o seu uso não parece resultar num tratamento diferente ou ser restrito às indicações formais. Devem ser implementadas medidas para reduzir o seu uso.
#16374997900Submetido em: 2021-11-21
Titulo O papel da Oxigenoterapia Hiperbarica nas infeções necrotizantes da pele e tecidos moles Autores Guilherme Bernardo, interno Urologia HFF, Flávio Marino, interno Medicina Intensiva HVFX
ID: 16374997900 2021-11-21
O papel da Oxigenoterapia Hiperbarica nas infeções necrotizantes da pele e tecidos moles
Objectivo/Introdução As infeções necrotizantes da pele e tecidos moles são infeções que, embora raras, são graves e potencialmente fatais. O desbridamento cirúrgico e a antibioterapia precoces assumem um papel preponderante na sobrevida dos doentes. A Oxigenoterapia Hiperbarica, pela sua ação bactericida e bacteriostatica e por adjuvar a cicatrizacao tecidular, constitui uma mais valia para estes doentes.
Material e Métodos Estudo observacional, retrospectivo, avaliados os processos de 91 doentes com infeções necrotizantes da pele e tecidos moles submetidos a Oxigenoterapia Hiperbarica no Centro de Medicina Subaquática e Hiperbarica
Resultados Foram avaliados os processos de 91 doentes com infeções necrotizantes da pele e tecidos moles no período de 1989 a 2020 no CMSH. A idade média foi de 50 anos, o IMC de 28,5, a PCR a admissão de 24,7 a taxa de mortalidade a 1 ano após o primeiro tratamento foi de 12% (contra 25 a 35% na literatura)
Discussão Tendência positiva da taxa de sobrevida, diabetes foi a principal co-morbilidade encontrada, a área geográfica representa uma limitação na referenciação de doentes ao centro.
#16375056260Submetido em: 2021-11-21
Titulo Angiossarcoma da mama radioinduzido, um problema crescente? Autores Pedro Azevedo, Francisca Brito da Silva, Sara Carvalhal, Hugo Vasques, Victor Farricha, Nuno Abecasis
ID: 16375056260 2021-11-21
Angiossarcoma da mama radioinduzido, um problema crescente?
Objectivo/Introdução O angiossarcoma é um tumor vascular raro, agressivo, de mau prognóstico e constitui 1% dos tumores malignos da mama. Radioterapia (RT) é um factor de risco bem estabelecido. Com a tendência crescente para a cirurgia conservadora da mama e uso da RT, é expectável um aumento da incidência desta entidade. Este trabalho visa avaliar a prevalência e prognóstico do angiossarcoma da mama na nossa instituição
Material e Métodos Estudo retrospectivo de uma coorte de doentes com diagnóstico de angiossarcoma num centro de referência de sarcomas desde 2012 até 2019. Realizada a análise univariada dos dados e a análise de sobrevivência pelo método de Kaplan-Meier
Resultados Dos 1004 doentes diagnosticados com sarcoma entre 2012 e 2019, 32 (3%) eram angiossarcomas. Destes, 10 doentes, com mediana de idades de 72 anos correspondiam a angiossarcomas da mama radioinduzidos. O tempo mediano desde a RT até ao diagnóstico de angiossarcoma foi de 9±1,75 anos. O tratamento consistiu em cirurgia em 5 doentes, electroquimioterapia (EQT) em 1 doente, em cirurgia com EQT em 3 doentes e em quimioterapia apenas em 1 doente. O tempo mediano de follow-up foi de 19,5±32,3 meses. A sobrevivência das doentes com angiossarcoma da mama aos 2 anos foi cerca de 80%
Discussão Dada a agressividade do angiossarcoma, o diagnóstico e tratamento precoces são fundamentais. Na nossa série, os angiossarcomas da mama parecem ter um prognóstico razoável, pelo que é importante estar alerta para esta entidade no seguimento das doentes pós-RT por carcinoma da mama
#16375063921Submetido em: 2021-11-21
Titulo TaTME - Resultados Peri-operatórios Autores Camarneiro, R., Rocha, R., Alves, P., Carneiro, C., Nunes, V.
ID: 16375063921 2021-11-21
TaTME - Resultados Peri-operatórios
Objectivo/Introdução A excisão do mesorecto por via trans-anal (TaTME) veio facilitar a realização da excisão mesorectal, sobretudo em doentes obesos, homens, de pélvis estreita e com tumores volumosos. O objetivo deste estudo é comparar os outcomes peri-operatórios do TaTME com a excisão total do mesorecto por via convencional (via laparoscópica e aberta).
Material e Métodos Avaliação retrospectiva dos doentes com neoplasia do recto, submetidos a resseção total do mesorecto por via laparoscópica/aberta (grupo RAR ETM) ou TaTME (grupo TaTME) eletivamente, entre 03/2016 e 11/2021. Foram excluídos os doentes submetidos a excisão parcial do mesorecto, resseções multiorgânicas, amputações abdominoperineias, protocolectomias, TAMIS e re-resseção anterior do recto. Os principais outcomes avaliados foram: complicações pós-operatórias (médicas e cirúrgicas) e qualidade da excisão do mesorecto. Foi utilizada estatística não paramétrica.
Resultados A amostra inclui 138 doentes, 35 do grupo TaTME e 103 do RAR ETM, 67% homens e uma média de idades de 66anos. 55.7% dos tumores eram do recto médio. A maioria classificada como T3, N+, M0. O tempo médio de internamento foi de 8.9dias no grupo TaTME e de 16.6dias no RAR ETM.A taxa de complicações global foi de 19.6%, 20% no grupo TaTME e 19.4% no grupo RAR ETM. 8.7% da população total teve deiscência da anastomose (11.4%TaTME, 7.8% RAR ETM). A taxa de reintervenções foi de 8% no TaTME e 17.5% no RAR ETM. Quando comparados os dois grupos relativamente à taxa de complicações, deiscência e reintervenções, não se obteve diferenças com significado estatístico.
Discussão Podemos concluir que o TaTME não é uma técnica inferior à RAR ETM (por via laparoscópica e aberta), uma vez que não se encontram diferenças estatisticamente significativas no que diz respeito às complicações que mais preocupam o cirurgião, como a deiscência da anastomose e mostra alguma vantagem relativamente ao tempo médio de internamento.
#16375067210Submetido em: 2021-11-21
Titulo Cirurgia robótica bariátrica: o futuro? Autores Inês Barros, Sara Vaz Rodrigues, Celso Nabais, Nuno Borges, Anabela Guerra, António Albuquerque, João Pereira, Leonor Manaças, Hugo Pinto Marques
ID: 16375067210 2021-11-21
Cirurgia robótica bariátrica: o futuro?
Objectivo/Introdução A cirurgia bariátrica(CB) é a modalidade terapêutica mais eficaz para a obesidade grave.A cirurgia robótica surge como uma alternativa promissora à abordagem laparoscópica convencional(LC) com resultados comparáveis e potenciais vantagens no intra e no pós operatório. O objetivo deste estudo foi comparar resultados e custos associados entre CB por via LC e roboticamente assistida(RA)
Material e Métodos Avaliados os doentes submetidos a CB,num centro terciário,durante o período de 2 anos.Comparados custos associados e resultados entre CBLC e RA
Resultados Durante 2 anos,submetidos a CB 307 doentes.243(79.2%) sexo feminino e idade mediana de 49A(22-72A).Peso inicial médio 115.7±22.3Kg e IMC médio 43.5±6.8Kg/m2. 233(75,9%) foram submetidos a bypass gástrico de anastomose única(BGAU/MBG),49(16%) BG em y de roux(BGYR) e 25(8,1%) a gastrectomia vertical(GV).A via RA foi utilizada em 74(24%) dos doentes:67 BGAU/MGB,4 BGYR e 3GV.O tempo cirúrgico (CBRA:129,6±36minvsCBLC:106,9±44,1min) e os custos diretos associados foram significativamente maiores na cirurgia RA (4444,96?vs3176,3 ?),p<0.01.As duas vias de abordagem foram semelhantes relativamente à perda de peso, morbilidade e tempo de internamento
Discussão Apresentamos a maior série de doentes submetidos a CB,por via RA,em Portugal.A CBRA parece ser segura e uma alternativa à CLC,oferecendo vantagens técnicas sem comprometer resultados.A experiência em LC parece ser facilmente transponível para a plataforma robótica, diminuindo a curva de aprendizagem
#16375068100Submetido em: 2021-11-21
Titulo Cirurgia da tiróide: 2 anos de experiência de um serviço Autores Ribeiro R., Cardoso P., Domingues J., Manso MI., Pereira R., Revez T., Santos F., Sousa S., Moleiro J.
ID: 16375068100 2021-11-21
Cirurgia da tiróide: 2 anos de experiência de um serviço
Objectivo/Introdução A patologia tiroideia com indicação cirúrgica é cada vez mais frequente, sendo mais prevalente no sexo feminino e em meia idade.
Tem-se verificado um aumento da suspeição de neoplasia tiroideia, devido ao envelhecimento da população e também da realização de maior número de exames de diagnóstico.
Material e Métodos Estudo observacional, retrospetivo, dos doentes submetidos a cirurgia da tiróide, no período entre 1 de janeiro de 2019 a 31 de dezembro de 2020.
Resultados Num período de 2 anos, foram realizadas 93 cirurgias da tiróide na nossa instituição, 78,5% eram do sexo feminino, com uma idade média de 55,5 anos.
Verificou-se que em 43% dos casos, coexistia patologia tiroideia (hipo/hipertiroidismo) e em 28% história familiar de patologia tiroideia. 27% eram ASA III. Dos antecedentes pessoais, destaca-se que 27% apresentavam patologia depressiva e 19% eram fumadoras.
Em relação à indicação cirúrgica, 62,5% dos doentes apresentavam suspeita de neoplasia, 23,5% sintomas compressivos e 14% hipertiroidismo.
Quanto ao procedimento cirúrgico, destaca-se a tiroidectomia total (69%), seguida de lobectomia (21%) e de totalização de tiroidectomia (10%).
O resultado histológico mostrou que 36% dos casos corresponderam a carcinoma bem diferenciado e 64% apresentaram histologia benigna. Verificou-se que 55% dos doentes com citologia Bethesda ?4 apresentaram histologia maligna.
Discussão A prevalência da cirurgia da tiróide tem vindo a aumentar.
O tratamento cirúrgico, para além do tratamento da sintomatologia, é o único método para o diagnóstico definitivo de neoplasia.
Deve ser realizado por cirurgiões dedicados à área.
#16375093300Submetido em: 2021-11-21
Titulo Axila após terapêutica neoadjuvante: times they are a-changin Autores Teresa Vieira Caroço, Miguel Duarte Ângelo, Raquel Prata Saraiva, João Duarte Reis, Conceição Silva, Isabel Cristina Ferrão
ID: 16375093300 2021-11-21
Axila após terapêutica neoadjuvante: times they are a-changin
Objectivo/Introdução Durante décadas o tratamento do cancro da mama implicava a linfadenectomia axilar (LA). Desde meados da década de 90 a biopsia seletiva de gânglio sentinela (BSGS) veio substituir esse paradigma. Atualmente existe controvérsia em relação ao melhor tratamento da axila após terapêutica neoadjuvante, em particular nas axilas inicialmente positivas (cN+) que negativizam após o tratamento (ycN0). O objetivo desde trabalho é avaliar o resultado da quimioterapia neoadjuvante nas doentes cN+ tratadas no IPO de Coimbra.
Material e Métodos Foram analisados retrospetivamente os processos clínicos de todas as doentes inicialmente cN+ submetidas a esvaziamento axilar, associado a mastectomia ou tumorectomia, entre janeiro de 2018 e dezembro de 2020. Foram excluídas todas as doentes submetidas a esvaziamento axilar pós BSGS com estudo extemporâneo positivo. Utilizado o programa IBM SPSS Statistics para análise dos dados.
Resultados Identificadas 212 doentes cN+, das quais 117 foram submetidas a tratamentos neoadjuvantes. Após terminar o tratamento neoadjuvante 46,2% não apresentavam adenomegalias axilares palpáveis. 95,7% das doentes foi submetida a mastectomia radical modificada e apenas as restantes 4,3% a tumorectomia com esvaziamento axilar. Foram excisados em média 13,41 gânglios linfáticos em cada LA. Em 59 casos houve resposta axilar completa, o que corresponde a 50,4% dos casos.
Discussão A contínua melhoria das terapêuticas sistémicas individualizadas tem levado a um constante aumento das taxas de resposta histopatológica completa, em alguns estudos em até 70% dos casos na mama e até 50% na axila. Isso significa que há uma percentagem de doentes que são sobre tratadas com a LA, com a consequente morbilidade. Os nossos resultados são concordantes com a literatura. Estes resultados levam-nos a ponderar iniciar estratégias de disseção axilar dirigida de forma a reduzir a morbilidade de uma LA.
#16375097853Submetido em: 2021-11-21
Titulo Timing da Hepatectomia na metastização síncrona de carcinoma colorretal: simultanea ou faseada? Autores Inês Barros, Beatriz Chumbinho, Mafalda Sobral, Sílvia Silva, Sofia Carrelha, Jorge Lamelas, Raquel Mega, João Santos Coelho, Hugo Pinto Marques
ID: 16375097853 2021-11-21
Timing da Hepatectomia na metastização síncrona de carcinoma colorretal: simultanea ou faseada?
Objectivo/Introdução A resseção cirúrgica é a única terapêutica potencialmente curativa em doentes com metastização hepática de cancro colorretal(MHCCR).A decisão do melhor timing para a sua realização permanece alvo de debate.Objetivo:avaliar fatores preditivos de prognóstico que possam contribuir para uma adequada decisão terapêutica
Material e Métodos Análise retrospectiva,unicêntrica.Incluídos todos os doentes operados a MH síncrona CCR,durante um período de 10A
Resultados Entre 1996-2016 submetidos a hepatectomia 1436 doentes,802(55.8%) por MH síncrona CCR.496(61,8%) sexo masculino,idade mediana 63A(18-84).458(57.1%) realizaram estratégia clássica(CLA),116(14.5%) inversa(INV) e 228(28.4%) síncrona(SIN).Sobrevida semelhante entre grupos(5A: 27.3%,34%,36%).Nos doentes com tumor do reto(TR) a estratégia INV foi preferencialmente utilizada,no entanto quando associada a hepatectomia em dois tempos condicionou pior sobrevida(5A:51%SINvs18.7%LIV,p=0.03).A resposta à QT e a cirurgia hepática curativa foram fatores independentes de prognóstico.Nos doentes com metastases pulmonares(MP),a sua irressecabilidade não esteve associada a pior sobrevida(5A:35.7%resseçãoMPvs30.4% MPirressecável,p=0.97)
Discussão Uma adequada seleção de doentes,permite bons resultados independentemente da estratégia terapêutica,uma vez que os outcomes a longo prazo são ditados pela biologia tumoral.A presença de MPirressecável ao diagnóstico não deve impedir a cirurgia hepática e do tumor primário.A estratégia INV deve ser preferencialmente utilizada nos doentes com TR quando necessária hepatectomia major
#16375119670Submetido em: 2021-11-21
Titulo Utilidade da Paratormona pós-operatória na identificação de doentes aptos a alta precoce após Tiroidectomia Total. Autores Luís Castro, Leonor Ávila, Fátima Coelho, Rui Mendes, Rita Silva, Rogério Matias.
ID: 16375119670 2021-11-21
Utilidade da Paratormona pós-operatória na identificação de doentes aptos a alta precoce após Tiroidectomia Total.
Objectivo/Introdução Tradicionalmente a tiroidectomia total é realizada em contexto de internamento pelo risco de complicações tardias nomeadamente a hipocalcemia grave. O doseamento dos níveis de paratormona (PTH) precocemente após tiroidectomia total foi identificado como preditor de hipocalcemia pelo que poderá ser utilizado para identificar doentes aptos a alta precoce após Tiroidectomia.
Material e Métodos Foram identificados retrospectivamente 439 doentes submetidos a tiroidectomia total/totalização de tiroidectomia entre 2015 e 2019 nos quais se avaliou a PTH às 4h de pós-operatório e cálcio sérico no primeiro e segundo dias de pós operatório. Foram classificados como hipocalcemia moderada/grave valores de cálcio < 7.7mg/dL, e hipocalcemia ligeira valores entre 7,8 e 8,4mg/dL. A reposição de cálcio em casos de PTH < 15pg/mL e hipocalcemia foi definida segundo protocolo institucional. Foram calculados valores de sensibilidade, especificidade e curva ROC para um valor de PTH de 15pg/mL.
Resultados Na população analisada foi identificada às 24h hipocalcemia em 57% dos doentes (moderada/grave em 20.3%). A presença de PTH<15pg/mL revelou uma sensibilidade e especificidade para detecção de hipocalcemia moderada/grave de 70% e 87% respectivamente. A analise da curva ROC apresentou AUC de 0.872. Nenhum doente com PTH>15pg/mL e normocalcémico ao primeiro dia de pós operatório desenvolveu hipocalcemia moderada/grave durante o internamento, nem foram identificados re-internamentos neste sub-grupo.
Discussão O valor de PTH no período de pós-operatório precoce permite identificar pacientes com menor risco de hipocalcemia. Em associação com o valor de calcémia ao primeiro dia de pós operatório podem ser seleccionados doentes aptos a alta precoce. Mais estudos são necessários para estabelecer critérios adicionais para a seleção pré-operatória de doentes aptos a ?one-day surgery?.
Titulo REPARAÇÃO LAPAROSCÓPICA DE HÉRNIA INGUINAL NA CRIANÇA - EXPERIÊNCIA DE 8 ANOS DE UM SERVIÇO Autores Diogo Galvão (1); Inês Braga (2); Catarina Barroso (2,3); Jorge Correia-Pinto (2,3); José Luís Carvalho (2); Mónica Recamán (2); Ana Raquel Silva (2); Angélica Osório (2); Ruben Lamas-Pinheiro (2,3); Andreia Felizes (2);
1 - Serviço de Cirurgia Geral do Hospital de Santo Espírito da Ilha Terceira
2 - Serviço de Cirurgia Pediátrica do Hospital de Braga
3- Instituto de Investigação em Ciências da Vida e Saúde (ICVS)
ID: 16375190280 2021-11-21
REPARAÇÃO LAPAROSCÓPICA DE HÉRNIA INGUINAL NA CRIANÇA - EXPERIÊNCIA DE 8 ANOS DE UM SERVIÇO
Objectivo/Introdução A laqueação percutânea do anel inguinal interno (PIRS) é uma técnica minimamente invasiva para a reparação da hérnia inguinal em idade pediátrica. Os autores apresentam um estudo retrospectivo da experiência do serviço em 8 anos de utilização desta técnica que aliada à laparoscopia evita a dissecção dos elementos do cordão espermático, anula o risco de hérnia metácrona e tem um excelente resultado estético.
Material e Métodos Análise retrospectiva casuística dos processos clínicos de todas as crianças que foram submetidas a correcção laparoscópica de hérnia inguinal pela técnica de PIRS, entre os anos de 2012 e 2020.
Resultados 650 crianças foram operadas durante o período abrangido. A maioria pertencia ao sexo masculino (67.5%) com uma média de 3.8+/-3.6 anos à data da cirurgia; 92.5% tinha diagnóstico pré-operatório de hérnia inguinal unilateral; 10% das crianças eram prematuras e 1.4% tinham antecedentes de cirurgia clássica contralateral. Em 9.5% dos casos houve pelo menos 1 episódio de encarceramento prévio à cirurgia, destes, duas crianças necessitaram de cirurgia urgente. Um total de 807 PIRS foram realizados. Durante a cirurgia, identificou-se persistência peritoneo-vaginal bilateral em cerca de 19% e 29.5%, com diagnóstico prévio de hérnia unilateral direita e esquerda, respectivamente. A laparoscopia permitiu diagnosticar a bilateralidade de novo em 4.3%.
A percentagem global de complicações intra-operatórias foi de 1.8% registando-se conversão para abordagem clássica em 0.5% dos casos. Em termos globais, a percentagem de recidiva foi de 2.2%. A média de follow-up foi de 4.7+2.3 anos.
Discussão A reparação laparoscópica da hérnia inguinal em idade pediátrica é segura, eficaz e tem excelentes resultados estéticos.
#16375207371Submetido em: 2021-11-21
Titulo Cancro colorrectal em oclusão: estudo retrospetivo de cinco anos Autores Rita Gonçalves Monteiro, João Gomes, Joana Peliteiro, Moutinho Teixeira, Tatiana Neves, Horácio Pérez, Aida Paulino
ID: 16375207371 2021-11-21
Cancro colorrectal em oclusão: estudo retrospetivo de cinco anos
Objectivo/Introdução Apesar das ferramentas de rastreio do cancro colorrectal estarem fortemente disseminadas a oclusão intestinal continua a ser o sintoma inicial em 30% dos casos de cancro colorrectal. Mais de 75% destes casos ocorrem no cólon sigmóide, onde o diâmetro do lúmen intestinal é menor.
Material e Métodos Estudo retrospetivo englobando todos os doentes submetidos a cirurgia urgente no contexto de cancro colorrectal em oclusão intestinal entre 1 de Janeiro de 2016 e 31 de Dezembro de 2020.
Resultados Foram analisados 56 doentes com idade média de 76 anos [54-94] e índice de comorbilidades de Charlson médio de 7,25. A localização mais frequente foi no cólon sigmóide correspondendo a 32% dos doentes. À admissão 14 doentes (25%) apresentavam metastização à distância, 15 (27%) no estadio II e 17 (30%) estadio III. Em 35 (63%) dos doentes foi realizada apenas cirurgia derivativa. Destes, 16 (29%) foram submetidos a ressecção. 10 (29%) dos estomas foram encerrados. Ocorreram complicações grau III e IV em 8 (14%) doentes. A mortalidade precoce foi de 16%.
Discussão A maioria dos doentes com cancro colorrectal em oclusão são doentes idosos com variadas comorbilidades. Os fatores de maior contribuição para a mortalidade precoce foram a idade avançada e a presença de choque à admissão. A sobrevida global média foi de 9 meses.
#16375226171Submetido em: 2021-11-21
Titulo O Oráculo: validação de um score imagiológico pré-operatório de risco de fístulas pancreáticas após DPC Autores Diogo Melo Pinto, Tatiana Moreira Marques, Catarina Mesquita Guimarães, Rita Peixoto, Pedro Moreira, Gil Faria, Emanuel Guerreiro
ID: 16375226171 2021-11-21
O Oráculo: validação de um score imagiológico pré-operatório de risco de fístulas pancreáticas após DPC
Objectivo/Introdução Uma das principais complicações da duodenopancreatectomia cefálica (DPC) é a ocorrência de fístulas pancreáticas pós-operatórias, contribuindo para um aumento da morbi-mortalidade. Vários scores clínicos e imagiológicos têm tentado predizer o aparecimento desta complicação. O nosso trabalho tinha como principal objetivo a validação do score de Savin et al.
Material e Métodos Realizámos um estudo retrospetivo observacional de 31 doentes submetidos a DPC laparotómica entre 2015 e 2020. Foram recolhidas as variáveis necessárias para o cálculo do score: calibre do ducto pancreático principal, volume pancreático remanescente estimado e densidade pancreática em tomografia computorizada pré-operatória.
Resultados Identificámos cinco casos de fístulas clinicamente significativas (Grau B ou C; ISGPF 2016), sendo que em nenhum dos casos o doente apresentava um score superior ao cut-off proposto. Dois doentes apresentaram score pré-operatório superior a 3 apesar de não terem desenvolvido fístula clinicamente significativa após a cirurgia, não sendo possível validar os resultados de valor preditivo negativo de 100% referidos.
Discussão Não foi possível validar o score proposto por Savin et al. Esta diferença poderá ser atribuível às dificuldades técnicas associadas à medicação das variáveis, bem como à existência de protocolos de TC diferentes entre os vários doentes. Um score universal poderá ser útil para otimizar estratégias no follow-up destes doentes.
#16375291240Submetido em: 2021-11-21
Titulo Reparação síncrona da parede abdominal e do trânsito intestinal - série de casos Autores Madalena Trindade, Ana Lúcia Barreira, Joana Figueiredo, Ricardo Souto, Gabriel Oliveira, Susana Onofre, Paulo Costa
ID: 16375291240 2021-11-21
Reparação síncrona da parede abdominal e do trânsito intestinal - série de casos
Objectivo/Introdução O desenvolvimento de hérnia incisional após cirurgia tipo Hartmann aumenta a complexidade da cirurgia de reconstrução do trânsito. A reparação da parede abdominal e a reversão da ostomia podem ser feitos em 1 ou mais tempos. A reparação síncrona (RS) pode estar associada a maior morbilidade.
Material e Métodos 6 doentes submetidos a RS, com prótese sintética: retromuscular (PR), recorrendo, ou não, a separação posterior de componentes (SPC) e onlay (PO).
Resultados Idade mediana de 68 anos, maioria ASA II.
Todos foram operados em contexto de urgência, por diverticulite complicada, tumor oclusivo ou perfuração.
Defeitos identificados: 3 com hérnias ventrais (HV) e paraestomais (HP), 2 com HP e 1 com HV. Submetidos a reparação aberta: em 5 doentes colocou-se PR (3 polipropileno e 2 poli-4-hidroxibutirato), e em 3 deles com SPC. 1 com PO (polipropileno).
Morbilidade Clavien-Dindo I e II: 4; e IIIa: 2. Nesta série não houve reintervenções aos 30 dias, nem se registaram SSI que envolvessem a prótese.
Discussão A RS foi exequível e com resultados favoráveis: aumento da qualidade de vida e morbilidade aceitável. Apesar de ser expectável um aumento de morbilidade, tendo em conta dois procedimentos complexos num único tempo, as complicações apresentadas foram ligeiras e não necessitaram terapêutica invasiva.
Dada a diminuição dos tempos operatórios provocada pela pandemia de SARS-COV2, foi relevante procurar alternativas terapêuticas eficazes que consumam menos recursos.
A maior limitação deste estudo é a reduzida amostra.
#16375305011Submetido em: 2021-11-21
Titulo Cirurgia da Tiroide - Casuística de um serviço Autores Diogo Silva, Lúcia Carvalho, Mariana Santos, Florinda Cardoso, Joseph Silva, Alexandre Alves, Mário Nora
ID: 16375305011 2021-11-21
Cirurgia da Tiroide - Casuística de um serviço
Objectivo/Introdução A cirurgia da tiroide tem evoluído bastante sendo atualmente um procedimento seguro com ótimos resultados. Existem inúmeras indicações cirúrgicas (benignas ou malignas) bem como vários tipos de procedimentos, desde a lobectomia até à tiroidectomia total (incluindo ou não esvaziamento cervical). As complicações pós-operatórias são o grande ?medo? do cirurgião, e na cirurgia da tiroide isso não é diferente: estudos mostram taxas de complicações até 20%, podendo estas serem potencialmente graves. Assim, a auditoria do nosso trabalho revela-se uma ferramenta essencial na melhoria dos cuidados oferecidos aos doentes.
Os autores apresentam a casuística do seu serviço relativa à cirurgia da Tiroide realizada num período de 32 meses.
Material e Métodos Análise retrospetiva dos processos clínicos de todos os doentes submetidos a cirurgia da Tiroide no período de janeiro de 2018 a agosto de 2020.
Resultados Durante o período de estudo foram realizados 287 procedimentos (282 doentes): 24% oncológicos, 46% foram procedimentos em regime de ambulatório e em 48% dos casos, o cirurgião principal era interno. Quanto ao tipo de procedimentos, 61% foram lobectomias, 33% tiroidectomias totais, 5% totalizações e 1% esvaziamentos cervicais isolados. A taxa de morbilidade na nossa série foi de 15%: 3,8% relacionadas com a ferida operatória, 9% disfonia com paresia da corda vocal e 2,1% hipocalcemia sintomática.
Discussão Só é possível avaliar o nosso trabalho realizando auditorias permanentes ao que fazemos, sendo um ótimo exemplo disso as análises da morbimortalidade. Com este trabalho, os autores apresentam os seus resultados quanto a taxas de morbilidade (que são semelhantes às encontradas na literatura).
#16375312380Submetido em: 2021-11-21
Titulo Cirurgia da suprarrenal: experiência de um Hospital Central Autores Autores: André Pereira (1), Jorge Nogueiro (1), Vítor Devezas (1), Cristina Fernandes (1), João Capela (1), Susana Domingues (1), Filomena Valente (1), Tiago Pimenta (1), Luís Sá Vinhas (1), Pedro Sá Couto (1), Elisabete Barbosa (1)
Serviço: (1) Serviço de Cirurgia Geral, Centro Hospitalar e Universitário de São João
ID: 16375312380 2021-11-21
Cirurgia da suprarrenal: experiência de um Hospital Central
Objectivo/Introdução A adrenalectomia é a cirurgia realizada para o tratamento de tumores benignos e malignos, funcionantes ou não, das glândulas suprarrenais.
Material e Métodos Estudo retrospetivo, unicêntrico, analisando os doentes submetidos a adrenalectomia num hospital central entre Janeiro de 2015 a Outubro de 2021.
Resultados Durante o período em análise, foram operados 142 doentes (61% do sexo feminino) com uma média de idades de 56 anos (? 14,7). O ano com o menor número de cirurgias foi 2017 (10); pelo contrário, no ano de 2021, até ao final da Outubro, tinham sido realizadas 31 cirurgias. As indicações para cirurgia foram, por ordem decrescente: incidentaloma/tumor benigno não funcionante (39%); Síndrome de Cushing (27%); feocromocitoma (18%); hiperaldosteronismo primário (11%); suspeita de carcinoma (4%); tumor virilizante (1%). Quanto à lateralidade, 68 doentes (48%) foram submetidos a adrenalectomia direita, 68 doentes (48%) a adrenalectomia esquerda e 6 doentes (4%) a adrenalectomia bilateral. A via de abordagem foi preferencialmente laparoscópica (127 doentes, 90%). A mediana de internamento foi 3 dias (1-71 dias) com uma morbilidade global de 15% (22 doentes) e mortalidade de 1% (1 doente). Apenas a lateralidade (esquerda) se associou a um aumento do número de complicações pós-operatórias (p<0.001).
Discussão A adrenalectomia é um procedimento de dificuldade técnica acrescida que deve ser realizada por cirurgiões treinados e em centros de grande volume, estando assim associada a menor taxa de complicações.
#16375319640Submetido em: 2021-11-21
Titulo Pancreatite Aguda Biliar - CPRE ou CIO Autores C.Matos; JP. Couto; I.Arnaud; A.Martins; C.Monteiro; F.Barbosa; A.Midoes
ID: 16375319640 2021-11-21
Pancreatite Aguda Biliar - CPRE ou CIO
Objectivo/Introdução A colelitiase está presente em cerca de 60% dos doentes com Pancreatite Aguda(PA).A maioria dos cálculos passam espontaneamente pela via biliar principal (VBP),no entanto, quando retidos podem resultar em complicações graves.A realização de Colangiografia Intra-operatória(CIO) pode detectar a presença de litiase da VBP,permitindo a sua remoção no mesmo tempo cirurgico.
Material e Métodos Pretende-se avaliar a prevalência de litíase da VBP após episódio de PA e a pertinência da realização de CIO.Feita análise retrospectiva de doentes com história de PA submetidos a Colecistectomia num período de 36meses.
Resultados Dos 113 doentes incluídos,77 (68.1%) foram submetidos a CIO,sendo objectivada litíase da VBP em 7 dos 9doentes com imagem de subtração.Dos restantes 36 (31.8%),foi objectivada litíase em 10 dos 22submetidos a CPRE pós-op.A percentagem total de doentes em que foi objectivada litíase da VBP foi de 15%.No pós-operatório,registado novo episódio de PA em 6doentes(8.9%) que tinham realizado CIO sem imagem de subtração.Dos doentes submetidos a exploração da via biliar (endoscópica ou laparoscópica) nenhum desenvolveu PA como evento tardio.
Discussão Apesar da CIO estar recomendada nas guidelines para doentes que vão ser submetidos a Colecistectomia por PA, ainda há pouca evidência que esta possa ser útil no diagnóstico de litiase residual da VBP.
#16375330080Submetido em: 2021-11-21
Titulo Seguimento de neoplasias do cólon em estadios iniciais: serão os 5 anos obrigatórios? Autores Paula Ferreira Pinto 1, Rita Canotilho 1, Ana Margarida Correia 1, Catarina Baía 1, Mariana
Marques 1, João Costa 2, Ana Luísa Cunha 2, Mariana Peyroteo 1, José Flávio Videira 1, Joaquim Abreu de Sousa 1
1 - Serviço de Oncologia Cirúrgica IPO Porto
2 - Serviço de Anatomia Patológica IPO Porto
ID: 16375330080 2021-11-21
Seguimento de neoplasias do cólon em estadios iniciais: serão os 5 anos obrigatórios?
Objectivo/Introdução O cancro colorretal é o terceiro tipo de cancro mais comum a nível mundial, sendo responsável por um grande consumo de recursos hospitalares com o seguimento destes doentes. O objetivo foi avaliar a segurança da redução do tempo de seguimento das neoplasias do cólon em estadio inicial a nível hospitalar.
Material e Métodos Doentes submetidos a cirurgia por neoplasia maligna do cólon entre Janeiro de 2015 e Dezembro de 2016 numa única instituição.
Resultados Durante este período foram realizadas 709 cirurgias, sendo incluídos na análise 376 doentes após aplicação dos critérios de exclusão.
A mediana de idade foi 68 anos, sendo 92.7% das cirurgias realizadas de forma eletiva.
Considerando o resultado histológico, 3.7% dos doentes eram estadio 0, 36.2% estadio I e 60.1% estadio III.
Com uma mediana de tempo de seguimento de 60 meses, a sobrevida global foi 76 meses. 6.9% dos doentes tiveram recidiva, sendo a maioria à distância, com uma mediana de tempo até à recidiva de 19 meses. No estadio I, 5.1% dosdoentes recidivaram, com duas recidivas fora do período dos 3 anos (1.5%). No estadio II, houve 8.4% de recidivas, sendo que dois doentes recidivaram após o período de 3 anos (0.9%).
Discussão Desta forma conclui-se que a taxa de recidiva dos tumores do cólon iniciais é baixa, com uma mediana de tempo até à recidiva de 19 meses, sendo residual o número de doentes que recidiva após 3 anos de seguimento (1%). Assim sendo, parece ser seguro, em doentes selecionados, a redução do tempo de seguimento hospitalar.
#16375343411Submetido em: 2021-11-21
Titulo Carcinoma medular e leucemia linfocítica crónica gástricos: um caso raro de duas entidades síncronas. Autores Inês Bolais Mónica; Narcisa Guimarães; Simone Oliveira; Daniela Pato Pais; Sara Andrade; Inês Bertão Colaço; Fernando Melo; Lucília Conceição; José Valente Cecílio
ID: 16375343411 2021-11-21
Carcinoma medular e leucemia linfocítica crónica gástricos: um caso raro de duas entidades síncronas.
Objectivo/Introdução O carcinoma medular gástrico (CM), ou carcinoma rico em estroma linfóide, constitui 1 a 4% de todos os carcinomas gástricos. O envolvimento gástrico por leucemia pode estar presente em 25% dos doentes com esta entidade, sendo mais comum a leucemia aguda, com predomínio gástrico, ileal e no cólon proximal.
Material e Métodos Os autores apresentam o relato de um caso raro de um carcinoma medular gástrico e envolvimento gástrico concomitante por leucemia linfocítica crónica.
Resultados Doente do género feminino, 77 anos, em vigilância em consulta de Medicina Interna por leucemia linfocítica crónica (LLC), foi diagnosticada com carcinoma do antro gástrico. A doente foi submetida a gastrectomia subtotal. A peça operatória revelou um CM do antro gástrico (T2N0) e envolvimento gástrico difuso de LLC. Aos 10 meses de follow-up, a doente encontra-se assintomática, a realizar ibrutinib.
Discussão É difícil fazer a distinção entre carcinoma medular e outros tipos de carcinomas gástricos através de macroscopia e de biópsias endoscópicas, pelo que o diagnóstico é feito pelo exame anátomo-patológico da peça operatória. Está associado ao Vírus Epstein-Barr em 80% e 20% associado a instabilidade de microssatélites. Em comparação com outros carcinomas gástricos, tem melhor prognóstico, apresentando-se ao diagnóstico com estadios T e N mais baixos.
#16375345171Submetido em: 2021-11-21
Titulo Avaliação do risco nutricional como factor de prognóstico nos doentes com diagnóstico de carcinoma gástrico Autores Joana Pimenta; Hugo Pereira; Andreia Amado; Mariana Santos; Fernando Viveiros; Manuel Oliveira; Amélia Tavares
ID: 16375345171 2021-11-21
Avaliação do risco nutricional como factor de prognóstico nos doentes com diagnóstico de carcinoma gástrico
Objectivo/Introdução A nutrição sistémica é factor importante na fisiopatologia tumoral. O prognostic nutritional index (PNI) assume que desequílibrios da albumina e linfócitos associam-se a piores oucomes cirúrgicos e oncológicos. O objectivo foi avaliar a relação entre o status nutricional e dados clinicopatologicos de doentes com adenocarcinoma do estômago.
Material e Métodos Tratou-se de cohort retrospectivo de doentes submetidos a ressecção oncológica curativa por cancro gástrico (Janeiro 2014-Dezembro 2019). Doentes com indicação cirúrgica urgente, paliativa, sem estudo analítico, ou sem follow-up foram excluídos. O PNI pré-operatório foi calculado usando a formula 10 × albumina sérica + 0.005 × linfócitos totais. Os doentes foram divididos em dois grupos de acordo com o risco nutricional
Resultados Foram incluídos 147 doentes. A média de idades foi 64,65 +/- 16,63 anos, e 90 (61,2%) eram homens. O tempo mediano de follow-up foi 30 meses; mediana PNI pré-operatório foi 37.01. 28 doentes (19%) apresentaram complicações pós-operatórias graves (Clavien-Dindo III-IV); 10 doentes (6,8%) foram Clavien-Dindo V. A ocorrência de complicações pós-operatórias graves e a morte no pós-operatório imediato associam-se a um score PNI mais baixo (p=0,020; p=0,038).
Discussão O valor de PNI associou-se a pior outcome cirúrgico nos doentes submetidos a cirurgia electiva com intenção curativa por cancro gástrico. A sua facilidade de aplicação permite identificar um grupo de doentes com maior risco de complicações e morte no pós-operatório, criando a oportunidade de uma possível prevenção destes outcomes.
#16375345560Submetido em: 2021-11-21
Titulo A Avaliação da Carga Tumoral Total por OSNA do Gânglio Sentinela no Cancro da Mama Autores Lima R, Velez C, Melo M, Bolota J, Ribeiro S, Machado A, Félix R, Travassos J, Carvalho M
ID: 16375345560 2021-11-21
A Avaliação da Carga Tumoral Total por OSNA do Gânglio Sentinela no Cancro da Mama
Objectivo/Introdução O estadiamento ganglionar continua a ser um importante fator prognóstico nos doentes com cancro da mama. No entanto, o tratamento e a abordagem axilar em contexto de gânglio sentinela positivo tem vindo a progredir para uma conduta menos invasiva, sendo mais seletiva a indicação para esvaziamento axilar.
O OSNA ? One Step Nucleic Acid Amplification ? é uma avaliação molecular que deteta a presença de células metastáticas no gânglio sentinela através da quantificação das cópias de mRNA de citoqueratina 19 (CK 19). Esta técnica tem vindo a ser adoptada por vários centros nos últimos anos por ser uma técnica facilmente reprodutível que permite analisar todo o gânglio removido. A carga tumoral total define-se como o total de cópias de mRNA de CK 19 presentes nos gânglios sentinelas positivos e demonstrou nos últimos anos ser uma ferramenta importante na tomada de decisões dos doentes com cancro da mama e gânglio sentinela positivo.
O objetivo do nosso estudo é determinar o valor preditivo da carga tumoral total para identificar gânglios metastizados em doentes submetidos a esvaziamento axilar.
Material e Métodos Realizou se um estudo observacional e retrospectivo que inclui todas as doentes com carcinoma invasivo da mama que realizaram análise de gânglio sentinela por OSNA com resultado positivo (número de cópias > 250/uL). O período de tempo analisado foi entre 2013 e 2020. Foram excluídos da análise os doentes com carcinomas in situ, carcinomas invasivos sem expressão de CK 19 ou que realizaram tratamentos neoadjuvantes.
Foram consultados os processos dos doentes e a análise estatística realizada com recurso ao IBM SPSS Statistics com análise descritiva dos grupos, estimativa de curva ROC e área sob a curva.
Resultados Entre 2013 e 2020 foram operados 572 doentes por carcinoma invasivo da mama. Foi realizada biópsia de gânglio sentinela por OSNA em 394 dos quais 117 foram positivos para micro ou macrometástases. Destes 66 realizaram esvaziamento ganglionar axilar, excluindo os doentes submetidos a terapêutica neoadjuvante restam 51 doentes.
Os doentes incluídos são maioritariamente do género feminino, com uma mediana de idades de 60 anos. O subtipos molecular mais comuns foram o Luminal B e Luminal A.
A mediana de gânglios sentinelas enviados para estudo OSNA foi de 2. A mediana de gânglios presentes no esvaziamento axilar foi de 13. Dos doentes que realizaram esvaziamento axilar, 56,9% não apresentou doença ganglionar.
Na avaliação do teste OSNA foi aplicada a curva ROC cuja AUC (area under the curve) é de 0,75. Na avaliação dos dados, a aplicação de um cut-off de cópias de 30 000/uL apresenta uma sensibilidade de 86,4%, uma especificidade de 51,7%, um valor preditivo negativo de 83,3% e uma precisão 66,7%.
Discussão Embora a amostra em questão seja muito reduzida, os dados apresentados vão de encontro às publicações científicas mais recentes. A utilização do valor de 30 000 cópias/uL como cut-off na decisão da necessidade de realizar esvaziamento axilar já foi demonstrada como adequada em estudos anteriores, apresentando-se assim uma tendência às abordagens menos invasivas. O esvaziamento axilar deve assim ser ponderado conforme o risco individual do doente e a carga tumoral total, nunca esquecendo as complicações crónicas que lhe estão associadas e a consequente perda de qualidade de vida.
#16375346090Submetido em: 2021-11-21
Titulo Impacto do número de gânglios linfáticos metastizados/ressecados no prognóstico do carcinoma gástrico. Autores Andreia Amado, Hugo Pereira, Joana Pimenta, Mariana Santos, Fernando Viveiros, Manuel Oliveira, Amélia Tavares
ID: 16375346090 2021-11-21
Impacto do número de gânglios linfáticos metastizados/ressecados no prognóstico do carcinoma gástrico.
Objectivo/Introdução A metastização dos gânglios linfáticos é uma característica clinico-patológica fundamental e um dos parâmetros no sistema de estadiamento TNM da AJCC. No entanto, o sistema de classificação das metástases ganglionares mais apropriado é, ainda, controverso. Atualmente, o número de gânglios linfáticos metastizados/ressecados (RN) tem sido proposto como um preditor mais adequado no prognóstico dos doentes com carcinoma gástrico. O objetivo deste estudo é avaliar o valor prognóstico do RN nos pacientes submetidos a gastrectomia radical por adenocarcinoma gástrico.
Material e Métodos Trata-se de um estudo retrospetivo que incluiu pacientes diagnosticados com adenocarcinoma gástrico submetidos a resseção com intuito curativo entre Janeiro de 2014 e Dezembro de 2019 na nossa instituição. Foram consultados os processos clínicos e analisados várias características clínico-patológicas nomeadamente a idade e o género, o estadio patológico do tumor (pTNM), o número de gânglios linfáticos metastizados e ressecados e o tempo de follow-up. O RN foi calculado pela divisão entre o número de gânglios linfáticos metastizados pelo número total de gânglios excisados. Foi determinado um valor cutoff através da análise da curva ROC a partir do qual os doentes foram divididos em dois grupos (baixo e alto RN) no sentido de comparar a sobrevivência livre de doença e a sobrevivência global (curvas de Kaplan-Meyer e teste log-rank) e avaliar o risco de mortalidade e recorrência através da regressão de Cox. A análise estatística foi realizada utilizando o programa SPSS (versão 24) e a significância estatística foi definida como p<0,05.
Resultados Dos 159 doentes incluídos, oitenta e oito (55,3%) foram N+. Dentro dos doentes N+, a idade média foi de 67,1 ? 10,9 anos e 51 pacientes (58%) eram do género masculino. A mediana do número de gânglios excisados foi de 30,5 e de gânglios metastizados 3,5. O tempo médio de follow-up foi de 30,9 ? 20,6 meses. O valor cutoff determinado pela curva ROC foi de 12,1%. A recorrência revelou estar relacionada com um RN superior a 12,1% (p=0,039), sendo que este grupo mostrou uma diminuição significativa na sobrevivência global (41,5 versus 59,6 meses; log-rank p=0,010) e sobrevivência livre de doença (45,3 versus 60,1 meses; log-rank p=0,005). A partir da regressão de Cox, revelamos que existe um risco 2,56 vezes superior de mortalidade por cancro (p=0,014) e 2,53 vezes superior de recorrência da doença (p=0,022). Comparando separadamente os estadios pN1, pN2 e pN3, o RN superior a 12,1% demonstrou uma diminuição significativa na sobrevivência global (p=0,042; p=0,013; p<0,001, respetivamente).
Discussão O RN poderá ser considerado um adjunto na classificação N dos adenocarcinomas gástricos uma vez que identificou com sucesso os doentes com maior risco de mortalidade por cancro e recorrência da doença. Um RN superior a 12,1% demonstrou ser um fator de prognóstico fundamental no estadiamento patológico destes tumores.
#16375352640Submetido em: 2021-11-21
Titulo Tratamento cirúrgico do hepatoblastoma: um exemplo de complementaridade entre cirurgia pediátrica e cirurgia hépato-biliar de adultos. Autores Maria Carolina Sobral1, Maria Knoblich1, Sofia Morão1, Rui Alves1, Hugo Pinto Marques2
Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central ? 1. Hospital Dona Estefânia ? serviço de cirurgia pediátrica; 2. Hospital Curry Cabral ? serviço de cirurgia geral
Contacto: maria.esteves3@chlc.min-saude.pt
ID: 16375352640 2021-11-21
Tratamento cirúrgico do hepatoblastoma: um exemplo de complementaridade entre cirurgia pediátrica e cirurgia hépato-biliar de adultos.
Objectivo/Introdução O hepatoblastoma é o tumor maligno primário hepático mais frequente em idade pediátrica. O prognóstico é excelente quando existe resseção tumoral completa aliada aos regimes actuais de quimioterapia (QT).
Material e Métodos Os autores apresentam uma série de 17 doentes operados no período de 2010 a 2021.
Resultados Dos doentes 52,9 % são do sexo masculino, com uma média de idades 2 anos. A maior percentagem de doentes tem idade entre o 1 e 3 anos (52,9 %). São classificados como PRETEXT I em 17,6%, II em 41,2%, III em 35,3 % e IV em 5,9%. A alfa feto-proteína pré-operatória média é de 5780,06 ng/mL. Foram realizadas 8 hepatectomias minor (< 3 segmentos) e 9 hepatectomias major (> 3 segmentos). A sobrevida a 5 anos foi de 94,1% e a sobrevida livre de doença a 5 anos foi de 82,4%.
Discussão A crescente necessidade de hepatectomia major nos doentes recentes levou a uma colaboração entre a cirurgia pediátrica e cirurgia hépato-biliar, permitindo o tratamento de doentes com tumores de maior dimensão com menor resposta a QT neoadjuvante. Dado que nos últimos anos verificamos tanto um maior número de doentes por ano, como doentes com classificação PRETEXT de maior risco, a abordagem multidisciplinar é fulcral e muito benéfica do nosso centro de referência oncológica pediátrica.
#16375352790Submetido em: 2021-11-21
Titulo Quimioterapia peri-operatória no cancro gástrico: a realidade de um hospital Autores André Silva, Estanislau Mateia, Filipe Almeida, Joana Seabra, Xavier de Sousa, Isa Santos, Rita Baía, Joana Almeida, Rui Garcia, Margarida Correia, Luís Cortez
ID: 16375352790 2021-11-21
Quimioterapia peri-operatória no cancro gástrico: a realidade de um hospital
Objectivo/Introdução O carcinoma gástrico (CG) é o 5º tipo de cancro mais comum em Portugal. A combinação de quimioterapia (QT) peri-operatória, resseção cirúrgica com margens livres e linfadenectomia D2 é considerada atualmente a terapêutica standard nos casos de doença ressecável em estadio ? IB. O objetivo deste trabalho é avaliar as taxas de conclusão do esquema de QT em doentes submetidos a QT peri-operatória e gastrectomia no nosso centro hospitalar.
Material e Métodos Análise retrospetiva de registos de doentes com diagnóstico de CG, submetidos a QT peri-operatória e gastrectomia entre 2015 e 2020.
Resultados Identificámos 52 doentes, 65% homens. Média de idades de 65 anos. O esquema de QT pré-operatório mais utilizado foi o FLOT (60%). Todos os doentes foram submetidos a intervenção cirúrgica com intuito curativo. A mediana de tempo de internamento foi de 8,5 dias. 4 doentes obtiveram resposta patológica completa. No pós-operatório, 40 doentes (77%) retomaram o esquema QT definido. 12 doentes não realizaram QT: 5 óbitos, 5 unfit e 2 recusaram. 4 doentes realizaram um número inferior de ciclos por toxicidade e/ou degradação do estado geral. 70% completaram o esquema de QT planeado.
Discussão Nesta série, 77% doentes retomaram o esquema de QT no pós-operatório, e 36 doentes (70%) concluíram o esquema de QT peri-operatória proposto.
#16375353160Submetido em: 2021-11-21
Titulo Anemia pré-operatória e o prognóstico pós cirúrgico após tratamento do carcinoma gástrico Autores Hugo Pereira, Andreia Amado, Joana Pimenta, Mariana Santos, Fernando Viveiros, Manuel Oliveira, Amélia Tavares
ID: 16375353160 2021-11-21
Anemia pré-operatória e o prognóstico pós cirúrgico após tratamento do carcinoma gástrico
Objectivo/Introdução A anemia pré-operatória relacionada com o cancro constitui uma das comorbilidades mais comuns em diversas malignidades em até 70%. Esta característica clínica tem sido reportada com um fator de prognóstico independente para a sobrevivência livre de doença. O objetivo deste trabalho é investigar a anemia pré-operatória como um preditor de recorrência nos doentes com carcinoma gástrico.
Material e Métodos É um estudo retrospetivo que incluiu pacientes submetidos a resseção radical curativa por adenocarcinoma gástrico entre Janeiro de 2015 e Dezembro de 2019 na nossa instituição. Foram analisadas várias características clinico-patológicas nomeadamente a idade, o género, a data da cirurgia, o valor de hemoglobina e albumina pré-operatórias, valor de CEA, a classificação patológica (pTNM) do tumor, invasão linfovascular e perineural (LVN), o grau de diferenciação histológica, o tratamento efetuado, a data de recorrência e data da morte (se aplicáveis). Foi determinado um valor cutoff de hemoglobina (12,5 mg/dL) e comparados grupos de doentes (com anemia versus sem anemia) e comparadas curvas de sobrevivência livre de doença e a sobrevivência global (curvas de Kaplan-Meyer e teste log-rank). A análise estatística foi realizada utilizando o programa SPSS (versão 24) e a significância estatística foi definida como p<0,05.
Resultados Foram incluídos oitenta doentes em que a idade mediana foi de 68 anos e o género masculino prevaleceu com 62,5%. Todos os doentes apresentaram valor de albumina dentro dos parâmetros normais. Quarenta e quatro doentes (55%) encontra-se com um valor de hemoglobina <12,5 mg/dL. Comparando os dois grupos, a anemia pré-operatória não demonstrou estar associado com uma maior taxa de complicações pós-operatórias, nem com a invasão LNV ou grau de diferenciação histológica do tumor. A anemia pré-operatória mostrou ser um fator de prognóstico independente relativamente à recorrência através da análise univariada e multivariada (p=0,032; p=0,006, respetivamente). Consequentemente, o baixo valor de hemoglobina provou estar relacionado com a diminuição significativa na sobrevivência livre de doença (65,7 versus 62,1 meses; log-rank p=0,040). No entanto, não mostrou diferenças na sobrevivência global (p=0,385).
Discussão A anemia pré-operatória tem um impacto clínico no prognóstico dos doentes com carcinoma gástrico. O nosso estudo demonstra que esta pode ser um preditor independente de recorrência nos doentes submetidos a gastrectomia radical curativa, especialmente a recorrência à distância.
#16375361470Submetido em: 2021-11-21
Titulo Laparoscopic Nissen Fundoplication: long-term clinical outcomes Autores Tiago Correia de Sá, Tatiana Basto, Daniela Barbosa, Catarina Lima, Carla Freitas
Objectivo/Introdução Several studies demonstrated the value of laparoscopic antirreflux surgery for selected patients with gastroesophageal reflux disease (GERD), with good short term outcomes. However, there is still a paucity of published long-term outcomes after surgery. We aim to evaluate the long-term clinical outcomes of laparoscopic Nissen fundoplication.
Material e Métodos Patient selection: Patients who underwent laparoscopic Nissen fundoplication for GERD between the years 2011 and 2018 were identified and selected. A total of 132 patients constituted our cohort, comprising 63 men and 69 women, with a median age of 54 years old (range 23-79). The primary symptom was heartburn (90,9%), followed by regurgitation (34,1%), epigastric pain/discomfort (15,9%) and dysphagia (5,3%) of the patients. Atypical symptoms of GERD, including asthma, cough, and chest pain were present in 20,2% of patients. All the patients were taking proton pump inhibitors (PPIs).
Preoperative investigations: All patients underwent an upper gastrointestinal endoscopy preoperatively. Esophagitis was found in 30,3% of patients and 5 patients (3,8%) presented with Barrett oesophagus. Preoperative 24h pHmetry was performed for 71 (53.8%) patients and oesophageal manometry in 73 patients (55.3%). Hiatus hernia was found in 95 patients (72%) during upper gastrointestinal series.
Operative Technique: All patients underwent a laparoscopic Nissen fundoplication, tailoring a floppy 360° wrap and crural repair with non-absorbable multifilament sutures. A calibrating bougie was not used.
Postoperative assessment: Patients were followed by the responsible surgical team in the postoperative period and then by their Family Doctor. We retrospectively analysed the clinical files of our patients, they were contacted by phone and answered to the GERD-HRQL questionnaire.
Resultados There were no cases of conversion to open surgery. Significant morbidity was only evident in 4 patients (3,0%), including 3 intra-abdominal abscess requiring antibiotics alone and 1 mediastinal abscess also requiring percutaneous drainage. No mortality was recorded.
The reoperation rate for failed fundoplication was 2,27% (3 patients) and all patients were successfully submitted to Redo Nissen fundoplication by laparoscopy.
PPI is still used by 29,5% (39) of patients. Mean BMI at the time the GERD-HRQL questionnaire was 26,03?3,77 (range 17,06 - 37,04)kg/m2 and no statistically significant differences were noted from the preoperative BMI.
We recorded a mean score of 2,86 points in the GERD-HRQL questionnaire and 86,4% of patients were satisfied with the surgery and clinical outcomes. Only 6 patients (4,5%) were not satisfied with the surgery and 12 (9,1%) neutral.
Discussão Laparoscopic Nissen fundoplication is a safe procedure with low morbidity and excellent short and long term clinical outcomes in selected patients with GERD. Preoperative investigations are of major importance to select the best candidates to Nissen fundoplication and to achieve good results.
#16375371421Submetido em: 2021-11-21
Titulo O impacto da quimioterapia neoadjuvante na taxa de regressão tumoral no carcinoma gástrico Autores Oriana Nogueira, Mariana Lemos, Mariana Duque, Catarina Lopes, Miguel Fernandes, Monica Martins, Antonio Bernardes, Jose Guilherme Tralhao
ID: 16375371421 2021-11-21
O impacto da quimioterapia neoadjuvante na taxa de regressão tumoral no carcinoma gástrico
Objectivo/Introdução A quimioterapia peri-operatória (QT-POP) no carcinoma gástrico localmente avançado (estadio II e III) tem sido associada a benefícios, nomeadamente, downstaging do tumor com maior probabilidade de resseção R0; inibição da formação de micrometástases e diminuição da recorrência local. O grau de regressão tumoral (GRT), definido como a resposta histológica à terapêutica neoadjuvante, tem demostrado impacto na sobrevivência. Neste trabalho pretendemos avaliar o valor prognóstico do GRT após QT-POP no carcinoma gástrico, assim como, encontrar possíveis correlações com fatores relacionados com o doente/doença.
Material e Métodos Estudo retrospetivo em 57 doentes, portadores de carcinoma gástrico localmente avançado. Submetidos a QT-POP (oxaliplatina e epirrubicina em 14 doentes e FLOT nos restantes) seguida de resseção cirúrgica entre 01.01.2017 e 31.12.2019. O GRT foi calculado segundo a escala do College of American Pathologists (CAP). Foram usados teste de Fisher para comparações intergrupos, Kaplan-Meier para cálculo de sobrevivência global (SG) e regressão Cox para identificar covariáveis relacionadas com a SG.
Resultados Observou-se GRT 1 (resposta quase completa) em 13 doentes, GRT 2 (resposta parcial) em 24 e GRT 3 (ausência de resposta) em 21. Para doentes GRT 1-2, a SG ao 1º ano e aos 3 anos foi de 86.1% e 80% respetivamente, quando comparados com 66.7% (1º ano) e 48% (3 anos) para doentes GRT 3. Da análise multivariada apenas o rácio ganglionar e a histologia do tumor tiveram impacto na SG (pior SG em rácios maiores e carcinoma de células pouco coesas). Não foi possível identificar outras variáveis que correlacionassem o GRT com a SG, nomeadamente, tamanho e localização tumoral, estadio, invasão vascular e permeação linfática, invasão perineural, status HER2, esquema de quimioterapia.
Discussão Nos doentes com regressão tumoral após QT-POP houve melhoria da SG ao 1º e 3º ano pós-operatório. O GRT e a SG foram semelhantes nos 2 tipos de esquemas de fármacos da QT. Em cada GRT, um maior rácio ganglionar e carcinoma de células pouco coesas apresentaram pior prognóstico.
#16375380920Submetido em: 2021-11-21
Titulo Validação do protocol E-FAST na abordagem ao trauma torácico - revisão sistemática e meta-análise Autores Nuno Gonçalves, Filipa Vilela, Eduarda Gonçalves, José Pedro Pinto
ID: 16375380920 2021-11-21
Validação do protocol E-FAST na abordagem ao trauma torácico - revisão sistemática e meta-análise
Objectivo/Introdução As lesões traumáticas continuam a ser uma das principais causas de mortalidade em admissões ao serviço de urgência. Uma percentagem substancial desses doentes apresentam-se com lesões torácicas, levando a que o trauma torácico seja um causa major de morbimortalidade. Atrasos no diagnóstico poderão levar a compromisso respiratório e circulatório. A ecografia representa uma opção rotineiramente utilizada como parte integrativa de um protocolo E-FAST que serve como elemento essencial para um rápido diagnóstico de situações potencialmente comprometedoras de vida. Avaliar a acuidade diagnóstica, sensibilidade, especificidade e valores preditivos positivos e negativos do EFAST para o diagnóstico de pneumotórax, hemotórax e hemipericardio em comparação com outros métodos.
Material e Métodos Revisão sistemática em várias bases de dados com meta-analise.
Resultados O estudo revelou uma sensibilidade do EFAST de 0.73 e especificidade de 0.99 (para estudos com hemitórax como unidades de amostra) e 0.90 e 1.00 respetivamente para estudos com pacientes como unidade de amostra. Relativamente ao hemotórax, o estudo revelou uma sensibilidade de 0.7 e especificidade de 0.99.
Discussão A utilização do EFAST no SU tem inúmeras vantagens, podendo ser um excelente exame de complemento ao exame físico e outros métodos de imagem. Um teste positivo está muito provavelmente correto. No entanto, um teste negativo não permite excluir a presença de patologia.
#16375384420Submetido em: 2021-11-21
Titulo Transplante Hepático na Falência Hepática Aguda: Experiência de um Centro de Alto Volume Autores Beatriz Chumbinho, Inês Barros, Luis Bicho, Raquel Mega, João Santos Coelho, Hugo Pinto Marques
ID: 16375384420 2021-11-21
Transplante Hepático na Falência Hepática Aguda: Experiência de um Centro de Alto Volume
Objectivo/Introdução Falência Hepática Aguda (FHA) é definida como coagulopatia associada a encefalopatia na ausência de doença hepática pré-existente. Nos países desenvolvidos a causa mais comum é tóxica medicamentosa. As opções terapêuticas variam desde cuidados de suporte até transplante hepático, que é a única possibilidade de recuperação em aproximadamente 10-20%.
Material e Métodos Foram analisados os doentes submetidos a transplante hepático por FHA no nosso centro desde 1992 a 2020.
Resultados Neste período foram transplantados 2297 doentes, 117 (5.1%) por FHA. 75 (64%) doentes eram do sexo feminino e a idade mediana foi 41 anos (13-70). A etiologia mais comum foi toxicidade medicamentosa ou por Amanita phalloides (n=66, 56,4%), seguida de hepatite viral aguda (n=17, 14,5%). Em 18 doentes (15,4%) não foi identificada a etiologia. O transplante foi contra grupo AB0 em 49 (41,9%). A sobrevida a 1, 3 e 5 anos foi de 60,7%, 57,2% e 55,1%, respectivamente. 18 doentes (15,4%) foram submetidos a retransplante, o que não condicionou pior sobrevida. Observou-se uma tendência para melhor sobrevida nos doentes transplantados por iatrogenia e pior sobrevida nos transplantados por causa desconhecida.
Discussão A FHA é uma doença grave e com uma mortalidade muito elevada. O transplante hepático tem um impacto positivo na sobrevida apesar de claramente inferior àquela que é reportada por outras etiologias. O impacto desta etiologia na sobrevida nota-se também após o 1º ano.
#16375384421Submetido em: 2021-11-21
Titulo Fatores preditivos de não cumprimento da estratégia na resseção de MHCCR Autores Beatriz Chumbinho, Inês Barros, Luis Bicho, Raquel Mega, João Santos Coelho, Hugo Pinto Marques
ID: 16375384421 2021-11-21
Fatores preditivos de não cumprimento da estratégia na resseção de MHCCR
Objectivo/Introdução O cancro colorretal (CCR) é uma importante causa de mortalidade. Ao diagnóstico, 20% dos doentes têm metástases hepáticas (MH). Apesar da resseção completa do tumor primário e das MH estar associada a melhor sobrevida,o tratamento destes doentes é complexo,levando a que muitos não o completem.
Material e Métodos Análise retrospetiva e unicêntrica. Incluídos todos os doentes operados a MH síncronas de CCR,durante um período de 10 anos (1996-2016).
Resultados Neste período foram submetidos a hepatectomia 1436 doentes, 802 (55.8%) por MH síncronas de CCR. 496 (61,8%) do sexo masculino e idade mediana de 63 anos (18-84). Em 458 (57.1%) optou-se pela estratégia clássica, em 116 (14.5%) pela estratégia inversa e em 228 (28.4%) pela resseção síncrona. 603 (75.2%) completaram a estratégia,tendo uma sobrevida superior à dos que não a conseguiram completar (5A:34.5%vs31.8%). O estadiamento do tumor primário (N+),a metastização múltipla (>10) ou bilobar, um CEA>500 e a realização de embolização portal estão associados a um maior dropout. Na análise multivariada os principais fatores preditivos de dropout foram a hepatectomia em dois tempos e a ausência de quimioterapia neoadjuvante.
Discussão Nos doentes com metastização síncrona de CCR,a conclusão da estratégia proposta é um fator independente de prognóstico. Desta forma, a inclusão de fatores preditivos de dropout na decisão terapêutica pode contribuir para uma melhor seleção dos doentes. Do nosso conhecimento apresentamos uma das maiores séries unicêntricas a nível mundial.
#16375390581Submetido em: 2021-11-21
Titulo Técnica cirúrgica como fator de risco para má qualidade de vida na cirurgia de reparação de hérnia inguinal Autores PTSurg
Email: projects@ptsurg.org
ID: 16375390581 2021-11-21
Técnica cirúrgica como fator de risco para má qualidade de vida na cirurgia de reparação de hérnia inguinal
Objectivo/Introdução Os resultados nacionais das várias técnicas de reparação de hérnia inguinal não são conhecidos. O objetivo deste estudo foi comparar a qualidade de vida (QV) após reparação por Lichtenstein (gold standard) e as restantes técnicas.
Material e Métodos Estudo coorte prospetivo multicêntrico com doentes submetidos a cirurgia aberta de hérnia inguinal eletiva (Out-Dez 2019). A técnica de Lichtenstein foi comparada com as outras técnicas de cirurgia aberta com prótese (Plug and Patch, PHS, TIPP, TREPP).
O outcome primário foi baixa QV aos 3 meses pós-operatórios, definida como o tercil superior na escala EuraHS-QoL. As taxas ajustadas e não ajustadas de baixa QV foram comparadas.
Resultados Foram incluídos 885 doentes de 33 hospitais portugueses. 53,3% (n=472) foram submetidos a reparação Lichtenstein e 46,7% (n=413) a outras técnicas, sendo o Plug and Patch a mais usada entre estas (83%, n=341). Não houve diferença nas características dos doentes entre os dois grupos. Na análise não ajustada não houve diferença na taxa de baixa QV entre a técnica Lichtenstein e outras (35,2% vs 31,1%, p=0,265). Após ajuste para variáveis confundidoras, a técnica cirúrgica não se demonstrou associada a diferenças na QOL (OR=1.21, IC95% 0.78-1.87, p=0.406).
Discussão A técnica de Lichtenstein foi usada em apenas metade dos doentes, sem aparentes diferenças na QV aos 3 meses. Um follow-up mais alargado assim como estudos de intervenção são necessários para confirmar a segurança das técnicas alternativas.
#16375400822Submetido em: 2021-11-22
Titulo Abordagem axilar ecoguiada na colocação de CICC-Port - a experiência de um centro oncológico Autores Filipa Fonseca, Francisco Cabral, Rodrigo Oom, Nuno Abecasis
ID: 16375400822 2021-11-22
Abordagem axilar ecoguiada na colocação de CICC-Port - a experiência de um centro oncológico
Objectivo/Introdução A colocação ecoguiada de centrally insered central catheters com reservatório (CICCP) é o gold standard, sendo a veia jugular a mais puncionada por esta técnica, pela menor dificuldade técnica associada, ao contrário da veia axilar (VA).
O objetivo primário é avaliar taxa de sucesso e complicações precoces e tardias da abordagem axilar.
Material e Métodos Estudo retrospetivo, baseado numa base de dados prospetiva. Incluíram-se 200 CICCP, consecutivos, colocados na VA, sob controlo ecográfico, entre 2019 e 2020.
Resultados Foram colocados 586 cateteres ecoguiados neste período, 34% na VA. Dos doentes incluídos, 54.5% eram mulheres, com idade mediana de 63 anos e o diagnóstico mais frequente foi a neoplasia gástrica (25.5%).
O sucesso técnico foi alcançado em 96.6% dos casos. Foi puncionada a VA direita em 92.5%, apenas com uma tentativa em 86.4% das punções e não se registaram mais de 3 tentativas.
Foram registadas complicações em 14% dos cateteres. As precoces corresponderam a 4 punções arteriais e 2 hematomas. Não foi registado nenhum pneumotórax. As tardias incluíram 3 casos de trombose, 7 de má-função e 13 de infeção.
Foram removidos 24 cateteres, 45% pelo término da quimioterapia. A duração mediana dos CICCP foi de 11.5 meses, com um tempo mediano de seguimento de 12 meses.
Discussão A colocação de CICCP na VA com ecografia é um procedimento eficaz e seguro. O registo e análise dos procedimentos realizados permite uma identificação dos principais problemas e uma constante melhoria dos resultados clínicos.
#16375403041Submetido em: 2021-11-22
Titulo Anastomose intracorpórea (AI) versus anastomose extracorpórea (AE) na Hemicolectomia direita laparoscópica (HDL) - a experiência inicial de um centro Autores Ana Rita Ferreira, Bárbara Castro, Andreia Amado, Hugo Pereira, Tatiana Queirós, Bela Pereira, João Cardoso, Lurdes Gandra, Manuel Oliveira
ID: 16375403041 2021-11-22
Anastomose intracorpórea (AI) versus anastomose extracorpórea (AE) na Hemicolectomia direita laparoscópica (HDL) - a experiência inicial de um centro
Objectivo/Introdução A HDL é considerada o gold standard para o tratamento de lesões do cólon direito. Atualmente, a controvérsia consiste em favorecer a AI sob a AE, pelo que muitos estudos têm sido feitos no sentido de avaliar e comparar a sua segurança, eficácia e resultados funcionais.
Material e Métodos Estudo retrospetivo unicêntrico que incluiu 73 doentes submetidos a HDL, dos quais 29 com AI e 44 com AE desde janeiro de 2017 até junho de 2021.
Resultados Os resultados pós-op analisados foram: existência de complicações, nomeadamente IFO, da anastomose, ou eventração; re-intervenção; febre; necessidade de atb; tempo operatório; dia de início de dieta líquida com tolerância; dia de regularização de TGI e a duração do internamento.
Não foi constatada diferença estatisticamente significativa a favorecer nenhuma das técnicas em nenhum dos parâmetros. No entanto, alguns aspetos a realçar:
- re-intervenção (p=0,59): 3 doentes na AE (2 por evisceração e 1 perfuração iatrogénica de ID); 3 na AI (suspeita de peritonite e 2 fístulas da anastomose ileocólica)
- alterações da anastomose (p=0,05): na AE, apenas 1 alteração da anastomose com tto conservador, enquanto na AI, 4 complicações, 2 casos de fistula anastomótica.
- febre durante o internamento (p=0,13): na AE apenas 15 em 44 doentes apresentaram picos febris e, na AI, 15 em 29, sobretudo nos primeiros 3 dias.
- início de dieta líquida (p=0,41), apesar de se verificar 7 quadros de íleus paralítico na AE e apenas 2 na AI.
Discussão Este estudo revelou resultados semelhantes nos 2 grupos, apesar de na literatura se constatar uma variação da tendência estatisticamente significativa em favor da AI em relação às complicações infeciosas e aos parâmetros de recuperação.
A ausência de diferenças estatisticamente significativas pode estar muito condicionada pelo tamanho da amostra, mesmo assim foram encontrados aspetos interessantes.
#16375416930Submetido em: 2021-11-22
Titulo Cirurgia das Glândulas Paratiroides no Hiperparatiroidismo Primário - Experiência de um Centro Hospitalar Autores Carlota Ramos; Vanessa Santos; Teresa Causi; Rui Bernardino; José Rocha; João Coutinho
ID: 16375416930 2021-11-22
Cirurgia das Glândulas Paratiroides no Hiperparatiroidismo Primário - Experiência de um Centro Hospitalar
Objectivo/Introdução O hiperparatiroidismo primário (HPTP) é uma doença relativamente frequente (0,3%). As principais causas estão relacionadas com a presença de adenomas solitários (80%). A presença de múltiplos adenomas ocorre em 5% dos casos e a hiperplasia da glândula paratiroide em 15%. A neoplasia da paratiroide é responsável por menos de 1% dos casos.
O diagnóstico, a investigação e as intervenções no HPTP têm sofrido alterações ao longo das últimas décadas. Atualmente, a cirurgia é o gold standard.
A cirurgia das paratiroides, que inicialmente compreendia a exploração cervical bilateral, evolui mais recentemente para a exploração cervical dirigida a uma glândula paratiroide, previamente identificada como a responsável pela doença em exames complementares de diagnóstico.
O recurso à radiologia e à medicina nuclear foi preponderante para permitir uma abordagem minimamente invasiva na cirurgia da paratiroide.
Em doentes selecionados a exploração cervical dirigida consegue resultados semelhantes aos da exploração cervical bilateral.
Material e Métodos Os autores pretendem fazer uma análise retrospetiva dos doentes com HPTP submetidos a exploração cervical dirigida às glândulas paratiroides identificadas previamente com recurso à radiologia e medicina nuclear e sem doseamento de paratormona (PTH) intraoperatória. O objetivo do trabalho prende-se com a avaliação da resolução do hiperparitoidismo com recurso à abordagem dirigida minimamente invasiva.
Resultados Estudo retrospetivo, desenvolvido num Centro de elevada experiência em Cirurgia Endócrina durante os anos de 2014 a 2021, com recurso à consulta dos processos clínicos, registos operatórios, resultados laboratoriais e anatomopatológicos de mais de 100 doentes operados a patologia das glândulas paratiroides.
Discussão A exploração cervical única e dirigida no tratamento cirúrgico do HPTP, mesmo sem doseamento da PTH intraoperatória, demonstrou ser uma boa opção terapêutica em doentes selecionados, com taxas de sucesso semelhantes à exploração cirúrgica cervical bilateral, conferindo em simultâneo as vantagens associadas à cirurgia minimamente invasiva.
#16375416931Submetido em: 2021-11-22
Titulo Transplantação renal: dadores em paragem cardiocirculatória, a experiência de um Centro Autores Carlota Ramos, Vanessa Santos, Sara Fernandes, Carlos Miranda, Lucas Batista, João Coutinho (1), José Guerra (2)
ID: 16375416931 2021-11-22
Transplantação renal: dadores em paragem cardiocirculatória, a experiência de um Centro
Objectivo/Introdução A transplantação de órgãos permitiu em muitas patologias dar uma segunda oportunidade aos doentes, contudo o reduzido número de órgãos disponíveis é uma das grandes limitações. A doação de órgãos após paragem cardiocirculatória (PCC) é utilizada de forma a aumentar o número de órgãos disponíveis para transplante.
Material e Métodos Os autores pretendem avaliar a experiência do centro em transplantação renal após PCC, outcomes e fatores relacionados com as complicações precoces e tardias do enxerto.
Estudo retrospetivo, no nosso Centro Hospitalar, entre 1 de outubro de 2017 e 1 de outubro de 2021. Os autores recorreram à consulta dos processos clínicos, registos operatórios, resultados laboratoriais, microbiológicos e anatomopatológicos.
Resultados Foram realizadas 230 colheitas de rins, 23 (10,4%) em dadores em PCC.
A idade média dos dadores foi de 47,4 (24 a 68 anos) e a média da cretinémia dos dadores foi de 1,33mg/dL. A causa de morte por trauma ocorreu em apenas um dos dadores, estando as restantes associadas a causas médicas.
Foram realizados 349 transplantes renais, dos quais 27 (10,7%) foram de dadores em PCC.
A idade média dos recetores foi de 45 anos, com idades compreendidas entre os 24 e os 62 anos.
O tempo médio de isquemia fria foi de 16,9 horas, com variações entre 2,5 e 24,2 horas. A média do 1º tempo de isquemia quente foi de 196,6 minutos (intervalo de 126 a 292 minutos), e do 2º tempo de isquemia quente foi de 30,6 minutos (intervalo de 23 a 39 minutos).
Verificou-se uma excelente função do enxerto em cerca de 11,5% dos recetores, uma função intermédia inicial do enxerto em 7,7% e uma função tardia do enxerto em 73,1%. A disfunção primária do enxerto ocorreu em 7,7% dos casos, a rejeição aguda do enxerto em 19,2%, e a falência do enxerto em 2 indivíduos.
No follow up, a creatinina sérica media aos 12 meses do grupo que apresentou uma função tardia do enxerto foi de 1,4mg/dL (0,88 ? 2,18mg/dL).
As complicações mais comuns verificadas após o transplante renal foram o aparecimento de diabetes (26,9%) e a infeção do trato urinário (42,3%).
Discussão A colheita de órgãos em dadores em PCC no nosso centro permitiu o aumento em 12,6% na colheita de rins e 11,9% nos transplantes renais realizados no nosso centro.
O transplante renal de dadores em PCC apresenta taxas de sobrevida do recetor e do enxerto comparáveis aos transplantes realizados com rins de dadores em morte cerebral.
#16375416932Submetido em: 2021-11-22
Titulo Diarreia crónica e desnutrição em doente com antecedentes de trauma lombar penetrante por arma branca Autores Carlota Ramos, Inês Moreira, Vanessa Santos, Rui Esteves, João Coutinho
ID: 16375416932 2021-11-22
Diarreia crónica e desnutrição em doente com antecedentes de trauma lombar penetrante por arma branca
Objectivo/Introdução A diarreia crónica tem uma duração superior a quatro semanas e pode estar relacionada com várias causas, nomeadamente: síndrome do intestino irritável, intolerância à lactose, doença celíaca, DII, cancro colorretal, pancreatite crónica, alterações hormonais como diabetes ou hipertiroidismo, efeitos adversos a medicamentos, consumo em excesso de alimentos e bebidas com adoçantes artificiais ou como resultado de cirurgias gástricas e à vesicula.
O diagnóstico baseia-se na história clínica do doente e nos exames complementares de diagnóstico, como avaliação laboratorial, exames de imagem ou endoscópicos.
Material e Métodos Os autores apresentam o caso de um homem, de 33 anos, natural de São Tomé e Príncipe, com antecedentes pessoais conhecidos de hepatite B e trauma lombar penetrante por arma branca, submetido a cirurgia abdominal.
O doente apresentava quadro de diarreia crónica, emagrecimento de cerca de 24kg e Síndrome de má absorção, encontrando-se internado no Serviço de Gastrenterologia do nosso hospital para esclarecimento de desnutrição.
Em avaliação complementar com EDA foi documentada gastrite crónica não atrófica do antro, sem alterações a sugerir doença celíaca ou atrofia do delgado. Realizou colonoscopia que documentou aos 40cm anastomose enterocolica com 3 comunicações com o intestino delgado e 2 orifícios; aos 30cm presença de 2 orifícios, um dos quais permeável e com comunicação para o cólon. Em TC abdominopélvica foi identificada ligeira distensão de ansa de intestino delgado na pélvis, com cerca de 3cm de calibre, sugerindo invaginação transitória em ansa na transição dos quadrantes abdominais esquerdos. No clister opaco foi visualizado no colon descendente, grosseiramente a cerca de 5cm acima do nível da crista ilíaca esquerda, estreitamento do lúmen do colon, com passagem de contraste para pelo menos duas ansas de delgado por trajetos fistulosos. Coexistem pelo menos duas imagens de adição, correspondendo a pequenos trajetos em fundo cego no segmento do cólon estreitado.
Resultados O doente foi proposto para intervenção eletiva com laparotomia mediana com identificação intraoperatória de fistulas jejuno-cólicas (2), jejuno-jejunais e colocólicas. Submetido a enterectomia segmentar e colectomia segmentar em bloco e reconstrução com jejunojejunostomia e transversossigmoidostomia.
Discussão A avaliação clínica e a seleção dos exames complementares de diagnóstico deverá ser realizada de forma individualizada, tendo em conta a duração e persistência da diarreia, a presença de dor abdominal, febre, perda de peso ou outros sinais de alarme, e inevitavelmente o contexto clínico do doente, como a idade e outras doenças ou antecedentes cirúrgicos associados.
Apesar de não ser a causa mais frequente, o trauma abdominal e cirurgias abdominais anteriores podem ser causas de diarreia crónica associada a emagrecimento marcado e desnutrição, não podendo passar despercebidas na avaliação destes indivíduos.
#16375421392Submetido em: 2021-11-22
Titulo Adenomyoepithelioma of the breast: an unwanted histological result Autores Martins D, Varanda J, Joao D, Amado A, Queirós T, Mesquita A, Carvalho C, Fernandes F, Oliveira M
ID: 16375421392 2021-11-22
Adenomyoepithelioma of the breast: an unwanted histological result
Objectivo/Introdução Adenomioepitelioma da mama é uma patologia benigna rara, com proliferação bifásica de células epiteliais luminais e mioepiteliais, que raramente maligniza. O diagnóstico histológico é exigente e deve ser feito por patologistas experientes. Foi recentemente criada uma classificação para uniformizar os achados histológicos e orientar o tratamento.
Material e Métodos Relato de caso clínico de adenomioepitelioma mamário.
Resultados Mulher 65 anos, referenciada à consulta por nódulo retroareolar suspeito com 10x8 mm em ecografia de rastreio.
Foi realizada micro-biópsia com resultado histológico de adenomioepitelioma, sem malignidade na amostra.
A doente foi proposta para biópsia excisional da lesão, marcada por arpão. A histologia da peça cirúrgica foi revista por um grupo de anatomopatologistas inter-hospitalar, que revelou adenomioepitelioma atípico com margens positivas e pequeno foco milimétrico com adenomioepitelioma maligno in situ.
Atendendo aos achados histopatológicos, a doente foi proposta para nova re-intervenção cirúrgica com alargamento de margens.
Discussão Adenomioepitelioma mamário é uma neoplasia infrequente, com grande espectro de apresentação. O diagnóstico é confirmado na histologia da peça cirúrgica e o seu tratamento é cirúrgico, com exigência da exérese da totalidade da lesão com margens negativas para evitar recorrência local. O papel de tratamento adjuvante e pesquisa de gânglio sentinela ainda é incerto.
#16375426580Submetido em: 2021-11-22
Titulo Tumores neuroendócrinos do apêndice - 10 anos de um centro de referência Autores Catarina Baía1, Mariana Marques1, Paula Pinto1, Ana Margarida Correia1, Rita Canotilho1, João Costa2, Laurinda Giesteira1, Pedro Antunes1, Manuel Jácome2, Isabel Torres3, Joaquim Abreu de Sousa1.
1Serviço de Oncologia Cirúrgica do IPO-Porto
2Serviço de Anatomia Patológica do IPO-Porto
3Serviço de Endocrinologia do IPO-Porto
ID: 16375426580 2021-11-22
Tumores neuroendócrinos do apêndice - 10 anos de um centro de referência
Objectivo/Introdução Os tumores neuroendócrinos (TNE) do apêndice são uma entidade rara (~0.65/100.000 habituantes). Na maior parte das vezes são assintomáticas e o diagnóstico é habitualmente feito após análise histológica das peças de apendicectomia. Geralmente apresentam um bom prognóstico, no entanto, estes tumores têm potencial de invasão ganglionar e à distância. O principal dilema do tratamento desta neoplasia é a seleção de doentes com risco de metastização ganglionar e que necessitam de cirurgia oncológica radical. O objetivo dos autores é auditar o tratamento realizado aos doentes com TNE do apêndice na sua instituição de 2011 a 2020, e avaliar o risco de recidiva.
Material e Métodos Análise retrospetiva unicêntrica e descritiva dos doentes admitidos com o diagnóstico de TNE do apêndice de janeiro de 2011 a dezembro de 2020.
Resultados Obtivemos uma amostra de 52 doentes com idade mediana de 45,5 anos, sendo 64% do sexo feminino. Um doente apresentava diagnóstico pré-operatório de TNE apêndice; 71% obtiveram o diagnóstico após apendicectomia; e 27% após cirurgia com resseção do apêndice por outro motivo. Foram estadiados como pT1 em 38%, pT3 em 56% e pT4 em 6%; estadio N0 em 98%;e M0 em 96%, dois casos com metástases peritoneais.Foi realizada cirurgia complementar com colectomia direita em 5 doentes e apenas um apresentava doença residual. Um doente foi proposto para adjuvância com análogos de somatostatina. O seguimento médio foi 42 meses, com um caso de recidiva à distância.
Pelas guidelines NCCN/ENETS, 10% doentes tinham critérios para colectomia direita. Dois destes foram submetidos a colectomia direita e dois a colectomia subcecal (um com exérese de implante único), todos sem doença ganglionar e sem recidiva no seguimento. O quinto doente, pT3N1M1, foi submetido a colectomia direita e citorredução de doença peritoneal (ICP12,CC0). Apresentava recidiva/persistência de doença peritoneal aos 5 meses de pós-operatório, tratado com análogos. Tinha doença estável aos 92 meses de seguimento.
A indicação de colectomia direita é discutível em casos de tumores de 1-2cm com fatores de mau prognóstico, que se verificava em 12 doentes: foi realizada colectomia em 5, não houve doença residual, nem recidiva a longo prazo.
Discussão Os TNE do apêndice são habitualmente diagnosticadas em estadios iniciais, sem envolvimento ganglionar ou à distância, e na maior parte das vezes achados em peças operatórias de apendicectomia por apendicite aguda. Por esse motivo, não implica, habitualmente, procedimentos/tratamentos adicionais. Mesmo quando diagnosticada em estadios mais avançados, a doença é indolente e facilmente controlada com cirurgia e com tratamento com análogos de somatostatina.
#16375434151Submetido em: 2021-11-22
Titulo Qual o prejuízo oncológico do SARS-CoV 2 na cirurgia colorretal? Autores Catarina Lopes [1,2], Oriana Nogueira [1], Rita Andrade[1,2], Eva Santos [1,2],Manuel Rosete [1,2], António Manso [1,2], António Ribeiro [1], José Guilherme Tralhão [1,2]
[1] Serviço de Cirurgia Geral, Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra
[2] Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra
ID: 16375434151 2021-11-22
Qual o prejuízo oncológico do SARS-CoV 2 na cirurgia colorretal?
Objectivo/Introdução O aparecimento da pandemia do coronavírus em Portugal exigiu uma reorganização dos cuidados de saúde e mobilização de recursos. Verificaram-se atrasos nas cirurgias eletivas a doentes oncológicos, influenciando negativamente o seu prognóstico. Este estudo pretende avaliar o impacto oncológico da pandemia nos doentes submetidos a cirurgia eletiva por carcinoma colorretal.
Material e Métodos Estudo retrospetivo que incluiu doentes com carcinoma colorretal, englobados no programa ERAS, submetidos a cirurgia eletiva, de maio 2019 a fevereiro 2021. A amostra foi dividida em 2 grupos: pré-COVID e pós-COVID. Foram recolhidos dados demográficos, cirúrgicos e relativos ao estadiamento tumoral. Na comparação entre grupos usaram-se testes de X2, Fischer e Mann-Whitney.
Resultados Em 264 doentes, 156 pertenciam ao grupo pré-COVID e 108 ao grupo pós-COVID. Na amostra global verificou-se uma diferença estatisticamente significativa na metastização à distância e no estadio IV entre os grupos pré e pós-COVID (p<0,05). O tempo decorrido entre o diagnóstico e a cirurgia aumentou após a pandemia (p<0,001). Avaliando o impacto do COVID por patologia, doentes com neoplasia cólica apresentaram estádios mais avançados e maior taxa de metastização (p<0,05).
Discussão Neste estudo conclui-se que a pandemia atrasou o tratamento cirúrgico da patologia oncológica colorretal, agravando o seu estadiamento. Doentes operados no período pós-COVID apresentaram uma maior metastização à distância, colocando em causa o potencial curativo da cirurgia.
#16375435010Submetido em: 2021-11-22
Titulo Tumor Filoide Mamário - a Experiência de um Serviço Autores Penélope Correia; Égon Rodrigues; Catarina Osório; Mariana Santos; Florinda Cardoso; Teresa Santos; Mário Nora
ID: 16375435010 2021-11-22
Tumor Filoide Mamário - a Experiência de um Serviço
Objectivo/Introdução Os tumores filoides são neoplasias fibroepiteliais raras, representando menos de 1% das neoplasias mamárias, atualmente classificadas em 3 subtipos histológicos, com diferentes prognósticos - benigno, borderline e maligno. O diagnóstico pré-operatório tem-se revelado pouco preciso, e tendo em conta o potencial de recidiva, a excisão cirúrgica com 1cm de margem é considerada a abordagem gold standard, permitindo o diagnóstico e subclassificação definitivos.
Material e Métodos Foram analisados retrospetivamente os processos dos doentes submetidos a excisão de tumores filoides, incluindo os 3 subtipos, entre os anos de 2010 e 2020.
Resultados Foram identificados 19 doentes, todos do sexo feminino, com uma idade média de 38 anos. A maioria das lesões (68%) localizavam-se na TQE/QSE, sem preferência na lateralidade e com um tamanho médio de 33mm. A concordância entre a biópsia e a peça cirúrgica foi de 21%. Apenas se verificou 1 caso de subtipo maligno e nenhum borderline. Sete casos (37%) foram submetidos a alargamento de margem. Durante um seguimento médio de 48 meses, houve 1 caso de recorrência (5%) e a sobrevivência global foi de 100%.
Discussão O estudo corrobora a raridade dos tumores filoides e a dificuldade na precisão diagnóstica pré-operatória, enfatizando, desta forma, a importância da excisão cirúrgica alargada. Apesar de todos os casos com margens positivas terem sido submetidos a nova cirurgia, mais recentemente tem-se defendido uma abordagem ?wait-and-see? nos tumores filoides benignos sem margens livres.
#16375437370Submetido em: 2021-11-22
Titulo Abordagem do abdómen aberto: a propósito de um caso clínico Autores Ferreira, M; Figueiredo, G; Ferraz, S; Faria, V; Rocha, A; Sousa, I; Neves, M; Coelho, M
ID: 16375437370 2021-11-22
Abordagem do abdómen aberto: a propósito de um caso clínico
Objectivo/Introdução O abdómen aberto é uma condição desafiante cujo tratamento tem evoluído, com a possibilidade de recurso a dispositivos de encerramento abdominal temporário quando o encerramento primário não é possível ou recomendável.
Material e Métodos Apresenta-se o caso de um homem de 27 anos, vítima de traumatismo abdominal aberto com evisceração, hemorragia ativa e ferida desde o hipocôndrio direito até à região lombar esquerda. Procedeu-se a cirurgia emergente de damage control das lesões intra-abdominais, encerramento da ferida na parede lateral do abdómen e laparostomia com ABThera?. Recorreu-se ainda à utilização do Prevena? na incisão lateral esquerda, em comunicação com o ABThera?. O doente foi reoperado 2 dias depois, tendo sido possível o encerramento da parede abdominal, mantendo-se terapia de vácuo incisional.
Resultados Verificou-se boa evolução clínica, com cicatrização da parede abdominal. Regista-se apenas pequena infecção localizada com abcesso na extremidade superior da ferida da laparotomia mediana que se resolveu com drenagem, antibioterapia dirigida e terapia de vácuo. Teve alta da Cirurgia ao 36º dia, com resultados muito satisfatórios em termos de cicatrização e funcionalidade da parede abdominal.
Discussão Este caso clínico ilustra a importância de um encerramento o mais precoce possível da parede abdominal, bem como da terapia de vácuo na abordagem ao abdómen aberto.
#16375471980Submetido em: 2021-11-22
Titulo O uso do e-Fast na abordagem ao trauma abdominal Autores Eduarda Gonçalves; José Pedro Pinto; Daniela Lopes; Joaquim Costa Pereira
ID: 16375471980 2021-11-22
O uso do e-Fast na abordagem ao trauma abdominal
Objectivo/Introdução Lesões causadas por trauma são uma das principais causas de morte nos jovens e a sua avaliação deve ser rápida e eficaz para prevenir lesão de orgãos e morte. Os testes goldstandard utilizados são a Tomografia Computadorizadas (TC), Lavagem peritoneal e Laparoscopia diagnóstica. Recentemente, Focused Assessment with Sonography in Trauma (FAST) e extended-FAST (eFAST) estão a ser utilizados para identificar hemoperitoneu ou fluido livre abdominal em pacientes que sofreram trauma, sendo este rápido, não invasivo e útil no seguimento dos pacientes.
Material e Métodos Avaliar a sensibilidade, especificidade, valor preditivo positivo e negativo para o diagnóstico de hemoperitoneu ou fluido livre abdominal em pacientes que sofreram trauma fechado em comparação com métodos considerados como goldstandard. Para isso pesquisou-se na PubMed/MEDLINE, EMBASE e Web of science usando os temos E-FAST, EFAST, POCUS, abdominal trauma, hemoperitoneum e abdominal free fluid.
Resultados Incluiu-se, 9 estudos na revisão sistemática e 7 na meta-análise. A sensibilidade combinada foi 0.60 e especificidade combinada foi 0.98 quando se compara eFAST/FAST com TC. A Area Under the Curve (AUC) foi 0.9091. O likelihood ratio (LR) combinado positivo foi 31.37 e o LR combinado negativo foi 0.38.
Discussão O e-Fast tem uma sensibilidade relativamente baixa, no entanto tem uma alta especificidade o que faz com que em determinadas situações de emergência possa ser fulcral para um diagnóstico rápido o que poderá ser decisivo para a vida do doente.
#16375477620Submetido em: 2021-11-22
Titulo Tumefação umbilical: apresentação de um caso clínico Autores Dra. Catarina Pato, Dr. André Jin Ye, Dra. Fabiana Silva, Dra. Inês Moreira, Dra. Teresa Causí, Dra. Joana Vaz, Dr. Luís Miranda, Dr. João Coutinho
ID: 16375477620 2021-11-22
Tumefação umbilical: apresentação de um caso clínico
Objectivo/Introdução Perante uma tumefação umbilical devem ser considerados múltiplos diagnósticos. O abcesso do ligamento falciforme no adulto é uma entidade rara e cuja etiologia permanece desconhecida. Porém, em cerca de metade dos casos descritos na literatura em adultos, os doentes apresentam patologia hepatobiliar associada.
Material e Métodos Caso clínico.
Resultados Doente de 84 anos, género feminino, diabética e sem antecedentes cirúrgicos.
Recorreu ao serviço de urgência com um quadro de dor e aumento do volume abdominal com 3 semanas de evolução. Laboratorialmente com aumento dos parâmetros inflamatórios. Identificado em TC abcesso mediano supra-umbilical com cerca de 18cm de maior eixo com localização extraperitoneal, contudo com extensão do processo inflamatório ao longo do ligamento falciforme. Realizada antibioterapia empírica e drenagem percutânea. Durante o internamento por alteração das características do líquido de drenagem identificou-se neste a presença de amílase e bilirrubina. Realizada CPRM em que se verificou dilatação segmentar das vias biliares tendo neste contexto realizado CPRE. Por persistência de contraste no terço superior da via biliar principal optou-se por colocar prótese, com resolução da drenagem biliar. À data da submissão deste resumo a doente mantem-se clinicamente estável e assintomática, mesmo após remoção electiva da prótese.
Discussão Embora se tenha verificado uma resolução do quadro com as medidas adotadas, fica por esclarecer qual dos achados clínicos corresponde ao fator desencadeante. Conforme casos previamente descritos, este caso apoia a provável relação entre os abcessos do ligamento falciforme e a presença de outras alterações de origem hepatobiliar.
#16375489390Submetido em: 2021-11-22
Titulo TRATAMENTO DO CANCRO GÁSTRICO - RESULTADOS DE UM CENTRO HOSPITALAR Autores Inês Sousa, Marisa Ferreira, Alexandra Rocha, Sandra Ferraz, Gilberto Figueiredo, Sandra Hilário, Jorge Pais, Miguel Coelho
ID: 16375489390 2021-11-22
TRATAMENTO DO CANCRO GÁSTRICO - RESULTADOS DE UM CENTRO HOSPITALAR
Objectivo/Introdução O cancro gástrico é muito prevalente e tem uma elevada taxa de mortalidade. O seu tratamento depende do estádio do tumor, sendo a ressecção o único tratamento potencialmente curativo. No entanto, nos estádios mais avançados, as terapêuticas perioperatórias têm um papel importante na melhoria da sobrevida. O objetivo deste estudo foi avaliar os resultados oncológicos dos doentes com neoplasias gástricas submetidos a cirurgia de ressecção tumoral num centro hospitalar.
Material e Métodos Estudo retrospetivo unicêntrico que incluiu 119 doentes com neoplasia gástrica submetidos a cirurgia de resseção tumoral, entre 2016 e 2020. Os resultados analisados incluíram tipo de cirurgia, complicações pós-operatórias, terapêutica perioperatória, sobrevida global e livre de doença.
Resultados Dos doentes incluídos, 64 eram do sexo masculino, com idade média de 71 anos. A maioria dos tumores localizava-se no corpo e antro gástrico, sendo 92% adenocarcinomas. 55% foram submetidos a gastrectomia subtotal. 39% tiveram alguma complicação pós-operatória: 4% com deiscência anastomótica de 4% e 3% com deiscência do coto duodenal, tendo 5% falecido. 45% fizeram quimioterapia adjuvante, tendo havido progressão da doença em 25%. 69% continuam vivos, com uma taxa de sobrevida livre de doença de 61%.
Discussão Os dados obtidos são semelhantes aos da literatura existente. A evolução do tratamento dos doentes com cancro gástrico, com a associação das terapêuticas perioperatórias à cirurgia permitiu melhorar significativamente a sua sobrevida.
#16375489391Submetido em: 2021-11-22
Titulo IMPORTÂNCIA DA REVASCULARIZAÇÃO NOS DOENTES COM PÉS DIABÉTICOS E DOENÇA ARTERIAL PERIFÉRICA Autores Inês Sousa, Tony Soares, José Tiago, Tiago Costa, Gonçalo Cabral, Gimenez Rossello, Diogo Cunha e Sá
ID: 16375489391 2021-11-22
IMPORTÂNCIA DA REVASCULARIZAÇÃO NOS DOENTES COM PÉS DIABÉTICOS E DOENÇA ARTERIAL PERIFÉRICA
Objectivo/Introdução O pé diabético é uma alteração debilitante da diabetes mellitus muitas vezes associada a doença arterial periférica (DAP), o que aumenta o risco de amputação major. A DAP nestes doentes é predominantemente tibio-peroneal, sendo um desafio na cirurgia de revascularização. O pé diabético representa a maioria das amputações major. O objetivo deste estudo foi avaliar a taxa de salvação de membro nos doentes com pé diabético e isquemia crítica submetidos a construção de bypasses poplíteo-distais.
Material e Métodos Estudo retrospetivo unicêntrico que incluiu 103 doentes submetidos a revascularização distal, entre 2013 e 2020. Os resultados analisados incluíram tipo de cirurgia, complicações pós-operatórias, tempo de resolução da isquemia ameaçadora de membro (CLTI), taxa de salvação do membro e de amputação.
Resultados Dos doentes incluídos, 78 eram do sexo masculino, 97 hipertensos, 40 doentes renais crónicos (15 sob hemodiálise), e 31 tinham história de tabagismo. Associado à cirurgia de revascularização 102 doentes foram submetidos a amputações minor. Durante o follow-up, a taxa de resolução da CLTI foi de 80%. Apenas 18 doentes necessitaram de amputação major, 3 das quais supra-condilianas.
Discussão O pé diabético é uma grande preocupação dos Cirurgiões Gerais. Muitos destes doentes têm DAP associada, com uma a taxa de amputação major muito elevada. É fundamental uma abordagem multidisciplinar destes doentes, sendo o papel do Cirurgião Vascular muito importante.
#16375532717Submetido em: 2021-11-22
Titulo APENDICITE AGUDA E COVID19 Autores Cristina Monteiro, Daniel Gonçalves, Claúdia Lima, João Mendes, Cristina Silva, Luísa Calais Pereira, Bruno Ribeiro da Silva, Francisco Fazeres, Alberto Midões
ID: 16375532717 2021-11-22
APENDICITE AGUDA E COVID19
Objectivo/Introdução A COVID19 é uma doença respiratória aguda severa causada pelo vírus SARS-CoV-2 que deu origem a uma Pandemia com início em novembro de 2019 e que causou milhões de infetados e mortos.
Em Portugal, o primeiro caso foi diagnosticado a 2 de março de 2020, tendo a primeira morte ocorrido a 16 de março.
O aumento do número de casos de infeção e consequentemente o aumento da pressão sobre o Serviço Nacional de Saúde, implicou o decreto de períodos de estado de emergência no País.
Decretado confinamento obrigatório geral de 18 de março a 02 de maio.
Alívio das medidas no Verão de 2020.
Novo agravamento a partir de novembro com início de períodos de recolher obrigatório e de proibição de circulação entre concelhos.
Material e Métodos Revisão casuística dos casos de Apendicite Aguda diagnosticados na Instituição nos anos 2019 e 2020, considerando 2019 como ano referência e 2020 como ano COVID.
Avaliar o impacto da Pandemia COVID19 na escolha do método de abordagem da Apendicite Aguda da Instituição em 2020, comparativamente a igual período do ano anterior.
Avaliar o impacto da Pandemia COVID19 na gravidade da apresentação dos doentes com Apendicite Aguda na Instituição no ano 2020.
Estudo retrospetivo e descritivo.
Consulta dos registos clínicos dos doentes diagnosticados com Apendicite Aguda na Instituição nos anos 2019 e 2020.
Apendicite considerada complicada se presença de perfuração do apêndice ileocecal ou de abcesso intraperitoneal no momento do diagnóstico.
Resultados Amostra: Em 2019 foram operados 194 doentes. Em 2020 foram operados 184 doentes.
Distribuição do nº de apendicites agudas diagnosticadas por mês e ano: menor nº de casos de apendicite aguda nos meses de março e abril de 2020, comparando com 2019.
Tipo de abordagem: em 2019, 101 (52%) via laparoscópica e 93 (48%) via aberta, enquanto em 2020, 108 (59%) via laparoscópica e 76 (41%) via aberta.
Distribuição do número de apendicectomias laparoscópicas realizadas por mês e ano: houve uma menor percentagem de apendicectomias laparoscópicas nos meses com maior número de casos COVID10 no país.
Grau de gravidade da apendicite aguda: em 2019 foram operadas 34 (17%) apendicites complicadas e 160 (83%) não complicadas, enquanto em 2020 foram operadas 44 apendicites complicadas (25%) e 140 não complicadas (75%).
Distribuição da percentagem de apendicites complicadas por mês e ano: aumento do número de casos de apendicite complicada no período de desconfinamento.
Não se verificaram diferenças estatisticamente significativas entre o tipo de abordagem e o ano, nem entre o nº de apendicite.
Discussão Entre janeiro de 2019 e dezembro de 2020 foram operados 378 doentes no Serviço de Urgência da Instituição.
Em comparação com igual período de 2019, em 2020 verificou-se:
- Menor número de casos de apendicite aguda nos meses de confinamento geral (março e abril)
- Menos apendicectomias laparoscópicas realizadas nos meses com maior taxa de transmissão COVID no país para provável prevenção da infeção dos profissionais de saúde.
- Mais apendicites agudas diagnosticadas em fase complicada.
- Maior número de casos de apendicites agudas complicadas no desconfinamento e nos últimos meses do ano (doentes protelam vinda ao SU?)
#16375532718Submetido em: 2021-11-22
Titulo IMPACTO DA RECONSTRUÇÃO MAMÁRIA NA QUALIDADE DE VIDA DE DOENTES MASTECTOMIZADAS Autores Cristina Monteiro, Claúdia Lima, João Mendes, Cristina Silva, Mariana Leite, Luísa Calais Pereira, Bruno Ribeiro da Silva, Bárbara Lima, Inês Gomes, Sandra Ferreira, Rui Gomes, Ana Gonçalves, Francisco Fazeres, Alberto Midões
ID: 16375532718 2021-11-22
IMPACTO DA RECONSTRUÇÃO MAMÁRIA NA QUALIDADE DE VIDA DE DOENTES MASTECTOMIZADAS
Objectivo/Introdução O cancro da mama é o tipo de cancro mais diagnosticado no sexo feminino em Portugal e em todo o Mundo.
De acordo com dados da Liga Portuguesa Contra do Cancro, em Portugal são anualmente detetados cerca de 6.000 novos casos de cancro da mama.
É uma das doenças com maior impacto na nossa sociedade uma vez que afeta um órgão com grande simbolismo tanto a nível da feminilidade como a nível da maternidade.
A mastectomia é um dos tratamentos possíveis para este tipo de patologia e pode originar repercussões físicas e emocionais nas doentes. A aposta na cirurgia de reconstrução mamária, seja com tecido autólogo ou tecido heterólogo, é cada vez maior e pode ajudar a minimizar estes efeitos.
Material e Métodos Objetivo: Avaliar o impacto na qualidade de vida e o nível de satisfação das doentes submetidas a mastectomia seguida de reconstrução mamária na Instituição.
Métodos: Estudo observacional transversal.
População e Amostra: Doentes submetidas a Reconstrução Mamária após Mastectomia na Instituição entre 1 de janeiro de 2012 e 31 de dezembro de 2018.
A cada doente foram explicados os objetivos do estudo e entregue um questionário, após assinatura de consentimento informado.
Questionário adaptado do Questionário de qualidade de vida BREAST-Q da Plastic Surgeon Foundation.
Foram avaliados diferentes aspetos relativos à reconstrução mamária:
- Satisfação com a mama reconstruída, implantes e mamilo reconstruído
- Bem-estar psicossocial, sexual e físico
- Efeitos adversos da radiação
Resultados Das 109 doentes operadas, após aplicação dos critérios de exclusão, foram incluídas 81 doentes entre os 31 e os 72 anos com uma média de 52,9 anos.
Das 81 mastectomias, 41 foram mastectomias radicais, 36 poupadoras de pele e 4 profiláticas.
Das 81 reconstruções 51 foram com TRAM e 30 com prótese mamária.
Discussão A maioria das doentes considera-se satisfeita com a mama reconstruída sendo que a simetria das mamas e a perceção da imagem corporal quando despidas, foram os aspetos com menor grau de satisfação.
A maioria afirma possuir um bem-estar psicossocial satisfatório.
O bem estar sexual é o aspeto com doentes mais insatisfeitas mas a maioria refere estar satisfeita com a sua vida sexual.
Mais de 80% das doentes não apresenta com muita frequência desconforto torácico limitante para a sua atividade diária.
Das que realizaram radioterapia, nenhuma referiu sentir-se muito incomodada com alterações da sensibilidade.
¼ das doentes que realizaram esvaziamento axilar, sente-se diariamente afetada pelo linfedema.
Das reconstruções TRAM a maioria tem algum desconforto a nível abdominal com algum grau de dificuldade para realizar as suas atividades diárias mas com elevada satisfação relativamente ao resultado estético.
Das submetidas a reconstrução com prótese, a maioria referiu estar satisfeita ou muito satisfeita com o resultado estético mas uma percentagem considerável (25%) revelou estar pouco ou mesmo insatisfeita.
#16375532719Submetido em: 2021-11-22
Titulo Resultado Estético da Reconstrução Mamária: TRAM vs Prótese Mamária Autores Cristina Monteiro, Daniel Gonçalves, Claúdia Lima, João Mendes, Cristina Silva, Luísa Pereira, Bruno Ribeiro da Silva, Bárbara Lima, Inês Gomes, Sandra Ferreira, Rui Gomes, Ana Gonçalves, Francisco Fazeres, Alberto Midões
ID: 16375532719 2021-11-22
Resultado Estético da Reconstrução Mamária: TRAM vs Prótese Mamária
Objectivo/Introdução O cancro da mama é o tipo de cancro mais diagnosticado no sexo feminino em Portugal e em todo o Mundo.
De acordo com dados da Liga Portuguesa Contra do Cancro, em Portugal são anualmente detetados cerca de 6.000 novos casos de cancro da mama.
É uma das doenças com maior impacto na nossa sociedade uma vez que afeta um órgão com grande simbolismo tanto a nível da feminilidade como a nível da maternidade.
A mastectomia é um dos tratamentos possíveis para esta patologia e pode originar repercussões físicas e emocionais nas doentes. A aposta na cirurgia de reconstrução mamária, seja com tecido autólogo ou tecido heterólogo, é cada vez maior e pode ajudar a minimizar estes efeitos.
Material e Métodos Objetivo: Comparar a opinião das doentes reconstruídas com retalho do músculo recto abdominal (TRAM) com a opinião das doentes reconstruídas com Prótese Mamária relativamente aos seguintes aspetos da sua qualidade de vida:
Satisfação com a mama reconstruída
Bem-estar Psicossocial
Bem-estar Sexual
Bem-estar Físico
Métodos: Estudo observacional transversal.
População e Amostra: Doentes submetidas a Reconstrução Mamária após Mastectomia na Instituição entre 1 de janeiro de 2012 e 31 de dezembro de 2018.
A cada doente foram explicados os objetivos do estudo e entregue um questionário, após assinatura de consentimento informado.
Questionário adaptado do Questionário de qualidade de vida BREAST-Q Módulo de Reconstrução da Plastic Surgeon Foundation, cujo objetivo é avaliar a qualidade de vida e o nível de satisfação das doentes submetidas a cirurgia da mama com reconstrução.
Resultados Das 109 doentes operadas, após aplicação dos critérios de exclusão, foram incluídas 81 doentes entre os 31 e os 72 anos com uma média de 52,9 anos.
Das 81 mastectomias, 41 foram mastectomias radicais, 36 poupadoras de pele e 4 profiláticas.
Das 81 reconstruções 51 foram com TRAM e 30 com prótese mamária.
Discussão Satisfação com a mama reconstruída: opiniões relativamente sobreponíveis na maioria das questões colocadas à exceção das questões relacionadas ao aspeto natural da mama, sensação de toque e imagem no espelho quando despidas em que as doentes reconstruídas com prótese evidenciaram maior grau de insatisfação com significância estatística nos últimos dois aspetos.
Bem-estar Psicossocial: opiniões semelhantes entre as doentes submetidas aos dois tipos de reconstrução, não se verificando significância estatística que favoreça nenhuma das técnicas.
Bem-estar Sexual: opiniões semelhantes com alguma insatisfação de ambos tipos de doentes quanto à imagem corporal quando sem roupa (autoconfiança não avaliada previamente à cirurgia). Não se verificaram diferenças estatisticamente significativas entre ambos tipos de reconstrução.
Bem-estar Físico: doentes reconstruídas com prótese com maior nível de insatisfação relativamente à dor e rigidez da mama, apesar de não se ter obtido significância estatística.
#163755327110Submetido em: 2021-11-22
Titulo Resultado estético da Reconstrução mamária pós Mastectomia: Perspetivas Autores Cristina Monteiro, Daniel Gonçalves, Claúdia Lima, João Mendes, Cristina Silva, Luísa Pereira, Bruno Ribeiro da Silva, Bárbara Lima, Inês Gomes, Sandra Ferreira, Rui Gomes, Ana Gonçalves, Francisco Fazeres, Alberto Midões
ID: 163755327110 2021-11-22
Resultado estético da Reconstrução mamária pós Mastectomia: Perspetivas
Objectivo/Introdução O cancro da mama é o tipo de cancro mais diagnosticado no sexo feminino em Portugal e em todo o Mundo.
De acordo com dados da Liga Portuguesa Contra do Cancro, em Portugal são anualmente detetados cerca de 6.000 novos casos de cancro da mama.
É uma das doenças com maior impacto na nossa sociedade uma vez que afeta um órgão com grande simbolismo tanto a nível da feminilidade como a nível da maternidade.
A mastectomia é um dos tratamentos possíveis para esta patologia e pode originar repercussões físicas e emocionais nas doentes. A aposta na cirurgia de reconstrução mamária, seja com tecido autólogo ou tecido heterólogo, é cada vez maior e pode ajudar a minimizar estes efeitos.
Material e Métodos Objetivo: Comparar a opinião das doentes submetidas a mastectomia seguida de reconstrução com a opinião do Cirurgião, relativamente ao resultado estético cirúrgico final.
Métodos:Estudo observacional transversal.
População e Amostra: Doentes submetidas a Reconstrução Mamária após Mastectomia na Instituição entre 1 de janeiro de 2012 e 31 de dezembro de 2018.
Questionário adaptado do Questionário de qualidade de vida BREAST-Q Módulo de Reconstrução da Plastic Surgeon Foundation, cujo objetivo é avaliar a qualidade de vida e o nível de satisfação das doentes submetidas a cirurgia da mama com reconstrução.
A cada doente foram explicados os objetivos do estudo e entregue um questionário, após assinatura de consentimento informado.
A cada Médico Cirurgião Assistente foi entregue um questionário com as mesmas questões.
Realizada análise dos dados para obter o grau de concordância das respostas.
Resultados Das 109 doentes operadas, após aplicação dos critérios de exclusão, foram incluídas 81 doentes entre os 31 e os 72 anos com uma média de 52,9 anos.
Das 81 mastectomias, 41 foram mastectomias radicais, 36 poupadoras de pele e 4 profiláticas.
Das 81 reconstruções 51 foram com TRAM e 30 com prótese mamária.
Discussão A opinião dos Cirurgiões foi melhor que a das doentes em mais de 75% dos casos em todas as questões com significância estatística nas questões relativas a:
- Tamanho da mama reconstruída
- Simetria no TRAM
- Aspeto natural da mama no TRAM
- Aparência da mama quando vestida no TRAM e Prótese
- Aparência da mama quando despida no TRAM
- Sequelas cicatriciais da RT
- Posição do Umbigo e das Cicatrizes abdominais no TRAM
Há maior discordância entre cirurgiões e doentes nestas questões, sobretudo relativamente às reconstruções com TRAM (considerar que a amostra de doentes reconstruídas com prótese é menor)
A questão que gerou maior concordância entre doentes e Cirurgiões foi a da satisfação com a posição do umbigo em doentes submetidas a reconstrução com TRAM.
A questão que gerou maior discordância entre doentes e Cirurgiões foi a das sequelas cicatriciais de RT.
As doentes estão, no geral, satisfeitas com as informações prestadas no período pré-operatório mas elegem as alterações da sensibilidade como o tópico pior esclarecido.
#16375555552Submetido em: 2021-11-22
Titulo Laparostomia, Vacuoterapia e Anastomose em Ilha Autores Joana Peliteiro, Joao Gomes, Ana Rita Monteiro, Manuel Teixeira, Tatiana Neves, Pedro Barata, Antonio Gouveia, Aida Paulino
ID: 16375555552 2021-11-22
Laparostomia, Vacuoterapia e Anastomose em Ilha
Objectivo/Introdução A laparostomia é utilizada na maioria das vezes em casos de síndrome compartimental abdominal, cirurgia de controlo de danos e sepsis intraabdominal. Acarreta vários riscos, nomeadamente retração da fascia, congelamento do abdomen e fistulas enteroatmosféricas, pelo que sua utilização deve ser individualizada.
Material e Métodos revisão da literatura e caso clínico
Resultados Os autores descrevem um caso de uma mulher de 82 anos, com antecedentes de uma hemicolectomia direita, que recorreu ao serviço de urgência por prostração. À observação apresentava abdomen distendido e defesa generalizada. Realizou tomografia abdominopélvica que evidenciou pneumoperitoneu e líquido intraabdominal. Foi submetida a laparotomia exploradora, onde se identificou estenose completa da anastomose ileocólica com perfuração a montante. Optou-se por reanastomose primária com confeção de laparostomia, vacuoterapia e exteriorização de anastomose em ilha. Foi realizado o encerramento da laparostomia no 4º dia pós operatorio. O pós operatório complicou com hematoma da ferida operatória, com drenagem à beira do leito, sem outras complicações adicionais.
Discussão O encerramento abdominal temporário com vacuoterapia impede a aderência visceral à parede abdominal anterolateral, com manutenção da tração fascial medial e controlo do exsudado e infeção, aumentando as taxas de encerramento da parede abdominal, reduzindo os riscos associados à laparostomia. A exteriorização da anastomose permitiu minimizar a possibilidade de leak anastomótico.
#16375633130Submetido em: 2021-11-22
Titulo Oclusão intestinal por hérnia interna. Casuística de um serviço. Autores Rita Miranda Pera, David Aparício, Nuno Pignatelli, Vítor Nunes
ID: 16375633130 2021-11-22
Oclusão intestinal por hérnia interna. Casuística de um serviço.
Objectivo/Introdução A hérnia interna é uma das etiologia de oclusão intestinal. Pode ser congénita ou
adquirida, sendo a primeira uma etiologia rara e pouco estudada, que é identificada
em doentes sem cirurgias abdominais, sem história de peritonite e sem trauma abdominal fechado prévios.
Tendo em conta que pode constituir uma emergência cirúrgica, é importante ter uma elevada suspeição diagnóstica neste grupo de doentes.
A TAC é fundamental para o diagnóstico, ainda que com algumas limitações, uma vez
que nem sempre identifica o diagnóstico de hérnia interna, como causa da oclusão
intestinal.
Pretende-se com este estudo avaliar se em doentes com hérnia interna congénita, a taxa de diagnóstico radiológico é menor, com maior tempo entre o diagnóstico e cirurgia, associado a risco aumentado de estrangulamento e morbimortalidade.
Material e Métodos Estudo observacional, retrospectivo, unicêntrico em doentes com diagnóstico de
hérnia interna confirmada, entre 2014 e 2020.
Usaram-se variáveis demográficas, história de cirurgia abdominal prévia, trauma
abdominal fechado ou peritonite prévia, morbilidade e mortalidade através da classificação de Clavien-Dindo.
Os outcomes primários foram (detecção/confirmação) de hérnia interna.
Os outcomes secundários foram o tempo de diagnóstico até à cirurgia e morbimortalidade associada.
Análise estatística através de métodos paramétricos e não paramétricos. Significância estatística para p<0,01.
Resultados Foram identificados 73 doentes com oclusão intestinal por hérnia interna. Destes, 27 doentes não tinham cirurgias abdominais prévias.
32 do sexo feminino, IMC médio de 24.58 (DP 4.86).
O diagnostico foi feito por TC ou no intra-operatório em 70% e 30% respectivamente.
Relativamente à morbilidade e mortalidade, em doentes sem cirurgia prévias (n=27) foi de 85% (74% CD ? II) e 11%, respectivamente; Nos restantes doentes (n=46) foi de 82% (65% CD ? II) e 13% (p>0,05).
O tempo médio entre o diagnóstico e o tratamento cirúrgico foi, no grupo n=27, 13,4 horas(9,85); Por sua vez, no grupo n=46, foi 34,48 horas(42,86) (p<0,01).
Discussão A impressão clinica inicial, de que os doentes sem cirurgias abdominais prévias, eram intervencionados de forma mais tardia, não se verificou; por outro lado, não se encontrou diferencia estatísticamente significativa relativamente à morbimortalidade.
A TAC tem uma elevada importância perante a suspeição da etiologia, permitindo uma maior celeridade na atitude terapêutica.
Sabendo que a hérnia interna tem indicação cirúrgica urgente, com aumento de
morbilidade caso não seja resolvida em tempo oportuno, mesmo sem evidência imagiológica, sugere-se que esta etiologia não seja descorada perante um doente com quadro de oclusão intestinal.
#16375635970Submetido em: 2021-11-22
Titulo PSEUDOANEURISMA DA ARTÉRIA RADIAL: UMA COMPLICAÇÃO INFREQUENTE APÓS GASIMETRIA Autores Bárbara Nunes Gama; Guimarães A; Teixeira G; Ferreira V; Vasconcelos J; Maia M; Vidoedo, J; Almeida Pinto, J.
ID: 16375635970 2021-11-22
PSEUDOANEURISMA DA ARTÉRIA RADIAL: UMA COMPLICAÇÃO INFREQUENTE APÓS GASIMETRIA
Objectivo/Introdução Introdução: O pseudoaneurisma da artéria radial (PAR) é uma entidade rara, existindo apenas dois casos associados à realização de gasimetria na literatura consultada. Na maioria dos casos surgem como lesões iatrogénicas decorrentes da punção arterial prolongada ou repetida.
Objetivos: Revisão bibliográfica sobre o PAR através da apresentação de um caso clínico.
Material e Métodos Consulta do processo clínico e revisão bibliográfica sobre PAR.
Resultados Mulher, 85 anos, com antecedentes de hipertensão arterial e doença cerebrovascular, recorre ao Serviço de urgência por tumefação dolorosa na vertente radial do punho esquerdo com duas semanas de evolução, de crescimento progressivo e que surgiu após a realização de gasimetria arterial. Ao exame objetivo apresentava pele íntegra, sem sinais inflamatórios, com pulsos radial e cubital palpáveis e ausência de pulsatilidade da lesão. A ecografia com doppler arterial confirmou a presença de volumoso pseudoaneurisma da artéria radial. Foi submetida a exérese do pseudoaneurisma com arteriorrafia subsequente. Pós-operatório decorreu sem intercorrências.
Discussão O PAR é uma complicação infrequente, mas potencialmente deletéria pelo risco de rotura, compressão de estruturas adjacentes ou embolia. Assim é imperativo que o clínico tenha presente o risco de lesão arterial durante procedimentos de rotina como a gasimetria, incidindo na sua prevenção.
#16375636850Submetido em: 2021-11-22
Titulo Laparoscopia de Estadiamento no Cancro Gástrico, Análise de Série de Casos Autores Luís Castro, Teresa Braga, Hélder Matos, José Paulo Freire, João Coutinho
Departamento de Cirurgia, Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Norte
Autor correspondente: Luís Castro, luis.cruz.castro@gmail.com
ID: 16375636850 2021-11-22
Laparoscopia de Estadiamento no Cancro Gástrico, Análise de Série de Casos
Objectivo/Introdução A cirurgia oncológica gástrica tem início no final do séc. XIX. Desde cedo que a seleção de candidatos a tratamento de intenção curativa é desafiante, uma vez que a disseminação peritoneal determina o prognóstico e pode não ser clinicamente evidente. Em 1943 Walker apresenta série na qual laparotomia fútil por doença disseminada foi evitada em 1/3 dos doentes com cancro gástrico submetidos a peritoneoscopia.
Os doentes sem suspeita clínica de doença peritoneal após estadiamento são candidatos a laparoscopia de estadiamento (LE) no contexto da baixa acuidade dos meios não invasivos. Desde 2006 o tratamento de intenção curativa implica quimioterapia neoadjuvante. LE leva a alteração da conduta terapêutica em até 60% dos casos. Procurámos avaliar o seu impacto no tratamento do cancro gástrico na nossa instituição e caracterizar esta população.
Material e Métodos Revisão de processos clínicos de doentes submetidos a LE por neoplasia gástrica entre Janeiro 2018 e Junho 2021.
Resultados Foram identificados 65 doentes. Em 12 casos (20.9%) a estratégia terapêutica foi alterada por doença peritoneal macroscópica em 10 casos e lavado peritoneal positivo para células neoplásicas em 2. Os doentes com evidência de doença macroscópica peritoneal apresentavam estadio local avançado por ultrassonografia endoscópica.
Discussão LE é parte do estadiamento da neoplasia gástrica com potencial para alteração de estratégia terapêutica. Grupos de risco para disseminação peritoneal podem ser definidos com eventual impacto na indicação para LE.
#16375682850Submetido em: 2021-11-22
Titulo Síndrome da resseção anterior baixa, uma complicação previsível? Autores Fabíola Amado, André Valente, Débora Correia, André Batista, Marta Lamas, João Nascimento, Aurora Pinto, Luís Cortez
ID: 16375682850 2021-11-22
Síndrome da resseção anterior baixa, uma complicação previsível?
Objectivo/Introdução A resseção anterior do reto (RAR) é o gold standard no tratamento da neoplasia do reto tendo como complicação no pós-operatório, em cerca de 25-80% dos casos, a ?síndrome da resseção anterior baixa? (LARS). LARS define-se como um conjunto de sintomas que afetam a frequência/consistência das fezes e continência fecal dos pacientes após RAR. O objetivo deste estudo foi identificar preditores do risco de desenvolvimento de LARS no pós-operatório.
Material e Métodos Realizou-se um estudo retrospetivo dos doentes submetidos no nosso centro hospitalar a RAR durante um período de 2 anos. A análise dos dados foi feita com recurso ao SPSS?. Obteve-se uma amostra de 60 doentes onde se analisou, entre outros fatores, a relação entra a presença de sintomas obstrutivos pré-operatórios, realização de QT/RT neoadjuvante, localização/complicações da anastomose, presença de ileostomia de proteção com o desenvolvimento de LARS e a sua duração.
Resultados Constatou-se a presença de LARS em 54% dos doentes. Foram diversas as variáveis que se relacionam com LARS, a destacar pelo significado estatístico a realização de RT neoadjuvante em 64% dos doentes com LARS e a presença de anastomose baixa em 55% dos doentes com LARS.
Discussão Conclui-se que a função intestinal se altera frequentemente após RAR, estando LARS relacionado com diversas variáveis cirúrgicas e não cirúrgicas, nomeadamente a localização da anastomose e tratamentos neoadjuvantes realizados. É essencial estar atento aos fatores preditivos com intuito de uma otimização mai
#16375712161Submetido em: 2021-11-22
Titulo Rextopexia ventral laparoscópica Autores Rita Andrade, Mariana Lemos, Catarina Lopes, Oriana Nogueira, Andreia Guimarães, António Manso, José Guilherme Tralhão
ID: 16375712161 2021-11-22
Rextopexia ventral laparoscópica
Objectivo/Introdução Actualmente existem várias abordagens cirúrgicas na reparação do prolapso rectal. A Rectopexia Ventral Laparoscópica (RVP) constitui uma técnica bem descrita e que tem demonstrado melhores resultados funcionais e menores taxas de recidiva e complicações que outras técnicas convencionais para o tratamento desta patologia. O objectivo deste estudo foi avaliar os resultados desta técnica no nosso serviço.
Material e Métodos Estudo observacional retrospetivo com 76 doentes submetidos a RVP electiva no Serviço de Cirurgia Geral do nosso Centro desde Abril de 2006 a Agosto de 2021.
Resultados Realizaram-se 76 RVP em 63 mulheres e 14 homens com idade média de 59 (31-85) anos. O tempo médio de cirurgia foi de 130 minutos e o número médio de dias de internamento pós intervenção cirúrgica foi de 2,8 dias. 2 doentes apresentaram complicações pós-operatórias, mas apenas 1 dos casos necessitou de re-intervenção cirúrgica. Não se verificou mortalidade associada. 73% dos doentes apresentaram melhoria das queixas defecatórias e a taxa de recidiva foi de 13%.
Discussão Verificou-se no nosso serviço que a RVP está associada a uma baixa taxa de recidiva e de morbilidade, apresentando bons resultados no que diz respeito à melhoria sintomática.