Total de trabalhos: 106#16162454780Submetido em: 2021-03-20
Titulo Neopasia da mama - recidiva locoregional a longo prazo Autores Beatriz Costeira, Filipa Fonseca, Rodrigo Oom, Catarina Rodrigues Santos, Cristina Costa, João Vargas Moniz, Nuno Abecasis
ID: 16162454780 2021-03-20
Neopasia da mama - recidiva locoregional a longo prazo
Objectivo/Introdução A maioria das recidivas locoregionais de neoplasia da mama estão descritas nos primeiros 5 anos; no entanto, recidivas tardias também ocorrem, principalmente em alguns subtipos. Este trabalho tem como objectivo a revisão a longo prazo da recidiva locoregional (mama, parede torácica e gânglios ipsilaterais) do cancro da mama.
Material e Métodos Análise retrospectiva dos doentes operados por diagnóstico primário de carcinoma da mama com intenção curativa, em 2002 e 2003. O outcome primário foi recidiva locoregional.
Resultados No período de 24 meses foram operados 688 doentes por neoplasia da mama, dos quais incluídos 645 doentes nesta análise, 609 (91,9%) com carcinoma invasivo e 35 (5.3%) in situ. A idade mediana foi 63 (IIQ 52-71) anos. Foram realizadas 278 (45.6%) cirurgias conservadoras e 238 (53%) mastectomias. O tempo de seguimento mediano foi 207 (IIQ 98-216) meses. A taxa global de recidiva locoregional foi 9.2%, com tempo mediano até recidiva de 46 (IIQ 22-86) meses. Não se constatou diferença na taxa de recidiva da cirurgia conservadora vs mastectomia. A sobrevivência livre de doença aos 5 e 10 anos foi de 91.9% e 84.2%. A sobrevivência aos 5 e aos 10 anos foi 90.4% e 69%, respectivamente. Os factores com associação independente a recidiva locoregional foram: gânglios axilares metastáticos, extensão extra-capsular das metástases ganglionares e alto grau histológico (p<0.05). A ausência de receptores de estrogénio associou-se a um aumento da recidiva locoregional até aos 5 anos (p<0.05), sem diferença na recidiva locoregional global. A recidiva locoregional associou-se a uma diminuição da sobrevivência (p<0.05).
Discussão A taxa de recidiva global nesta série é de 9.2%. Os factores de risco identificados para recidiva locoregional foram gânglios axilares metastáticos, extensão extra-capsular ganglionar e alto grau histológico. Os tumores com receptores de estrogénio negativos têm uma recidiva mais precoce, mas a recidiva a longo prazo é sobreponível para todos os subtipos.
#16162588660Submetido em: 2021-03-20
Titulo The Impact of Neoadjuvant Treatment on Survival in Patients Undergoing Pancreatoduodenectomy with Concomitant Portomesenteric Venous Resection: An International Multicenter Analysis Autores Machairas;Raptis;Velázquez;Sauvanet;Leon;Oba;Koerkamp;Lovasik;Chan;Yeo;Bassi; Ferrone;Kooby;Tamburrino;Yoon;Barroso;Santibañes;Kauffmann;Vigia;Robin;Casciani; BurdÃo;Belfiori;Malleo;Lavu;Hartog;Hwang;Han;Poves;Rosado;Park;Lillemoe;Roberts; Sulpice;Besselink;Abuawwad;Chiaro;Santibañes;Falconi;D'Silva;Silva;Hilal;Qadan;Sell; Beghdadi;Napoli;Busch;Mazza;Muiesan;Müller;Ravikumar;Schulick;Brett;Abbas;Mackay;Stoop;Gallagher;Boggi;Eijck;Clavien;Conlon;Fusai.
ID: 16162588660 2021-03-20
The Impact of Neoadjuvant Treatment on Survival in Patients Undergoing Pancreatoduodenectomy with Concomitant Portomesenteric Venous Resection: An International Multicenter Analysis
Objectivo/Introdução Limited size studies suggest that NAT improves R0 rates and overall survival compared to upfront surgery in BR-PDAC patients. The aim of this study was to evaluate whether neoadjuvant therapy (NAT) critically influenced microscopically complete resection (R0) rates and long-term outcomes for patients with borderline resectable pancreatic adenocarcinoma (BR-PDAC) who underwent pancreatoduodenectomy (PD) with portomesenteric vein resection (PVR) from a large cohort managed in high-volume centers.
Material e Métodos This multicenter study analyzed consecutive patients with BR-PDAC who underwent PD with PVR in 23 high-volume centers from 2009 to 2018.
Resultados Data from a total of 1192 consecutive patients with PD and PVR were collected and analyzed. The median age was 68 (IQR 60-73) years and 48% were females. Some 186 (15.6%) and 131 (10.9%) patients received neoadjuvant chemotherapy (NAC) alone and neoadjuvant chemoradiotherapy (NACRT), respectively. The R0/R1/R2 rates were 58%, 39%, and 3% in patients who received NAT compared to 46%, 51%, and 4% in patients who did not, respectively (p = 0.001). The 1-, 3-, and 5-year OS in patients that received NAT was 79, 41, and 29%, while for those that did not it was 73, 29, and 18%, respectively (p<0.001). Multivariable analysis showed no administration of chemoradiotherapy, high tumor grade, R1/R2 resection, no adjuvant chemotherapy, occurrence of postoperative complications within 90 days >grade 2 and preoperative diabetes mellitus were negative independent predictive factors for overall survival.
Discussão Patients with borderline venous resectable cancer of the pancreatic head should routinely be considered for NAT.
#16162861710Submetido em: 2021-03-21
Titulo TC4D na Paratiroidectomia com doseamento de PTHi intra-opertatório. Experiência de 4 anos. Autores Miguel Allen(1), Cesar Resende(1), Natacha Vieira(1), Hugo Marques(2), Carlos Fernandes(3), Ana Wessling(3), Francisco Rosário(3), (1)Serviço Cirurgia Geral; (2) Serviço Imagiologia; (3) Serviço Endocrinologia
ID: 16162861710 2021-03-21
TC4D na Paratiroidectomia com doseamento de PTHi intra-opertatório. Experiência de 4 anos.
Objectivo/Introdução A causa mais frequente de Hiperparatiroidismo primário (HPT1) é o adenoma íºnico. O tratamento ciríºrgico permite uma elevada percentagem de cura, sobretudo quando se associa a localização pré-operatória ao doseamento intra-operatório da PTH intacta (PTHi). Objectivo do estudo é avaliar a eficácia ciríºrgica utilizando esta técnica em adenomas localizados por TC4D.
Material e Métodos Estudo dos íºltimos 36 doentes consecutivos com HPT1 operados, pelo mesmo cirurgião (2017-2020), com doseamento intra-operatório de PTHi, 30 dos quais com realização de TC4D. Foram avaliadas variáveis demográficas, exames pré e pós-operatórios, registos operatórios e relatórios Histopatológicos. Análise estatística Excel®2010
Resultados Idade média 62 anos (39-85), sendo 26 do sexo feminino (84%) e apenas 12,9% assintomáticos.
A Ecografia (n36) demonstrou Sensibilidade (S) 80.56% e Especificidade (E) 96.5%; a TC 4D (n30) demonstrou S 96,67% e E 100% (lado e quadrante) e o Sestamibi (n24) demonstrou S 70,83% e E 100% (lado) e 68,75% (quadrante).
Os adenomas paratiroideus identificados pela Ecografia têm média de dií¢metro significativamente superior í queles apenas identificados pela TC 4D [19.7mm (4-70mm) Vs 13.7mm (10-18mm); p=0.019].
Em todos os doentes houve diminuição da PTHi superior a 50% aos 10 minutos (Média 258.8 para 31.6pg/ml), com normalização da calcémia (Média 13.9 para 9.4 mg/dl).
Tempo Ciríºrgico Médio de 55+/-30,6min, com diferença estatisticamente significativa a partir dos primeiros 15 casos (média 40,2min; p-Value <0,001).
Com média de Internamento de 24(+/-3)horas e média de seguimento pós-operatório de 224 dias, não foram verificadas complicações nem recidivas.
Discussão Nos 7 doentes em que a Ecografia não conseguiu identificação positiva, a TC4D teve concordí¢ncia total com os achados cirurgicos (dimensões e quadrante). Em três casos foi de extrema importí¢ncia na sua localização, por se tratar de adenomas em posição ectópica.
O íºnico caso em que a TC4D não conseguiu identificação segura, a Ecografia mostrava possível duplo adenoma. Intra-operatoriamente constatou-se Adenoma de Paratiroideia Superior Dta (15x10x6mm) em posição descida, confirmado pela descida PTHi.
A TC4D é um adjuvante importante para a localização anatómica intra-operatória. Quando associada ao doseamento da PTHi intra-operatória, permite uma extrema eficácia do tratamento ciríºrgico.
#16165259210Submetido em: 2021-03-23
Titulo O IMPACTO DO IMPONDERÁVEL NA ABORDAGEM TERAPEUTICA DA NEOPLASIA DA MAMA Autores Cátia Felício, Fabiana Silva, Rogélio Luna, Natália Alves, João Coutinho
ID: 16165259210 2021-03-23
O IMPACTO DO IMPONDERÁVEL NA ABORDAGEM TERAPEUTICA DA NEOPLASIA DA MAMA
Objectivo/Introdução É preciso apreender o impacto das modificações na abordagem da neoplasia da mama, decorrentes da pandemia COVID19. Pretendemos descrever o manejo desta patologia em2020, período COVID19.
Material e Métodos Incluíram-se, retrospetivamente, doentes submetidos a cirurgia oncológica mamária em2020 (a partir de13-03-2020). Avaliaram-se registos clínicos focando desvios à prática habitual da Unidade de Mama condicionados pela pandemia.
Resultados No total103doentes, 98%mulheres, idade média 56,5anos, 68,9% com WHO performance status de 0. 96,1% tinham Carcinoma Invasivo(tipo histológico NST/Lobular:88/9), destes74,7% luminais.
Em 32%realizou-se QT-NA. A maioria fez cirurgia conservadora(n=61; simetrização em32). Dos mastectomizados, 42,9% fizeram reconstrução imediata com prótese/expansor e 10foram simetrizadas.
A abordagem terapêutica alterou-se em 4,9%dos casos(n=5; 1suspendeu QT-NA após testar COVID19+ e iniciou terapêutica endócrina; 1realizou primeiro terapêutica endócrina dada a espera para cirurgia; 1não foi simetrizada e 2doentes não prosseguiram terapêutica após diagnóstico por receio de contagio COVID19 em instituição de saúde).
Discussão Este trabalho contribui, com partilha de Real World Data, para avaliação do impacto da COVID19. Sempre que possível adotou-se a prática pré-COVID. Observámos um número residual de doentes com marcha diagnóstica e/ou terapêutica modificada, contudo alerta-se para a perda de seguimento e/ou atraso diagnóstico associado à relutância de doentes em recorrer às instituições de saúde.
#16166898750Submetido em: 2021-03-25
Titulo Tratamento do trauma esplénico: avaliação, abordagem e resultados de uma urgência polivalente Autores Brigitta Cismasiu (1), João Vaz (1), Francisco Sardinha (2), Ricardo Souto (1), Rui Branco (1), Paulo M. Costa (1,3)
1. Serviço de Cirurgia Geral, Hospital Garcia de Orta, Almada, Portugal.
2. Serviço de Radiologia, Hospital Garcia de Orta, Almada, Portugal.
3. Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa
brigitta.cismasiu@gmail.com
ID: 16166898750 2021-03-25
Tratamento do trauma esplénico: avaliação, abordagem e resultados de uma urgência polivalente
Objectivo/Introdução Nas últimas décadas tem havido um aumento da estratégia conservadora para os traumatismos esplénicos. A intenção deste trabalho é apresentar a experiência do serviço na abordagem desta patologia nos últimos 11 anos.
Material e Métodos Estudo retrospetivo observacional monocêntrico. Doentes admitidos no SU entre Janeiro 2010 e Dezembro 2020 por trauma abdominal com lesão esplénica documentada. Excluídos doentes < 18 anos e transferidos de/para outra instituição. Analisadas características sociodemográficas, tipo e mecanismo de trauma, grau imagiológico de lesão, presença de lesões associadas, tipo de tratamento e morbimortalidade.
Resultados Neste período, admitidos 77 doentes, 2 com trauma penetrante e 75 com trauma não penetrante. Idade média de 45 anos, 72,7% homens. Mecanismos mais prevalentes: acidente (motociclo e automóvel) e queda (em altura e própria altura). Outras lesões associadas em 83,1% (torácicas > outros órgãos parenquimatosos > membros). À admissão, 36,4% com instabilidade HD; Shock Index médio 1,04 e Revised Trauma Score 7,3. Tratamento cirúrgico em 34%; 67% grau AAST IV-V e 62% WSES IV; 7 casos de óbito. Tratamento conservador em 62%; 76% lesões de grau AAST II-III e 25% WSES IV; 3 casos de falência; nenhum óbito.
Discussão O tratamento conservador do trauma esplénico tem elevadas taxas de sucesso (93,7%) em doentes seleccionados, com poucas complicações. O tratamento cirúrgico continua a ter papel essencial em traumas de maior gravidade.
#16166898751Submetido em: 2021-03-25
Titulo Tratamento da patologia cirúrgica aguda no decurso da Pandemia COVID-19 Autores Brigitta Cismasiu (1), Margarida Ferreira (1), Paulo M. Costa, PhD (1,2)
1. Serviço de Cirurgia Geral, Hospital Garcia de Orta, Almada, Portugal.
2. Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa
brigitta.cismasiu@gmail.com
ID: 16166898751 2021-03-25
Tratamento da patologia cirúrgica aguda no decurso da Pandemia COVID-19
Objectivo/Introdução A resposta dos cuidados de saúde à pandemia COVID-19 e as medidas de confinamento implicaram alterações na admissão e tratamento dos doentes e um potencial para atraso no recurso ao serviço de urgência (SU). Os autores propuseram-se analisar o tempo de evolução e forma de apresentação da patologia cirúrgica aguda numa urgência hospitalar polivalente.
Material e Métodos Estudo retrospetivo observacional monocêntrico. Incluídos doentes consecutivos admitidos em SU e internamento urgente com patologia cirúrgica aguda no ano anterior e no ano da pandemia COVID-19 (Março 2019-Fevereiro 2020 e Março 2020-Fevereiro 2021). Análise de subgrupos: pré-COVID (Abril 2019 e Janeiro 2020) vs pós-COVID (Abril 2020 e Janeiro 2021).
Resultados Admitidos no SU 9035 doentes no ano pré-COVID vs 5197 doentes no ano pós-COVID (redução 43%). No subgrupo pré-COVID, 18% dos 1510 doentes admitidos foram internados; no subgrupo pós-COVID, 25% internados de 598. Em ambos subgrupos, os motivos de internamento mais frequentes foram apendicite (12,5% vs 14,1%), pé diabético/isquémico (11% vs 13,4%) e colecistite (10,2% vs 10,7%). Houve aumento da incidência da neoplasia colorrectal complicada no período pós-COVID (6% vs 4,5%). Não se registaram diferenças significativas no tempo de evolução, grau de severidade e morbimortalidade.
Discussão No decurso da pandemia COVID-19 verificou-se uma marcada redução do recurso ao SU de Cirurgia. Uma maior proporção dos doentes admitidos necessitou internamento. Verificou-se um aumento da neoplasia colo-rectal complicada.
#16167980880Submetido em: 2021-03-26
Titulo O valor preditivo da Escala de Glasgow-Blatchford: a experiência do Serviço de Urgência de um Centro Hospitalar Autores Penélope Correia; Catarina Silva; Ana Spínola; Joana Correia; Mário Nora
ID: 16167980880 2021-03-26
O valor preditivo da Escala de Glasgow-Blatchford: a experiência do Serviço de Urgência de um Centro Hospitalar
Objectivo/Introdução A hemorragia digestiva alta (HDA) é uma emergência comum e uma importante causa de morbimortalidade, variando desde formas autolimitadas até casos catastróficos. A avaliação precoce e exata à admissão é essencial à correta orientação dos doentes, sendo atualmente recomendada a escala de Glasgow-Blatchford (EGB). Consideram-se doentes de baixo risco os com ?1. O objetivo deste trabalho é verificar a validade da EGB e testar o limiar de baixo risco em doentes com HDA avaliados num SU.
Material e Métodos Retrospetivamente foram analisados os processos clínicos de doentes com mais de 18 anos que recorreram ao SU em 2017-2018 por HDA, identificados através da codificação ICD-9.
Resultados Incluíram-se 149 doentes, com idade média de 69 anos, 62.4% do sexo masculino.
O valor médio da EGB foi 10.3, 4.3% (6) e 8.7% (12) com valores ?1 e ?3, respetivamente. Com um limiar ?3, a sensibilidade e VPN para a necessidade de intervenção médico-cirúrgica (98.9 e 91.7%) e intercorrências em 30 dias (100 e 100%), continuaram elevados.
Nas curvas ROC, a EGB apresentou uma AUC de 0.883 (IC 95%: 0.82-0.94) e de 0.625 (IC 95%: 0.50-0.75) relativamente à necessidade de intervenção e às intercorrências em 30 dias, respetivamente.
Discussão A EGB é fácil de aplicar no SU num timing pré-endoscópico, possibilitando a identificação de doentes de baixo risco, geríveis em ambulatório. Na nossa população, o limiar ?3 permite identificar o dobro dos doentes sem significativos aumentos na necessidade de intervenções ou nas intercorrências em 30 dias.
#16168854013Submetido em: 2021-03-27
Titulo Neoplasias Neuroendócrinas Não-Funcionantes do Pâncreas: a Experiência de um Serviço Autores Penélope Correia; Luísa Frutuoso; Tiago Fonseca; Sílvia Pereira; Vera Oliveira; Domingos Rodrigues; Tiago Ferreira; Joana Correia; Gil Gonçalves; Mário Nora
ID: 16168854013 2021-03-27
Neoplasias Neuroendócrinas Não-Funcionantes do Pâncreas: a Experiência de um Serviço
Objectivo/Introdução As neoplasias neuroendócrinas (NNE) são raras, embora actualmente com uma incidência crescente, representando 1-3% das neoplasias pancreáticas. A maioria são tumores neuroendócrinos (TNE) bem diferenciados não-funcionantes esporádicos. Devido ao seu comportamento indolente, têm-se privilegiado atitudes expectantes em NNE com características favoráveis.
Material e Métodos Foram analisados retrospetivamente os processos dos doentes submetidos a cirurgia pancreática por NNE desde 2010 a 2020. Foram excluídos os casos síncronos com adenocarcinomas pancreáticos e os associados a síndromes genéticos.
Resultados Dos 21 doentes incluídos, com idade média de 58 anos, 62% eram mulheres. A maioria (52%) era sintomática. Os nódulos tinham um tamanho médio de 29mm, 52% localizavam-se no corpo/cauda e 95% tinham doença localizada.
A pancreatectomia corpo-caudal foi realizada em 48% dos casos, a enucleação em 29% e 24% realizaram duodenopancreatectomia cefálica, um incluindo metastasectomia hepática. Histologicamente, 57% correspondiam a TNE estadio II e 19% a carcinomas neuroendócrinos. Seis doentes (29%) cumpriram tratamento adjuvante.
Com um seguimento médio de 62 meses, 24% recidivaram e 9.5% faleceram.
Discussão As NNE pancreáticas são neoplasias raras que se podem manifestar e comportar de diversas formas. Neste panorama, um adequado estadiamento e caracterização histológica são cruciais por forma a se optar pela atitude terapêutica mais apropriada com o objetivo de aumentar a sobrevida destes doentes.
#16168436680Submetido em: 2021-03-27
Titulo Perfuração Esofágica tardia após cirurgia cervical por via anterior - Revisão a propósito de um Caso Autores Carolina Matos
ID: 16168436680 2021-03-27
Perfuração Esofágica tardia após cirurgia cervical por via anterior - Revisão a propósito de um Caso
Objectivo/Introdução A perfuração esofágica após cirurgia cervical anterior é uma complicação rara mas potencialmente fatal. A maioria ocorre a nível de C5-C7 e podem ocorrer precocemente ou anos após a intervenção. O sintoma mais comum é disfagia, no entanto, a sua apresentação ambigua é uma das principais causas para o diagnóstico tardio.
Material e Métodos Homem, 49anos, tetraplegico desde 2015 após acidente de viação (submetido a fixação cervical anterior).
Trazido ao SU por odinofagia e disfagia com 3 semanas de evolução. Nega dispneia. Nega febre. Nega outras queixas. Última EDA realizada há mais de 15anos.
Exame objectivo à entrada sem alterações de relevo.
Realizou TC Cervical que revelou alterações pós-cirúrgicas sendo aparente destacamento dos parafusos em C6...lesão edematosa do plano do esófago.
Ficou internado para realizaçao de EDA que demonstrou: Imediatamente abaixo do EES, observa-se mucosa edemaciada com erosão da parede esofágica em cerca de ¼ da circunferencia com material protésico intraluminal.
Resultados Submetido a extração de material, rafia de perfuração esofágica com retalho de esternocleidomastoideu e drenagem local e ainda Jejunostomia de Witzel para alimentação.
Apresentou um pós-op complicado por fístula esofágica de pequeno volume confirmada por trânsito esofágico, resolvida de forma conservadora e com evolução favoravel.
Discussão A abordagem da perfuração esofágica deve ser multidisciplinar e o diagnóstico/intervenção precoces são os pilares para um bom outcome.
#16168464510Submetido em: 2021-03-27
Titulo Paratiroidectomia radioguiada: Experiência de um Centro Autores Catarina Rolo Santos, Ana Rita Ferreira, Isabel Nascimento, Ana Freire Gomes, Maria Margarida Victor, Ricardo Rodrigues Marques, Ana Isabel Santos, Paulo Matos da Costa
ID: 16168464510 2021-03-27
Paratiroidectomia radioguiada: Experiência de um Centro
Objectivo/Introdução A cirurgia radioguiada é eficaz e útil na identificação e localização intra-operatória da glândula paratiroideia anómala.
O objetivo é expor a experiência de um Centro na execução da paratiroidectomia radioguiada, avaliar a taxa de sucesso e de recorrência no controlo do hiperparatiroidismo e demonstrar a importância da complementaridade entre especialidades.
Material e Métodos - Estudo observacional retrospectivo, descritivo e unicêntrico, analisados os doentes submetidos a paratiroidectomia de janeiro de 2004 a dezembro de 2020 (código ICD9 252 e ICD10 0GTL0ZZ, 0GTM0ZZ, 0GTN0ZZ e 0GTP0ZZ).
- Paratiroidectomia radioguiada após injeção com [99mTc]Tc-Sestamibi com timing de injeção dependente de taxa de depuração, conforme cintigrafia prévia.
- Exame extemporâneo intra-operatório.
- Avaliação analítica de cálcio e PTH no 1º dia de pós-operatório.
- Critérios de cura definidos por valores normais de cálcio e PTH aos 12 meses de pós-operatório.
Resultados Foram estudados 98 doentes. Idade mediana 61,5 [13-85] anos, com predomínio do sexo feminino (69%). Diagnóstico prevalente de hiperparatiroidismo primário (62%). Sonda gama utilizada em 72% dos casos e exame extemporâneo concordante em 94%. Critérios de cura aos 12 meses em 95,1% no hiperparatiroidismo primário, tendo sido necessária segunda cirurgia em 4,9%. Recorrência de 8,7% de todos casos.
Discussão Os resultados demonstram a eficácia da complementaridade da técnica radioguiada na paratiroidectomia.
#16168635250Submetido em: 2021-03-27
Titulo Revisão da casuística de um Centro de Referência de Mama no contexto da Pandemia Covid-19 Autores Raquel Lalanda; Catarina R. Santos; João Vargas Moniz; Cristina S. Costa; Rodrigo Oom; Pedro Miranda; Nuno Abecassis
ID: 16168635250 2021-03-27
Revisão da casuística de um Centro de Referência de Mama no contexto da Pandemia Covid-19
Objectivo/Introdução A COVID-19 foi declarada pela OMS como pandemia internacional, a 11/março/2020 (1). A 18/março foi declarado estado de emergência em Portugal (2). Várias medidas têm sido adotadas para conter a expansão da doença (1), nomeadamente limitações à atividade cirúrgica na fase inicial da pandemia que implicaram alterações na atividade assistencial. Interrogámo-nos se essas medidas teriam também tido impacto em Centros de referência oncológicos, nomeadamente no tratamento do carcinoma da mama (CM).
Material e Métodos Procedemos à revisão e comparação casuística dos doentes submetidos a cirurgia mamária na nossa instituição, entre jan/2019 e dez/2020.
Resultados Em 2019 foram realizados 910 procedimentos cirúrgicos, enquanto que em 2020 foram realizados 803 procedimentos. Ocorreu um decréscimo acentuado no número de cirurgias de março a maio de 2020. Ocorreu um pico de atividade em Jun/2020, em relação ao ano precedente. Em termos de cirurgia oncológica no CM em 2019 foram realizadas 352 mastectomias, 48% com reconstrução e 368 tumorectomias, 65% com mamoplastia. Em comparação, em 2020 realizaram-se 286 mastectomias, 44% com reconstrução e 298 tumorectomias, com 69,8% com mamoplastia. Em 2020, 51 doentes foram inicialmente tratados com Hormonoterapia adjuvante.
Discussão Verificou-se uma correspondência entre os meses de declaração de estado de emergência de 2020 e o decréscimo de 11,7% no número de cirurgias de março a maio de 2020, em comparação com igual período de 2019 com uma retoma da atividade habitual em junho e inclusive um pico de atividade, explicado também por um esforço para o incremento no número de tempos operatórios para suprimir as necessidades da população. Ocorreu um decréscimo no número efetivo de cirurgias oncológicas em 2020.
#16168643713Submetido em: 2021-03-27
Titulo Traumatismo toracico num hospital distrital - estudo retrospetivo Autores Mariana Leite
Daniel Ferreira Goncalves
Aires Martins
Alberto Midoes
ID: 16168643713 2021-03-27
Traumatismo toracico num hospital distrital - estudo retrospetivo
Objectivo/Introdução O traumatismo toracico, isolado ou no doente politraumatizado, e um motivo de admissao frequente no Servico de Urgencia. Nos paises desenvolvidos, a maioria do trauma toracico e fechado. Acidente de viacao, atropelamento e queda sao os mecanismos de lesao mais frequentes. Idade do doente, doenca pulmonar pre-existente, numero de costelas fraturadas, necessidade de ventilacao invasiva, lesoes traumaticas extratoracicas sao fatores de risco com impato na morbilidade e na mortalidade associadas ao traumatismo toracico.
Material e Métodos Estudo retrospetivo, atraves da consulta do processo fisico e informatico, de 197 doentes admitidos no servico de internamento de Cirurgia Geral por traumatismo toracico, entre 2018 e 2019.
Resultados Foram admitidos no servico de internamento 80 doentes do genero feminino (40,6%) e 117 do genero masculino (59,4%), com uma media de idade de 60 anos (idade minima 19; idade maxima 98). Em termos de antedecentes pessoais, 9.6% da amostra e hipocoagulada e 10.7% apresenta doenca pulmonar cronica.
Relativamente ao mecanismo responsavel pelo traumatismo toracico, 23.4% da amostra foi vitima de acidente de viacao, 2.5% foi vitima de atropelamento, 19.8% sofreu queda em altura e 2.5% experienciou trauma contundente. 62.4% da amostra apresentava fratura de 3 ou mais arcos costais a admissao no Servico de Urgencia. Em termos de complicacoes pleuroparenquimatosas, a admissao 42.1% da amostra apresentava hemotorax, 29.6% apresentava pneumotorax e 13.3% contusao pulmonar.
Não ha relacao estatisticamente significativa (p 0.627) entre hipocoagulacao e hemotorax.
A media de duracao do internamento foi de 11.8 dias. Existe uma relação positiva e estatisticamente significativa entre o número de arcos costais fraturados e os dias de internamento (coeficiente de Pearson 0.188).
Durante o internamento, 11.7% da amostra desenvolveu infecao respiratoria. Ha relacao estatisticamente significativa (p 0.001) entre contusao pulmonar e infecao respiratoria.
Discussão O traumatismo toracico e um motivo frequente de admissao em regime de internamento no nosso hospital. A maioria surge da necessidade de tratar e monitorizar as complicacoes - 59.4% dos doentes com pelo menos uma complicacao decorrente do traumatismo toracico.
#16168655654Submetido em: 2021-03-27
Titulo Citologia do lavado peritoneal na neoplasia gastrica Autores Mariana Leite; Ana Cristina Rodrigues; Jesus Ventura; Eduardo Vasconcelos; Francisco Fazeres
ID: 16168655654 2021-03-27
Citologia do lavado peritoneal na neoplasia gastrica
Objectivo/Introdução O estadiamento adequado do peritoneu e fundamental para a orientaçao do doente com neoplasia gastrica com intuito de evitar uma resseção cirurgica não terapeutica. Apesar dos avancos nos metodos de imagem pre-operatoria, verifica-se uma identificacao suboptima de neoplasia gastrica avançada, nomeadamente no que respeita a presenca de carcinomatose peritoneal.
Material e Métodos Estudo retrospetivo através da consulta dos processos fisico e informatico envolvendo os doentes com diagnóstico de neoplasia gastrica submetidos a estadiamento da doença peritoneal atraves de lavado citologico, entre Janeiro de 2018 e Dezembro de 2020.
Avaliacao de fatores preditores de citologia positiva no lavado peritoneal na nossa amostra.
Resultados A amostra é constituída por 36 mulheres (48.6%) e por 38 homens (51.4%), com uma media de idade de 69 anos (idade minima: 40 anos; idade maxima: 94 anos). 57 doentes (77%) apresentam neoplasia gastrica com estadio T<3, e 29 doentes (39.2%) com disseminacao ganglionar. 63.5% da amostra apresenta neoplasia gastrica do tipo intestinal pela classificação de Lauren.
Sexo, localizacao tumoral, estadio T, envolvimento ganglionar, e grau de diferenciacao tumoral sao fatores preditores de citologia positiva.
Discussão A laparoscopia diagnostica com lavado peritoneal para estudo citologico permite reduzir a elevada taxa de laparotomias desnecessarias nos doentes com neoplasia gastrica avancada.
O resultado da analise citologica do lavado peritoneal nos doentes com neoplasia gastrica tem impato no prognostico.
#16168669940Submetido em: 2021-03-27
Titulo Parotidectomia nos tumores benignos - a nossa experiência Autores Lígia Freire, Pedro Valente, J. Pedro Gonçalves, Daniela Macedo Alves, Virgínia Soares, António Taveira Gomes, Pedro Koch, Emanuel Guerreiro
ID: 16168669940 2021-03-27
Parotidectomia nos tumores benignos - a nossa experiência
Objectivo/Introdução A enucleação nos tumores benignos da parótida foi sempre uma proposta cirúrgica aplicável, no entanto, acompanhada de um risco superior de lesão do nervo facial e de recorrência, em comparação com a parotidectomia superficial regrada. Assim, perante as complicações associadas à enucleação, era habitual fazer parotidectomias superficiais regradas. Esta última técnica, apesar de diminuir o risco de recorrência, leva a uma maior morbilidade relativamente ao risco de neuropraxia do nervo facial pela dissecção mais extensa. A Unidade de Cabeça e Pescoço do nosso hospital nos últimos anos pratica uma abordagem que combina as duas técnicas supracitadas: a enucleação do tumor com margens de segurança após uma abordagem sistemática do tronco comum do nervo facial e dissecção dos seus ramos orientada pela localização do tumor. Com o presente trabalho, pretendemos, no final destes anos, avaliar a morbilidade referente à componente neurológica, oncológica e estética dos doentes submetidos a esta abordagem.
Material e Métodos Estudo transversal, observacional e retrospectivo dos doentes submetidos a parotidectomia por tumores benignos da parótida, pela Unidade de Cabeça e Pescoço do nosso hospital, entre 03.2012 e 09.2020.
Resultados Num total de 80 doentes submetidos a cirurgia parotídea neste período de tempo, 55 apresentavam tumores benignos da parótida. Destes 55 doentes, 31 eram do sexo masculino (56.4%) e 24 eram do sexo feminino (43.6%). A mediana de idades foi de 54 anos (24-88). A maioria dos doentes, 50.9%, apresentava adenoma pleomórfico (n=28), seguido de tumores de Warthin 38.2% (n=21) e outros tumores benignos 10.9% (n=6). Dentro dos outros tumores benignos temos o mioepitelioma (n=3), o adenoma das células basais (n=2) e o papiloma ductal (n=1). 51% dos doentes era fumador (n=28), e dos doentes com tumor de Warthin 85.7% eram fumadores (n=18). A morbilidade foi avaliada após a consulta do processo clínico do doente e o contacto telefónico. 10.9% dos doentes apresentaram morbilidade, das quais 2 com Síndrome de Frey e 4 referem cicatriz inestética. Não existem casos de paresias permanentes do nervo facial nem de recidivas.
Discussão Perante os resultados, podemos concluir que a exérese dos tumores benignos da parótida com margens de segurança, associada a uma abordagem sistemática do tronco comum do nervo facial com a dissecção dos seus ramos orientada pela localização do tumor, diminui a morbilidade do doente, sem aumentar riscos, quando efetuado por uma equipa experiente.
#16168723541Submetido em: 2021-03-27
Titulo Bócio mergulhante recidivado Autores Pedro Rodrigues, Rui Bernardino, Vítor Correia, José Rocha, Joaquim Martins, João Coutinho
ID: 16168723541 2021-03-27
Bócio mergulhante recidivado
#16168731980Submetido em: 2021-03-27
Titulo Tratamento de Hérnias da Parede Abdominal na Urgência - Seis anos de experiência Autores Cristina Monteiro, Cristina Silva, Carolina Matos, Mariana Leite, Diogo Pinto,
Bruno Ribeiro da Silva, Francisco Fazeres
ID: 16168731980 2021-03-27
Tratamento de Hérnias da Parede Abdominal na Urgência - Seis anos de experiência
Objectivo/Introdução As hérnias da parede abdominal são a segunda causa mais frequente de oclusão
intestinal.
A cura cirúrgica eletiva destas hérnias é atualmente aceite como tratamento de
eleição de um defeito anatómico que causa sintomas (alteração do trânsito
intestinal) e que pode ter repercussão significativa na qualidade de vida dos
doentes.
No entanto, muitos destes doentes procuram ajuda médica apenas quando a
hérnia está encarcerada ou estrangulada Isto implica uma intervenção urgente que,
por sua vez, está associada a uma maior morbimortalidade.
Material e Métodos Estudo retrospetivo e descritivo.
Consulta dos registos clínicos dos doentes submetidos a cirurgia urgente de
hérnia da parede abdominal, com ou sem necessidade de enterectomia, entre 2013 e
2018.
Análise estatística com recurso ao IBM SPSS Statistics ® versão 25 aplicando
testes paramétricos (teste t).
Resultados Amostra de 307 doentes, com 174 mulheres de 133 homens com idades entre os 27 e os 101 anos.
No total dos 307 doentes operados, em 62 (20,2%) foi necessária a realização de
enterectomia segmentar.
Existe uma relação estatisticamente significativa entre hérnias inguinais e crurais e a necessidade de realização de enterectomia.
Existe uma relação estatisticamente significativa (p=0,000) entre a necessidade de enterectomia e a existência de morbimortalidade durante o pós operatório.
Discussão Numa avaliação global, as hérnias inguinais foram as mais prevalentes.
As hérnias crurais foram mais prevalentes em mulheres e as hérnias inguinais
em homens.
As hérnias crurais foram as que com maior frequência implicaram a realização
de enterectomia segmentar, existindo relação com significado estatístico entre
ambas variáveis.
A morbimortalidade foi superior nas hérnias crurais.
A taxa de mortalidade foi de 3,6%.
Retrospetivamente, verificamos que existe uma associação entre a realização de
enterectomia e a ocorrência de complicações.
#16168750211Submetido em: 2021-03-27
Titulo Timing da colecistectomia pós-CPRE: um preditor da taxa de conversão? Um estudo retrospectivo. Autores Filipa Policarpo, Gonçalo Figueirôa, Miguel Fróis Borges, José Teixeira, Ana Alves Rafael, Luís Viana Fernandes
Serviço de Cirurgia II ? Hospital de Egas Moniz, Centro Hospitalar Lisboa Ocidental, EPE
ID: 16168750211 2021-03-27
Timing da colecistectomia pós-CPRE: um preditor da taxa de conversão? Um estudo retrospectivo.
Objectivo/Introdução A coledocolitíase e colangite são complicações da colelitíase que poderão ser alvo de instrumentação da via biliar por colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE) seguida de colecistectomia.
O momento ideal para realização da cirurgia tem sido alvo de debate, devido à associação de fibrose do pedículo cístico a uma maior taxa de complicações.
Material e Métodos Estudo retrospectivo observacional de doentes submetidos a CPRE por coledocolitíase/colangite entre 2016 e 2020 e posterior colecistectomia. Estes foram divididos em 3 grupos em função do tempo decorrido entre a CPRE e a cirurgia: grupo A entre 72 horas e 2 semanas; grupo B de 2 a 6 semanas; grupo C >6 semanas.
Resultados Do total de 95 doentes com uma idade média de 63 anos e rácio mulheres:homens 1:1.1, 26 pertenciam ao grupo A (27%), 15 ao grupo B (16%) e 54 ao grupo C (57%).
A taxa de conversão nos grupos A, B e C foi 23%, 7% e 19%, respectivamente, com um tempo de cirurgia de 106, 136 e 105 minutos.
Relativamente à lesão da via biliar, ocorreu em 4%, 0% e 2% dos grupos A, B e C.
Do total das cirurgias de cada grupo, 8% do grupo A, 40% do grupo B e 7% do grupo C foram realizadas em contexto urgente.
A taxa de complicações pós-operatórias foi 23%, 0% e 7% nos grupos A, B e C.
A dificuldade na canulação da via biliar ou colocação de prótese durante a CPRE não condicionou uma alteração significativa dos outcomes analisados.
Discussão Na nossa série, os doentes operados no período inferior a 2 semanas apresentaram resultados mais desfavoráveis, nomeadamente no que concerne ao risco de lesão da via biliar, taxa de conversão e complicações pós-operatórias.
#16168787572Submetido em: 2021-03-27
Titulo Hiperparatiroidismo primário: 20 anos de experiência de um serviço Autores Joana Marques Antunes; Alexandre Alves; Florinda Cardoso; Mário Nora
ID: 16168787572 2021-03-27
Hiperparatiroidismo primário: 20 anos de experiência de um serviço
Objectivo/Introdução O hiperparatiroidismo primário caracteriza-se pela produção autónoma e desregulada de paratormona. O diagnóstico em indivíduos assintomáticos tem superado as formas de apresentação clínicas típicas de doença renal ou esquelética associadas a hipercalcemia moderada ou grave. A terapêutica definitiva é cirúrgica e deve ser ponderada nos indivíduos sintomáticos e em casos selecionados de doente assintomáticos.
Material e Métodos Estudo observacional, retrospetivo, de doentes submetidos a cirurgia por hiperparatiroidismo primário, no período entre 1 de janeiro de 2001 e 1 de Janeiro de 2021.
Resultados Num período de 20 anos, foram operados na nossa instituição 30 doentes com o diagnóstico de hiperparatiroidismo primário, 73.3% eram do sexo feminino com uma idade média de 55 anos. Pré-operatoriamente, a maioria apresentava hipercalcemia e elevação hormona paratiroideia (92.9% e 96.7%, respetivamente). Os exames complementares diagnóstico mais frequentemente realizados foram a ecografia (93,3%) e a cintigrafia (85,7%),sendo que em 90% dos casos apresentavam imagem diagnóstica de suspeição. O procedimento cirúrgico mais vezes realizado foi a paratiroidectomia (70,1%), seguido de paratiroidectomia + lobectomia (16,6) e lobectomia (13,3%). Histologicamente 84% dos casos corresponderam a adenoma da paratiroide e 16% a hiperplasia. A taxa de sucesso cirúrgico foi de 86,7% num seguimento médio de 120 meses.
Discussão O hiperparatiroidismo primário é uma doença rara e o seu diagnóstico correto é fundamental na decisão terapêutica. O tratamento cirúrgico é o único que permite a cura, com melhoria significativa dos sintomas e qualidade de vida dos doentes. O seguimento destes doentes em centros com experiência permite o seu tratamento com taxas de morbilidade aceitáveis.
#16168787573Submetido em: 2021-03-27
Titulo Abordagem do doente com Acalásia: casuística de um serviço Autores Joana Antunes, Lúcia Carvalho, Joana Magalhães, Ana Marta Pereira, António José Reis, Marta Guimarães, Rui Ferreira de Almeida, Artur Trovão, Mário Nora
ID: 16168787573 2021-03-27
Abordagem do doente com Acalásia: casuística de um serviço
Objectivo/Introdução A acalásia é um distúrbio motor primário do esófago, raro, caraterizado pelo relaxamento incompleto do esfíncter esofágico inferior (EEI) e ausência de perístaltase ou espasmo esofágico.
Material e Métodos Estudo de observacional, retrospetivo, dos doentes submetidos a tratamento cirúrgico da acalásia no período entre 1 de janeiro de 2005 e 31 de dezembro de 2020.
Resultados Foram submetidos a cirurgia 33 doentes, 51% do sexo masculino, com uma média de idades 46 anos. O sintoma mais comum foi a disfagia (92,3%), seguido da regurgitação (82,6%), perda ponderal (68%) e dor retrosternal (34,8%). 21,4% dos doentes já tinha realizado pelo menos um tratamento prévio. Todos os doentes foram submetidos a Esofagocardiomiotomia de Heller e fundoplicatura parcial anterior por via laparoscópica. A duração média de internamento foi de 5 dias. No follow-up foram identificados 5 casos de disfagia, 2 com resolução espontânea sem necessidade de intervenção, dois casos de doentes submetido a dilatação endoscópica e outro com necessidade de reintervenção cirúrgia.
Discussão A acalásia é uma doença rara e o seu diagnóstico e classificação corretos são fundamentais na decisão terapêutica. O tratamento cirúrgico com esofagocardiomiotomia de Heller associada a fundoplicatura por via laparoscópica continua a ser o tratamento de eleição desta patologia. Os tratamentos médicos e endoscópicos devem ser reservados para doentes com alto risco cirúrgico e para os casos que previsivelmente vão responder pior ao tratamento cirúrgico.
#16169160200Submetido em: 2021-03-28
Titulo Abdómen aberto em cirurgia de damage control: tração fascial com prótese e terapia de pressão negativa. Autores Xavier de Sousa, Artur Rocha, Sofia Cuco Guerreiro, Rosário Eusébio, Luís Cortez
ID: 16169160200 2021-03-28
Abdómen aberto em cirurgia de damage control: tração fascial com prótese e terapia de pressão negativa.
Objectivo/Introdução Na cirurgia de damage control (DC) o encerramento do abdómen pode ser protelado até condições hemodinâmicas e cirúrgicas reunidas. O caso clínico descrito expõe uma estratégia de encerramento definitivo e funcional da parede abdominal planeado em situação de abdómen hostil.
Material e Métodos Mulher 67 anos, IMC 35Kg/m2, admitida por pancreatite aguda necrosada grave e perfuração de úlcera duodenal. Foi submetida a duodenostomia e encerramento abdominal temporário (EAT) com terapia de pressão negativa (TPN). Em contexto de DC, foram realizadas múltiplas cirurgias de revisão, nomeadamente necrosectomia pancreática. Pela necessidade prolongada de abdómen aberto optou-se pela realização de tração fascial com prótese e TPN até ao encerramento definitivo da parede abdominal.
Discussão Algumas vantagens da TPN são: drenagem da cavidade abdominal e diminuição da retração da parede abdominal. Não obstante, na impossibilidade de um encerramento precoce da parede abdominal, novas estratégias foram desenvolvidas para garantir um encerramento definitivo e funcional tardio. A tração fascial com prótese e TPN é uma dessas técnicas e associa os benefícios da TPN com um encerramento abdominal dinâmico. É colocada uma prótese de polipropileno suturada à aponevrose permitindo uma tração progressiva em cada revisão cirúrgica até ao encerramento primário.
A literatura reporta que a tração fascial com prótese e TPN, não só tem uma elevada taxa de encerramento abdominal primário tardio como pode evitar hérnias ventrais planeadas.
#16169160201Submetido em: 2021-03-28
Titulo Rotura não traumática de abcesso esplénico. Autores Xavier de Sousa, José Vieira Baptista, Sofia Cuco Guerreiro, Luís Cortez
ID: 16169160201 2021-03-28
Rotura não traumática de abcesso esplénico.
Objectivo/Introdução Abcessos esplénicos são raros e são um fator de risco para a rotura esplénica espontânea. Este evento é ainda mais raro e apresenta uma grande taxa de mortalidade.
Material e Métodos Mulher de 91 anos, diabética e doente renal crónica sob hemodiálise, admitida por prostração e diarreia com 1 semana de evolução, sem febre ou história de trauma. Ao exame clínico apresentava diminuição do murmúrio vesicular no hemitórax esquerdo e analiticamente tinha 17200 leucócitos e PCR 16mg/dL. Ao 2º dia fez uma tomografia computorizada (TC) que revelou uma volumosa coleção subscapular esplénica e líquido livre. Foi operada de urgência e constatou-se a rotura de abcesso esplénico e peritonite purulenta. Fez-se lavagem e drenagem da cavidade abdominal e hemóstase da superfície esplénica. Hemocultura e cultura do pús intra-abdominal revelaram Salmonella enteriditis.
Discussão Gastroenterite por Salmonella em doentes imunocomprometidos poderá causar bacteriemia e infeção extra intestinal. Os abcessos esplénicos são uma complicação rara de infeções por Salmonella. Os sintomas usualmente são inespecíficos e o exame diagnóstico de eleição é a TC. Em doentes estáveis com abcesso único o tratamento poderá ser com antibiótico e/ou drenagem percutânea. Em casos de falência terapêutica ou por rotura esplénica o tratamento será cirúrgico. A drenagem cirúrgica e cirurgia conservadora do baço são uma opção a considerar.
O diagnóstico precoce da rotura de um abcesso esplénico permitem uma atuação célere, que habitualmente será cirúrgico.
#16169282740Submetido em: 2021-03-28
Titulo O impacto dos equipamentos de proteção individual nas infeções nosocomiais num Serviço de Cirurgia Autores Henriques, Susana; Trindade, Madalena; Figueiredo, Joana; Costa, Paulo
ID: 16169282740 2021-03-28
O impacto dos equipamentos de proteção individual nas infeções nosocomiais num Serviço de Cirurgia
Objectivo/Introdução As infeções nosocomiais (IN) são importante causa de morbimortalidade em doentes internados, aumentado os custos em saúde. Entre as suas medidas de controlo estão práticas que reduzam a sua transmissão durante a prestação de cuidados e práticas de higiene adequadas.
Objetivo: Avaliar a incidência de IN associado ao uso de equipamentos de proteção (EPI) pelos profissionais de saúde, utilizados durante a pandemia COVID19.
Material e Métodos Coorte retrospetivo; incluiu doentes internados no Serviço de Cirurgia em 2 períodos: 6-9/2019(sem EPI) e 6-9/2020(com EPI). Registaram-se os dados demográficos, clínicos e resultados microbiológicos. Calculado o risco relativo (RR) e aplicado o teste estatístico qui-quadrado.
Resultados 1247doentes(615 mulheres,632 homens; idade mediana 66 anos[18-96]). As IN mais comuns foram infeção do local cirúrgico(4,2%) e infeção urinária(2,7%). Não houve diferença no total de IN nos dois períodos (RR1,1) mas houve redução no número de pneumonias (RR0,62; p0,69). Entre os doentes com IN não houve diferença quanto ao motivo de internamento, registando-se diminuição do número de agentes multirresistentes (RR0,52; p0,024) e dos critérios de Síndrome da Resposta Inflamatória Sistémica (RR0,85, p0,72) no grupo abrangido pela proteção de EPI.
Discussão A utilização de EPI mostrou-se potencialmente útil na redução das pneumonias nosocomiais, com redução significativa nas infeções por agentes multirresistentes, permitindo-nos ajudar a estabelecer novas práticas de controlo de infeção hospitalar.
#16169316951Submetido em: 2021-03-28
Titulo A sarcopenia como fator de risco de morbimortalidade nos doentes submetidos a resseção de metástases hepáticas colorretais Autores Ana Pereira 1; Sofia Eugénia Lopes 2; Catarina Costa 3; Sandra F. Martins 2,4,5,6
1 Interna de formação especifica de Cirurgia Geral, Hospital de Braga
2 Escola de Medicina, Universidade do Minho
3 Departamento de Imagiologia, Hospital de Braga
4 Unidade Colorretal do Serviço de Cirurgia Geral do Hospital de Braga
5 Instituto de Investigação em Ciências da Vida e Saúde (ICVS)
6 Laboratório Associado ICVS/3B?s-PT, Braga/Guimarães
ID: 16169316951 2021-03-28
A sarcopenia como fator de risco de morbimortalidade nos doentes submetidos a resseção de metástases hepáticas colorretais
Objectivo/Introdução O impacto da sarcopenia nos outcomes após cirurgia de ressecção de metástases hepáticas colorretais (MHCR) ainda não está totalmente esclarecido. Este estudo pretende avaliar a associação entre a sarcopenia e o risco morbimortalidade, na ressecção hepática de MHCR.
Material e Métodos A Sarcopenia foi avaliada em 46 doentes submetidos a ressecção hepática de MHCR, entre janeiro de 2003 e maio de 2016, medindo o índice muscular esquelético na tomografia computadorizada pré-operatória (TC), no nível L3. As variáveis categóricas foram analisadas pelo Teste Qui-Quadrado ou Teste Exato de Fisher e, as variáveis contínuas, pelo T-test e Teste Mann-Whitney. A sobrevida global (SG) e a sobrevida livre de doença (SLD) foram analisadas pelo método Kaplan-Meier e pela regressão de Cox multivariada.
Resultados A presença de sarcopenia não influenciou a presença (p=0,486), nem a severidade das complicações pós-operatórias (p>0,990). Pacientes com sarcopenia apresentaram tendência para terem internamentos mais longos, embora de forma não significativa. A sarcopenia não foi significativamente associada a menor SLD (p = 0,872) ou SG (p = 0,813). Na análise multivariada, apenas o estadio IV foi independentemente associado ao aumento do risco de recidiva. O tamanho da maior metástase, igual ou superior a 5 cm, e a recidiva foram fatores independentes associados a menor SG.
Discussão A sarcopenia não demonstrou ter impacto no risco de morbimortalidade após ressecção hepática de MHCR.
#16169316952Submetido em: 2021-03-28
Titulo Avaliação da Dificuldade Cirúrgica em Doentes com Cancro do Reto - Impacto da Pelvimetria Autores Ana Pereira1; João Pedro Stuart2; Carlos Costa Pereira3; Catarina Costa4; Sandra F. Martins 2,3,5,6
1 Interna de formação especifica de Cirurgia Geral, Hospital de Braga
2 Escola de Medicina, Universidade do Minho
3 Unidade Colorretal do Serviço de Cirurgia Geral do Hospital de Braga
4 Departamento de Imagiologia, Hospital de Braga
5 Instituto de Investigação em Ciências da Vida e Saúde (ICVS)
6 Laboratório Associado ICVS/3B?s-PT, Braga/Guimarães
ID: 16169316952 2021-03-28
Avaliação da Dificuldade Cirúrgica em Doentes com Cancro do Reto - Impacto da Pelvimetria
Objectivo/Introdução Uma excisão tumoral cirúrgica de baixa qualidade é a principal causa de recidiva no cancro do reto. Está descrito na literatura que pelves de dimensões curtas podem dificultar a qualidade desta ressecção. Pretende-se estudar a influência das dimensões da pelve na dificuldade cirúrgica dos doentes submetidos a cirurgias de resseção tumoral com intuito curativo em doentes com cancro do reto.
Material e Métodos Realizou-se um estudo retrospetivo, observacional e analítico dos doentes submetidos a cirurgia de resseção tumoral por cancro do reto ao longo de 3 anos, tendo sido incluídos 73 doentes. Foram recolhidos dados demográficos e cirúrgicos, e efetuadas medições pélvicas nas ressonâncias magnéticas pré-operatórias. De forma a identificar fatores de risco, foram realizada uma análise univariada e multivariada.
Resultados 11 doentes foram submetidos a cirurgia classificada com dificuldade elevada, e os restantes 62 com baixa dificuldade. Os 11 doentes eram do sexo masculino. Verificaram-se diferenças estatisticamente significativas entre os grupos, no que diz respeito ao sexo e à pelvimetria. A regressão logística efetuada revelou que um diâmetro transverso da pelve mais pequeno aumenta a dificuldade cirúrgica.
Discussão Doentes do sexo masculino com um diâmetro transverso pequeno como fator agravante da dificuldade cirúrgica merecem um planeamento especial para garantir uma resseção tumoral de qualidade, e desta forma tentar reduzir a probabilidade de recidiva.
#16169316953Submetido em: 2021-03-28
Titulo Impacto da Prática Transfusional Peri-operatória na Morbilidade Pós-operatória de Doentes com Neoplasia Colorretal Autores Ana Pereira 1; Ana Rita Gonçalves 2; Raquel Dias 3; Sandra F. Martins 2,4,5,6
1 Interna de formação especifica de Cirurgia Geral, Hospital de Braga
2 Escola de Medicina, Universidade do Minho
3 Serviço de Imunohemoterapia, Hospital de Braga
4 Unidade Colorretal do Serviço de Cirurgia Geral, Hospital de Braga
5 Instituto de Investigação em Ciências da Vida e Saúde (ICVS)
6 Laboratório Associado ICVS/3B?s-PT, Braga/Guimarães
ID: 16169316953 2021-03-28
Impacto da Prática Transfusional Peri-operatória na Morbilidade Pós-operatória de Doentes com Neoplasia Colorretal
Objectivo/Introdução O estadiamento do carcinoma colorretal (CCR) constitui o principal determinante do prognóstico e da morbilidade destes doentes. Contudo tem vindo a ser sugerida uma relação entre um aumento da morbilidade com as transfusões sanguíneas, especialmente em contexto peri-operatório. Pretende-se analisar o impacto da prática transfusional peri-operatória na morbilidade pós cirurgia do cancro colorretal.
Material e Métodos Foi realizada uma análise retrospetiva dos doentes submetidos a cirurgia com intuito curativo entre 2016 e 2017 por CCR. Foi efetuada uma análise bivariada e uma regressão logística para identificar fatores preditores de um aumento da morbilidade pós-operatória destes doentes.
Resultados Um aumento do número de transfusões sanguíneas peri-operatórias aumenta 100 vezes a propensão do doente ter um maior grau de morbilidade pós operatória. Já um aumento do IMC aumenta 1.02 vezes a propensão do doente ter um maior grau de morbilidade. Tumores moderadamente ou pouco diferenciados aumentam também em 1.71 vezes a propensão do doente ter maior morbilidade. Relativamente à abordagem cirúrgica, a realização de cirurgia laparotómica aumente 0.68 vezes a propensão do doente ter maior morbilidade.
Discussão A realização de transfusões sanguíneas no peri-operatório, a presença de tumores pouco ou moderadamente diferenciados, um IMC >25 kg/m2 e uma abordagem cirúrgica por via laparotómica mostraram ser preditores significativos da morbilidade pós-operatória dos doentes com neoplasia colorretal submetidos a cirurgia.
#16169316954Submetido em: 2021-03-28
Titulo O Ratio Proteína C reactiva/Albumina como preditor de morbilidade pós-operatória após cirurgia eletiva no cancro colorrectal Autores Ana Pereira 1; Angélica Lopes 2; Sandra F. Martins 2,3,4,5
1 Interna de formação especifica de Cirurgia Geral, Hospital de Braga
2 Escola de Medicina, Universidade do Minho
3 Unidade Colorretal do Serviço de Cirurgia Geral, Hospital de Braga
4 Instituto de Investigação em Ciências da Vida e Saúde (ICVS)
5 Laboratório Associado ICVS/3B?s-PT, Braga/Guimarães
ID: 16169316954 2021-03-28
O Ratio Proteína C reactiva/Albumina como preditor de morbilidade pós-operatória após cirurgia eletiva no cancro colorrectal
Objectivo/Introdução A deteção precoce e abordagem das complicações pós-operatórias do tratamento cirúrgico do cancro colorretal (CCR) são cruciais para diminuir a mortalidade pós-operatória e tempo de hospitalização. O Ratio Proteína C-reactiva/albumina (RPA) é um biomarcador promissor associado a morbilidade pós-operatória. Pretende-se avaliar o valor preditivo do RPA na identificação de morbilidade pós-operatória após cirurgia do CCR.
Material e Métodos Estudo observacional, analítico e retrospetivo que incluiu 137 pacientes com diagnóstico de adenocarcinoma colorrectal submetidos a cirurgia curativa eletiva realizada entre Setembro de 2016 e Dezembro de 2017. Os leucócitos, PCR, albumina e RPA foram avaliados no primeiro (POD1) e terceiro (POD3) dia pós-operatórios. Os dados refletem todos os desfechos até 30 dias após a cirurgia.
Resultados A regressão logística multivariada mostrou que o RPA no POD3 revelou ser preditor de complicações pós-operatórias e de infeção do local cirúrgico (ILC). De acordo com a análise das curvas de ROC, o RPA no POD3 mostrou área sob a curva (ASC) de 0.785 para predizer complicações pós-operatórias, com valor de cut-off de 43.92, e ASC de 0.790 para predizer ILC, com valor de cut off de 58.46. O cut-off associado a complicações pós-operatórias apresentou um valor preditivo positivo de 90.5%. O RPA no POD1 mostrou não ser preditor de complicações pós-operatórias e de ILC.
Discussão O RPA no POD3 poderá ajudar a identificar pacientes em risco de desenvolver complicações no pós-operatório de cirurgia do CCR.
#16169316955Submetido em: 2021-03-28
Titulo Transfusão perioperatória de glóbulos vermelhos: impacto na morbimortalidade dos doentes com tumor periampular Autores Ana Pereira 1; Margarida Penso Gonçalves 2; Raquel Dias 3; Sandra F. Martins 2,4,5,6
1 Interna de formação especifica de Cirurgia Geral, Hospital de Braga
2 Escola de Medicina, Universidade do Minho
3 Serviço de Imunohemoterapia, Hospital de Braga
4 Serviço de Cirurgia Geral, Hospital de Braga
5 Instituto de Investigação em Ciências da Vida e Saúde (ICVS),
6 Laboratório Associado ICVS/3B?s-PT, Braga/Guimarães
ID: 16169316955 2021-03-28
Transfusão perioperatória de glóbulos vermelhos: impacto na morbimortalidade dos doentes com tumor periampular
Objectivo/Introdução A cirurgia é o único tratamento curativo dos tumores periampulares, apesar de estar relacionada com elevada morbilidade. O doente oncológico frequentemente desenvolve anemia, o que o predispõe para a necessidade transfusional perioperatória. Este estudo pretende analisar, retrospetivamente, o impacto da realização de transfusões perioperatórias de glóbulos vermelhos no prognóstico de doentes diagnosticados com tumores periampulares submetidos a recessão cirúrgica com intuito curativo entre 1 de janeiro de 2011 e 30 de agosto de 2020.
Material e Métodos Os doentes foram divididos em dois grupos: grupo submetido a transfusão perioperatória (TP) e grupo com ausência de transfusão perioperatória (ATP). Para avaliar diferenças entre os grupos foram utilizados os testes qui-quadrado, Mann-Whitney U e teste t de student para amostras independentes.
Resultados Foi obtida uma amostra de 53 doentes sendo que 26 pertencem ao Grupo TP e 27 ao Grupo ATP. Foram obtidos resultados estatisticamente significativos para o valor de hemoglobina pré-operatória, morbilidade pós-operatória, tempo de internamento e quantidade de hemorragia durante a cirurgia. Não se verificaram diferenças na sobrevida a 1 e 5 anos.
Discussão Este estudo aponta para uma associação entre a transfusão perioperatória e a morbilidade pós-operatória. Não demonstrou relação entre a transfusão perioperatória e sobrevida a 1 e 5 anos, apesar de haver literatura que suporte esta associação, sendo necessários mais estudos.
#16169316956Submetido em: 2021-03-28
Titulo Valor prognóstico de escalas baseadas em marcadores inflamatórios no Cancro do Esófago Autores Ana Pereira 1; Sara Rodrigues 2; Sandra F. Martins 2,3,4,5
1 Interna de formação especifica de Cirurgia Geral, Hospital de Braga
2 Escola de Medicina, Universidade do Minho
3 Serviço de Cirurgia Geral, Hospital de Braga
4 Instituto de Investigação em Ciências da Vida e Saúde (ICVS)
5 Laboratório Associado ICVS/3B?s-PT, Braga/Guimarães
ID: 16169316956 2021-03-28
Valor prognóstico de escalas baseadas em marcadores inflamatórios no Cancro do Esófago
Objectivo/Introdução O Cancro do Esófago (CE) é a sexta causa de morte por cancro mundialmente. Este estudo pretende avaliar o impacto da elevação de escalas de marcadores inflamatórios (Ratio Neutrófilos-Linfócitos (RNL), Ratio Plaquetas Linfócitos (RPL), Índice Imune-Inflamatório Sistémico (SII), Escala de Prognóstico de Glasgow (GPS) e Proteína C-Reativa (PCR)), no prognóstico de doentes com CE, submetidos a cirurgia curativa.
Material e Métodos Incluíram-se pacientes submetidos a cirurgia curativa por CE, entre janeiro de 2004 e dezembro de 2019. Para cada escala inflamatória, os doentes foram divididos em dois grupos (valores normais e elevados). Analisou-se a associação entre as diferentes escalas e as características clinicopatológicas e morbilidade pós-operatória dos doentes.
Resultados Verificou-se que os grupos de doentes com RPL aumentado, no período pré-operatório e no 3º dia pós-operatório tinham, significativamente, uma maior profundidade (T) tumoral e, doentes com RPL pré-operatório normal apresentaram mais frequentemente tumores no estadio I. O grupo de doentes com GPS pré-operatória aumentada apresentou, significativamente, um estadio tumoral mais avançado. Não se encontraram diferenças significativas no tempo livre de doença ou de sobrevida global entre os grupos. Na análise univariada e multivariada, nenhuma escala teve impacto significativo.
Discussão Neste estudo, nenhuma das escalas de marcadores inflamatórios demonstrou influenciar o prognóstico dos doentes com CE submetidos a cirurgia curativa.
#16169316957Submetido em: 2021-03-28
Titulo Valor prognóstico do rácio Plaquetas - Linfócitos (RPL) e Volume Globular Médio (VGM) em doentes com Cancro Colorretal (CCR) Autores Ana Pereira 1; Ana Isabel Oliveira 2; Sandra F. Martins 2,3,4,5
1 Interna de formação especifica de Cirurgia Geral, Hospital de Braga
2 Escola de Medicina, Universidade do Minho
3 Unidade Colorretal do Serviço de Cirurgia Geral do Hospital de Braga
4 Instituto de Investigação em Ciências da Vida e Saúde (ICVS)
5 Laboratório Associado ICVS/3B?s-PT, Braga/Guimarães
ID: 16169316957 2021-03-28
Valor prognóstico do rácio Plaquetas - Linfócitos (RPL) e Volume Globular Médio (VGM) em doentes com Cancro Colorretal (CCR)
Objectivo/Introdução O uso de marcadores de prognóstico no CCR tem impacto na melhoria da sobrevivência global e razão custo/benefício de diagnóstico e tratamento. Este estudo tem por objetivo a avaliação do impacto da elevação dos marcadores RPL e VGM no prognóstico dos doentes com CCR.
Material e Métodos Realizou-se um estudo retrospetivo das caraterísticas clinicopatológicas de 276 pacientes submetidos a cirurgia curativa por CCR entre 1 de janeiro de 2005 e 31 de dezembro de 2010. Efetuou-se a análise dos preditores de prognóstico recorrendo a regressões de Cox e a análise da sobrevivência global e livre de doença usando estimativas Kaplan-Meier e testes Log-rank.
Resultados Da análise efetuada, observou-se que os valores mais elevados de VGM se correlacionavam com o CCR localizado no cólon esquerdo e os valores mais baixos com o cólon direito (p<0.001). Os valores mais elevados de RPL associaram-se com o CCR localizado no cólon (p=0.024), estadios tumorais mais avançados (p=0.029), CEA pré-operatório superior a 10 ng/mL (p<0.001) e dimensões tumorais superiores a 4.5 cm (p=0.043). As curvas de Kaplan-Meier descreveram uma sobrevivência livre de doença e global aos 5 anos de 73.3% e 82.3%, respetivamente. A análise multivariada demonstrou que lesões ulceradas e CEA pré-operatório superior a 10 ng/mL associam-se a maior risco de recidiva e morte por CCR.
Discussão Este estudo demonstra a inexistência de uma correlação entre valores elevados de RPL e VGM pré e pós-operatório e a diminuição da sobrevivência global e livre de doença.
#16169316958Submetido em: 2021-03-28
Titulo Valor prognóstico dos Scores baseados em marcadores inflamatórios na morbimortalidade cirúrgica na Doença de Crohn Autores Ana Pereira 1; Maria João Ales 2; Sandra F. Martins 2,3,4,5
1 Interna de formação especifica de Cirurgia Geral, Hospital de Braga
2 Escola de Medicina, Universidade do Minho
3 Unidade Colorretal do Serviço de Cirurgia Geral, Hospital de Braga
4 Instituto de Investigação em Ciências da Vida e Saúde (ICVS)
5 Laboratório Associado ICVS/3B?s-PT, Braga/Guimarães
ID: 16169316958 2021-03-28
Valor prognóstico dos Scores baseados em marcadores inflamatórios na morbimortalidade cirúrgica na Doença de Crohn
Objectivo/Introdução Vários fatores têm vindo a ser implicados como possíveis fatores de risco para morbimortalidade pós-operatória na doença de Crohn (DC), contudo ainda não estão completamente identificados. Este estudo pretende avaliar o valor prognóstico pré-operatório de Scores de inflamação sistémica na morbimortalidade pós-operatória nos doentes com DC.
Material e Métodos Realizou-se um estudo retrospetivo, observacional e analítico dos doentes submetidos a cirurgia de resseção intestinal por DC, no período decorrido entre 1 de janeiro de 2009 até 31 de dezembro de 2019. Foram recolhidos dados demográficos, clínicos, pré-operatórios e intraoperatórios. Os doentes foram divididos em dois grupos: com e sem morbimortalidade pós-operatória. De forma a identificar fatores de risco, foi realizada uma análise univariada e multivariada.
Resultados Os Scores de prognóstico baseados em marcadores inflamatórios não se demostraram preditores de morbimortalidade pós-operatória. Apenas a presença de complicações penetrantes no período pré-operatório (OR=4,66; p=,035) e a realização de procedimentos cirúrgicos adicionais do tipo apendicectomia (OR=16,86, p=,019) são fatores de risco independentes.
Discussão Estes resultados sugerem que a presença de complicações penetrantes associam-se a uma maior incidência de morbimortalidade pós-operatória na DC. Relativamente aos Scores de prognóstico como preditores de morbimortalidade pós-operatória, é necessário a realização de mais estudos para chegar a um consenso relativamente à sua utilidade na DC.
#16169330771Submetido em: 2021-03-28
Titulo Incidental diagnosis of a gastric duplication cyst Autores Jorge Nogueiro1,2, Vitor Devezas1,2, André Pereira1,2, Ana Teresa Vilares3, Fabiana Sousa1,2, Vitor Devesa1,2, Hugo Santos-Sousa1,2, José Adelino Barbosa1,2, Elisabete Barbosa1,2
1Serviço de Cirurgia Geral, Centro Hospitalar Universitário de São João, Porto, Portugal
2Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, Porto, Portugal
3Serviço de Radiologia, Centro Hospitalar Universitário de São João, Porto, Portugal
ID: 16169330771 2021-03-28
Incidental diagnosis of a gastric duplication cyst
Objectivo/Introdução Gastric duplication cysts are an infrequent finding, especially in adults, overall representing only 2-9% of duplication cysts in the gastrointestinal tract.
Material e Métodos We present the case of a 55-year-old male with an incidental diagnosis of gastric duplication cyst, and discuss differential diagnosis and approach.
Resultados The patient presented to our center with clinic of renal colic and underwent investigation which included abdominal computed tomography (CT). This revealed a solid mass suggestive of renal cell carcinoma (later confirmed to be a clear cell renal cell carcinoma on partial nephrectomy specimen), and additionally showed an exophytic mass adjacent to the great gastric curvature, with 36x37mm, suggestive of a Gastrointestinal Stromal Tumor (GIST) or, alternatively, of a gastric duplication cyst. There were no complaints related to gastrointestinal system, namely nausea, vomits or postprandial fullness.
The patient was submitted to an upper gastrointestinal endoscopy that revealed a regular 3cm bulging lesion located on the gastric body/fundus along the great curvature, covered by unremarkable mucosa.
Echo-endoscopy evidenced a 33x43mm lesion adjacent to the posterior wall of the gastric body, with internal debris and apparently limited by gastric wall.
No biopsies were performed. The patient was then submitted to a laparoscopic atypical gastrectomy, and the diagnosis of gastric duplication cyst with no signs of malignancy was confirmed histologically. The post-operative course was unremarkable and the patient was discharged at day 4.
Discussão Gastric duplication cysts are infrequent findings but should be considered in the differential diagnosis of submucosal gastric masses. Surgical resection should be performed if tolerated by the patient to exclude other conditions and because malignant transformation has been reported.
#16169330772Submetido em: 2021-03-28
Titulo Clinical outcome of patients submitted to liver resection in the context of metastatic breast cancer: a study of a tertiary hospital center Autores Jorge Nogueiro; Vitor Devezas; André Pereira; Fábio Gomes; Fabiana Sousa; Cristina Fernandes; Fernando Osório; Susy Costa; André Magalhães; Henrique Mora; Hugo Santos-Sousa; André Costa Pinho; Luis Graça; J. Luis Fougo; Elisabete Barbosa
Serviço de Cirurgia Geral, Centro Hospitalar Universitário de São João, Porto, Portugal
ID: 16169330772 2021-03-28
Clinical outcome of patients submitted to liver resection in the context of metastatic breast cancer: a study of a tertiary hospital center
Objectivo/Introdução Breast cancer is the second most common cancer in the world, accounting for 25% of new cancers per year. It is the most frequent malignancy in women, being the fifth cause of death from cancer worldwide.
Five to 10% of the patients already present with metastases at diagnosis, and the liver is the site of metastases in half of the cases
Liver metastasis (LM) resection, performed after neoadjuvant-intent systemic treatment, has been reported to increase median overall survival in this population.
Material e Métodos Aim: The aim of this analysis is to assess the outcomes of patients undergoing breast cancer LM surgical resection, including impact on survival, compared to patients where metastasectomy was not performed
Methods: Retrospective review of 55 female patients with breast cancer with LMs, diagnosed and treated in a single tertiary university hospital from January 2011 to December 2016.
Resultados In 32/55 patients (58.2%) multi-organ metastases were identified (the most common sites being bone, lung and lymph nodes).
Of the remaining 23 patients, liver was the unique metastatic organ; thirteen patients had diffuse bilobar hepatic metastases. The remaining ten patients were proposed for surgical treatment; three of them had peritoneal carcinomatosis identified during surgery and no hepatic metastasectomy was performed.
As a result, only seven (12.7%) patients underwent liver metastasectomy.
Overall survival was higher in patients who had LM surgery (65 months [IQR 54-120]), in comparison with those being diagnosed with diffuse bilobar hepatic metastases (17.5 months [IQR10-41]) and with those showing concurrent liver and bone metastases (16.5 months [IQR 6-35]) (p=0.012). In univariable analysis, the latter two groups showed worse overall survival outcome (HR=3.447, 95%CI: 1.218 ? 9.756, p= 0.02 and HR=3.855, 95%CI: 1.475 ? 10.077, p=0.006, respectively) when compared to patients operated on LM
Discussão In our series, patients submitted to metastasectomy had a median overall survival after diagnosis of LM three times greater than the non-operated patients with isolated LM or concurrent LM and bone metastases (65 vs 17.5 or 16.5 months, respectively).
#16169330773Submetido em: 2021-03-28
Titulo Early postoperative bleeding after Laparoscopic Roux-En-Y Gastric Bypass: a single center analysis Autores Jorge Nogueiro1,2, Rui Santos2, Alexandre Silva2, André Pereira1,2, Silvestre Carneiro1,2, Hugo Santos Sousa2,3, Eduardo Lima da Costa3, André Costa Pinho2,3, John Preto3, CRI-O Group
1 General Surgery Department, São João University Medical Center, Porto, Portugal
2 Faculty of Medicine, University of Porto, Porto, Portugal
3 Obesity Integrated Responsibility Unit (CRI-O), São João University Medical Center, Porto, Portugal
ID: 16169330773 2021-03-28
Early postoperative bleeding after Laparoscopic Roux-En-Y Gastric Bypass: a single center analysis
Objectivo/Introdução Early postoperative bleeding is a common complication after Laparoscopic Roux-En-Y Gastric Bypass (LRYGB) and it is associated with significant morbidity. We aimed to identify predictors of early postoperative bleeding after LRYGB, characterize hemorrhagic events and 30-day postoperative outcomes.
Material e Métodos Retrospective cohort study including all patients submitted to LRYGB in a High Volume Obesity Center in 2019. Early postoperative bleeding was defined as any clinically significant evidence of haemorrhage < 30 days after surgery. Demographic, preoperative, and intraoperative factors were tested for associations with postoperative bleeding. Postoperative outcomes of length of stay, reintervention, and readmission were compared between patients with and without haemorrhage.
Resultados Of 340 patients submitted to LRYGB, early postoperative gastrointestinal bleeding occurred in 14 (4.1%). Patients with bleeding had an increased preoperative left hepatic lobe diameter (8.4 vs. 7.3 cm, p=0.048). Prior cholecystectomy (28.6 vs. 14.5%) and previous bariatric surgery (35.7 vs. 23.9%) tended to be prevalent among these patients. Hemorrhage was evident at a median time of 31.2 [IQR 19.7-38.5] hours. Thirteen patients presented with intraluminal and one with extraluminal bleeding. Melena was the most common symptom. All hemorrhages were clinically diagnosed, and 92.9% were managed conservatively. Postoperative bleeding was associated with a longer hospital stay (3.5 vs. 2 days) and with a higher reintervention (7.1% vs. 0) and readmission rates (14.3% vs. 0), all p<0.05.
Discussão Patients with predictable technically challenging LRYGB should be carefully assessed, and preoperative optimization of hemorrhagic risk factors is an essential step to prevent bleeding. Patients with higher risk of bleeding may demand additional strategies regarding surgical technique and peri-operative care.
#16169330774Submetido em: 2021-03-28
Titulo Gastric Bypass vs Sleeve Gastrectomy short-term outcomes in Superobesity: a single-center analysis Autores Jorge Nogueiro1,2, Carolina Neto2, Sofia Rocha2, André Pereira1,2, Silvestre Carneiro1,2, Hugo Santos Sousa2,3, Eduardo Lima da Costa3, André Costa Pinho2,3, John Preto3, CRI-O Group
1 General Surgery Department, São João University Medical Center, Porto, Portugal
2 Faculty of Medicine, University of Porto, Porto, Portugal
3 Obesity Integrated Responsibility Unit (CRI-O), São João University Medical Center, Porto, Portugal
ID: 16169330774 2021-03-28
Gastric Bypass vs Sleeve Gastrectomy short-term outcomes in Superobesity: a single-center analysis
Objectivo/Introdução Superobesity (BMI ? 50 kg/m2) is associated with substantial morbidity and mortality. While the most common bariatric procedures are well stablished in milder forms of the disease, patients with superobesity remain a unique challenge as they present higher operative risk and may produce sub-optimal results with the conventional methods. Our aim was to assess the effectiveness and safety of laparoscopic Roux-en-Y gastric bypass (RYGB) and sleeve gastrectomy (SG) in superobese patients.
Material e Métodos We performed a retrospective observational study of 46 patients with superobesity submitted to either RYGB (n=19) or SG (n=27) in 2019 at a specialized high-volume bariatric unit. The primary endpoint was to assess weight loss and comorbidities resolution at 6- and 12-months follow-up. Secondarily, postoperative complications were also evaluated.
Resultados Successful rates of weight loss after surgery showed no significant differences between SG and RYGB, both %EWL ? 50% (73.7% vs 92.3 at 6 months and 92.3% vs 100.0% at 12 months, respectively) and %TWL ? 20% (96.3% vs 100.0% at both time periods, respectively). Remission and improvement rates of obesity-related comorbidities were comparable between SG and RYGB (66.7% vs 62.5% in Diabetes, 66.7% vs 70.0% in Hypertension, 57.1% vs 55.6% in Dyslipidemia and 37.5% vs 50.0% in Obstructive Sleep Apnea, at 12 months follow-up, respectively). Operative time was lower for SG (p<0.001) and one (5,3%) perioperative complication was observed in the RYGB group. Postoperative complications were the same for both groups (one in each), with one patient in the RYGB group requiring readmission and reintervention (postoperative bleeding)
Discussão In our study population, SG and RYGB seems to be effective and safe procedures for patients with superobesity, with comparable outcomes in the first year.
#16169403700Submetido em: 2021-03-28
Titulo O tratamento da colangite aguda: casuística de um serviço Autores Diogo Silva, Tiago Fonseca, Jéssica Neves, Sílvia Pereira, Domingos Rodrigues, Tiago Ferreira, Mário Nora
ID: 16169403700 2021-03-28
O tratamento da colangite aguda: casuística de um serviço
Objectivo/Introdução A colangite é uma das principais causas de internamento em cirurgia. A coledocolitiase é a sua principal etiologia principal. O diagnóstico envolve critérios inflamatórios, colestastáticos e imagiológicos, podendo ser categorizada em 3 graus. O tratamento é antibioterapia (ocasionalmente com drenagem biliar). A morbimortalidade (MM) associada é elevada (até 30%).
Material e Métodos Análise retrospetiva dos episódios de colangite tratados em 2017 no serviço de Cirurgia.
Resultados Em 2017 existiram 111 episódios de colangite aguda (84 doentes). A idade média foi 76 anos, 23% eram diabéticos, 22% eram neoplásicos e a mediana do internamento foi 4 dias.
O valor médio de bilirrubina foi de 4,7, dos leucócitos foi 14,8; 5% dos casos apresentava disfunção renal, 11% hepática e 5% hematológica; 18% eram colangite grau III.
A maioria dos doentes foi tratado com cefuroxima e metronidazol (tempo médio de antibioterapia de 8 dias); 9% dos doentes fizeram cirurgia ou CPRE; 32% dos casos colheram hemoculturas.
No total, 34% dos doentes apresentaram MM (14% de mortalidade). Os doentes oncológicos apresentaram significativamente mais MM. O grau de colangite influencia a escolha da antibioterapia mas os doentes que fizeram antibióticos de maior espectro não apresentaram menor MM. Existiram diferenças significativas quanto ao valor de leucocitose e de bilirrubina e presença de MM. Quanto aos critérios de severidade, o único que apresentou relação com risco de MM foram os leucócitos.
Discussão É de extrema importância para o cirurgião avaliar o seu trabalho: só assim é possível identificar erros que motivem alterações da conduta ou reforçar atitudes corretas. Em patologias com prognóstico reservado (como colangite), esta análise é ainda mais importante.
#16169415690Submetido em: 2021-03-28
Titulo Síndrome do Compartimento Abdominal - Questionário aos cirurgiões portugueses uma década depois Autores Raquel Prata Saraiva, Bárbara Neto Castro, Andreia Amado, Catarina Ortigosa, Sílvia Costa, António Ferreira, Gil Gonçalves
ID: 16169415690 2021-03-28
Síndrome do Compartimento Abdominal - Questionário aos cirurgiões portugueses uma década depois
Objectivo/Introdução A identificação precoce da SCA é uma prioridade tendo em conta a mortalidade associada.O tratamento incide na laparostomia descompressiva se PIA?20mmHg com disfunção de órgão de novo. Objetivo: Avaliar sensibilidade de cirurgiões gerais para SCA e comparação de resultados com questionário realizado em 2011.
Material e Métodos Divulgação de questionário aos sócios da SPCIR através de email, durante 6 meses.
Resultados Registaram-se 88 respostas, mediana idade 36 anos, com 40% IFE e 25% de cirurgiões>15 anos de experiência.Cerca de 82% com dedicação hospitalar>40h/semana com proveniência hospitalar semelhante. Dos inquiridos 99% conhecia SCA. A PIA é avaliada na maioria dos hospitais mas em menor % que há uma década (78% vs 89%). O método intravesical é o mais utilizado(82%).O reconhecimento de HIA se PIA?12mmHg subiu de 22% para 60%, sendo que 88% cirurgiões aconselha esta medição em todos os doentes em risco de desenvolver HIA. Melhorou a identificação da necessidade de laparostomia descompressiva se PIA?20mmHg com disfunção de órgão (36.6% para 47%), sendo que 53% advoga a realização com sistema de TPN (36.6%-2011). O nº de cirurgiões que realizou laparostomia aumentou de 48.4% para 89% (realizado em 85% por sépsis abdominal e 61% por SCA).Quanto à mortalidade, os inquiridos apontam 76% sem laparostomia e redução para 33% após a mesma. Aumentou o conhecimento das recomendações da WSACS (de 26% para 55%).
Discussão Comparando com 2011, o conhecimento de PIA é sobreponível,maior nº cirurgiões identificam e tratam corretamente PIA e SCA e aconselham mais a medição de PIA em doentes em risco de SCA. Atualmente, os cirurgiões portugueses parecem ter um maior conhecimento sobre PIA, SCA e respetivo tratamento.
#16169415691Submetido em: 2021-03-28
Titulo Aplicação da Terapia de Pressão Negativa pela Cirurgia Geral Autores Raquel Prata Saraiva, Bárbara Neto Castro, Andreia Amado, Catarina Ortigosa, Sílvia Costa, António Ferreira, Gil Gonçalves
ID: 16169415691 2021-03-28
Aplicação da Terapia de Pressão Negativa pela Cirurgia Geral
Objectivo/Introdução A complicação da ferida cirúrgica é das comorbilidades mais frequentes e tem impacto negativo para o doente. A TPN é uma opção que pode ser aplicada profilaticamente na incisão ou de forma terapêutica aquando complicação.A OMS recomenda a utilização de TPN incisional em feridas de alto risco.
Objetivo:Avaliar sensibilidade de cirurgiões gerais na aplicação de TPN.
Material e Métodos Divulgação de questionário aos sócios da SPCIR por email durante 6 meses.
Resultados Registaram-se 85 respostas,mediana idade 36 anos,na maioria IFE(38%) e cirurgiões>15 anos de experiência(26%).Cerca de 78% com dedicação hospitalar>40h/semana, com proveniência hospitalar semelhante.Cerca de 98% já conheciam a TPN e 87% a TPN incisional.Quanto à disponibilidade de material de TPN no seu hospital(96%),a localização mais frequente é internamento(88%) e BO(78%). Aquando da utilização de TPN(99%), a indicação mais frequente foi a CLC(94%), seguido de laparostomia(72%) e incisional(53%).Quanto à importância da TPN,foi considerado de alta importância nos casos de laparostomia(86%) e CLC(86%).No caso de TPN incisional,a sua importância foi considerada apenas média.Cerca de 71% não possui protocolos de TPN incisional no seu hospital e 32% desconhece a recomendação da OMS para uso de TPN incisional.
Discussão A maioria dos cirurgiões utiliza TPN no caso de CLC,contudo apenas metade já utilizou de forma preventiva,considerando esta técnica de apenas média importância nesta indicação. A criação de protocolos institucionais seria vital para a redução da arbitrariedade da utilização de TPN.
#16169427210Submetido em: 2021-03-28
Titulo Cirurgia com intuito curativo no tratamento do Adenocarcinoma Gástrico - cinco anos de experiência Autores Lima R, Bolota J, Velez C, Melo M, Amaro M, Oliva A, Laranjeira A, Machado A, Travassos J, Carvalho M
ID: 16169427210 2021-03-28
Cirurgia com intuito curativo no tratamento do Adenocarcinoma Gástrico - cinco anos de experiência
Objectivo/Introdução A cirurgia continua a ter um papel essencial no tratamento curativo do adenocarcinoma gástrico.
Efectuou-se uma revisão casuística dos doentes submetidos a cirurgia com intuito curativo por adenocarcinoma gástrico durante 5 anos no nosso hospital.
Material e Métodos Estudo retrospetivo realizado através da consulta dos processos clínicos dos doentes submetidos a cirurgia com intuito curativo por adenocarcinoma gástrico de 2014 a 2018. A análise estatística foi realizada com SPSS.
Resultados Foram operados 83 doentes com uma idade mediana de 72 anos, 64% do sexo masculino.
O estadiamento pré-operatório foi realizado segundo a 8ª edição de TNM, sendo os estadios II e III os mais comuns. Na biópsia o tipo histológico mais comum, segundo a classificação de Lauren, foi o intestinal.
Dentro das cirurgias com intuito curativo foram realizadas 51 gastrectomias subtotais, 28 gastrectomias totais e 4 degastrogastrectomias. Foi realizada linfadenectomia D1 em 36,1% dos doentes e D2 em 62,7%. O tipo de reconstrução mais utilizado foi Y Roux.
48,2% doentes registaram complicações pós-operatórias, a grande maioria Clavien-Dindo I e II. A mortalidade associada à cirurgia foi 6%.
Quanto à avaliação da peça operatória, a mediana de gânglios excisados foi de 21 e em 75,9% dos casos a linfadenectomia contabilizava pelo menos 16 gânglios.
O estadiamento pós-operatório foi realizado segundo a 8ª edição de TNM, sendo o estadio II o mais comum.
A sobrevida global aos 3 anos foi de 51% e aos 5 anos de 44%. A sobrevida livre de doença aos 3 anos foi de 50% e aos 5 anos de 43%.
Discussão A cirurgia tem um papel fundamental no tratamento do adenocarcinoma gástrico. Os resultados do trabalho ao longo destes 5 anos são sobreponíveis aos apresentados nos estudos europeus.
#16170392852Submetido em: 2021-03-29
Titulo Sarcomas: resultados a longo prazo de um centro de referência Autores Francisca Brito da Silva, Filipa Fonseca, Joana Bártolo, Beatriz Costeira, Sara Carvalhal, Hugo Vasques, VÃctor Farricha, Nuno Abecasis
ID: 16170392852 2021-03-29
Sarcomas: resultados a longo prazo de um centro de referência
Objectivo/Introdução Os sarcomas são um grupo heterogéneo e correspondem a 1% de todos os tumores, cuja abordagem é complexa e multidisciplinar. O objetivo desde trabalho foi a avaliação dos resultados a longo prazo do tratamento de sarcomas num centro de referência
Material e Métodos Estudo retrosopectivo unicêntrico que incluiu os doentes com diagnóstico de sarcoma que iniciaram seguimento no nosso centro de referência de 2012 a 2019. Foi realizada a caracterização da amostra, da abordagem terapêutica e do seguimento, incluíndo análise de sobrevivência.
Resultados Foram incluídos 1004 doentes, dos quais 904 (90%) foram submetidos a cirurgia. Deste grupo, 700 doentes (69.7%) foram operados na instituição e 204 (20.3%) foram operados noutro hospital. A mediana de idade foi de 58 anos IQR (43-73), 51.5% eram do sexo feminino. A localização mais frequente foi no tronco e extremidades (55.9%), seguida dos sarcomas retroperitoneais (22.5%). A maioria (84.9%) apresentaram-se com doença loco-regional. No período de estudo foram realizadas 904 cirurgias por sarcoma. A taxa de cirurgia R0/1 foi de 97.7%. O tempo mediano de follow-up foi de 24 meses IQR (9.8-46). Nos doentes submetidos a cirurgia na instituição, a taxa de recidiva local aos 5 anos foi de 38.9%, a taxa de metastização aos 5 anos foi de 34.4% e a sobrevivência global aos 5 anos foi de 53,0%. A taxa de amputação nos sarcomas das extremidades foi 9.9%.
Discussão Devido í sua raridade e necessidade de abordagem multidisciplinar os sarcomas devem ser tratados em centros de referência
#16169460940Submetido em: 2021-03-28
Titulo Resseção pélvica multiorgânica - outcomes oncologicos Autores Ricardo Rocha, Carla Carneiro, Fernando Ferrito, Sergio Livraghi, Vitor Nunes
Objectivo/Introdução A cirurgia de resseção da neoplasia do recto localmente avançada e das recidivas pélvicas tem tido importantes desenvolvimentos nas ultimas décadas.
Pretende-se com este trabalho caracterizar os outcomes oncológicos dos doentes submetidos a resseções multiorgânicas e definir os principais factores de risco que determinam sobrevida global e a recidiva local ou sistémica.
Material e Métodos Trata-se de um estudo prospectivo, com caracterização demográfica e de factores de risco, estadiamento pré-operatório, dados anatomo-patológicos, factores cirúrgicos e pós operatórios e ainda referentes a outcomes oncológicos, revistos trimestralmente. Foi feita análise uni e multivariada, com análise de curvas de sobrevida, pretendendo-se determinar os factores de risco para mortalidade e recidiva local ou sistémica
Resultados Entre 2016 e final de 2020 foram operados 297 doentes por neoplasia do recto, dos quais 41 foram submetidos a cirurgia de resseção multiorgânica.
Dos 41, 61% (25 doentes) eram do sexo feminino, com idade média de 63,68 anos (desvio padrão de 11,7 anos). 78% (32) correspondem a adenocarcinoma, 12% (5) a CPC, 7% (3) a neoplasias de origem ginecológica e 2% (1) a linfoma. 24% (10) dos doentes foram submetidos a exenteração pélvica total, 20% (8) foram submetidos a exenteração pélvica posterior e 17% (7) foram submetidos a cistectomia parcial com ou sem re-impantação dos ureteres. Em três doentes foi realizada resseção vascular em bloco e um doente foi submetido a sacrectomia em bloco.
A taxa de resseção R0 foi de 68,3%. A taxa de sobrevida actua médial é de 68% , com sobrevida de 35,2 meses. A radicalidade da resseção foi o principal factor de risco para recidiva local (OR 1,7; p=0,043) e mortalidade (OR 1,4; p=0,038), com risco aumentado nos doentes com resseção R1. Do mesmo modo, os doentes com resseção R0 tiveram uma sobrevida significativamente superior (41 meses vs 19 meses; p=0,03).
Discussão As resseções multiorgânicas no contexto de neoplasia do recto localmente avançada e de recidiva pélvica são muito complexas, devendo ser realizada em centros com experiência e com equipas multidisciplinares rotinadas. A radicalidade da resseção é o principal determinante de sobrevida, devendo ser envidados todos os esforços para obtenção de resseção R0.
#16169468650Submetido em: 2021-03-28
Titulo Apendicite Aguda na era COVID-19 Autores Joana Oliveira, Martim Rente, Manuel Cotovio, Joana Bolota, Sofia Leandro, Rita Lima, Cristina Velez, Miguel Rocha, Mário Pereira, Arnaldo Machado, Artur Canha da Silva, Manuel Carvalho
ID: 16169468650 2021-03-28
Apendicite Aguda na era COVID-19
Objectivo/Introdução A Pandemia por COVID-19 veio trazer constrangimentos no acesso aos cuidados de saúde, quer pelas restrições na circulação e períodos de confinamento, quer pelo receio da população em recorrer aos Serviços de Saúde. O presente estudo tem como objectivo analisar o impacto da Pandemia por COVID-19 na apresentação inicial e complicações associadas à Apendicite Aguda nos doentes admitidos com este diagnóstico no Serviço de Cirurgia.
Material e Métodos Estudo retrospectivo dos doentes submetidos a apendicectomia no período entre Março de 2020 e Fevereiro de 2021, com particular atenção aos períodos de confinamento (18 de Março a 30 de Abril 2020 e 15 de Janeiro a 28 de Fevereiro), e comparação com os dados de igual período do ano anterior. As principais variáveis avaliadas foram a demora entre o início de sintomas e a admissão no Serviço de Urgência, a apresentação intra-operatória, as complicações pós-operatórias e o tempo de internamento.
Resultados No período entre Março de 2020 e Fevereiro de 2021 foram submetidos a apendicectomia 94 doentes, face a 116 doentes operados entre Março de 2019 e Fevereiro de 2020. Durante o período da Pandemia, constatou-se um atraso relativo na recorrência à urgência, bem como uma maior incidência de apendicite aguda complicada (43.7% vs 31.9%). A taxa de complicações no pós-operatório foi sobreponível (9.6% vs 8.8%). O tempo médio de internamento foi sobreponível (3.8 vs 3.4 dias).
Durante os períodos de confinamento, constatou-se uma diminuição do número de doentes operados, mas sem diferenças significativas nas variáveis analisadas.
Discussão A pandemia por COVID-19 veio condicionar a utilização dos cuidados de saúde por parte da população. Relativamente à apendicite aguda, neste estudo constatou-se um atraso no diagnóstico e uma maior incidência de apendicite aguda complicada na apresentação intra-operatória, mas sem repercussão significativa nas complicações ou tempo de internamento. Constatada diminuição no número de casos durante os períodos de confinamento.
#16169498902Submetido em: 2021-03-28
Titulo Hérnia interna associada a diverticulite de Meckel: uma causa rara de oclusão intestinal Autores Alberto Abreu da Silva, Hugo Gameiro, Diogo Sousa, João Grilo, Mariana Claro, Ana Cláudia Deus, Ana Isabel Cruz, José Augusto Martins
ID: 16169498902 2021-03-28
Hérnia interna associada a diverticulite de Meckel: uma causa rara de oclusão intestinal
Objectivo/Introdução O divertículo de Meckel resulta de uma involução anómala do ducto onfalo-mesentérico, com uma prevalência de 2% na população. A maioria dos doentes é assintomático, mas alguns podem ter uma apresentação complicada de hemorragia, oclusão ou diverticulite. A oclusão intestinal neste contexto é rara, e pode ser condicionada pela existência de aderências, abcesso ou intussusceção intestinal.
Material e Métodos Apresenta-se o quadro clínico de uma mulher com um quadro de oclusão condicionado por uma hérnia interna associada a diverticulite de Meckel.
Resultados Doente do género feminino, 38 anos, sem antecedentes cirúrgicos, que recorre ao serviço de urgência por um quadro de dor abdominal tipo cólica com vómitos e distensão abdominal. O abdómen tinha ruídos hidroaéreos de timbre metálico e estava timpanizado, distendido e doloroso à palpação generalizada, sem sinais de irritação peritoneal e sem alterações no toque rectal. A TC sugeria uma oclusão intestinal por uma herniação interna de intestino delgado. Foi feita uma laparoscopia exploradora que mostrou uma torsão de intestino delgado em torno de aderências, sem compromisso vascular, associado a diverticulite de Meckel. Procedeu-se à lise das aderências e diverticulectomia. A doente teve alta no 5º dia de pós-operatório. A avaliação anatomo-patológica confirmou tratar-se de um divertículo de Meckel gangrenado.
Discussão O diagnóstico de uma oclusão intestinal associado a uma hérnia interna em doentes sem antecedentes cirúrgicos é raro, devendo suspeitar-se de causas congénitas, tal como um divertículo de Meckel. A abordagem laparoscópica nestes casos é vantajosa, possibilitando confirmar o diagnóstico de forma minimamente invasiva e permitindo uma recuperação mais rápida com menos dor no pós-operatório.
#16169503770Submetido em: 2021-03-28
Titulo Linfadenectomia de 3 campos no cancro do esófago: experiência de um centro de referência Autores Francisca Brito da Silva, Daniela Cavadas, Paulo Ramos, Cecília Monteiro, Rui Casaca, Nuno Abecasis
ID: 16169503770 2021-03-28
Linfadenectomia de 3 campos no cancro do esófago: experiência de um centro de referência
Objectivo/Introdução Atualmente, as indicações para realização de linfadenectomia de 3 campos no cancro do esófago são controversas, não sendo claro se esta abordagem confere impacto na sobrevida e na taxa de morbilidade cirúrgica. O objectivo deste trabalho foi a avaliação da casuística de linfadenectomia de 3 campos da nossa instituição.
Material e Métodos Análise retrospetiva unicêntrica de base de dados prospetiva. Foram incluídos doentes submetidos a esofagectomia por neoplasia desde 01-01-2016 a 31-01-2021 e os doentes foram divididos em 2 grupos: linfadenectomia de 2 campos vs lifadenectomia de 3 campos. Foi avaliada a ocorrência de morbilidade cirúrgica e sobrevivência
Resultados Foram incluídos 168 doentes, dos quais 153 foram submetidos a linfadenectomia de 2 campos e 15 doentes submetidos a linfadenectomia de 3 campos. Os tumores do grupo da linfadenectomia de 3 campos eram eram mais frequentemente CPC (93,3% vs37,9%) e localizados no esófago torácico superior e médio (80,0% vs. 26,1%). Indicação mais frequente para a realização de linfadenectomia de 3 campos foi a presença de adenopatias cervicais suspeitas. A ocorrência de paralisia de corda vocal (6,7% vs 2,6%) e deiscência de anastomose (20,0% vs 9,8%) foram mais frequentes no grupo da lifadenectomia de 3 campos de forma não significativa (p>0,05). A sobrevida no grupo da linfadenectomia de 3 campos foi de 23 meses [1-46] (vs. 22 meses [0-60])
Discussão A realização de linfadenectomia de 3 campos não afectou a sobrevida global e a morbilidade cirúrgica na nossa instituição
#16169503771Submetido em: 2021-03-28
Titulo PCR no 1º dia de pós-operatório como preditor de deiscência após gastrectomia Autores Francisca Brito da Silva, Francisco Cabral, Paulo Ramos, Cecília Monteiro, Rui Casaca, Nuno Abecasis
ID: 16169503771 2021-03-28
PCR no 1º dia de pós-operatório como preditor de deiscência após gastrectomia
Objectivo/Introdução Atualmente, não existe nenhum parâmetro laboratorial preditor de deiscência de anastomose no 1º dia pós gastrectomia. O objectivo foi determinar do valor da PCR no 1º dia de pós-operatório.
Material e Métodos Análise retrospetiva unicêntrica de base de dados prospetiva de doentes submetidos a gastrectomia de 2007 a 2020. Foi realizada análise de acuidade diagnóstica por curva ROC, Foi realizada análise de subgrupos por via de abordagem
Resultados Foram incluídos 758 doentes; 39 apresentaram deiscência. Não se verificaram diferenças de idade, sexo, ASA, localização, tipo histológico e terapêutica inicial em ambos os grupos (p>0.05), mas a gastrectomia total em Y de Roux foi mais frequente no grupo com deiscência (p<0.05). Na amostra geral, o cut-off de PCR foi de 17.74 (sensibilidade=41.0%, especificidade=90.1%). Nos doentes com abordagem laparotómica (n=648), o cut-off de PCR foi de 18.01 (sensibilidade=37.5%, especificidade=90.7%). Nos doentes com abordagem laparoscópica (n=109), o cut-off de PCR foi de 13.73 (sensibilidade=85.7%, especificidade=92.2%). Existe correlação entre os cut-offs de PCR e a deiscência de anastomose (p<0.05)
Discussão A PCR no 1º dia de pós-operatório de gastrectomia não é sensível para prever deiscência de anastomose na abordagem laparotómica, mas tem excelente valor preditivo em cirurgia laparoscópica
#16169509570Submetido em: 2021-03-28
Titulo Linfoma anaplásico de grandes células associado ao implante mamário (BIA-ALCL) - Revisão da literatura e a realidade em Portugal Autores Pedro Miranda, Raquel Lalanda, Rodrigo Oom, Cristina S. Costa, João Vargas Moniz, Nuno Abecasis, Catarina R. Santos
ID: 16169509570 2021-03-28
Linfoma anaplásico de grandes células associado ao implante mamário (BIA-ALCL) - Revisão da literatura e a realidade em Portugal
Objectivo/Introdução O linfoma anaplásico de grandes células associado ao implante mamário (BIA-ALCL) é um linfoma T raro CD30 (+) e ALK (-). Até 2020, tinham sido reportados mundialmente, 733 casos de BIA-ALCL e 36 mortes pela Food and Drug Administration (FDA). O objetivo deste trabalho é realizar uma breve revisão da literatura, descrevendo a realidade mais recente do BIA-ALCL em Portugal.
Material e Métodos Descrição da série de casos publicados na literatura de BIA-ALCL em Portugal em revistas portuguesas ou internacionais, de casos confirmados pelo Infarmed e registados num Centro de Referência de Cancro de Mama até Fevereiro de 2021.
Resultados A revisão da literatura revelou apenas um caso de BIA-ALCL, o mesmo confirmado pelo Infarmed e ao qual se acrescentam dois novos casos diagnosticados recentemente num centro de Referência de Cancro de Mama. O total dos 3 casos identificados surgiram após cirurgia reconstrutiva por cancro de mama, com implantes texturados. Em duas destas doentes o BIA-ALCL apresentou-se sob forma de seroma tardio (5 e 8 anos pós colocação de prótese Silimed e Allergan, respetivamente), tendo o diagnóstico sido realizado por citologia aspirativa. Estas doentes apresentavam doença confinada à capsula e foram submetidas a capsulectomia total e vigilância, sendo que a última, foi submetida a capsulectomia bilateral (doença bilateral). O outro caso de BIA-ALCL a doença apresentou-se sob a forma de massa tumoral, já com invasão da parede torácica. O estadiamento clínico com tomografia de emissão de positrões (PET) e a ressonância magnética (RM) revelou cT4N2M1, tendo sido submetida a remoção de prótese e quimioterapia com ciclofosfamida, etoposido, vincritina e prednisona (CEOP).
Discussão A fisiopatologia do BIA-ALCL não está bem esclarecida mas a sua associação com os implantes texturados está bem documentada, havendo um risco relativo superior para os macrotexturados. O BIA-ALCL surge geralmente 8 a 9 anos após a colocação do implante. O seroma tardio (> 1 ano) é a apresentação mais típica (75% dos doentes), associa-se a um curso indolente, a doença confinada à capsula e a um excelente prognóstico após capsulectomia total com sobrevivência global (OS) aos 5 anos de 98.8%. Os casos bilaterais são raros (4.6%) e está indicada a capsulectomia bilateral. Cerca de 10-20% dos casos apresentam-se com massa tumoral e/ou adenopatias, estando associados a um curso da doença mais agressivo que requer terapêutica multimodal. Dado a raridade da doença avançada (?IIB) o tratamento é geralmente extrapolado com base na experiência aplicada ao ALCL sistémico. Este doentes apresentam um pior prognóstico com uma (OS) de 72.5% se invasão para além da cápsula e de 65.6% aos 5 anos na presença adenopatias. A radioterapia está recomendada em doentes com doença residual, margem positiva ou doença irressecável com invasão da parede torácica. A terapêutica sistémica esta indicada em estadios IIB-IV com esquema CHOP (ciclofosfamida, doxorrubicina vincrista e prednisona), CEOP quando a dose máxima de antraciclinas já foi atingida ou em alternativa com brentuximab vedotin. A multidisciplinaridade e o registo nacional prospetivo são fundamentais para a abordagem do BIA-ALCL.
#16169541800Submetido em: 2021-03-28
Titulo TRATAMENTO DA DOENÇA DIVERTICULAR: A EXPERIÊNCIA DE UM CENTRO HOSPITALAR Autores Rita Pereira; Inês Sousa; Miguel Neves; Inês Sales; Maria Inês Coelho; Paulo Alves; Nuno Rama; Paulo Clara; Sandra Amado; Miguel Coelho; Vítor Faria
ID: 16169541800 2021-03-28
TRATAMENTO DA DOENÇA DIVERTICULAR: A EXPERIÊNCIA DE UM CENTRO HOSPITALAR
Objectivo/Introdução A doença diverticular tem alta prevalência, sendo uma das causas mais frequentes de admissão hospitalar por patologia gastrointestinal. Embora seja mais comum com o avançar da idade, tem-se assistido a um aumento da incidência em grupos etários mais jovens. Também a sua abordagem tem sofrido alterações nos últimos anos, com tendência para opções menos invasivas e protelando a cirurgia eletiva para fases mais tardias no decurso da doença. Este estudo pretendeu analisar a abordagem terapêutica da doença diverticular no nosso centro.
Material e Métodos Análise retrospectiva de todos os internamentos por doença diverticular, entre Janeiro de 2015 e Junho de 2018.
Resultados Avaliámos um total de 426 admissões por diverticulite aguda, correspondendo a 384 doentes, dos quais 51% eram mulheres, com idade média de 64 anos. Dos internamentos analisados, 9.9% foram referentes a re-admissões. A média de internamento foi 6,5 dias, 93% corresponderam a tratamento médico e 7% a tratamento cirúrgico (dos quais, 67% urgentes). Ano após ano, objetivámos uma tendência crescente para o tratamento médico e redução das taxas de tratamento cirúrgico. O primeiro episódio foi tratado mais frequentemente com terapêutica conservadora enquanto que os re-internamentos apresentaram maior taxa de tratamento cirúrgico. O tratamento cirúrgico urgente preferencial foi a lavagem e drenagem laparoscópica, enquanto que o eletivo foi a ressecção laparoscópica, sem diferença estatisticamente significativa quanto ao tempo de internamento, morbilidade ou mortalidade.
Caracterizámos ainda os doentes de acordo com a classificação de Hinchey e dividimo-los em 2 grupos: grupo A (Hinchey 1-2) e grupo B (Hinchey 3-4). O grupo B estava mais associado ao tratamento cirúrgico. Quando comparámos o tipo de tratamento e as análises clínicas, verificámos associação estatisticamente significativa entre o tratamento cirúrgico e valores aumentados de PCR.
Discussão O progressivo conhecimento da história natural da doença diverticular levou a alterações no paradigma da sua abordagem, tendendo-se para uma menor ?agressividade? terapêutica. É essencial a avaliação clínica, analítica e imagiológica para a individualização do tratamento e obtenção dos melhores resultados.
#16169548220Submetido em: 2021-03-28
Titulo Tratamento cirúrgico de metástases hepáticas de carcinoma colorretal - A nossa experiência dos últimos 30 anos - Autores Ana Ruivo, João Simões, Eva Santos, Andreia Guimarães, Pedro Guerreiro, Maria Amaral, Catarina Lopes, Mariana Duque, Rita Andrade, Ricardo Martins, Ana Velez, António Pinho, Henrique Alexandrino, Marco Serôdio, José Guilherme Tralhão
ID: 16169548220 2021-03-28
Tratamento cirúrgico de metástases hepáticas de carcinoma colorretal - A nossa experiência dos últimos 30 anos -
Objectivo/Introdução O carcinoma colorretal (CCR) é a terceira neoplasia mais comum e a segunda causa de morte por cancro em Portugal.
As metástases hepáticas CCR ( MHCCR)é um evento comum, com uma incidência que pode atingir os 50%.
Apresentamos os resultados do tratamento cirúrgico de MHCCR no nosso Serviço.
Material e Métodos Estudo retrospetivo de 676 doentes submetidos a tratamento cirúrgico por MHCCR entre 1990 e 2020, 64,74% género masculino, 66,25% com idade> 60 anos, 42,81% com CCR localizado ao cólon esquerdo e 20,68% cólon direito. Destes, 54,17% tinham metastização síncrona, 75,29% apresentavam até 3 lesões, de localização bilobar em 41,44% e cujo tamanho do maior nódulo era >30 mm em 58,65% casos. 56,66% doentes foram submetidos a QT de indução com FOLFOX ou FOLFIRI, num total de até 12 ciclos em 87,34% dos casos. Foi realizada hepatectomia major em 4,5%, 15,61% foram submetidos a nova re-hepatectomia e 9 doentes foram submetidos a 3 intervenções cirúrgicas.
Resultados Morbilidade de 21,12% e a mortalidade aos 90 dias de 4,48%. A sobrevida global (OS) aos 2, 5 e 10 anos foi de 72%, 33% e 24% respetivamente. Identificou-se benefício na OS estatisticamente significativo nos doentes com máximo de 3 lesões (p<0,014); tamanho da maior lesão < 50mm (p<0,02); localização unilobar (p<0,001); realização de QT pre-operatória nos doentes com até 3 lesões cuja maior era >50mm (p=0,012).
Discussão Os nossos resultados são semelhantes aos dados reportados na Livermetsurvey contudo novos estudos deverão ser realizados de forma a identificarmos outros factores que nos ajudem a selecionar os doentes com melhor sobrevida após tratamento multidisciplinar.
#16169548221Submetido em: 2021-03-28
Titulo Fatores de Prognóstico no Colangiocarcinoma Distal Submetido a Duodenopancreatectomia Cefálica Autores Miguel Oliveira, Cristina Camacho, Ana Ruivo, Rui Oliveira, Maria Augusta Cipriano, Ricardo Martins, José Guilherme Tralhão
ID: 16169548221 2021-03-28
Fatores de Prognóstico no Colangiocarcinoma Distal Submetido a Duodenopancreatectomia Cefálica
Objectivo/Introdução O colangiocarcinoma distal (CCD) é uma entidade com prognóstico reservado, carecendo ainda de marcadores efetivos de diagnóstico e prognóstico. O presente estudo pretende avaliar o impacto prognóstico de marcadores anatomo-clínicos em doentes submetidos a duodenopancreatectomia cefálica (DPC) por CCD.
Material e Métodos Estudo de coorte retrospetivo (n= 37 doentes, Y23:X14), com diagnóstico histológico de CCD, submetidos a DPC entre 2008 e 2019. Realizou-se avaliação clínica e patológica; marcação imunohistoquímica para pesquisa de instabilidade de microssatélites e expressão de HER2, CD44, ALDH1 e CD56. Consideraram-se significativos os valores de p<0,05.
Resultados Após um follow-up mediano de 14±23,7 meses (M), a sobrevivência global (SG) mediana foi 16±2,8M e a sobrevivência livre de doença (SLD) mediana foi 14±5,2M.
Análise univariada revelou como fatores preditores de SG (p<0,05): resseção de órgãos adjacentes, grau de Clavien-Dindo (GCD)?3, hemorragia pós-operatória grau C (HPOGC), fístula biliar, margem de resseção positiva (MR+), expressão de CD44 e ALDH1; com impacto na SLD: HPOGC, fístula pancreática grau C e fístula gastrojejunal.
Análise multivariada confirmou como fatores independentes com impacto na SG: GCD?3 (HR=6,64,p=0,042), MR+ (HR=5,81,p=0,043), expressão de CD44 (HR=0,089,p=0,033) e ALDH1 (HR=9,24,p=0,037).
Discussão Este estudo revelou como preditores de pior SG um GCD?3, MR+ e a expressão de CD44 e ALDH1. Estes parâmetros deverão ser considerados na avaliação prognóstica dos doentes com CCD submetidos a DPC.
#16169579111Submetido em: 2021-03-28
Titulo Aplicação do Protocolo de Leeds num Centro de alto volume em Cirurgia Pancreática Autores Ana Kam Andrade; Emanuel Vigia; Catarina Aguiar; Sofia Corado; Ana Marta Nobre; Luis Bicho; Edite Filipe; Maria Veiga de Macedo; Hugo Pinto Marques
ID: 16169579111 2021-03-28
Aplicação do Protocolo de Leeds num Centro de alto volume em Cirurgia Pancreática
Objectivo/Introdução A falta de uniformização dos exames anatomopatológicos na cirurgia pancreática causa variabilidade de resultados e discrepâncias no estadiamento, com implicação na sobrevida. O objetivo deste estudo é a aplicação do Protocolo de Leeds num centro hospitalar com elevado volume em cirurgia pancreática.
Material e Métodos Avaliámos 222 doentes submetidos a duodenopancreatectomia cefálica (DPC) por adenocarcinoma do pâncreas no nosso Centro nos anos de 2016, 2017 e 2018. As variáveis estudadas foram a invasão das margens cirúrgicas radiais e de secção, invasão ganglionar da linfadenectomia standard, invasão perineural e microvascular, linfangiose e mortalidade.
Resultados A amostra incluiu 98 doentes do sexo feminino e 124 do sexo masculino. A mediana de idades foi 68 anos.
Documentámos invasão das margens venosa em 13.5%, arterial em 9% e retroperitoneal em 11.3%. A invasão das margens correlacionou-se positivamente com a mortalidade (p<0.05).
O número de gânglios peripancreáticos com invasão tumoral correlacionou-se positivamente com a mortalidade (p=0.001).
Documentámos invasão microvascular em 23,9%, perineural em 57,7% e linfangioses em 28.4%. A invasão perineural correlacionou-se positivamente com a mortalidade (p=0.000).
Discussão A implementação do Protocolo de Leeds permite uniformização de dados e correlação fidedigna com o prognóstico. A sua aplicação fornece melhor estadiamento, sem subestadiar os doentes submetidos a DPC por adenocarcinoma do pâncreas.
#16169581860Submetido em: 2021-03-28
Titulo Preditores de mortalidade e complicações na cirurgia da úlcera péptica perfurada Autores Camarneiro, R.; Soares, A. 1;Azevedo, P. 1; Rocha, R. 1; Gomes, A. 1, Carneiro, C. 1; Nunes, V. 1
1 Serviço de Cirurgia do Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca ? EPE.
ID: 16169581860 2021-03-28
Preditores de mortalidade e complicações na cirurgia da úlcera péptica perfurada
Objectivo/Introdução A doença ulcerosa péptica (DUP) complica em 10 a 20% dos casos, tendo a perfuração um elevado risco de morbilidade e mortalidade. Existem vários scores que auxiliam na previsão da mortalidade por DUP perfurada, como o Score de Boey, Peptic Ulcer Perforation Score (PULP) e o ASA (American Society of Anestesiologistas).
O objetivo do trabalho é avaliar fatores preditores de mortalidade e complicações nos doentes admitidos por DUP perfurada.
Material e Métodos Avaliação retrospectiva dos doentes, adultos, admitidos por perfuração de úlcera péptica, entre 2009 e 2020.
Resultados Numa amostra de 231 doentes, 82.3% dos casos de úlceras gástricas perfuradas,
sendo as mais frequentes o tipo III da Classificação de Jonhson (75.8%) e 17.3% ulceras duodenais perfuradas. A maioria dos doentes foram submetido a rafia da perfuração (95.2% técnica de rafia (rafia, rafia + epiploplastia, piloroplastia) vs. 4.8% cirurgia de resseção). 29.4% dos doentes foi operado por via laparoscópica. Obteve-se uma taxa de complicações e mortalidade de 40.3% e 22.1% respetivamente. A laparoscopia apresentou uma menor taxa de morbimortalidade (p<0.001).
Dos outcomes avaliados, o score de Boye é o que melhor se correlaciona-se com o risco de complicações (OR 3.2 |p<0.001) e mortalidade (OR 4.2 |p<0.001) com AUC de 0.84.
Discussão O score de Boey parece ser o melhor preditor do risco de complicações e mortalidade nos doentes admitidos por DUP perfurada.
#16169606050Submetido em: 2021-03-28
Titulo Actinomicose: uma causa rara de infecção abdominal: caso clínico Autores Teixeira, M; Nunes, S; Correia, S; Bettencourt, V; Gomes, JR; Monteiro, RG; Peliteiro, JN; Neves, TB
ID: 16169606050 2021-03-28
Actinomicose: uma causa rara de infecção abdominal: caso clínico
Objectivo/Introdução A actinomicose é a infeção crónica supurativa causada pelo micro-organismo Actinomyces, bactéria gram-positiva anaeróbia. Este agente coloniza a cavidade oral, mucosa brônquica, trato gastrointestinal e genital feminino. Causa infeção orocervicofacial, torácica e abdominal.
Material e Métodos Procedeu-se a análise retrospectiva do processo clínico e breve revisão da literatura
Resultados Descrevemos caso de doente do sexo feminino, 62 anos, assintomática, sem AP de relevo, que apresentava, em TC abdominal, ?aumento das dimensões a nível do flanco esquerdo do músculo recto anterior, (?) aspectos relacionados com processo inflamatório local?. Ecograficamente assume-se ?hematoma em fase de organização?, com diminuição progressiva nos vários controlos mensais. Em TC após 4 meses, ?área nodular de 21 mm de maior eixo, na espessura do músculo, com aparente extensão posterior para a cavidade abdominal, podendo traduzir tumor desmóide?, aspectos confirmados por RM. Realizada exérese da lesão e encerramento com suplementação da parede abdominal. Sem intercorrências, alta aos 7º pós-op. Diagnóstico histológico revela: ?Infeção por Actinomyces?.
Discussão A infecção primária da parede abdominal por este micro-organismo é rara. Apresenta-se geralmente como uma massa de crescimento lento e facilmente pode mimetizar clínica e imagiologicamente neoplasia dos tecidos moles.
#16169589211Submetido em: 2021-03-28
Titulo EARLY ANASTOMOTIC LEAK DIAGNOSIS AFTER COLORECTAL SURGERY: PRELIMINARY RESULTS FROM PROSPECTIVE OBSERVATIONAL STUDY Autores Nuno Rama, João Pimentel, Marlene Lages, Cândida G Silva, Maria Guarino, Ricardo Castro, Anabela Rocha and Francisco Castro-Poças
ID: 16169589211 2021-03-28
EARLY ANASTOMOTIC LEAK DIAGNOSIS AFTER COLORECTAL SURGERY: PRELIMINARY RESULTS FROM PROSPECTIVE OBSERVATIONAL STUDY
Objectivo/Introdução Anastomotic leakage (AL) after large bowel resections is a common surgical experience and the most frequent major adverse outcome in this type of procedure. It?s crucial to identify accurate biomarkers (BMK), and some markers of in?ammation and gut damage might be useful. We would like to timely identify this pts.
Material e Métodos A prospective observational study included, from Mars 15th, 2017 to October 31st, 2018, 198 consecutive patients (pts) with documented colorectal disease requiring an open or laparoscopic procedure, with anastomosis. The primary endpoints were AL, other postoperative complications, length of stay and 30-day mortality. All statistical analysis was conducted using Stata Software.
Resultados In 18 months we collected 198 pts, 55% were males, with an average Charlson of 4, and 20% underwent a proctectomy. Pts which developed AL (10 pts ? 5,05%) had a higher LOHS and readmission rate (15,3 vs 7,14 days ? p = 0.0001, and 6,2 vs 25%, respectively). Clinical criteria showed an acceptable predictive accuracy (> 0,81). ROC curve shows that on the 3rd postoperative day (POD) EO count has higher accuracy for AL detection (0,78) than the others BMK. However, at POD5 PCT has the higher accuracy (0.81).
Discussão From our preliminary results, EO count and PCT seems to have a good accuracy for AL diagnosis, in 3rd and 5th POD, respectively. Levels of CRP and PCT below 61 mg/dl and 0,17 ng/ml seem to be useful for AL exclusion and might be useful as additional criteria for discharge protocols after colorectal surgery.
#16169589212Submetido em: 2021-03-28
Titulo The usefulness of serum inflammatory biomarkers to predict anastomotic leakage after colorectal surgery: systematic review and meta-analysis. Autores Nuno Rama, Marlene Lages, Cândida G. Silva, Patrícia Lima, Inês Campos Gil, Maria Guarino, Pedro Oliveira, Maria Dixe, Anabela Rocha, Fernando Castro-Poças e João Pimentel.
ID: 16169589212 2021-03-28
The usefulness of serum inflammatory biomarkers to predict anastomotic leakage after colorectal surgery: systematic review and meta-analysis.
Objectivo/Introdução Colorectal anastomotic leakage (CAL) is a dreadful postoperative complication, but its preclinical diagnosis may improve outcomes and increase anastomotic salvage. This study aimed to assess the add-value of serum biomarkers for early detection of CAL.
Material e Métodos According to PRISMA guidelines, a comprehensive systematic literature review was performed a comprehensive literature review, including a qualitative and quantitative analysis (PROSPERO registration no. 161692). All studies assessing serum biomarkers (white blood count cells - WBC, C-reactive protein - CRP, procalcitonin - PCT and calprotectin - CLP) for the early diagnosis of CAL and published until October 2020 were included. Studies were searched in five electronic databases (MEDLINE, Embase, PubMed, Scopus and Cochrane).
Resultados This systematic review included ten studies that evaluated 3 different systemic biomarkers in the context of CAL. Diagnostic test accuracy was estimated for CRP and PCT. CRP had a global area under curve (AUC), diagnostic odds ratio (DOR), sensitivity, specificity, negative and positive predictive value (NPV/PPV) of 75.2%, 118.9, 73%, 77.2%, 97% and 24%, respectively. On day 5, the highest AUC (86.8) and specificity (84.2) values were estimated. PCT showed a global AUC, DOR, sensitivity, specificity, NPV and PPV of 80.2%, 180.7, 72.3%, 82.4%, 98% e 25% respectively.
Random effects meta-analysis and total effect sizes estimation for CRP, PCT and WBC, were performed according to postoperative days. Concentration of serum biomarkers is significantly higher in the patients presenting CAL. Prediction interval crosses the line of no effect for CRP and PCT and the global heterogeneity statistic I2 values are indicative of high between-study heterogeneity. Heterogeneity varied across postoperative days, with low heterogeneity for WBC, and I2 values higher than 75%, for PCT (day 2) and CRP (day 1,3 and 5). For CRP, OR is 9.740 (95% CI, 7.128 to 13.309; p=<0.01), with a moderate heterogeneity (I2 = 51%). For PCT, OR is 16.173 (95% CI, 7.958 to 32.870; p=0.04), with a moderate-to-high heterogeneity (I2 = 59%). Regarding the qualitative analysis, there was significant heterogeneity in the inclusion of the different subcategories into which the consensus definition of CAL was divided.
Discussão Serum biomarkers, CRP and PCT are weak predictors for CAL, showing a high heterogeneity among the studies. However, both CRP and PCT CRP are valuable negative predictive tests for the development of CAL. Combinations of these biomarkers might improve predictive accuracy, but more studies will be necessary to conduct a quality meta-regression.
#16170429240Submetido em: 2021-03-29
Titulo Utilização do questionário EuraHS num estudo prospectivo de coorte Autores Antonio Sampaio Soares em nome do Grupo Colaborativo PT Surg
ID: 16170429240 2021-03-29
Utilização do questionário EuraHS num estudo prospectivo de coorte
Objectivo/Introdução O objetivo deste estudo foi caracterizar a abordagem técnica atual da hérnia inguinal em Portugal num estudo de coorte prospectivo e multicêntrico.
Material e Métodos Estudo prospetivo multicêntrico, com doentes submetidos a reparação eletiva de hérnia inguinal (Out-Dez 2019). O outcome primário avaliado foi a dor crónica 3 meses após cirurgia através da escala EuraHS Qualitity of Life. Foi explorada a relação de fatores intra-operatórios com dor crónica.
Resultados Foram incluídos 948 doentes de 33 hospitais portugueses. A incidência de dor crónica foi de 13.7% (130/948). A técnica cirúrgica mais usada foi a de Lichtenstein (50.5%), seguida de Plug and Patch (36.5%). A abordagem laparoscópica foi usada em 4.4% dos doentes. A fixação da prótese foi realizada em 38.8% dos casos com sutura não reabsorvível, em 38.7% dos casos com sutura lentamente reabsorvível e em 13.7% dos casos com sutura rapidamente reabsorvível. Intraoperatoriamente o nervo doi identificado mas não seccionado em 42.7% das cirurgias, tendo sido identificado e seccionado em 14.1% dos casos. Num modelo de regressão logística univariada, apenas a secção nervosa intraop está positivamente associada com dor crónica pós operatória (OR 1.83 IC 95% 1.11-2.93, p=0.014)
Discussão Este estudo prospectivo multicêntrico permitiu a caracterização da abordagem contemporânea da cirurgia eletiva por hérnia inguinal em Portugal, identificando áreas de intervenção para melhorar os cuidados prestados aos doentes e redução da dor crónica pós operatória.
#16169615181Submetido em: 2021-03-28
Titulo Experiência de um Serviço durante 30 anos no tratamento de tumores hepáticos com rutura espontânea e Proposta de um Algoritmo de Tratamento Autores Autores: E. Santos (1,2), H. Alexandrino (1,2), L. Ferreira (1,2), M. Serôdio (1,2), R. Martins (1,2), M Silva (1), M Duque (1), A. Pinho (1,2), A. Velez (1,2), J.G. Tralhão (1,2)
Serviços: (1) Serviço de Cirurgia Geral - Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (2) Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra
ID: 16169615181 2021-03-28
Experiência de um Serviço durante 30 anos no tratamento de tumores hepáticos com rutura espontânea e Proposta de um Algoritmo de Tratamento
Objectivo/Introdução A rutura espontânea de tumores hepáticos (RETH) é uma condição rara, potencialmente fatal. O algoritmo de decisão depende do estado hemodinâmico do doente, dos recursos disponíveis e da função hepática. Os autores apresentam a experiência do seu Serviço, e propõem um Algoritmo de Tratamento para a RETH.
Material e Métodos Dezoito doentes submetidos a tratamento cirúrgico por RETH (1988?2020). Critérios de inclusão: rotura espontânea de tumor hepático e evidência de hemorragia intra-peritoneal. Catorze do sexo masculino. Idade média: 62,6 anos (35-86). Dimensão média: 6,72 cm (3?17). CHC em doze doentes (67%). Média de 7U de GV transfundidas (0-25). Morbilidade pós-operatória de acordo com Dindo-Clavien. SPSS v23.0 (p<0,05).
Resultados Seis doentes (33%) operados de imediato. Cinco doentes (28%) submetidos a RH urgente (>2h <24h) e sete (39%) a RH diferida (>24h). RH em 17 doentes (94%). Oito doentes (44%) submetidos a TAE antes da RH. Mortalidade e morbilidade de 17% (três doentes). Unidades transfundidas associadas a risco aumentado de complicações (p=0,009).
Discussão Seis doentes (33%) operados de imediato. Cinco doentes (28%) submetidos a RH urgente (>2h <24h) e sete (39%) a RH diferida (>24h). RH em 17 doentes (94%). Oito doentes (44%) submetidos a TAE antes da RH. Mortalidade e morbilidade de 17% (três doentes). Unidades transfundidas associadas a risco aumentado de complicações (p=0,009).
#16169621570Submetido em: 2021-03-28
Titulo Protocolo de monitorização intraoperatória de PTH: precisão baseada na evidência Autores Andreia Amado, João Varanda, Débora Araújo, Susana Graça, Amélia Tavares, Antónia Póvoa, Carlos Soares, Manuel Oliveira
ID: 16169621570 2021-03-28
Protocolo de monitorização intraoperatória de PTH: precisão baseada na evidência
Objectivo/Introdução O hiperparatiroidismo (HPT) primário traduz-se pela produção excessiva e inapropriada da hormona paratiroideia (PTH), sendo a causa mais comum o adenoma único da paratiroide. O tratamento definitivo é cirúrgico e varia entre a exploração cervical (uni ou bilateral) e a paratiroidectomia dirigida. A maior taxa de sucesso da paratiroidectomia dirigida é determinada pela concordância dos estudos de localização pré-operatórios associada à monitorização intraoperatória de PTH. Existem inúmeros critérios de cura cirúrgica baseados no doseamento intraoperatório de PTH (os mais comuns: Ann Arbor, Charleston, Halle, Miami, Roma). A seleção do melhor continua controversa. Assim, torna-se necessária a determinação da sua precisão. O objetivo desta investigação é avaliar e rever os critérios de doseamento de PTH intraoperatória mais comumente utilizados e definir a sua acuidade e utilidade nos doentes com HPT primário.
Material e Métodos Foi realizado um estudo retrospetivo casos e controles. A amostragem foram todos os doentes submetidos a paratiroidectomia por HPT primário de Janeiro de 2007 a Junho de 2020 no nosso Centro Hospitalar. As variáveis analisadas incluem idade, género, tipo de cirurgia efetuada e valores séricos de PTH (pré-operatórios, aos 0 min, 5 e 15 min após exérese da glândula paratiroide afetada). A análise estatística foi efetuada através do SPSS (versão 24), determinando sensibilidades, especificidades, valores preditivos positivos e negativos, acuidade e likelihood ratios para um intervalo de confiança de 95%.
Resultados Foram incluídos 66 doentes submetidos a exérese da(s) glândula(s) paratiroide(s) afetada(s) e ao doseamento de PTH intraoperatória. A idade média foi de 59.4 anos, predominando o género feminino (80.3%). Relativamente aos critérios de avaliação da PTH intraoperatória, todos obtiveram um valor preditivo positivo de mais de 95%. Quanto à especificidade, esta mostrou ser semelhante entre os grupos. Os critérios de Roma revelaram uma maior precisão de cura cirúrgica (90,8%), uma maior sensibilidade (92%) e um likelihood ratio positivo superior (2.8) apesar de um valor preditivo negativo baixo (28.5%).
Discussão Os critérios de Roma demostraram uma maior precisão na previsão da cura pós-operatória do HPT primário. O cirurgião deve ter conhecimento da dinâmica intraoperatória da PTH e determinar os melhores critérios a utilizar em cada caso, no sentido de maximizar o sucesso cirúrgico e minimizar o número de casos de persistência por doença multiglandular oculta.
#16169621571Submetido em: 2021-03-28
Titulo Impacto na sobrevivência dos doentes submetidos a resseção de metástases hepáticas de CCR após QT neoadjuvante Autores Andreia Amado, Bárbara Castro, Ana Paula Torre, Tatiana Queirós, Hugo Louro, Amélia Tavares, Manuel Oliveira
ID: 16169621571 2021-03-28
Impacto na sobrevivência dos doentes submetidos a resseção de metástases hepáticas de CCR após QT neoadjuvante
Objectivo/Introdução O carcinoma colo-retal (CCR) é o terceiro carcinoma mais comum no mundo. Cerca de 25% a 35% destes pacientes desenvolvem metástases hepáticas durante o curso clínico da doença. A quimioterapia (QT) neoadjuvante seguida de resseção cirúrgica das metástases hepáticas tem sido fundamental na sobrevivência a longo prazo em pacientes em estadio IV. Existem vários fatores clínico-patológicos aceites como indicadores de prognóstico na sobrevida livre de doença. O objetivo desta investigação é determinar estes fatores após resseção de metástases hepáticas de CCR submetidas a QT neoadjuvante.
Material e Métodos Foi realizada uma análise retrospetiva de 45 doentes submetidos a resseção de metástases hepáticas de CCR submetidas a QT neoadjuvante de Janeiro de 2010 a Dezembro de 2020 no nosso Centro Hospitalar. A sobrevivência livre de doença foi avaliada através de dados clínicos nomeadamente idade, género, o estadio N do tumor primário, número de lesões hepáticas, tamanho da maior lesão, a terapia neoadjuvante dirigida, a resposta patológica histológica após QT, número de ciclos, a resseção R0, complicações pós-operatórias e a existência de metástases extra-hepáticas através de uma análise de regressão de Cox multivariada.
Resultados A idade média foi de 65,8 ? 10,2 anos e o género masculino prevaleceu com 62,2%. Os doentes foram separados em 2 grupos, de acordo com a regressão histológica após QT neoadjuvante: respondedores e não respondedores. Cerca de 46,7% não responderam ao esquema de QT e a mediana de ciclos foi de 7 ciclos. A taxa de complicações pós-operatórias foi de 28,9% e a taxa de mortalidade em 30 dias revelou ser de 6,7%. A média da sobrevivência livre de doença foi de 34,4 ? 25,1 meses. Esta demonstrou ser de 93,3% aos 3 meses e 62,2% após 1 ano. A resseção R1 e a existência de metástases extra-hepáticas revelaram ser os únicos fatores associados a pior prognóstico e, consequentemente, ambos a menor sobrevivência livre de doença aos 3 meses e a 1 ano (p<0,05). Como indicadores de bom prognóstico na sobrevida a 1 ano, salienta-se, ainda, a terapêutica dirigida com cetuximab e a resseção R0.
Discussão A resseção R1 e a existência de metástases extra-hepáticas demonstraram ser ambos fatores de mau prognóstico de sobrevivência livre de doença aos 3 meses e a 1 ano. A terapêutica dirigida com cetuximab e a resseção R0 revelaram ser fatores de bom prognóstico na sobrevida livre de doença a 1 ano após exérese cirúrgica de metástases hepáticas no CCR após neoadjuvância.
#16169634072Submetido em: 2021-03-28
Titulo Impacto da anastomose tipo Blumgart nos resultados a curto prazo da duodenopancreatectomia cefálica Autores Catarina Baía1, Mariana Marques1, Paula Pinto1, Ana Margarida Correia1, Rita Canotilho1, João Costa2, Luís Pedro Afonso2, Alexandre Sousa1, Fernanda Sousa1, Manuel Fernandes1, Lúcio Lara Santos1, José Flávio Videira1, Joaquim Abreu de Sousa1.
1 Serviço de Oncologia Cirúrgica. Instituto Português de Oncologia do Porto.
2Serviço de Anatomia Patológica. Instituto Português de Oncologia do Porto.
ID: 16169634072 2021-03-28
Impacto da anastomose tipo Blumgart nos resultados a curto prazo da duodenopancreatectomia cefálica
Objectivo/Introdução A duodenopancreatectomia cefálica é um procedimento cirúrgico complexo com morbimortalidade significativa. Uma das complicações mais temíveis é a fistula pancreática, pelo que a técnica de anastomose é objeto de debate na comunidade cirúrgica.
Desde 2018, os cirurgiões da nossa instituição têm vindo a mudar a prática cirúrgica, optando pela reconstrução segundo a técnica de Blumgart modificada à de Cattel-Warren(CW). Os autores pretendem analisar e comparar os resultados perioperatórios entre as duas técnicas.
Material e Métodos Estudo retrospectivo, uni-institucional, que incluiu todos os doentes submetidos a duodenopancreatectomia cefálica entre janeiro de 2013 e fevereiro de 2020. A análise estatística foi realizada com SPSS versão 26.
Resultados Foram incluídos 129 doentes, 59.7% do sexo masculino, com uma mediana de idades de 67 anos. O tumor estava localizado no pâncreas em 50,4%; ampola de Vater em 27,9%; via biliar principal em 11,6%; duodeno em 10,1%. A histopatologia revelou malignidade em 87,6%. A anastomose tipo Blumgart foi realizada em 48 doentes e a tipo CW em 81 doentes. A técnica de Blumgart associou-se a morbilidade grave (CTCAE3/4) aos 30 dias de 31,9% e a técnica de CW de 43,2%, sem diferença estatística significativa. A incidência de fístulas pancreáticas foi de 18,8% pela técnica de Blumgart e de 14,8% pela de CW, diferença esta sem significância estatística. O tempo de internamento foi menor dos doentes submetidos à técnica de Blumgart ainda que sem significância estatística (mediana de 14 vs 19 dias).
Discussão A reconstrução pancreatojejunal segundo a técnica de Blumgart apresentou-se na nossa instituição como segura, sem diferenças significativas ao nível da morbilidade, e tendencialmente com menor morbilidade grave e menor tempo de internamento.
#16169648820Submetido em: 2021-03-28
Titulo Retalho livre anterolateral da coxa - uma mais valia em defeitos complexos da parede abdominal Autores Catarina Rodrigues, Catarina Gouveia, Odete Martinho, André Pinto, Artur Nixon Martins, Gustavo Pereira, Rui Medeiros, Ana Rita Gomes, João Pombo, Gaizka Ribeiro, Carlos Pinheiro, Víctor Fernandes
ID: 16169648820 2021-03-28
Retalho livre anterolateral da coxa - uma mais valia em defeitos complexos da parede abdominal
Objectivo/Introdução A presença de um área cruenta extensa da parede abdominal é uma situação complexa, que acrescenta morbilidade ao doente e um desafio terapêutico ao cirurgião. O retalho livre anterolateral da coxa (ALT) é uma opção para a sua correção, implicando técnicas diferenciadas de microcirurgia reconstrutiva.
Material e Métodos Jovem, 24 anos, politraumatizado em acidente de viação. Entre as lesões resultantes, destaca-se o trauma abdominopélvico, com fratura pélvica Tile C, perfuração vesical com hérnia interna estrangulada de intestino delgado e laceração da sigmóide, submetidas a cistorrafia, enterectomia segmentar com ileostomia terminal e colectomia segmentar com anastomose primária. O pós-operatório(PO) complicou-se com infeção profunda do local cirúrgico, com necrose de pele e tecido celular subcutâneo, da qual, após desbridamento, resultou um defeito com 15x9cm.
Resultados Após vacuoterapia inicial, foi submetido a reconstrução da parede abdominal com retalho livre fasciocutâneo ALT. O PO decorreu sem intercorrências, com cicatrização após 3 semanas.
Discussão O retalho ALT é uma opção versátil, possibilitando a transferência de pele, fáscia e/ou músculo, para reconstrução de defeitos até 25x18cm, com baixa morbilidade da região dadora. É considerado o retalho ideal para reconstrução de defeitos de espessura parcial e total da parede abdominal, comparativamente às alternativas disponíveis, por restaurar a sua integridade, com cobertura estável de partes moles, combinado, se indicado, com reforço protésico.
#16169655600Submetido em: 2021-03-28
Titulo Valor prognóstico da citologia peritoneal no estadiamento da Neoplasia Gástrica Autores Alagoa João A, Sousa M, Fragoso M, Matias R, Pignatelli N e Nunes V
Serviço de Cirurgia Geral, Hospital Prof. Doutor Fernando Fonseca, EPE
ID: 16169655600 2021-03-28
Valor prognóstico da citologia peritoneal no estadiamento da Neoplasia Gástrica
Objectivo/Introdução A laparoscopia de estadiamento (LE) está recomendada no cancro gástrico ressecável estadio IB-III para excluir doença metastática radiologicamente oculta. Os autores pretenderam determinar o valor prognóstico da citologia do lavado peritoneal (CY) positiva ou suspeita para células malignas.
Material e Métodos Estudo retrospetivo unicêntrico, que incluiu adultos submetidos a LE, entre 2014 e 2019. Foram obtidos dados demográficos, características do tumor, terapêutica multimodal, recorrência e sobrevivência. Após análise univariada e multivariada, foram calculadas e comparadas taxas de sobrevivência.
Resultados Foram incluídos 80 doentes (idade mediana 69.0, 61.3% do género masculino). A maioria tinha doença localmente avançada ao diagnóstico. Na LE, foi evidente carcinomatose macroscópica (M1) em 2 casos, excluídos da análise. A presença de ascite foi detetada em 17.3% e induzida em 72.8%. Subsequentemente, 74.1% iniciaram quimioterapia peri-operatória e 80.3% foram submetidos a cirurgia com intuito curativo. A citologia do lavado peritoneal foi positiva ou suspeita (CY1) em 4 doentes com ascite e 10 doentes com ascite induzida, associando-se a redução da sobrevivência global (17.9 vs. 33.9 meses, p=0.007) e mortalidade superior (64.3% vs. 35.2%, p=0.049).
Discussão A CY1 associou-se a prognóstico desfavorável, mesmo na ausência de carcinomatose macroscópica. Importa esclarecer o efeito da quimioterapia peri-operatória no estadio peritoneal e a eventual indicação para re-laparoscopia, antes da resseção cirúrgica.
#16169656332Submetido em: 2021-03-28
Titulo A nossa experiência em Anastomose Intracorpórea (2016 a 2019). Autores Jarimba,A; Barradas,R; Marques,S; Ferreira,L; Teslyak,O; Devesa,H; Gameiro, J; Ratinho,J; Lopes, M;
ID: 16169656332 2021-03-28
A nossa experiência em Anastomose Intracorpórea (2016 a 2019).
Objectivo/Introdução A cirurgia do colon do reto e intestino delgado sofreu grandes alterações com a introdução da cirurgia minimamente invasiva.
A abordagem do colon por via laparoscópica ocorreu há 30 anos.
Nessa altura e até se conhecerem técnicas de sutura intracorporal e a experiência dos cirurgiões o permitir as técnicas de anastomose mais comuns eram extracorporais.
A melhoria dos dispositivos de sutura endoscópica, de técnicas de sutura em cavidades fechadas e da experiência dos cirurgiões, tornou possível a confeção de anastomoses intracorporeas, com benefícios acrescidos para o doente relativamente às anastomoses extracorpóreas: menor mobilização do colon e de seus mesos evitando o risco de lesões por tração, como hemorragia e lesões de ansa; menor risco de infeção da ferida operatória; menor dor no pós-operatório; menor risco de hérnia incisional.
No entanto, a técnica de anastomose intracorpórea podem também apresentar algumas desvantagens, nomeadamente a impossibilidade de avaliação direta da mesma, o potencial risco de contaminação da cavidade abdominal com consequente aumento do risco de abcessos intra-abdominais (situação que não se tem vindo a confirmar em vários estudos).
Material e Métodos Realizou-se um estudo retrospetivo dos doentes operados eletivamente por cancro do colon entre Janeiro de 2016 e Dezembro de 2019 tendo por objetivo avaliar o tipo de anastomose efetuada nos doentes abordados por cirurgia minimamente invasiva de modo a selecionar todos aqueles em que se efetuou uma anastomose intracorpórea. Foram excluídos os doentes tratados por neoplasia do reto. Efetuou-se avaliação dos processos clínicos dos doentes elegíveis para este estudo.
Analisámos também a da morbimortalidade associada.
Resultados Da análise dos dados constata-se que num total 286 doentes operados, 147 foram operados via laparoscópica e 139 por abordagem laparotómica.
Dos 147 doentes operados por laparoscopia, em 40 (27,2%) foram realizadas anastomose intracorpórea: 28 ileo-cólicas (em procedimentos de colectomia direita) e 12 colo-cólicas (em resseções de colon transverso ? 8, e colon esquerdo ? 4)
Foram identificadas 3 complicações em 40 doentes ( 7,5% ) : 2 leak anastomóticos (1 em colectomia direita e 1 em transversectomia) e 1 lesão iatrogénica de ileon (pós colectomia direita).
Taxa de mortalidade até 30 dias: 2,5% (1 doente).
Discussão Efetuado por cirurgiões com experiência em técnicas de sutura laparoscópica, a anastomose intracorporea é um procedimento tecnicamente não complexo, que não aumenta o tempo total da cirurgia, com baixa taxa de complicações e com as vantagens conhecidas para os doentes.
#16169663790Submetido em: 2021-03-28
Titulo Seleção do esquema de tratamento neoadjuvante no cancro do reto localmente avançado: decisões em tempo COVID e seu impacto Autores Paula Marques (1); Teresa Correia (1); Cláudio Silva (1); Pedro Brandão (1,2,3); Ezequiel Silva (1,2,3), Mónica Sampaio (1,2,3), Ana Cristina Silva (1,2,3), Marisa D. Santos (1,2,3)
ID: 16169663790 2021-03-28
Seleção do esquema de tratamento neoadjuvante no cancro do reto localmente avançado: decisões em tempo COVID e seu impacto
Objectivo/Introdução Radioterapia de esquema curto (nRT) e radioterapia com quimioterapia radiossensibilizante (nQRT) têm igual eficácia no tratamento neoadjuvante (TN) do cancro do reto localmente avançado (LARC).
No nosso Centro a nQRT é o esquema preferido. Durante a pandemia houve necessidade de optar preferencialmente pela nRT de forma a reduzir a exposição do doente ao ambiente hospitalar.
Pretende-se avaliar o impacto da seleção do esquema de TN no resultado do tratamento dos doentes.
Material e Métodos Incluídos os dados dos doentes com LARC submetidos a cirurgia curativa, entre 2015 e 2020. Separação em 2 grupos, mediante o esquema de TN realizado. Análise e comparação dos dois grupos em termos de intervalo de tempo entre neoadjuvância e cirurgia (INC), tipo de cirurgia, morbilidade, estadiamento pré e pós-operatório e grau de regressão tumoral.
Resultados Foram tratados 76 doentes: 51 submetidos a nQRT e 25 a nRT. Não houve diferenças com significado estatístico entre os 2 esquemas relativamente ao INC, tipo de cirurgia, morbilidade, downstaging, downsizing ou resposta tumoral completa. O grupo nQRT apresentou maior proporção de respondedores (TRG Mandard 1+2), próximo da significância estatística (p=0,053).
Discussão A opção de nRT ou de nQRT não teve influência nos resultados obtidos no tratamento dos doentes com LARC, apesar da maior proporção de respondedores no grupo nQRT.
São necessários estudos adicionais para confirmar a superioridade da nQRT na resposta tumoral.
#16169681050Submetido em: 2021-03-28
Titulo ADRENALECTOMIA POR VIA RETROPERITONEAL - A NOSSA EXPERIÊNCIA Autores Botelho, Pedro; Oliveira, Gabriel; Onofre, Susana; Luz, Carlos; Costa, Paulo
ID: 16169681050 2021-03-28
ADRENALECTOMIA POR VIA RETROPERITONEAL - A NOSSA EXPERIÊNCIA
Objectivo/Introdução A adrenalectomia minimamente invasiva por via retroperitoneoscópica (APR) está associada a vantagens, em relação a outras vias de abordagens: menos invasiva, menor risco de complicações viscerais, menos dor pós-operatória, melhor acesso em doentes obesos ou com cirurgias abdominais prévias. A intenção deste trabalho é apresentar a experiência nesta abordagem, identificando os melhores candidatos para esta técnica.
Material e Métodos Estudo retrospetivo descritivo, através de base de dados prospetiva.
Resultados No período entre Março de 2015 e Fevereiro de 2021, foram realizadas 57 adrenalectomias das quais, 41 (72%) foram APR. No grupo das APR, a idade foi 58 anos [27-78], 56% mulheres, IMC>25 58%, 30% de laparotomias prévias. A principal indicação foi a presença de nódulo benigno e funcionante. O tamanho da peça foi 7 cm [4-14].
O tempo operatório foi 108 min [52-234], tendo-se verificado uma diminuição progressiva desde o início. O tempo de internamento pós-operatório foi 2 dias [1-4]. Registaram-se 2 casos de morbilidade minor (Clavien-Dindo I) e 1 caso de conversão para laparotomia. Não houve mortalidade.
Discussão Na nossa experiência, esta via de abordagem mostrou-se segura, bem tolerada e com baixa taxa de complicações perioperatórias. Deve ser preferencialmente indicada em doentes com com nódulos benignos menores que 8 cm, com laparotomias prévias e IMC elevado.
#16169678000Submetido em: 2021-03-28
Titulo Papel da albumina em comparação com a PCR como preditores de complicações pós-operatórias em cirurgia colorrectal Autores Inês Sampaio da Nóvoa Miguel (1,2), Pedro Mendanha (3), Pedro Castelo Branco (3), Beatriz Silva Mendes (1), Juan Rachadell (1,2), Mahomede Americano (1,2), Edgar Amorim (1,2), Miguel F. Cunha (1,2)
1 - Serviço de Cirurgia 2, Centro Hospitalar Universitário do Algarve - Unidade de Portimão
2 - Grupo de cirurgia colorrectal de Portimão
3 - Universidade do Algarve
Autor correspondente: Inês Sampaio da Nóvoa Miguel
E-mail: inesisngmiguel@gmail.com
ID: 16169678000 2021-03-28
Papel da albumina em comparação com a PCR como preditores de complicações pós-operatórias em cirurgia colorrectal
Objectivo/Introdução Avaliar o papel da albumina em comparação com a PCR como preditores de complicações pós-operatórias em cirurgia colorrectal.
Material e Métodos Estudo observacional e retrospectivo. Incluídos doentes submetidos a cirurgia colorrectal electiva (janeiro 2019 a dezembro 2020). Avaliados os valores da albumina e proteína C reactiva (PCR) no pré-operatório e nos primeiros quatro dias pós-operatórios.
Determinada a associação da variação de albumina (?Alb) e valor de PCR com a ocorrência de complicações pós-operatórias (minor, major e deiscência de anastomose) através de análise univariada, complementada com análise de curva ROC e teste de Youden para definição de cut-off no caso de significância estatística.
Resultados Dos 93 doentes incluídos, verificaram-se 36.6% complicações minor (n=34) e 12.9% major (n=12).
Após análise dos marcadores bioquímicos, verificou-se que a ?Alb ao 2º dia pós-operatório mostrou ser o melhor preditor para complicações pós-operatórias major, com cut-off de 27.4% (AUC 0,834, p<0,001). No que concerne à deiscência da anastomose, o valor da PCR ao 3º dia foi o melhor preditor, com um cut-off de 88,7 mg/dL (AUC 0,792, p<0,001). Quanto às complicações pós-operatórias minor, a PCR ao 4º dia foi o marcador que apresentou melhor valor preditivo (AUC 0,83, p<0.001), cut-off de 83,4 mg/dL.
Discussão A ?Alb ao 2º dia pós-operatório demonstrou ser o melhor preditor de complicações major. A sua utilização como adjuvante no diagnóstico precoce de complicações poderá permitir o seu tratamento atempado.
Apesar da clara vantagem da utilização da ?Alb e da PCR no diagnóstico de complicações, a avaliação clínica do doente não deixa de ser fundamental.
#16169678110Submetido em: 2021-03-28
Titulo Aplicação da técnica de aponeuroplastia laparoscópica dos músculos rectos abdominais (LIRA) no tratamento da hérnia da parede abdominal. Autores Mário Pereira, André Oliva, Raquel Sanchez, Rogério Senhorinho, Miguel Rocha, Rita Lima, Joana Bolota, Manuel Carvalho
ID: 16169678110 2021-03-28
Aplicação da técnica de aponeuroplastia laparoscópica dos músculos rectos abdominais (LIRA) no tratamento da hérnia da parede abdominal.
Objectivo/Introdução O encerramento do defeito herniário por via laparoscópica previamente à colocação da prótese nem sempre é conseguido sem tensão, o que parece favorecer a taxa de dor pós-operatória, seroma, bulging cutâneo e recidiva. Uma das soluções para esta limitação poderá ser a aponeuroplastia laparoscópica (LIRA) dos músculos rectos abdominais (MRA).
Material e Métodos Consulta de processos em ALERT e vídeo ilustrativo.
Resultados Até ao momento, o grupo de Parede Abdominal do nosso hospital realizou 2 procedimentos LIRA. Um dos doentes apresentava uma hérnia incisional epigástrica com 60 mm de diâmetro transversal e o segundo, uma hérnia umbilical com 55 mm de diâmetro máximo no contexto de obesidade grave, tendo sido operado com a colaboração da cirurgia plástica e submetido concomitantemente a dermolipectomia.
Até à data, nenhum dos doentes evidenciou recidiva herniária e registou-se apenas 1 complicação local associada ao procedimento de dermolipectomia ? Clavien Dindo grau I. Nenhum dos doentes realizou ainda TC abdominal para comparação de resultados relativamente à medialização dos MRAs, embora todos os doentes refiram melhoria no que toca ao restabelecimento da funcionalidade da parede abdominal.
Discussão O LIRA parece ser uma técnica segura que permite o encerramento de defeitos herniários entre 4 e 10 cm sem tensão, com baixa taxa de complicações e recidiva. O grupo de Parede Abdominal do nosso hospital espera ampliar a sua actividade cirúrgica e aplicação da técnica LIRA, de forma a obter uma amostra substancial passível de ser englobada em trabalhos de investigação futuros e avaliação de resultados.
#16169678111Submetido em: 2021-03-28
Titulo Aplicação da técnica de separação posterior de componentes com libertação do transverso abdominal no tratamento da hérnia ventral complexa. Autores Mário Pereira, André Oliva, Raquel Sanchez, Rogério Senhorinho, Miguel Rocha, Rita Lima, Joana Bolota, Manuel Carvalho
ID: 16169678111 2021-03-28
Aplicação da técnica de separação posterior de componentes com libertação do transverso abdominal no tratamento da hérnia ventral complexa.
Objectivo/Introdução As hérnias ventrais associadas a grandes defeitos da parede abdominal são consideradas um desafio cirúrgico. O encerramento do defeito herniário e restabelecimento da funcionalidade do abdómen nem sempre é conseguido.
A separação posterior de componentes (SPC) com libertação do transverso abdominal (LTA) é uma técnica recente que permite o encerramento de grandes defeitos sem tensão e restabelecimento da funcionalidade do abdómen com reduzidas taxas de recidiva e de complicações cirúrgicas.
Material e Métodos Análise de processos clínicos em ALERT e imagens ilustrativas.
Resultados Até ao momento, o grupo de Parede Abdominal do nosso hospital realizou 5 procedimentos de SPC-LTA por hérnia incisional. A média de idades dos doentes operados foi de 69,6 anos. A distância média dos músculos retos abdominais (MRA) foi de 81.4 mm e o maior defeito herniário apresentava um diâmetro transversal de 93 mm.
O encerramento sem tensão e reaproximação dos MRA foi conseguido em todos os dentes. Até ao momento não se registaram casos de recidiva, registando-se 1 complicação local associada ao procedimento ? Clavien-Dindo grau I. Todos os doentes referem melhoria no que toca ao restabelecimento da funcionalidade da parede abdominal.
Discussão A SPC-LTA parece ser uma técnica segura que permite o encerramento de grandes defeitos herniários sem tensão, com baixa taxa de complicações e recidiva.
O grupo de Parede Abdominal do nosso hospital espera ampliar a aplicação de técnicas de libertação miofascial nos próximos anos de forma a obter uma amostra substancial, passível de ser englobada em trabalhos de investigação futuros e avaliação de resultados.
#16169685721Submetido em: 2021-03-28
Titulo Carcinoma da vesícula biliar: sobrevivência e fatores de prognóstico Autores Maria João Amaral, Fátima Ramalhosa, Marco Serôdio, Rui Caetano Oliveira, Maria Augusta Cipriano, José Guilherme Tralhão
ID: 16169685721 2021-03-28
Carcinoma da vesícula biliar: sobrevivência e fatores de prognóstico
Objectivo/Introdução O carcinoma da vesícula biliar (CVB) é uma neoplasia rara com mau prognóstico. Este estudo visa identificar fatores clinicopatológicos com influência no prognóstico de doentes com CVB submetidos a cirurgia.
Material e Métodos 41 doentes (2008-2019): 63.4% mulheres, 68.3% com colelitíase e 85.4% com adenocarcinomas. 39% submetidos apenas a colecistectomia e 61% também a resseção hepática. Estudo estatístico realizado com SPSS. O estudo teve aprovação pela Comissão de Ética local.
Resultados Após uma mediana de follow-up de 20.5meses (IQR8.8-53.8), a sobrevivência global (SG) mediana foi 23 meses; aos 3 e 5 anos de 43.2% e 39.6%, respetivamente. 6 doentes(14.6%) eram HER2+, sem influência na SG (18vs20meses,p=0.649) nem associação com o estádio tumoral (p=0.35); todos tinham estabilidade de microssatélites. Análise univariada revelou fatores associados a pior SG: colecistite aguda (HR2.59,p=0.028), icterícia (HR3.18,p=0.007), AC (HR3.32,p=0.022), estádio?III (HR10.35,p=0.002), N+ (HR6.55,p<0.001), ILV (HR8.96,p<0.001), invasão hepática (HR6.86,p<0.001), invasão da via biliar (HR3.50,p=0.033), resseção?R1 (HR11.79,p<0.001), CA 19.9?500U/mL (HR2.5,p=0.039), CEA?5ng/mL (HR2.99,p=0.032); resseção hepática associou-se a melhor SG (HR0.24,p<0.001). Análise multivariada confirmou fatores independentes de pior SG: estádio?III (HR8.58,p=0.007), resseção hepática (HR0.288,p=0.034) e IVL (HR4.06,p=0.045).
Discussão Doentes com CVB e pior prognóstico podem ser identificados. A expressão do HER2 poderá representar uma oportunidade terapêutica em doentes irressecáveis.
#16169689050Submetido em: 2021-03-28
Titulo Suprarrenalectomia: A experiência de um centro terciário Autores Vanessa Rebelo dos Santos, Carlota Ramos, Ana Freire Gomes, José Girão, Joaquim Martins, José Rocha, João Coutinho
ID: 16169689050 2021-03-28
Suprarrenalectomia: A experiência de um centro terciário
Objectivo/Introdução O diagnóstico de patologia das glândulas suprarrenais tem vindo a aumentar em correlação com os meios complementares de diagnóstico. Contudo, a cirurgia só é necessária perante lesões grandes/atípicas e/ou secretoras. Desde a sua descrição inicial, a ressecção por via laparoscópica tornou-se a abordagem padrão. Dada a relativa complexidade da técnica e o número reduzido de casos, é recomendada a sua realização em centros de maior volume. Com este trabalho, pretende-se apresentar a evolução da cirurgia das suprarrenais na nossa instituição, assim como os resultados obtidos nos últimos 30 anos.
Material e Métodos Estudo retrospectivo observacional que incluiu doentes submetidos a suprarrenalectomia, de 1 de janeiro de 1991 a 31 de dezembro de 2020, na nossa instituição.
Efectuou-se a avaliação dos resultados quanto a: dados demográficos, comorbilidades, indicações cirúrgicas, características dos tumores (maligno/benigno, funcionantes/não funcionantes), dados relativos à cirurgia (duração, tipo de abordagem, complicações intra-operatórias), morbi/mortalidade e duração de internamento.
Resultados No período estudado, realizaram-se 504 suprarrenalectomias em 479 doentes. A média de idades foi de 55 anos (25-82 anos), observando-se um predomínio do género feminino (61.4%). As indicações para a realização de suprarrenalectomia foram: Síndrome de Cushing, Síndrome de Conn, Incidentaloma, Feocromocitoma, Adenoma não funcionante, Carcinoma primitivo e metástases.
85% (407) dos doentes foram abordados por laparoscopia, com uma taxa de conversão de 2.2% (9 doentes). O tamanho médio das lesões foi de 4.7cm (0.4-18.8cm), sendo a localização esquerda a mais frequente.
Na ressecção dos tumores funcionantes houve HTA intra-operatória em 49 casos (13.1%) e em 27 doentes (7.2%) não se verificou normalização hormonal no pós-operatório.
A morbilidade global foi 2.5% (n=12): na cirurgia aberta observaram-se 4 casos (3 infecções da ferida operatória e 1 hematoma retroperitoneal) e na cirurgia laparoscópica constataram-se 8 casos (2 casos de insuficiência suprarrenal aguda em doentes com Síndrome de Cushing, instabilidade hemodinâmica com necessidade de Cuidados Intensivos em 2 doentes com Feocromocitoma e 4 infecções respiratórias).
Houve 3 casos de mortalidade (0.6%): 1 pancreatite necrotizante com digestão da face posterior do estômago num doente com Feocromocitoma, 2 choques hipovolémicos (1 num doente com carcinoma suprarrenal e outro num doente com Síndrome de Cushing bilateral.
A duração média de internamento foi de 5 dias.
Discussão A abordagem da patologia da glândula supra-renal é multidisciplinar e o manuseamento pré, intra e pós-operatório é particularmente importante nestes doentes. A nossa experiência demonstrou que a suprarrenalectomia laparoscópica é eficaz e segura em centros de grande volume.
#16169689051Submetido em: 2021-03-28
Titulo Neoplasias neuroendócrinas do pâncreas: Experiência de um centro Autores Vanessa Rebelo dos Santos, Carlota Ramos, Rafael Cruz, Sara Fernandes, Andreia Barão, Carlos Miranda, João Coutinho
ID: 16169689051 2021-03-28
Neoplasias neuroendócrinas do pâncreas: Experiência de um centro
Objectivo/Introdução As neoplasias neuroendócrinas (NNEs) do pâncreas, apesar de raras, têm aumentado de incidência nos últimos anos. Estão divididas em funcionantes e não funcionantes, e a cirurgia é o único tratamento curativo.
Pretende-se descrever a abordagem das NNEs do pâncreas na nossa instituição, apresentando os resultados obtidos dos doentes operados nos últimos 15 anos.
Material e Métodos Foram analisados, retrospetivamente, entre 1 de janeiro de 2006 e 31 de dezembro de 2020, todos os casos de tumores neuroendócrinos do pâncreas submetidos a cirurgia na nossa instituição.
Resultados No período estudado, realizaram-se 32 cirurgias em 31 doentes, 20 (64.5%) do sexo feminino e 11 (35.5%) do sexo masculino. A média de idades foi de 56.8 anos (19-86 anos).
16 (51.6%) eram não funcionantes e 15 (48.4%) funcionantes (14 insulinomas e 1 glucagonoma). Quanto à localização, 8 (25.8%) tumores localizavam-se na cabeça/processo uncinado, tendo sido realizada enucleação em 6 destes e duodenopancreatectomia cefálica nos outros 2. Os tumores apresentaram-se no corpo/cauda em 23 (74.2%) doentes, 4 realizaram enucleação, 9 realizaram pancreatectomia distal e esplenectomia, 8 realizaram pancreatectomia distal e 2 realizaram pancreatectomia central.
A cirurgia laparoscópica foi realizada em 10 doentes (31%), 2 das quais foram convertidas por indefinição anatómica.
A duração média de internamento pós-operatório foi de 14.6 dias.
As complicações pós-operatórias ocorreram em 9 doentes (29%): 3 coleções intra-abdominais com necessidade de drenagem percutânea, 3 fístulas pancreáticas com colocação de prótese no ducto de Wirsung, 3 insuficiências respiratórias globais e 1 hematoma retroperitoneal e hemoperitoneu com necessidade de reintervenção cirúrgica.
Houve 1 caso de recidiva de insulinoma submetido previamente a enucleação e tratado posteriormente com pancreatectomia distal e esplenectomia.
Discussão Nos últimos anos, houve um alargamento significativo dos conhecimentos na área das NNEs do pâncreas. Devido à sua heterogeneidade e complexidade, a multidisciplinaridade é crucial. A abordagem minimamente invasiva tem desempenhado um papel cada vez mais preponderante, quer na abordagem cirúrgica, quer no tratamento das complicações.
#16169689052Submetido em: 2021-03-28
Titulo Abordagem da doença diverticular complicada do delgado Autores Vanessa Rebelo dos Santos, Sara Fernandes, Mauro Sousa, Carlota Ramos, João Coutinho
ID: 16169689052 2021-03-28
Abordagem da doença diverticular complicada do delgado
Objectivo/Introdução Os divertículos do delgado são geralmente assintomáticos e descobertos incidentalmente. No entanto, quando sintomáticos, podem apresentar complicações muito graves, como obstrução, diverticulite e hemorragia. Pretende-se descrever a abordagem da doença diverticular complicada, apresentando uma série de casos tratados na nossa instituição.
Material e Métodos Entre 1 de janeiro de 2013 e 31 de dezembro de 2020, foram analisados todos os casos de doença diverticular complicada do delgado na nossa instituição. Foram excluídos todos casos não complicados ou achados intra-operatórios. Os casos foram divididos em divertículos jejuno-ileais e divertículos de Meckel. Não se verificaram casos de doença diverticular complicada do duodeno.
Resultados Foram tratados 17 doentes, 8 (47%) divertículos jejuno-ileais e 9 (53%) divertículos de Meckel.
Nos doentes com divertículos jejuno-ileais complicados, 5 (62.5%) doentes eram do sexo feminino e 3 (37.5%) do sexo masculino. A média de idade foi de 79 anos. A causa mais comum de complicação foi a diverticulite, tendo havido também um caso de hemorragia e um caso de estenose. Em 2 doentes o tratamento foi conservador.
Em relação aos doentes do grupo dos divertículos de Meckel complicados, 3 (33.3%) eram do sexo feminino e 6 (66.7%) do sexo masculino. A idade média foi de 47 anos. A causa mais comum de complicação foi também a diverticulite, havendo também 2 casos de hemorragia e 1 caso de inversão de divertículo.
Como complicações, registaram-se 3 infeções da ferida operatória.
Discussão Apesar de pouco frequente, a doença diverticular, quando sintomática, requer tratamento, na maioria dos casos cirúrgico. Pode apresentar graves complicações, assim, alertamos para diagnóstico diferencial desta patologia em contexto de urgência.
#16169689870Submetido em: 2021-03-28
Titulo Apendicite aguda em tempos de Pandemia COVID-19 Autores Ramos, C.; Santos, V.; Causi, T.; Figueira, A.; Coutinho, J.
ID: 16169689870 2021-03-28
Apendicite aguda em tempos de Pandemia COVID-19
Objectivo/Introdução A apendicite aguda é uma causa comum de dor abdominal com necessidade de cirurgia. A ausência ou o atraso no tratamento estão associados a quadros mais graves, com complicações como a perfuração, peritonite e choque séptico, contribuindo para o aumento da morbimortalidade.
As medidas adotadas durante a pandemia COVID-19 revelaram ao longo do ano 2020 uma diminuição do número de idas ao Serviço de Urgência, em particular por patologia cirúrgica.
Material e Métodos Os autores apresentam um estudo retrospetivo observacional que incluiu doentes submetidos a apendicectomia na nossa instituição, em contexto de cirurgia urgente, de 2 de março de 2019 a 1 de março de 2020, e de 2 de março 2020 a 1 de março de 2021. Foi feita uma análise demográfica da população, tempo de evolução, gravidade, opções de tratamento e complicações pós-operatórias, comparando 2 grupos (1º grupo ? 12 meses prévios à pandemia e 2º grupo ? 12 meses durante a pandemia).
Resultados No 1º grupo foram operados um total de 222 doentes por apendicite aguda, e no 2º grupo foram operados 165 doentes. A média de idades foi de 40 anos, e a mediana de 33 e 36 anos, respetivamente.
No 1º grupo identificaram-se um total de 71 casos de apendicite complicada, e no 2º grupo identificaram-se 83 casos, revelando diferenças estatisticamente significativas entre os grupos (p=0,02). A presença de complicação com abcesso ou peritonite, e a opção de realização de cirurgia laparoscópica ou aberta não apresentaram diferenças estatisticamente significativas entre os dois grupos. Contudo a taxa de conversão para cirurgia aberta foi estatisticamente inferior no 2º grupo, e a opção inicial por laparotomia mediana foi estatisticamente inferior no 1º grupo.
Não existiram diferenças estatisticamente significativas entre os grupos quanto às complicações pós-operatórias, necessidade de reoperação ou reinternamento.
Discussão Os autores concluíram que o impacto da pandemia COVID-19 manifestou-se na diminuição do número total de doentes com diagnóstico de apendicite aguda e na gravidade da apresentação inicial, com aumento dos casos de apendicite aguda complicada.
#16169698190Submetido em: 2021-03-28
Titulo Rutura transdiafragmática de quisto hidático Autores Aldara Faria, André Jin Ye, Bernardo Maria, Alberto Figueira, Andreia Barão, Carlos Miranda, Manuel Ribeiro, João Coutinho
ID: 16169698190 2021-03-28
Rutura transdiafragmática de quisto hidático
Objectivo/Introdução A hidatidose é causada por parasitas do tipo Echinococcus e desenvolve-se mais comummente no fígado. A rutura intra-torácica do quisto hidático hepático é rara, atingindo uma incidência de 2,5% e uma taxa de mortalidade de 43%. O tratamento mandatório é a cirurgia, podendo ser posteriormente complementado com anti-parasitários.
Material e Métodos Caso clínico.
Resultados Apresenta-se o caso de um doente de 59 anos que recorreu à urgência por dor localizada ao hipocôndrio direito, sudorese, emagrecimento e disfunção respiratória progressiva. Analiticamente destacava-se uma elevação significativa dos parâmetros inflamatórios e a TC abdominal revelou rutura transdiafragmática de quisto hidático hepático infetado. Foi submetido a laparotomia de Kocher com periquistectomia, drenagem torácica, rafia do diafragma, colecistectomia, drenagem transcística da via biliar e duodenorrafia com epiplooplastia (por achado incidental de fístula colecisto-duodenal), tendo o pós-operatório complicado por fístula biliar tratada endoscopicamente. Após alta foi encaminhado para consulta de cirurgia Hepatobiliopancreática e Infeciologia.
Discussão A rutura de quisto hidático hepático para a pleura é uma entidade rara e grave. A sépsis e a disfunção pulmonar dominam o quadro clínico. A avaliação por TC revela-se fundamental para identificar a rutura intra-torácica e a sua extensão. Dada a possibilidade de evolução em choque sético em disfunção multiorgânica, a abordagem cirúrgica é o tratamento de base desta complicação da equinococose.
#16169698601Submetido em: 2021-03-28
Titulo TELEMED COVID PT - Resultados Preliminares Autores PT Surg - Portuguese Surgical Research Collaborative
ID: 16169698601 2021-03-28
TELEMED COVID PT - Resultados Preliminares
Objectivo/Introdução No contexto da pandemia COVID-19, a telemedicina surgiu como opção para seguimento de doentes em ambulatório. Este estudo pretendeu avaliar a segurança da sua utilização nas consultas externas, em doentes cirúrgicos.
Material e Métodos Estudo coorte retrospetivo, multicêntrico, de doentes de alto risco (Charlson Comorbidity Index [CCI] score ?2) seguidos em consulta hospitalar, em 2 períodos antes e durante a pandemia (fevereiro-abril 2020). Dados de segurança clínica sobre recurso ao Serviço de Urgência (SU) foram colhidos por equipas locais, durante 30 dias após a consulta.
Resultados Foram incluídos 1560 doentes (idade média 69.6 ± 11.2 anos, 50.3% do género masculino), provenientes de 6 hospitais portugueses em localizações geográficas distintas. No período pré-pandemia, 97.4% das consultas foram presenciais. Durante a pandemia, as consultas telefónicas representaram 80.5% do total, verificando-se 23 idas não planeadas ao SU (4.1% dos doentes), nomeadamente 3.0% dos doentes que tinham sido avaliados por telefone vs. 8.7% dos doentes avaliados presencialmente (p=0.019).
Discussão Nesta amostra, o seguimento ambulatório através de consulta telefónica não se associou a maior número de idas não planeadas ao SU, no período estudado. Importa identificar subgrupos de doentes de alto risco, para os quais esta modalidade possa não ser segura.
#16169702420Submetido em: 2021-03-28
Titulo COVIDSurg score: estratificação de doentes cirúrgicos com infeção por SARS-CoV-2 Autores Maria Picciochi, COVIDSurg Collaborative, GlobalSurg Collaborative
(em representação de COVIDSurg, GlobalSurg e PTSurg)
Autor correspondente: Maria Picciochi
Email: maria.picciochi@gmail.com; projects@ptsurg.org
Instituição e serviço do autor correspondente: Hospital Prof Dr Fernando Fonseca, serviço de Cirurgia Geral
ID: 16169702420 2021-03-28
COVIDSurg score: estratificação de doentes cirúrgicos com infeção por SARS-CoV-2
Objectivo/Introdução A estratificação de risco de mortalidade em doentes cirúrgicos com infeção por SARS-CoV-2 é necessária para a decisão clínica. O objetivo deste estudo foi desenvolver e validar um score preditor de mortalidade para doentes infetados com SARS-CoV-2 no período peri-operatório.
Foram aplicadas técnicas de machine learning a um estudo internacional prospectivo que incluiu doentes submetidos a cirurgia infectados por SARS-CoV-2 no período peri-operatório.
Material e Métodos O coorte de doentes foi divido em 2 grupos: o grupo de derivação (1 Fevereiro - 31 Maio de 2020) e validação (1 Junho - 31 Julho 2020). O outcome primário foi a mortalidade pós-operatória aos 30 dias. Entre as variáveis disponíveis, foi selecionada a combinação de variáveis que melhor predizia o outcome para integrar o score. Foram gerados modelos de predição de risco multivariados. A performance do modelo foi aferida pela área sob a curva (AUC) e calibração.
Resultados O estudo incluiu 8492 doentes de 756 hospitais de 69 países. A mortalidade global foi 17.2%. O COVIDSurg score incluiu 4 variáveis: idade, grau ASA, risco cardiovascular (RCRI) e suporte respiratório pré-operatório. A AUC foi 0.73 (IC 95% 0.71-0.74) no grupo de derivação e 0.80 (0.77-0.83) no grupo de validação. A calibração no grupo de validação foi favorável (score de Brier 0.084, intercept 0.078, slope 1.08).
Discussão O COVIDSurg score poderá ajudar no consentimento informado e decisão clínica, em doentes cirúrgicos expostos ao SARS-CoV-2.
#16169702460Submetido em: 2021-03-28
Titulo Outcomes from elective colorectal cancer surgery during the SARS-CoV-2 pandemic Autores Autores: COVIDSurg Collaborative GlobalSurg Collaborative
Apresentador: Miguel Cunha (em representação de COVIDSurg Collaborative, GlobalSurg Collaborative e PTSurg)
ID: 16169702460 2021-03-28
Outcomes from elective colorectal cancer surgery during the SARS-CoV-2 pandemic
Objectivo/Introdução Descrever a prática clinica e o impacto do SARS-CoV-2 na mortalidade após ressecção cirúrgica de neoplasia colorretal, na primeira onda da pandemia
Material e Métodos Coorte prospetivo internacional de doentes submetidos a ressecção eletiva de neoplasia colorrectal (Março-Abril 2020). Outcome primário: mortalidade a 30 dias. Outcomes secundários: deiscência anastomótica; SARS-CoV-2 pós-operatório. Realizou-se comparação coorte da Sociedade Europeia de Coloproctologia pré-pandemia
Resultados De 2073 doentes de 40 países (404 Portugal), 1,3% (27/2073) apresentaram estoma derivativo e 3,0% (63/2073) estoma terminal, em vez de anastomose primária. A taxa de mortalidade foi 1,8% (38/2073), a incidência de SARS-CoV-2 pós-operatória foi 3,8% (78/2073) e a taxa de deiscência foi 4,9% (86/1738). A mortalidade foi mais baixa em doentes sem deiscência nem SARS-CoV-2 (14/1601, 0,9%) e mais alta em doentes com deiscência e SARS-CoV-2 (5/13, 38,5%). Preditores independentes de mortalidade: deiscência anastomótica (OR6,01, IC 95% 2,58-14,06), SARSCoV2 pós-operatório (OR16,90, 7,86-36,38), sexo masculino (OR2,46, 1,01-5,93), idade> 70 anos (OR2,87 , 1,32?6,20) e estadio avançado (OR3,43, 1,16?10,21). Em comparação com dados pré-pandémicos, houve menos deiscências (4,9% vs 7,7%), internamento mais curto (6 vs 7 dias) e mortalidade mais alta (1,7% vs 1,1%)
Discussão Tanto a infeção por SARS-CoV-2 como a deiscência anastomótica devem ser prevenidas, visto que a sua combinação aumenta a mortalidade pós-operatória
#16169709790Submetido em: 2021-03-28
Titulo Imagens de segurança para gastrectomia subtotal minimamente invasiva: técnica desconstrutiva em formação laparoscópica Autores Marisa Peralta Ferreira, Daniela Cavadas, Paulo Vieira Ramos, Cecília Monteiro, Rui Casaca, Nuno Abecasis
ID: 16169709790 2021-03-28
Imagens de segurança para gastrectomia subtotal minimamente invasiva: técnica desconstrutiva em formação laparoscópica
Objectivo/Introdução A gravação das cirurgias laparoscópicas permite revisão e avaliação técnica, contribuindo para a formação em laparoscopia e certificação cirúrgica.
É descrita uma técnica desconstrutiva da gastrectomia subtotal laparoscópica com linfadenectomia D2 (GSTlap) com o intuito de facilitar a sua aprendizagem e promover a sua realização de forma progressiva e sistematizada.
Material e Métodos Análise retrospetiva dos doentes submetidos a GSTlap por adenocarcinoma gástrico ressecável, entre maio 2018 e fevereiro 2021, num centro de referência, que efetua em média 61 gastrectomias oncológicas/ano. Foram analisados 107 vídeos. A GSTlap foi desconstruída em passos cirúrgicos chave e para cada um foram extraídas 1 ou mais imagens de segurança. Pretende-se que o cirurgião realize 1 a 3 passos de cada vez, até estar apto para completar o procedimento.
Resultados A GSTlap foi desconstruída em 12 passos cirúrgicos. São apresentadas 30 imagens de segurança sem edição paralelamente a uma versão editada, na qual se identifica as estruturas anatómicas e o ângulo de exposição obtido em cada uma delas. Esta técnica desconstrutiva foi recentemente implementada com sucesso na formação de especialistas e de internos de especialidade.
Discussão A desconstrução duma cirurgia num número limitado de imagens de segurança
pode ser uma via reprodutível e complementar de formação em laparoscopia, contribuindo para uma aprendizagem mais rápida, segura e sistematizada.
#16169713336Submetido em: 2021-03-28
Titulo Cirurgia de resgate nos doentes com regrowth após Watch and Wait: possível e segura Autores André Caiado, Rita Barroca, João Maciel, Manuel Limbert, Nuno Abecasis, Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil
ID: 16169713336 2021-03-28
Cirurgia de resgate nos doentes com regrowth após Watch and Wait: possível e segura
Objectivo/Introdução A abordagem Watch and Wait (WW) em doentes com cancro do recto baixo que apresentam resposta clínica completa (RCc) após terapêutica neoadjuvante tem-se tornado uma opção cada vez mais comum. No entanto, cerca de 25% dos doentes acaba por apresentar regrowth nos primeiros 2 anos de seguimento. Um dos aspetos mais relevantes para estes doentes passa pela possibilidade de oferecer uma cirurgia de resgate curativa.
O objetivo deste estudo consiste na avaliação dos resultados da cirurgia de resgate por regrowth nos doentes em WW.
Material e Métodos Estudo prospetivo que incluiu os doentes com ADC do recto em abordagem WW entre Novembro de 2014 e Novembro de 2020.
Resultados Foram incluídos na abordagem WW 32 doentes. Verificaram-se 9 casos de regrowth com uma mediana de tempo até ao regrowth de 9 meses. Foi proposta cirurgia de resgate a todos sendo que 1 doente recusou. Dos 8 doentes operados, todas foram resseções R0 e sem mortalidade pós-operatória imediata associada. Para um tempo mediano de seguimento de 28 meses desde a entrada no protocolo e de 19 meses após a cirurgia verificou-se 1 óbito por progressão da doença à distância enquanto que os restantes 7 mantém-se em seguimento, sem casos de recidiva local ou de progressão da doença à distância.
Discussão Os doentes com RCc após QRT neoadjuvante podem evitar a cirurgia e a sua morbimortalidade associada ao estarem inseridos em protocolos WW. Para os doentes em que existe regrowth a cirurgia de resgate é possível, com resseções R0 e com preservação de órgão.
#16169713750Submetido em: 2021-03-28
Titulo Isquémia dos membros inferiores secundária à infecção por SARS-CoV-2: uma nova entidade Autores José Pinto, Tiago Pavão, Simone Oliveira, António Lemos, Liliana Duarte, Rosa Simão, Carlos Casimiro
Serviço de Cirurgia Geral do Centro Hospitalar Tondela-Viseu
Tipo Trabalho: Comunicação Oral
Área Científica: Cirurgia Vascular
Autor Correspondente: José Pinto
Email: josecarlospereirapinto@gmail.com
ID: 16169713750 2021-03-28
Isquémia dos membros inferiores secundária à infecção por SARS-CoV-2: uma nova entidade
Objectivo/Introdução A infecção por SARS-CoV-2 está associada a alterações vasculares e da coagulação que predispõe ao aparecimento de eventos tromboembólicos dos membros inferiores em cerca de 3 a 15% dos casos, mesmo em doentes com sintomas respiratórios ligeiros ou inexistentes.
Pretende-se fazer uma revisão acerca da incidência, apresentação clínica e abordagem desta nova entidade a partir da apresentação de casos clínicos.
Material e Métodos Relato de 3 casos clínicos de doentes com história de infecção recente por SARS-CoV-2 admitidos por quadro de isquémia dos membros inferiores.
Resultados Doente do sexo masculino, de 74 anos, com antecedentes de diabetes mellitus tipo II e infecção recente por SARS-CoV-2, admitido por gangrena distal do membro inferior direito, com necessidade de amputação transmetatársica, com boa evolução.
Doente do sexo masculino, de 81 anos, sem antecedentes pessoais de relevo, admitido por quadro de dor severa, palidez e alteração da força muscular do membro inferior direito compatível com isquémia aguda. Realizou despiste de infecção por SARS-CoV-2 que se mostrou positivo. Sem indicação para cirurgia de revascularização cumpriu terapêutica com heparina com agravamento do quadro e necessidade de amputação infracondiliana.
Discussão Os eventos tromboembólicos secundários à COVID-19 manifestam-se de diferentes formas sendo a isquémia dos membros inferiores uma apresentação comum. Esta entidade parece estar relacionada com uma deterioração clínica mais grave, menor resposta à terapêutica anticoagulante e maior necessidade de cirurgia mutiladora.
#16169713751Submetido em: 2021-03-28
Titulo Hemicolectomia direita por via aberta e por via laparoscópica: a experiência de 4 anos de um serviço de Cirurgia Geral Autores José Pinto, Sara Catarino, Milene Sá, Noel Carrilho, Bela Prata, Fernando Valério, Vítor Marques, Carlos Casimiro
Serviço de Cirurgia Geral do Centro Hospitalar Tondela-Viseu
Tipo Trabalho: Comunicação Oral
Área Científica: Colo-Proctologia
Autor Correspondente: José Pinto
Email: josecarlospereirapinto@gmail.com
ID: 16169713751 2021-03-28
Hemicolectomia direita por via aberta e por via laparoscópica: a experiência de 4 anos de um serviço de Cirurgia Geral
Objectivo/Introdução A hemicolectomia direita é o tratamento cirúrgico padrão de tumores do cólon direito ou transverso proximal. Pretende-se fazer uma comparação entre os resultados da ressecção por via aberta e por via laparoscópica no tratamento deste tipo de tumores.
Material e Métodos Estudo retrospectivo dos doentes submetidos a hemicolectomia direita electiva por doença oncológica entre Janeiro de 2017 e Dezembro de 2020.
Resultados Foram identificados 182 doentes, sendo que 109 doentes (60%) foram submetidos a ressecção por via laparoscópica e 73 doentes por via aberta (40%). Não se observaram diferenças significativas entre os dois grupos relativamente ao sexo e idade. O grupo de doentes submetidos a ressecção por via aberta apresentava uma classificação ASA significativamente superior. A taxa global de reintervenção foi de 18%, sendo que no grupo submetido a ressecção por via laparoscópica foi de 16% e no grupo submetido a ressecção por via aberta de 20%. Verificou-se uma taxa global de fístula anastomótica de 8% e de mortalidade a 30 dias de 2.7%, sem diferenças significativas entre os dois grupos. O tempo de internamento médio foi de 8 dias, inferior no grupo submetido a ressecção por via laparoscópica (8 vs. 10 dias). A amostragem ganglionar média foi de 24 gânglios, sem diferença significativa entre os dois grupos.
Discussão Discussão/Conclusão
Em concordância com o que vem sendo publicado na literatura, na nossa amostra a abordagem laparoscópica permitiu resultados oncológicos semelhantes aos da via aberta com algumas vantagens de que se destaca o tempo de internamento.
#16169721520Submetido em: 2021-03-28
Titulo Impacto da Pandemia COVID-19 no internamento hospitalar de doentes com pé diabético num serviço de cirurgia geral Autores Daniela Melo Pinto (1), Natália Santos (2), Raquel Pereira (1), Tiago Pavão (1), Vítor Marques (2), Carlos Casimiro (3)
Serviço de Cirurgia Geral, Centro Hospitalar Tondela Viseu
(1) Interno(a) de Formação Específica de Cirurgia Geral do CHTV
(2) Assistente Hospitalar Graduado de Cirurgia Geral do CHTV
(3) Diretor de Serviço de Cirurgia Geral do CHTV
Autor: Daniela Melo Pinto. E-mail: danielamelop@hotmail.com
ID: 16169721520 2021-03-28
Impacto da Pandemia COVID-19 no internamento hospitalar de doentes com pé diabético num serviço de cirurgia geral
Objectivo/Introdução A pandemia COVID-19 obrigou à reorganização dos cuidados de saúde, condicionando a prestação de cuidados a doentes sem COVID. O objetivo deste estudo é avaliar o impacto desta pandemia nos doentes internados por pé diabético num serviço de cirurgia geral com consulta de pé diabético do nível 3.
Material e Métodos Estudo retrospetivo dos doentes internados por pé diabético de março de 2019 a fevereiro de 2021. Foram avaliados o número e duração de internamento, tipo de pé, classificação PEDIS, tratamento, seguimento prévio em consulta, morbilidade e mortalidade. A análise estatística foi efetuada com recurso ao SPSS 26.
Resultados Registaram-se 177 internamentos, 100 (56,5%) antes da pandemia e 77 (43,5%) durante a mesma. A idade média foi 71 anos e a duração média de internamento foi 20 dias. A maioria (80,8%) dos doentes eram homens. Durante a pandemia verificou-se aumento da gravidade das infeções, dos valores de HbA1c (8,63 vs. 7,59) e das amputações major (32,5% vs. 18%), com significado estatístico. Sem diferença estatística entre os dois períodos quanto à idade, género, duração de internamento e mortalidade.
Discussão Apesar da diminuição do número de internamentos por pé diabético durante a pandemia, o estudo mostra maior gravidade dos mesmos em termos de infeção e número de amputações major, provavelmente quer por atraso na orientação dos doentes por dificuldade na manutenção dos cuidados de rotina quer em saúde primária ou hospitalar, quer pelo medo da transmissão do vírus por parte dos doentes.
#16169726170Submetido em: 2021-03-29
Titulo Anastomose Intracorpórea versus Extracorpórea na Colectomia Direita Laparoscópica: Experiência de um Centro Hospitalar Autores Inês Sousa1, Diana Parente1, Miguel Neves1, Marisa Ferreira1, Alexandra Rocha1, Inês Sales1, Inês Gil1, Paulo Alves1, Paulo Clara2, Sandra Amado2, Maria Inês Coelho2, Nuno Rama1, Vítor Faria1, Miguel Neves2
1 - Serviço de Cirurgia 1, Centro Hospitalar de Leiria; 2- Serviço de Cirurgia 2, Centro Hospitalar de Leiria
ID: 16169726170 2021-03-29
Anastomose Intracorpórea versus Extracorpórea na Colectomia Direita Laparoscópica: Experiência de um Centro Hospitalar
Objectivo/Introdução A colectomia laparoscópica (CDL) é uma técnica segura e eficaz. Tem havido um interesse crescente na confeção da anastomose intracorpórea (AI), tecnicamente mais exigente que a extracorpórea (AE), pese embora a fraca evidência na comparação dos resultados entre as duas técnicas. O objetivo deste estudo foi avaliar os resultados da AI e da AE na CDL num centro hospitalar.
Material e Métodos Estudo retrospetivo unicêntrico que incluiu 276 doentes submetidos a CDL com AI ou AE, entre setembro de 2014 e maio de 2020. A escolha da técnica anastomótica dependeu da preferência do cirurgião. Os resultados pós-operatórios analisados incluíram a duração do internamento, complicações pós-operatórias, taxa de re-intervenção, mortalidade e hérnia incisional.
Resultados O grupo da AE incluiu 156 doentes e o da AI 120 doentes. Não houve diferenças demográficas entre os dois grupos. O grupo da AI teve um restabelecimento mais rápido do trânsito intestinal (TI) (p<0.05) e menor taxa de infeção da ferida operatória (IFO) (9.6% versus 3.3%, p<0.05). Não houve diferenças estatisticamente significativas relativamente à falência anastomótica, taxa de reinternamento, mortalidade ou hérnias incisionais.
Discussão Este estudo revelou resultados semelhantes nas duas opções técnicas, com vantagem da AI no restabelecimento do TI e na taxa de IFO. A AI parece ser uma técnica segura quando realizada por cirurgiões experientes, no entanto são necessários mais estudos para uma melhor evidência.
#16169728030Submetido em: 2021-03-29
Titulo Impacto da pandemia de COVID-19 na referenciação do cancro colorectal Autores Paula Ferreira Pinto, Pedro Martins, Rita Canotilho, Ana Margarida Correia, Catarina Baía, Mariana Marques, Joaquim Abreu de Sousa
ID: 16169728030 2021-03-29
Impacto da pandemia de COVID-19 na referenciação do cancro colorectal
Objectivo/Introdução O impacto da pandemia por COVID 19 nos cuidados de saúde será sentido durante um longo período. Uma das manifestações será a variação quantitativa e qualitativa da referenciação aos hospitais. O objetivo deste estudo é avaliar o impacto da pandemia na referenciação do carcinoma coloretal.
Material e Métodos Foram considerados os doentes admitidos num centro de referência de cirurgia coloretal no último trimestre de 2019 e último trimestre de 2020. Foram avaliados parâmetros demográficos e de estadiamento. Foi estudado o score MUST, a abordagem cirúrgica (laparoscópica ou aberta) e cirurgias realizadas por internos.
Resultados Foram incluídos no estudo 215 doentes, sendo 118 correspondentes ao ano de 2019 e 97 doentes correspondentes ao ano de 2020. Observou-se uma tendência para estadios mais avançados no segundo grupo (2020). A comparação da classificação MUST mostra que os doentes em alto risco nutricional tendencialmente aumentaram em 2020. Não houve uma diferença estatisticamente significativa entre a laparoscopia e a cirurgia aberta. Em 2020 a tendência foi também para a diminuição do número de cirurgias realizadas por internos, ainda que sem significado estatístico.
Discussão Tal como esperado, a pandemia teve um impacto negativo na referenciação de doentes oncológicos, nomeadamente de carcinoma coloretal. Essa diferença deverá estar relacionada com a diminuição do número de consultas nos cuidados de saúde primários, bem como a diminuição de exames de rastreio. É também aparente um agravamento do estadiamento à referenciação. Foi ainda possível apurar que esta pandemia terá tido um impacto negativo no movimento operatório dos internos, provavelmente devido ao estadio mais avançado dos doentes.
#16169745721Submetido em: 2021-03-29
Titulo Avaliação comparativa laparoscopia e laparotomia no tratamento da neoplasia do cólon Autores Maria Isabel Manso, Henrique Morais, Ruben Martins, Martins Dos Santos
Tatiana Revez, Rute Pereira, Paulo Cardoso, Ricardo Ribeiro, Joana Domingues, João Catelão,Gizela Dias, Jorge Moleiro
ID: 16169745721 2021-03-29
Avaliação comparativa laparoscopia e laparotomia no tratamento da neoplasia do cólon
Objectivo/Introdução Introdução:
A neoplasia colorretal é a neoplasia digestiva com maior taxa de incidência em Portugal. A abordagem laparoscópica é uma opção cada vez mais viável para o tratamento desta patologia. Este estudo pretende comparar os benefícios do uso de laparoscopia comparativamente à laparotomia no tratamento da neoplasia do cólon.
Material e Métodos Métodos:
Estudo retrospectivo com doentes submetidos a tratamento curativo de neoplasia do cólon entre 2018 e 2019 num único centro. Realizou-se um estudo comparativo entre a abordagem laparoscópica e a laparotómica em relação a complicações, taxas de reoperação, mortalidade e qualidade da ressecção oncológica. Na análise estatística foi usado o programa IBM® SPSS statistical analysis, considerando resultados estatisticamente significativos com p<0,05.
Resultados Resultados:
A amostra é constituída por 157 doentes, 101 do género masculino e 56 do género feminino com idade média 70,69±12,19 anos. Destes 92(58,6%) foram abordados por laparoscopia e os restantes 65(41,4%) por laparotomia. Não existem diferenças entre os grupos em função do género(p=0,615) e do estadiamento clínico T(p= 0,074) ou N (p=0,465).Os doentes submetidos a laparoscopia apresentaram menor taxa de complicações(p=0,022), menor tempo de internamento(p<0,001),sem compromisso da qualidade das margens(p=0,951) ou da linfadenectomia(p=0,711).
Discussão Discussão:
A abordagem laparoscópica acarreta vantagens em termos de complicações e tempo de internamento, sem compromisso da qualidade da resseção oncológica.
#16169757920Submetido em: 2021-03-29
Titulo Quando realizar cirurgia em doentes com diagnóstico prévio de SARS-CoV-2 Autores Irene Santos em representação de CovidSurg-GlobalSurg Collaborative e PT Surg (Grupo Português de Investigação Colaborativa)
ID: 16169757920 2021-03-29
Quando realizar cirurgia em doentes com diagnóstico prévio de SARS-CoV-2
Objectivo/Introdução A infeção pré-operatória por SARS-CoV-2 aumenta o risco de mortalidade pós-operatória. O objetivo deste estudo foi determinar o melhor timing para realizar cirurgia em doentes previamente infetados.
Material e Métodos Estudo coorte prospetivo internacional, de doentes submetidos a cirurgia programada ou urgente (outubro 2020). Outcome primário: mortalidade pós-operatória aos 30 dias, comparada em doentes com e sem infeção prévia por SARS-CoV-2. Foi calculada a mortalidade ajustada (regressão logística), em função do tempo desde a infeção até à cirurgia.
Resultados Entre 140231 doentes de 116 países (2722 portugueses), 3127 doentes (2,2%) tinham infeção prévia por SARS-CoV-2. A mortalidade em doentes sem infeção por SARS-CoV-2 foi 1,5% (IC95% 1,4-1,5%), estando aumentada em doentes com infeção prévia. A mortalidade em doentes operados 0-2, 3-4 e 5-6 semanas após infeção foi 4,1% [3,3-4,8], 3,9% [2,6-5,1] e 3,6% [2,0-5,2], respetivamente. Cirurgias realizadas ? 7 semanas após o diagnóstico estavam associadas a mortalidade semelhante à dos doentes sem infeção (1,5% [0,9-2,1%]).
Para doentes ainda sintomáticos às 7 semanas, a mortalidade foi mais elevada que em doentes com resolução sintomática ou infeção assintomática (6,0% [1,4-3,4] vs 2,4% [ 3,2-8,7] vs 1,3% [ 0,6-2,0], respetivamente).
Discussão Cirurgias realizadas até às 6 semanas após infeção (sintomática ou assintomática) por SARS-CoV-2 estão associadas a taxa de mortalidade mais elevada. O risco retorna ao basal após 7 semanas.
#16169757921Submetido em: 2021-03-29
Titulo Benefício da vacinação SARS-CoV-2 pré-operatória de doentes cirúrgicos Autores Joana Simoes , em representação de GlobalSurg-CovidSurg Collaborative e PT Surg (Grupo português de investigação colaborativa)
ID: 16169757921 2021-03-29
Benefício da vacinação SARS-CoV-2 pré-operatória de doentes cirúrgicos
Objectivo/Introdução A vacinação pré-operatória pode permitir realização de cirurgia mais segura. Dado que o número de vacinas é limitado, este estudo modelou o benefício da sua utilização em doentes cirúrgicos.
Material e Métodos O outcome primário foi o número necessário a vacinar (NNV) para prevenir uma morte relacionada com COVID-19 em um ano. O NNV baseou-se: na taxa de SARS-CoV-2 e mortalidade pós-operatórios de um estudo coorte prospetivo internacional (doentes cirúrgicos) e na incidência comunitária de SARS e taxa de mortalidade global (população em geral). Foram calculados NNV para escalões etários (18?49, 50?69, >70 anos) e tipo de cirurgia. Melhor e pior cenários descrevem limites para as estimativas.
Resultados O NNV foi mais favorável em doentes cirúrgicos que na população em geral. O NNV mais favorável foi em doentes >70 anos submetidos a cirurgia oncológica (351; melhor cenário 196, pior cenário 816) ou cirurgia não oncológica surgery (733; melhor cenário 407, pior cenário 1664). Ambos foram melhores que o NNV na população em geral (1840; melhor cenário 1196, pior cenário 3066). À escala global, dar prioridade à vacinação pré-operatória de doentes eletivos em relação à população em geral pode prevenir 58 687 (melhor cenário 115 007, pior cenário 20 177) mortes relacionadas com COVID-19 em um ano.
Discussão No atual programa de vacinação contra SARS-CoV-2, os doentes propostos para cirurgia eletiva devem ser um grupo prioritário, em relação à população em geral.
#16169757922Submetido em: 2021-03-29
Titulo Dor crónica após reparação de hernia inguinal em Portugal Autores PT Surg (Grupo português de investigação colaborativa)
ID: 16169757922 2021-03-29
Dor crónica após reparação de hernia inguinal em Portugal
Objectivo/Introdução O objetivo deste estudo foi determinar a incidência de dor crónica após reparação de hérnia inguinal em Portugal e identificar preditores.
Material e Métodos Estudo prospetivo multicêntrico, com doentes consecutivos submetidos a reparação eletiva de hérnia inguinal (Out-Dez 2019). Outcome primário: dor crónica 3 meses após cirurgia, definida como score >/= 3/10 em repouso, atividade ou na última semana. Foi explorada a relação de fatores pré, intra e pós-operatórios com dor crónica.
Resultados Foram incluídos 948 doentes de 33 hospitais portugueses. A incidência de dor crónica foi de 16.2% (130/804, missing para 144). Os doentes com dor crónica eram mais jovens (60.0% [78/130] tinham <60 anos, versus 44.8% no grupo sem dor [302/672] p=0.006) e apresentavam maior incidência de dor pré-operatória (86.9% [113/130] vs 65% [438/674], p<0.001). A secção intra-operatória de nervo relacionou-se com dor crónica (21.1% [27/128] vs 12.8% [85/666] p=0.01), assim como a dor severa no pós-operatório imediato (39.4% [41/104] vs 10.9% [53/485] p<0.001). Após ajustamento, a dor pré-operatória, secção de nervo e dor pós-operatória mantiveram-se preditores de dor crónica (OR 4.49 (IC 95% 2.21-10.19, p<0.001), 2.10 (1.11-3.90, p=0.021) e 6.59 (3.56-12.40, p<0.001) respetivamente).
Discussão Doentes com dor elevada no pré e pós operatório podem ter mais risco de dor crónica, o que deve ser incluído no consentimento informado e no gestão peri-operatória. Evitar secção de nervo poderá ter benefício na incidência de dor crónica.
#16169764980Submetido em: 2021-03-29
Titulo Impacto da Pandemia COVID-19 nos doentes cirúrgicos urgentes Autores André dos Santos Valente, Interno de Formação Específica Cirurgia Geral, Centro Hospitalar de Setúbal
Aurora Gato Pinto, Assistente Hospitalar Graduada, Centro Hospitalar de Setúbal
Carlos Monteiro Valente, Engenheiro eletrotécnico
ID: 16169764980 2021-03-29
Impacto da Pandemia COVID-19 nos doentes cirúrgicos urgentes
Objectivo/Introdução A pandemia provocada pelo SARS-CoV 2 trouxe alterações significativas na dinâmica e organização hospitalar. A sociedade alterou o seu comportamento, face às medidas políticas implementadas e ao medo associado ao desconhecido da doença. Qual o impacto destas mudanças sobre os doentes cirúrgicos urgentes?
Material e Métodos A partir dos dados anonimizados dos doentes internados através do Serviço de Urgência desde janeiro de 2017 até ao final de 2020 num serviço de Cirurgia Geral, compararam-se os valores mensais de diagnósticos, exames complementares de diagnóstico, intervenções cirúrgicas e mortalidade entre o grupo de doentes admitidos a partir do início de março de 2020 (?período COVID?), com os admitidos nos meses e anos anteriores (?não-COVID?).
Resultados O número médio mensal de episódios de urgência cirúrgica com internamento no ?período COVID? diminuiu face ao período ?não-COVID? (53.70 vs 79.05, P= 0.000), destacando-se os meses de março-maio e outubro-dezembro, onde a diminuição foi de 42%. O número de cirurgias urgentes no ?período COVID? teve uma redução de 35% em comparação ao período ?não-COVID?, com o número de laparoscopias realizadas entre março e maio a ter uma quebra de 77%. Em relação a patologias específicas, o número de doentes com hérnias da parede abdominal diminuiu 64% (P=0.000), enquanto o número de admissões por pancreatite aguda aumentou 11,5%. O tempo médio de internamento aumentou, de 10.58 para 11.39 dias, tal como a mortalidade (6.15% vs 5.36%).
Discussão A pandemia COVID resultou numa diminuição acentuada da atividade cirúrgica urgente.
#16169787184Submetido em: 2021-03-29
Titulo Preservação de paratiroideias em cirurgia Tiroideia. O nível seguinte? Autores Miguel Allen(1,2), Miguel Vilares(1), Cesar Resende(1), Natacha Vieira(1), Francisco Rosário (3)
ID: 16169787184 2021-03-29
Preservação de paratiroideias em cirurgia Tiroideia. O nível seguinte?
Objectivo/Introdução O Hipoparatiroidismo definitivo é uma das principais complicações pós operatórias da Tiroidectomia. Apesar de pouco frequente, está associado a paratiroidectomias incidentais e desvascularização glandular não reconhecida no intra-operatório. A possibilidade da demonstração da viabilidade pós dissecção poderá ser uma mais valia na redução da sua incidência.
Material e Métodos Descrição dos três primeiros doentes operados em Portugal, dia 23 Março 2021, submetidos a cirurgia tiroideia com utilização da tecnologia EleVisionâ¢Medtronic de fusão de imagem de autofluorescência por Infra-vermelhos (IV) e Imagem real, com demonstração da vascularização paratiroideia, com consentimento informado e gravação de imagem.
Resultados Foram operados três doentes do sexo feminino, com 60, 36 e 40 anos, por Bócio multinodular bilateral recidivado (Tiroidectomia total), Carcinoma papilar em nódulo íºnico de 12mm (Hemitiroidectomia) e Bócio multinodular Bilateral encarcerando a traqueia (Tiroidectomia total), respectivamente.
As cirurgias foram realizadas por Equipa de Cirurgia Endócrina, tendo em todos os casos sido possível identificar a autofluorescência paratiroideia por IV durante a dissecção tiroideia em 3 (apenas uma paratiroideia do lado previamente operado), 2 e 4 paratiroideias, respectivamente. Este novo sistema de fusão de imagem IV (preto e branco) com imagem real, demonstrou-se muito íºtil na identificação das estruturas no campo operatório, facilitando a dissecção.
No final de cada intervenção, em média 45segundos após perfusão de verde de Indocianina, foi possível demonstrar a vascularização e perfusão de todas as paratiroideias identificadas e preservadas no leito ciríºrgico. (imagens vídeo Intra-operatórias)
Apenas numa das 9 glí¢ndulas (inferior direita do 3º caso, visualmente normal), a perfusão demorou mais tempo que nas restantes (por possível isquémia transitória/ hematoma subcapsular), chegando a colocar a possibilidade de autotransplante para sua preservação.
Todas as doentes tiveram alta no dia seguinte, sem complicações, com calcémia normal.
Discussão Em cirurgia tiroideia todas as glí¢ndulas paratiroideias devem ser identificadas e preservadas com vascularização viável.
Nos 3 doentes em que tivemos oportunidade de testar esta nova tecnologia pela primeira vez em Portugal, o novo sistema EleVisionâ¢Medtronic facilitou a identificação das glí¢ndulas durante a dissecção da tiroide por visualização em alta definição, com sobreposição da imagiologia IV da autofluorescência í imagem real do campo operatório. Permitiu ainda e principalmente, no final das cirurgias, comprovar a vascularização das paratiroideias preservadas, podendo levar a possíveis autotransplantes de eventuais paratiroideias desvascularizadas.
Esta nova tecnologia, aliada í neuromonitorização intraoperatória do nervo laríngeo recorrente, poderá vir a fornece informações clínicas adicionais inéditas, que podem melhorar as decisões ciríºrgicas intra-operatórias em cirurgia da tiroide.
São necessários estudos prospectivos que demonstrem a eficácia desta nova tecnologia na preservação paratiroideia e na redução do hipoparatiroidismo e de perda de qualidade de vida.
#16169813380Submetido em: 2021-03-29
Titulo Estado Nutricional e Incidência de Complicações no Doente Oncológico Hepatobiliopancreático Autores Beatriz Chumbinho, Inês Barros, Emanuel Vigia, Luís Bicho, Edite Filipe, João Santos Coelho, Hugo Pinto Marques
ID: 16169813380 2021-03-29
Estado Nutricional e Incidência de Complicações no Doente Oncológico Hepatobiliopancreático
Objectivo/Introdução A desnutrição é um problema comum em doentes submetidos a cirurgia gastro-intestinal, atrasando o regresso à vida normal e aumentando o risco de complicações. O risco metabólico associado à desnutrição pode ser avaliado utilizando o Nutritional Risk Score (NRS 2002).
Material e Métodos Foram analisados os doentes submetidos a cirurgia por patologia oncológica hepatobiliopancreática entre Junho e Dezembro/2019, tendo sido incluídos 98 doentes.
Resultados As complicações pós-cirúrgicas foram agrupadas de acordo com a classificação de Clavien-Dindo (CD) e os doentes foram subdivididos em três grupos: sem complicações ? 58 doentes; com complicações ligeiras (CD 1-2) - 26; com complicações graves (CD 3-5) - 14.
Foram ainda categorizados em doentes de baixo risco (score 1-3), risco médio (4) e alto risco nutricional (5-6). A maioria dos doentes (60) apresentava baixo risco nutricional, 16 risco médio e 22 alto risco.
78.9% dos doentes que apresentavam um risco nutricional alto tinham 65 ou mais anos, o que representou uma associação significativa (p=0.017). Numa análise multivariável encontrámos ainda uma relação entre alto risco nutricional e a incidência de complicações graves (p=0.042) e de morte isoladamente (p=0.020).
Discussão A associação entre alto risco nutricional e complicações graves reforça a importância da optimização nutricional pré-operatória na melhoria de outcomes em doentes cirúrgicos, em especial nesta população.
#16169821322Submetido em: 2021-03-29
Titulo Predicao de complicacoes apos cirurgia do colon: o valor da PCR Autores Oriana Nogueira, Catarina Lopes, Mariana Lemos, Mariana Duque, Marta Silva, Manuel Rosete, Ana Oliveira, Miguel Fernandes, Antonio Ribeiro, Jose Guilherme Tralhao
ID: 16169821322 2021-03-29
Predicao de complicacoes apos cirurgia do colon: o valor da PCR
Objectivo/Introdução O programa ?Enhanced Recovery After Surgery? (ERAS) visa otimizar o doente, acelerando a recuperação e promovendo alta precoce. O reconhecimento tardio de complicacoes compromete o prognostico. O valor da Proteína C Reativa (PCR) foi indicado em diversos estudos como preditor de complicacoes pos-operatorias (PO). Este estudo pretende identificar o cut-off da PCR para predicao de complicacoes PO em doentes submetidos a cirurgia do colon no nosso Centro.
Material e Métodos Estudo retrospetivo de doentes submetidos a cirurgia eletiva do colon em 2020, integrados no ERAS. Registadas as complicacoes até ao 30º dia e os valores de PCR do 2º ao 4º dias de PO (PO2, PO3 e PO4). Utilizados teste de Mann-Whitney para encontrar diferencas de valor de PCR entre os que complicaram e os que nao complicaram e Curva ROC para determinacao do poder discriminatório da PCR na detecao de complicacoes.
Resultados Incluidos 101 doentes. Cirurgia laparoscopica apresenta valores menores de PCR em PO3 (p=0,008), comparada com cirurgia aberta. Doentes com complicacoes PO (27,7%) apresentaram valores superiores de PCR em PO2 e PO3 (p= 0,007 e p=0,001), comparativamente aos que nao complicaram. A PCR em PO3 foi a que mostrou maior correlacao com as complicacoes PO. Cut-off em PO3: PCR 6,4mg/dL, sensibilidade 80%, especificidade 70%, valor preditivo negativo 90% (p=0,001).
Discussão O valor de PCR em PO3 mostrou-se preditor do risco de complicacoes apos cirurgia eletiva do colon. Doentes com PCR <6,4mg/dL em PO3 terao menor risco de desenvolver complicacoes PO.
#16169885341Submetido em: 2021-03-29
Titulo Bypass gástrico de anastomose única/minibypass gástrico roboticamente assistido - a experiência de um centro Autores Inês Barros, António Albuquerque, Nuno Borges, Celso Nabais, Anabela Guerra, Leonor Manaças, João Pereira
ID: 16169885341 2021-03-29
Bypass gástrico de anastomose única/minibypass gástrico roboticamente assistido - a experiência de um centro
Objectivo/Introdução A cirurgia bariátrica é a modalidade terapêutica mais eficaz para a obesidade grave.A cirurgia robótica surge como uma alternativa promissora à abordagem laparoscópica convencional com resultados comparáveis e potenciais vantagens no intra e pós operatório.Apresentamos neste estudo a primeira série de cirurgia bariátrica robótica, no SNS, em Portugal
Material e Métodos Avaliados os doentes submetidos a bypass gástrico de anastomose única/minibypass gástrico (BGAU/MBG) num período de 12M e comparados resultados entre cirurgia laparoscópica convencional e roboticamente assistida.Análise estatística efetuada com SPSS
Resultados Durante o período de 12M,foram submetidos a BGAU/MBG 123 doentes.100(81.3%) do sexo feminino com idade mediana de 46A(22-67A).O peso inicial médio era 117.3±20.5Kg e o IMC médio de 43.8±5.9Kg/m2.As comorbilidades pré-existentes mais frequentes foram avaliadas.32 doentes(26%) foram submetidos a BGAU/MBG roboticamente assistido (RA) e 91(74%) a BGAU/MBG laparoscópico (L).O tempo cirúrgico foi significativamente maior no BGAU/MBG RA: 135,5±35,8minvs94,4±26,6min (p<0.01).Não houve necessidade de conversão ou intercorrências intraoperatórias.As complicações pós-operatórias foram semelhantes entre os dois grupos 3,3%BGAU/MBG L vs 3.1%BGAU/MGB RA.A perda de peso aos 3M,6M,9M e 1A pós-operatório foi semelhante entre os dois grupos(p>0.05)
Discussão O BGAU/MBG RA parece ser um procedimento seguro e eficaz oferecendo as vantagens da cirurgia robótica com resultados comparáveis aos da cirurgia laparoscópica
#16169889911Submetido em: 2021-03-29
Titulo Histopatologia da peça de gastrectomia vertical por obesidade mórbida: estudo retrospectivo Autores João Simões, Samuel Barros Silva, André Lázaro, José Carlos Campos, José Guilherme Tralhão
ID: 16169889911 2021-03-29
Histopatologia da peça de gastrectomia vertical por obesidade mórbida: estudo retrospectivo
Objectivo/Introdução O tratamento cirúrgico da obesidade é considerado o mais eficaz, sendo o sleeve gástrico (SG) o procedimento mais realizado. A peça operatória ao ser analisada histologicamente pode revelar diversos achados. Está em debate a necessidade de proceder à análise histopatológica destas peças por rotina. Descrição dos achados histopatológicos encontrados nas peças de SG e comparação da idade dos doentes com e sem achados clinicamente relevantes
Material e Métodos Estudo retrospetivo com análise do resultado histopatológico da peça operatória e idade dos doentes submetidos a SG entre janeiro 2010 e dezembro 2020
Resultados Total de 599 casos: 574 (95,8%) peças operatórias com achados não relevantes e 25 (4,2%) com resultados relevantes. O achado não relevante mais frequente foi lipomatose submucosa. O achado relevante mais frequente foi gastrite crónica atrófica. Outros achados relevantes: 6 peças com metaplasia intestinal, 4 com infeção por H. pylori e 1 com tumor do estroma gastrointestinal. Entre os grupos (relevantes VS não relevantes) observou-se uma diferença significativa na idade dos doentes (p<0,05), com idade superior relacionada com os achados relevantes
Discussão A maioria dos achados foram clinicamente irrelevantes, tendo os relevantes relação estatisticamente significativa com idade superior dos doentes. Esta diferença poderá justificar a avaliação rotineira da peça operatória em doentes de idade mais avançada
#16169927682Submetido em: 2021-03-29
Titulo Ambulatorização da Cirurgia do Cancro de Mama - a nova norma? - experiência de um Centro durante a Pandemia de COVID-19 Autores Fábio Gomes, Diana Gonçalves, Henrique Mora, André Magalhães, Susy Costa, Fernando Osório, José Luis Fougo, Elisabete Barbosa
Centro de Mama, Centro Hospitalar e Universitário de São João
ID: 16169927682 2021-03-29
Ambulatorização da Cirurgia do Cancro de Mama - a nova norma? - experiência de um Centro durante a Pandemia de COVID-19
Objectivo/Introdução A cirurgia de ambulatório é uma alternativa cada vez mais aceite no tratamento do cancro de mama, sendo atribuída à alta precoce benefícios sociopsicológicos e financeiros, sem afetar adversamente as complicações ou resultados cirúrgicos e oncológicos.
Assim, torna-se necessário avaliar a viabilidade e eficácia da cirurgia de ambulatório neste contexto.
Material e Métodos Foi realizada uma revisão de 82 mulheres submetidas a cirurgia eletiva a cancro de mama, entre Abril e Outubro de 2020, em conjuntura pandémica de COVID-19. Estas foram selecionadas para cirurgia de ambulatório de acordo com critérios específicos.
Resultados Das 82 mulheres operadas, 72 (87,8%) foram submetidas a cirurgia de tumor primário, 4 (4,9%) a cirurgia de recidiva e 5 (6,1%) a cirurgia de alargamento de margens. A maioria (73,2%) foi submetida a cirurgia conservadora. Não foram descritas complicações intra-operatórias. No pós-operatório, foram observadas 40 complicações, mas apenas 3 com necessidade de recorrer ao serviço de urgência e apenas 2 com necessidade de tratamento cirúrgico (2,4%). Pernoita foi necessária em 24,4% dos casos.
Discussão A cirurgia de ambulatório perfila-se assim como um caminho viável, eficaz e seguro em procedimentos de menor risco, em doentes sem comorbilidades graves, nos quais a probabilidade de eventos perioperatórios graves é mais baixa.
#16169951530Submetido em: 2021-03-29
Titulo CIRURGIA DA TIRÓIDE DURANTE O INTERNATO - COMO GARANTIR A FORMAÇíO SEM COMPROMETER A SEGURANÇA? Autores Joana Seabra, Henrique Candeias, Artur Rocha, Sofia Guerreiro, Vítor Rocha, Rosário Eusébio, Luís Cortez
ID: 16169951530 2021-03-29
CIRURGIA DA TIRÓIDE DURANTE O INTERNATO - COMO GARANTIR A FORMAÇíO SEM COMPROMETER A SEGURANÇA?
Objectivo/Introdução A realização de um número crescente de cirurgias da tiróide tem sido acompanhada pela necessidade em garantir a formação de Internos nesta área.
Neste estudo foi efetuada uma análise comparativa das taxas de complicações resultantes de cirurgias realizadas por Internos e Assistentes Hospitalares.
Material e Métodos Foi realizado um estudo retrospetivo, sendo incluídos os doentes submetidos a lobectomia e istmectomia ou tiroidectomia total entre 1.01.2017 e 31.12.2019.
Excluíram-se os doentes que realizaram concomitantemente paratiroidectomia.
Para a análise estatística foi utilizado SPSS Statistics.
Resultados Foram incluídos no estudo 339 doentes, 70 submetidos a lobectomia e istmectomia e 269 a tiroidectomia total. A alteração pós-operatória mais frequente foi a hipocalcémia transitória (16% dos doentes), seguida pela disfonia (4%).
Comparámos também, quanto ao desenvolvimento de complicações, duas amostras com características semelhantes, constituídas por 43 doentes operados por Internos e 43 doentes operados por Assistentes.
Discussão Não se verificou uma diferença estatisticamente significativa entre a percentagem de complicações após cirurgia da tiróide realizada por Internos ou Assistentes Hospitalares (com valores sobreponíveis aos descritos na literatura para ambos os grupos).
Estes resultados apoiam a hipótese de que a formação de Internos no âmbito da cirurgia da tiróide pode ser realizada de uma forma segura, quando supervisionada por cirurgiões experientes, integrados numa Unidade de Cirurgia Endócrina.
#16170484022Submetido em: 2021-03-29
Titulo Primary vs. Revisional Bariatric Procedures regarding surgical complications, weight loss outcomes and resolution of comorbidities Autores André Pereira1,2, Luís Lindeza2, Maria Carmona2, Jorge Nogueiro1,2, Raquel Bouça-Machado3,4, Silvestre Carneiro1,2, André Costa Pinho2,5, Eduardo Lima da Costa5, Hugo Santos Sousa2,5, John Preto5, CRI-O Group
1 General Surgery Department, São João University Medical Center
2 Faculty of Medicine, University of Porto
3 Instituto de Medicina Molecular João Lobo Antunes
4 CNS ? Campus Neurológico, Torres Vedras
5 Obesity Integrated Responsibility Unit (CRI-O), São João University Medical Center
ID: 16170484022 2021-03-29
Primary vs. Revisional Bariatric Procedures regarding surgical complications, weight loss outcomes and resolution of comorbidities
Objectivo/Introdução Obesity is a worldwide pandemic and a well-known risk factor for diabetes and cardiovascular diseases. The laparoscopic Adjustable Gastric Band (AGB) was a very popular bariatric procedure, but its use has declined in recent years. Nowadays, the most frequent bariatric surgeries are Roux-en-Y Gastric Bypass (RYGB) and Sleeve Gastrectomy (SG). The frequency of revisional bariatric surgery is increasing worldwide, even though results concerning their outcomes and safety are not yet very consensual. The aim of our study was to compare short-term outcomes of primary (pRYGB and pSG) vs. revisional bariatric surgeries (rRYGB and rSG), and between revisional interventions themselves on weight loss outcomes, surgical complications, and resolution of comorbidities.
Material e Métodos This is a retrospective cohort study with 494 patients with obesity submitted to bariatric surgery in 2019 in a single tertiary hospital, 93(18.8%) of whom submitted to a revisional bariatric surgery after a failed AGB.
Resultados Patients submitted to pRYGB lost more weight than those who underwent rRYGB. (%EWL at 12-months 87.5[IQR78.08?101.06] vs. 82.64[IQR68.01?93.62];p=0,004). Comparing both revisional procedures, the patients who undertook rRYGB lost more weight than those with rSG (%EWL at 12-months 82.64 [IQR 68.01?93.62] vs 69.01 [IQR 51.20?74.82], p<0,001). There were no differences in morbidity and mortality between the groups. Regarding the resolution of obesity-related comorbidities, 32 patients (54.2%) in the pRYGB group vs. 4 (25.0%) in the rRYGB group had a resolution of diabetes (p=0.038). Also, 10 patients (41.7%) who underwent a rRYGB in comparison with 0 patients (0.0%) from the rSG group had a resolution of dyslipidaemia (p=0.035). Patients submitted to pSG had a significant resolution of dyslipidaemia when compared with patients submitted to rSG (n=24, 68.6% vs n=0, 0.0%; p=0.001).
Discussão Revisional bariatric surgery was not associated with higher mortality or a higher risk of complications. RYGB and SG had better weight loss outcomes when performed as a primary bariatric procedure. As a revisional bariatric surgery, RYGB had better weight loss outcomes than SG. pRYGB had better outcomes than rRYGB regarding postoperative diabetes resolution. rRYGB and pSG were also a better option than rSG regarding the resolution of obesity-related dyslipidaemia.
#16170484023Submetido em: 2021-03-29
Titulo Nutritional deficiencies in bariatric surgery patients: a comparison between Roux-en-Y Gastric Bypass and Sleeve Gastrectomy Autores André Pereira1,2, Sofia Vieira2, Rita Nunes2, Jorge Nogueiro1,2, Raquel Bouça-Machado3,4, Silvestre Carneiro1,2, André Costa Pinho2,5, Eduardo Lima da Costa5, Hugo Santos Sousa2,5, John Preto5, CRI-O Group
1 General Surgery Department, São João University Medical Center
2 Faculty of Medicine, University of Porto
3 Instituto de Medicina Molecular João Lobo Antunes
4 CNS ? Campus Neurológico, Torres Vedras
5 Obesity Integrated Responsibility Unit (CRI-O), São João University Medical Center
ID: 16170484023 2021-03-29
Nutritional deficiencies in bariatric surgery patients: a comparison between Roux-en-Y Gastric Bypass and Sleeve Gastrectomy
Objectivo/Introdução Obesity is a worldwide epidemic of this century and bariatric surgery is the recognized best treatment option for sustained weight reduction and for obesity-related comorbidities. The most used surgical procedures are sleeve gastrectomy (SG) and Roux-en-Y gastric bypass (RYGB). Nutritional deficiencies can have severe consequences and, although infrequent, remain one of the most significant side effects after bariatric surgery. The aim of our study was to determine the incidence of nutritional deficiencies in patients submitted to RYGB and SG.
Material e Métodos A retrospective analysis of 505 consecutive patients submitted to either RYGB or SG, between January and December 2019. Data was collected regarding preoperative and 12-month follow-up levels of vitamin B12, folic acid, vitamin D, calcium, PTH, magnesium, hemoglobin, iron, ferritin and transferrin.
Resultados The RYGB group presented significantly higher excess weight loss. Regarding the median values of the nutrients, there were multiple significant differences between the two surgical techniques, such as for vitamin B12, hemoglobin and ferritin, all superior in the SG group throughout the study period. The most marked deficiency was for vitamin D, although with no significant difference between RYGB and SG (62.05% vs 74.24% preoperatively; 29.46% vs 24.03% at 6 months; 22.41% vs 31.48% at 12 months). Vitamin B12 deficiency was significantly higher in the RYGB group (17.46% vs 4.69%, p<0.001 at 6 months and 16.74% vs 0.93%, p<0.001 at 12 months).
Discussão Both RYGB and SG were associated with several nutritional deficiencies, despite differing in the causing mechanisms. It is crucial to efficiently assess, prevent and manage these deficiencies, according to the surgical procedure.
#16170484024Submetido em: 2021-03-29
Titulo IIncidence of symptomatic gallstones after bariatric surgery Autores André Pereira1,2, Miguel Ribeiro2, Filipe Cruz2, Jorge Nogueiro1,2, Raquel Bouça-Machado3,4, Silvestre Carneiro1,2, André Costa Pinho2,5, Eduardo Lima da Costa5, Hugo Santos Sousa2,5, John Preto5, CRI-O Group
1 General Surgery Department, São João University Medical Center
2 Faculty of Medicine, University of Porto
3 Instituto de Medicina Molecular João Lobo Antunes
4 CNS ? Campus Neurológico, Torres Vedras
5 Obesity Integrated Responsibility Unit (CRI-O), São João University Medical Center
ID: 16170484024 2021-03-29
IIncidence of symptomatic gallstones after bariatric surgery
Objectivo/Introdução Bariatric surgery is the most effective treatment for sustained weight reduction and for obesity-related comorbidities. The increased predisposition to development of gallstones as a result of rapid weight loss is a well-known consequence of bariatric procedures. It remains unclear if there is an increased risk of these gallstones becoming symptomatic. The aim of our study was to determine the incidence of symptomatic cholelithiasis after bariatric surgery and to identify potential risk factors for its development.
Material e Métodos A retrospective analysis of 505 consecutive patients submitted to either Roux-en-Y Gastric Bypass or Sleeve Gastrectomy, between January and December 2019.
Resultados From the study population, 79 (15.6%) underwent either previous cholecystectomy (n = 67, 84.8%) or concomitant cholecystectomy during bariatric surgery (n = 12, 15.2%). Among the remaining 426 (84.4%) patients, only 8 (1.9%) became symptomatic during the 12-month follow-up. When compared with patients who remained asymptomatic, they had a higher median preoperative BMI (47.0 vs. 42.8, p = 0.046) and prevalence of cholelithiasis on preoperative ultrasound (62.5% vs. 10.7%, p = 0.001). Other factors such as age, gender, type of surgery, % excess weight loss at 6 and 12 months and pre-operative comorbidities, weren?t significantly associated to symptomatic gallstones. In multivariate analysis, both preoperative BMI and cholelithiasis on preoperative ultrasound, were independent risk factors for symptomatic cholelithiasis (OR 1.187, 95%CI 1.025-1.376, p=0.022 and OR 10.720, 95%CI 1.613 ? 71.246, p= 0.014, respectively).
Discussão Considering a low incidence of symptomatic gallstones after bariatric surgery, concomitant cholecystectomy should only be performed in symptomatic patients undergoing bariatric surgery. Preoperative factors, such as high BMI and positive ultrasound for cholelithiasis may be related to the development of symptomatic gallstones after bariatric surgery, but further studies are needed for better risk stratification.
#16171353071Submetido em: 2021-03-30
Titulo A SEPS ultrapassa o ecodoppler na identificacao de veias perfurantes Autores Teresa Vieira Caroco, Carlos E. Costa Almeida
ID: 16171353071 2021-03-30
A SEPS ultrapassa o ecodoppler na identificacao de veias perfurantes
Objectivo/Introdução As veias perfurantes incompetentes estão implicadas na génese de íºlceras varicosas e na recidiva de varizes, e a laqueação de todas as perfurantes é o íºnico fator preditor de cicatrização da íºlcera. O objetivo é avaliar se existe diferença entre o níºmero de perfurantes identificadas com ecodoppler e durante a laqueação subfascial endoscópica de perfurantes (SEPS).
Material e Métodos Análise retrospetiva dos doentes submetidos a SEPS pela mesma equipa entre janeiro 2006 e dezembro 2019 no Serviço de Cirurgia C do CHUC Hospital Geral â Covões. 102 doentes identificados, dos quais 52 apresentavam registo do níºmero de perfurantes identificadas no ecodoppler e intraoperatoriamente.
Resultados Foram incluídos doentes de C1 a C6, com idade média de 55,79 anos, 31% (n=32) eram homens e 69% (n=70) mulheres. Houve apenas 5,9% de complicações. Cicatrização da íºlcera venosa em 94% dos casos e recidiva em 12,5%. A media de perfurantes identificadas no ecodoppler foi 2,23 e a media de perfurantes intraoperatórias foi 3,94. A diferença é estatisticamente significativa (p<0,0001).
Discussão A SEPS permite identificar mais perfurantes que o ecodoppler conseguindo tratar todas as perfurantes incompetentes, ultrapassando assim a desvantagem da ablação percutí¢nea (não identificação de perfurantes). Isto permitirá melhorar a cicatrização de íºlceras e evitar recidivas. A SEPS continua a ser o gold standard para o tratamento de veias perfurantes incompetentes.
ALPPS no Tratamento de metástases hepáticas. Avaliação de outcomes e identificação de fatores de risco de morbimortalidade e de sobrevida.
Objectivo/Introdução Associating Liver Partition and Portal vein Ligation for Staged hepatectomy
(ALPPS) é uma estratégia terapêutica que permitiu expandir os limites da ressecabilidade oncológica de doentes com metástases hepáticas de cancro coloretal (MHCCR)Estudo dos resultados dos resultados do ALPPS no tratamento de MHCCR no nosso serviço identificado factores de prognóstico de morbimortalidade e de sobrevida.
Material e Métodos 676 dentes submetidos a tratamento ciríºrgico de MHCCR. Destes 21 doentes com 61,8±10,8 (37-78) anos, 76,2 % género masculino, com 12,05±6,34 (5-30) nódulos hepáticos, cujo maior media 42,3±17,5(18-75) mm. 71,4% dos doentes foram submetidos a QT de indução com FOLFIRI e 61,9% com Cetuximab associado, média de 10,9 ± 5,6 (4-24) ciclos. Em termos de rácio de crescimento cinético, 3,7% ± 3,3 /dia (0,1-10) em média. No primeiro tempo da intervenção ciríºrgica(T1), 7 (6-8,5) semanas após termino de QT, foram ressecados 6±4 (1-18) nódulos, com laqueação da artéria esplénica em 19% dos casos e manobra de Pringle num total de 33 ± 26 (0-94) minutos. O segundo tempo da intervenção(T2) decorreu 14 (7,5-21) dias depois.
Resultados Mortalidade de 9,6% (Mortalidade em T1 de 4,8% e T2 de 4,8%). Morbilidade global de 47,6% (em T1 de 4,8% e em T2 de 42,9%) sendo que 28,6% se traduziu em morbilidade major (MbM). A analises multivariada revelou risco acrescido de MbM com significí¢ncia estatística para doentes com mais de 10 lesões, tamanho do maior nódulo>38mm, intervalo entre T1-T2> 14 dias e resseção de mais de 4 lesões em T1.
A sobrevida global(OS) e sobrevida livre de doença(SLD) média foi de 25,9± 4,2 (17,6- 34,1), 17,64 ±3,95 (9,9-25,4) meses, respetivamente. A idade >56 anos e nódulo >38mm foram identificados como fatores de mau prognóstico para a OS ao primeiro e segundo ano. Mais de 10 ciclos de QT pre-operatoria foi igualmente apontada como fator de mau prognostico para a OS aos 2 A. Com exceção da idade aquando da cirurgia, não se identificaram fatores preditores da SLD.
Discussão Os nossos resultados são semelhantes aos valores de referência recentemente estabelecidos será, contudo importante, continuar a consolidar a experiencia obtida, adequando os parí¢metros de seleção dos doentes que mais beneficiarão deste procedimento.
Efeito da embolização da veia Porta prévia a hepatectomia direita em doentes com neoplasia primária do fígado com e sem cirrose
Objectivo/Introdução A resseção hepática evoluiu para um tratamento oncológico eficaz nas neoplasia primárias do fígado. Contudo, os limites da resseção hepática são determinados pela probabilidade de manter um volume adequado de fígado funcional. Se o fígado remanescente for considerado insuficiente, uma das técnicas adjuvantes para garantir um volume hepático remanescente (FLR) adequado é a embolização pré- operatória da veia Porta (PVE). No entanto, não é claro se o seu efeito é semelhante nos doentes cirróticos.Avaliar os resultados dos doentes submetidos a PVE prévia a hepatectomia direita por neoplasia primária do fígado, de acordo com a presença ou ausência de cirrose hepática.
Material e Métodos Estudo retrospetivo de 13 doentes submetidos a PVE prévia a hepatectomia direita por neoplasia primária do fígado, entre Janeiro de 2019 e Dezembro de 2020. Um total de 13 doentes, com uma idade média de 69,31±5,618 (61-78) anos, 69% género masculino, 53,8% com cirrose hepática com um MELD de 10,57±3,69 (8-18) e 84,6% com diagnóstico de colangiocarcinoma cuja mediana da lesão foi de 23mm (18,5-78).
Resultados O procedimento resultou em complicações major em 3 doentes. O tempo médio
decorrido desde a PVE e a intervenção ciríºrgica foi de 59 ± 31,23 dias (21-118). A média
de FLR pré-PVE e pós-PVE foi de 427,33 ±138,98 (247-600) cm3 e 604,75 ±161,42 (285- 3
856) cm , respetivamente. Com uma razão média FLR pós-PVE/Volume hepático Total de 42,83±15,49% (18,1-79,2). Não se identificou diferença estatisticamente significativa entre os dois grupos.
Discussão A resseção hepática está frequentemente contra-indicada em doentes com neoplasia hepática devido ao risco acrescido de falência hepática. A PVE pode ser realizada com segurança condicionando uma hipertrofia compensatória do FLR e aumentando a probabilidade de resseção hepática em doentes oncológicos com e sem cirrose hepática.
#16172345033Submetido em: 2021-04-01
Titulo Impacto da laparoscopia vs laparotomia na sobrevida dos doentes com cancro do recto - experiência de um centro de referência Autores Tatiana Revez, Ruben Martins, Gizela Dias, Joana Domingues, João Castelão, Maria Isabel Manso, Paulo Cardoso, Ricardo Ribeiro, Rute Pereira, Martins do Santos
ID: 16172345033 2021-04-01
Impacto da laparoscopia vs laparotomia na sobrevida dos doentes com cancro do recto - experiência de um centro de referência
Objectivo/Introdução A cirurgia no cancro rectal tem representado um desafio desde os primórdios da sua evolução. O uso da laparoscopia, apesar de largamente difundido pela comunidade cirúrgica ainda levanta algumas questões, nomeadamente o seu eventual impacto na sobrevida dos doentes. O objectivo deste estudo é avaliar o impacto na sobrevida dos doentes com cancro do recto tratados cirurgicamente por via laparoscópica vs laparotomia.
Material e Métodos Estudo observacional, retrospectivo, que incluiu os doentes submetidos a cirurgia com intuito curativo por cancro do recto entre 2016-2017. Para a análise estatística foi utilizado SPSS Statistics.
Resultados Foram submetidos a cirurgia 79 doentes (2 casos excluídos por terem abandonado o follow-up). 28 eram mulheres e 49 homens.A mediana de idades foi de 69 anos (variando entre 34-92). 9 casos apresentavam doença em estadio I (11,69%), 8 em estadio II (10,39%) e 58 em estadio III (75,32%). 72,73% realizaram terapêutica neoadjuvante. A taxa de recidiva durante o período de follow-up foi de 11,69% (5,19% de recidivas locais e 6,49% de sistémicas). 29 doentes foram operados por laparoscopia e 48 por laparotomia (37,66% vs 62,34%). Não existindo diferença significativa entre a amostra dos 2 grupos, a sobrevida global média é semelhante: 51 meses no grupo da laparoscopia e 52 na laparotomia, não apresentando estes valores significado estatístico (p=0,865).
Discussão A laparoscopia é uma via de abordagem menos invasiva que permite o tratamento dos doentes com cancro do recto, sem impacto na sua sobrevida global.
#16172207140Submetido em: 2021-03-31
Titulo Leiomioma do ligamento redondo: um diagnóstico diferencial de hérnia inguinal Autores Joana Domingues, Pedro Alves, Mariana Santos, Ricardo Ribeiro, Sandra Sousa, Florissandra Santos, Jorge Moleiro
ID: 16172207140 2021-03-31
Leiomioma do ligamento redondo: um diagnóstico diferencial de hérnia inguinal
Objectivo/Introdução Os leiomiomas uterinos são os tumores pélvicos mais comuns em mulheres de idade fértil. A sua localização extrauterina no ligamento redondo do útero é rara. Podem apresentar-se como massas inguinais e mimetizar uma hérnia, ou podem ter localização pélvica.
Resultados Doente do sexo feminino, 49 anos, com antecedentes de asma, hipertensão arterial e osteoporose. Com cesariana como antecedente cirúrgico. Apresentou-se no serviço de urgência com quadro de dor na região inguinal com 15 dias de evolução. Referia aparecimento de tumefação de aumento progressivo nos dois anos anteriores, móvel e de localização variável entre a região inguinal e o grande lábio da vulva, móvel com impulso da tosse. Sem outros sintomas. Ao exame objetivo apresentava massa no grande lábio, parcialmente redutível pelo canal inguinal, causando desconforto à mobilização. Sem alterações ginecológicas associadas. Os exames de imagem realizados mostraram lesão oval bem delimitada, hipoecogénica e com pedículo vascular, compatível com leiomioma do ligamento redondo. Foi realizada excisão da massa e hernioplastia inguinal. O estudo anatomopatológico revelou tratar-se de leiomioma do ligamento redondo.
Discussão Os sintomas desta patologia são múltiplos e inespecíficos. Deve ser considerado como diagnóstico diferencial em massas inguinais em mulheres, sendo o seu diagnóstico confirmado por métodos de imagem. O tratamento desta patologia é cirúrgico.
Alargamento sistemático de margens na Cirurgia Conservadora da Mama
Objectivo/Introdução A cirurgia conservadora é o procedimento ciríºrgico padrão na ausência de contraindicações, no tratamento do cancro da mama, respeitando a vontade da mulher. Segundo o estado da arte, a cirurgia conservadora envolve a remoção completa do tumor com obtenção de margens ciríºrgicas livres. A não obtenção de margens livres de tumor na cirurgia primária levará í reintervenção ciríºrgica podendo associar-se a pior resultado estético, culminar na mastectomia e atrasar terapêuticas adjuvantes com impacto no prognóstico, na qualidade de vida da doente e nos custos para os cuidados de saíºde.
Material e Métodos Os autores apresentam um estudo retrospetivo observacional que incluiu doentes submetidos a cirurgia conservadora da mama por neoplasia maligna da mama, na nossa instituição, entre o ano 2015 e 2021. Foi realizada de forma sistemática a aquisição de alargamentos de margens de tumorectomia aquando da cirurgia primária.
Míºltiplas variáveis, como características do doente, do tumor e da peça operatória foram avaliadas.
Resultados A amostra populacional compreendeu um total de 500 mulheres com media de idades de 56,7 anos e mediana de 57 anos. A maioria das neoplasias correspondem a carcinomas invasivos.
Em 20% dos doentes a peça de tumorectomia apresentou atingimento da margem e/ou margem inferior a 2mm em casos de CDIS, sendo que nestes casos o alargamento de margens permitiu a aquisição de margens livres, evitando assim a reintervenção ciríºrgica.
Discussão A realização sistemática de alargamento de margens de tumorectomia aquando da cirurgia oncológica primária permitiu a aquisição de margens livres, mesmo realizando tumorectomias menos extensas, evitando a necessidade de reintervenção ciríºrgica, com o seu potencial efeito adverso na qualidade de vida do doente, no âtimingâ de início de terapêutica adjuvante, e nos custos associados aos cuidados de saíºde.
#16172306561Submetido em: 2021-03-31
Titulo Rutura atraumática do baço: a propósito de 2 casos clínicos Autores Pedro Miguel Almeida(1), Inês Miguel(1), Beatriz Dias(1), Diogo Veiga(1), Miguel Cunha(1), Fernanda Bastos(1), António Rivero(1), Jorge Brito(2), M. Americano(1)
1 â Centro Hospitalar e Universitário do Algarve â Unidade de Portimão, Serviço de Cirurgia 2
2 â Centro Hospitalar e Universitário do Algarve â Unidade de Faro, Serviço de Radiologia
Autor Correspondente: Pedro Miguel Almeida
Centro Hospitalar do Algarve â Unidade de Portimão
Telemóvel: 963167643
Email: pmcalmeida@hotmail.com
ID: 16172306561 2021-03-31
Rutura atraumática do baço: a propósito de 2 casos clínicos
Objectivo/Introdução A rutura atraumática de baço é uma entidade rara, com múltiplas etiologias, e que acarreta morbilidade e mortalidade importante, sendo o seu diagnóstico por vezes atrasado pela ausência de história clínica orientadora. De seguida são relatados 2 casos clínicos com abordagens terapêuticas diferentes.
Material e Métodos Doente sexo masculino 72 anos com dor epigástrica com irradiação ao ombro esquerdo com 12h de evolução. Analiticamente, Hb de 10 g/dL, elevação de PCR e LRA com creatinina de 2.25 mg/dL. Ecograficamente demonstrava alteração estrutural do baço e líquido intra-abdominal. TC revela rotura esplénica com hemorragia ativa e hemoperitoneu, calcificações pancreáticas e suspeita de adenocarcinoma ductal da cauda. Por agravamento do quadro clínico, foi realizada laparotomia exploradora e esplenectomia. O pós-operatório complicou com choque refratário e disfunção multiorgânica devido a TEP, com óbito ao 5º dia. O segundo caso, trata-se de homem 60 anos com dor abdominal e vómitos com 24h de evolução. Como antecedentes pessoais destaca-se pancreatite crónica. Ao exame objetivo, encontrava-se hemodinâmicamente estável, abdómen doloroso à palpação no hipocôndrio esquerdo, sem sinais de irritação peritoneal. Analiticamente, queda de Hb de 13,3 g/dL para 11,8 g/dL. TC mostrou hematoma subcapsular esplénico com foco de hemorragia, hemoperitoneu ligeiro e sinais de pancreatite crónica. Optou-se por tratamento conservador em UCI. Evolução clínica, analítica e imagiológica favorável, com alta ao 7º dia. Nenhum dos doentes apresentava história de trauma.
Discussão A rotura atraumática de baço, é uma complicação rara da pancreatite crónica. A sua abordagem deverá ter em conta a estabilidade clínica do doente, sendo esta um fator prognóstico de mortalidade.
Remissão da Diabetes Mellitus tipo 2 após Cirurgia Bariátrica
Objectivo/Introdução O aumento da incidência da diabetes mellitus tipo 2 (DM2) está ligado í obesidade. O papel da cirurgia bariátrica na perda de peso tornou-a numa opção de alta eficácia. Não é ainda consensual qual a técnica de eleição, entre Bypass Gástrico em Y de Roux (BGYR) e Gastrectomia Sleeve (GS). Pretendemos avaliar o resultado da cirurgia bariátrica na remissão da DM2
Material e Métodos Estudo retrospetivo com 97 doentes diabéticos e submetidos a BGYR ou GS, entre janeiro 2010 e dezembro 2018
Resultados A amostra total apresentou 61,9% de doentes em remissão nos primeiros 2 anos, 58,4% no 3º ano e 48,3% no 5º ano. Dos que remitiram inicialmente, 18,3% recidivaram em 5 anos. Os preditores da remissão foram: idade mais jovem, menor duração de DM2 e níveis inferiores de HbA1c pré-operatórios. Observaram-se diferenças estatisticamente significativas no peso, IMC, %TWL, %EWL, HbA1c, glicose, TG e HDL, em relação ao pré-operatório (p<0.001). A remissão foi significativamente superior para o BGYR nos quatro momentos avaliados, em relação í GS (p<0.05). A perda de peso foi também superior no BGYR sendo estatisticamente significativa para o peso e %TWL nos primeiros 3 anos e para o %EWL nos primeiros 2 anos.
Discussão Apesar do excelente outcome na DM2, a probabilidade de sucesso da cirurgia depende da técnica utilizada e grau de disfunção pancreática do doente.O BGYR foi superior em relação í GS, sendo necessários estudos a longo prazo que corroborem estes dados.
#16172603801Submetido em: 2021-04-01
Titulo Caso raro de tumor do estômago Autores Dr. André Amaro; Dra. Mónica Martins; Prof. Doutor António Bernardes; Dr. Carlos Mesquita; Prof. Doutor José Guilherme Tralhão.
ID: 16172603801 2021-04-01
Caso raro de tumor do estômago
Objectivo/Introdução Caso clínico de doente com 60 anos, sexo masculino, assintomático, encaminhado para consulta Cirurgia Esofago-Gástrica por alterações em EDA - "antro médio observa-se volumosa saliência recoberta por mucosa normal" - suspeita de GIST gástrico.
Material e Métodos Realizado o estudo complementar pré-operatório com Ecoendoscopia, TC abdomino-pélvico, controlo analítico com marcadores tumorais - alterações compatíveis com GIST do antro gástrico.
Programada gastrectomia parcial atípica laparoscópica para tratamento do doente.
Resultados Realizada gastrectomia parcial atípica laparoscópica com envio da peça para anatomia patológica - resultado - Schwannoma gástrico.
Alta ao 4º dia pós operatório - sem intercorrências no decorrer do internamento.
Discussão Schwannoma gástrico como patologia extremamente rara cerca de 1:4500000 casos por ano (0,2% do total de neoplasias gástricas). Cerca de 45 vezes menos frequente que o tipo histológico que se configura como o diagnóstico diferencial mais frequente - GIST gástrico.
Como contexto específico deste caso: Somente 25% dos casos se localizam no antro gástrico; Patologia menos frequente para casos do sexo masculino - 1:4 em relação ao sexo feminino.
Caso clínico relevante tendo em conta a abordagem diagnóstica e terapêutica diferencial em doentes com neoplasia gástrica.