Titulo ISOLAMENTOS MICROBIOLÓGICOS NAS COLECISTITES AGUDAS NA ULSNE. UM ESTUDO RETROSPE Autores João Carvas, Pedro Fernandes, Julia Granda, Catarina Rocha, Diego Perez, Hermínia Martins Hospital Unidade Local de Saúde do Nordeste, EPE
ID: 1273736 2016-11-19
ISOLAMENTOS MICROBIOLÓGICOS NAS COLECISTITES AGUDAS NA ULSNE. UM ESTUDO RETROSPETIVO.
Objectivo/Introdução A colecistite aguda cursa frequentemente com infecção do líquido biliar.
Material e Métodos Analise retrospectiva dos isolamentos microbiológicos de amostras de líquido biliar em pacientes submetidos a colecistectomias urgentes (Coe) de 01/Jan/2015 a 31/Jul/2016 no Hospital de Bragança.
Resultados Foram admitidos para CoE 158 pacientes, 61.4% homens com idade média de 70 anos, sendo os homens em média 5 anos mais velhos do que as mulheres. Do total de pacientes, 76.9% (n=123) apresentavam colelitíase confirmada por um exame de imagem. A prevalência de colelitíase foi semelhante entre os homens (74%) e as mulheres (78%). Em 45% foi recolhida amostra de líquido biliar intra-operatoriamente para estudo microbiológico com 54% de isolamentos. Os mo gram(+) forma 90% dos isolados. A principal estirpe isolada foi a E.coli (n=19, 52.6%), seguida pelas Klebsiella spp. (n=6, 15.9%) e pelas Enterobacteriáceas (n=6, 15.9%). Destas, 7.9% dos isolados foram ESBL. Não houve qualquer isolamento de anaeróbios ou de KCP+. Os TSA mostraram que as E.coli apresentavam um espectro bastante restrito de resistências antibióticas com níveis de sensibilidades que variaram entre os 85% e os 100% aos principais antibióticos testados.
Discussão O conhecimento da flora bacteriana envolvida nas colecistites agudas permite melhorar a maneira como tratamos os paciente com colecistite aguda diminuido assim potenciais iatrogenias. É importante que este conhecimento exista em cada instituição de saúde.
#1222709027 Submetido em: 2016-11-19
Titulo Divertículo de Meckel: Casuística, apresentação clínica e conduta terapêutica Autores Catarina Melo, Cristina Camacho, António Bernardes, Fernando José Oliveira Hospital Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE
ID: 2709027 2016-11-19
Divertículo de Meckel: Casuística, apresentação clínica e conduta terapêutica
Objectivo/Introdução O Divertículo de Meckel (DM) é a anomalia congénita mais comum do tubo digestivo, estando presente em 4% da população. Mantém-se controverso o tratamento do DM assintomático. Este estudo teve como objetivo analisar as formas diversas de apresentação clínica do DM.
Material e Métodos Estudaram-se retrospetivamente 64 doentes com DM (40 homens; 24 mulheres) com idade média de 51 anos, operados entre 2000 e 2015.
Resultados Em 35 casos (19 homens; 16 mulheres) o DM, clinicamente assintomático, foi um achado furtuito durante intervenções cirúrgicas por outra patologia, sendo ressecado em 34 casos. Nos restantes 29 casos (21 homens; 8 mulheres) verificaram-se complicações associadas ao DM: hemorragia digestiva baixa (6), inflamação (6), perfuração e peritonite (11), oclusão intestinal (6). As complicações foram mais frequentes no sexo masculino. A inflamação foi a complicação mais frequente nas idades mais jovens e a perfuração foi mais frequente nas idades mais avançadas. Em 24 casos o diagnóstico de DM complicado foi estabelecido durante a cirurgia. O diagnóstico pré-operatório foi estabelecido em 5 casos: videocápsula (1); cintigrama com glóbulos vermelhos marcados (4). Ocorreram 3 casos de morbilidade pós-operatória (infeção da ferida operatória).
Discussão O risco de complicações relacionadas com DM mantém-se presente independentemente de fatores como idade e sexo. O diagnóstico pré-operatório é difícil e necessita de um elevado índice de suspeição. A terapêutica cirúrgica do DM assintomático, poderá ser recomendada
#1542946037 Submetido em: 2016-11-19
Titulo ACUIDADE DIAGNÓSTICA DA BIÓPSIA ASPIRATIVA DA TIRÓIDE NA ABORDAGEM DO NÓDULO DA Autores Torre, A.; Canotilho, R.; Fonseca, S.; Barbosa, L.; Graça, S.; Póvoa, A.; Soares, C.; Vieira, J.; Maciel, J. Hospital Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho, EPE - Unidade II
ID: 2946037 2016-11-19
ACUIDADE DIAGNÓSTICA DA BIÓPSIA ASPIRATIVA DA TIRÓIDE NA ABORDAGEM DO NÓDULO DA TIRÓIDE O QUE TROUXE DE NOVO A CLASSIFICAÇÃO DE BETHESDA?
Objectivo/Introdução Os nódulos da tiróide são comuns e maioritariamente benignos, com um risco de malignidade de 5-10%. A biópsia aspirativa da tiróide (BAT) é um exame importante para determinar o risco de malignidade e é parte integrante da avaliação do nódulo tiroideu, sendo os seus resultados classificados de acordo com Sistema de Bethesda, introduzido para uniformizar a terminologia e os critérios morfológicos da BAT. O objetivo deste estudo é aferir a acuidade da BAT após a implementação da Classificação de Bethesda nesta instituição e comparar com os resultados obtidos em estudo realizado previamente na mesma instituição.
Material e Métodos Foi realizado um estudo retrospetivo de base prospetiva baseado nos dados de doentes submetidos a tiroidectomia, no serviço de Cirurgia Geral desta instituição, entre 1 de Julho de 2014 e 31 de Julho de 2015. Os dados foram submetidos a análise estatística.
Resultados Foram identificados 117 doentes submetidos a tiroidectomia e 122 nódulos com citologia e histologia correspondentes. Foi analisada a prevalência de cada uma das categorias diagnósticas da BAT e foi calculado o risco de malignidade. Através da correlação da citologia com a histologia obteve-se uma sensibilidade de 80%, especificidade 94%, VPP 83%, VPN 93% e acuidade da BAT de 90%. Os resultados foram sobreponíveis ao estudo realizado nesta instituição em 2007.
Discussão A BAT apresenta elevada acuidade diagnóstica e a classificação de Bethesda continua a ser um sistema útil para padronizar os seus resultados.
#2572515277 Submetido em: 2016-11-20
Titulo Avaliação da eficácia do R5 na preservação da actividade mitocondrial na transpl Autores Martins, RM.1, 2; Teodoro, João S.2; Rolo, A.2; Furtado, E.3; Palmeira, C.2; Tralhão, JG. 3,4, 5,6 Hospital Instituto Português Oncologia de Coimbra Francisco Gentil, EPE
ID: 2515277 2016-11-20
Avaliação da eficácia do R5 na preservação da actividade mitocondrial na transplantação hepática
Objectivo/Introdução Na ressecção hepática (RH) / transplantação hepática (TH), o processo de isquemia / reperfusão (I/R) pode induzir alterações metabólicas com repercussão na actividade funcional do fígado. Estudo do potencial efeito protector da adição do composto R5 à solução de Celsior em fígados submetidos a I/R.
Material e Métodos Ratos machos Wistar, perfundidos (n=18) ou não (n=18) com composto R5 (20 mM na solução de Celsior), foram submetidos a isquemia fria (3, 6, 12h) e posterior perfusão ex-vivo (1h) a 37 ºC. Avaliadas as funções bioenergéticas da mitocôndria (M), a actividade da Sirtuina 1 e 3, os marcadores de autofagia (LC3B) e os marcadores de apoptose (caspase 3, citocromo c e Bax).
Resultados R5 protege a M da indução de permeabilidade de transição da M, do alargamento da lag phase e da diminuição do estado 3 respiratório da M e do conteúdo de ATP induzidos pela I/R. R5 desempenha um papel relevante na modulação do conteúdo de sirtuína e nos mecanismos de autofagia/apoptose.
Discussão A adição do composto R5 à solução de Celsior tem um papel protector hepático das lesões induzidas pela I/R, permitindo a preservação das funções da M e do balanço energético hepático o que poderá alterar o prognóstico das lesões de I/R no contexto da RH e TH.
#2834860820 Submetido em: 2016-11-20
Titulo Aplicabilidade de prótese aorto bi-ilíaca de poliéster como substituto de veia c Autores R. Martins (1,2,3), D. Diogo (1), P. Oliveira (1), C. Seco (1,4), A. Eufrásio (1,4), JG Tralhão (1,2,3), E. Furtado (1) Hospital Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE
ID: 4860820 2016-11-20
Aplicabilidade de prótese aorto bi-ilíaca de poliéster como substituto de veia cava em cirurgia hepática
Objectivo/Introdução As próteses vasculares (PV) de poliéster (Dacron) são tradicionalmente utilizadas em cirurgia vascular como condutos de substituição arterial. As suas características permitem uma compliance adequada ao fluxo arterial; no entanto não está esclarecida a sua aplicabilidade como substituto vascular venoso. Os autores apresentam um caso de resseção hepática ex-situ com utilização de PV de poliéster como substituição da veia cava inferior (VCI) retro-hepática.
Material e Métodos Homem, 48 anos, diagnóstico de colangiocarcinoma intrahepático com invasão da VCI e das três veias hepáticas (VH).
Resultados Realizada hepatectomia total com resseção da VCI retrohepática; substituição da VCI por modificação de PV aorto-bi-ilíaca de poliéster e confecção de shunt porto-sistémico a prolongamento lateral da PV; resseção hepática ex-vivo (S.1,2,3,4,5 e 8); re-implante do fígado remanescente (S. 6 e 7) com reconstrução da drenagem venosa por anastomoses à PV (conduto principal e prolongamento para anastomose das VH direita e média ao nível da superfície de secção). Os exames realizados no pós-operatório (angio-TC e Eco-doppler) demonstraram a patência adequada do fluxo no interior da PV.
Discussão A morfologia desta prótese e sua modificação permitiu a manutenção de um fluxo venoso cava e portal adequados, evitando o uso de bypass veno-venoso externo e permitiu uma reconstrução venosa definitiva adequada (VCI e VH). Conclui-se que as PV de poliéster são adequadas para utilização em substituição vascular venosa.
#2958741851 Submetido em: 2016-11-20
Titulo ALTERNATIVAS TÉCNICAS À TROMBOSE PORTAL, a propósito de 2 casos clínicos Autores Nádia Rodrigues Silva (1); João Santos Coelho (1); Américo Martins (1); Eduardo Barroso (1) Hospital Centro Hospitalar Lisboa Central
ID: 8741851 2016-11-20
ALTERNATIVAS TÉCNICAS À TROMBOSE PORTAL, a propósito de 2 casos clínicos
Objectivo/Introdução A trombose venosa portal em transplantação permanece um desafio técnico. Sabemos que cerca de 10% dos doentes em lista ativa para transplante terão este diagnóstico no pre-operatório. Dependendo da extensão da trombose existem várias técnicas disponíveis que incluem: trombectomia da porta, uso de enxertos vasculares homólogos ou artificiais, arterialização da porta e ainda técnicas com necessidade de anastomose à veia cava, à veia renal ou à gástrica esquerda.
Material e Métodos Apresentamos o caso de dois doentes com trombose parcial da porta que se estendia à confluência espleno-porto-mesaraica com necessidade de reconstrução portal. O primeiro caso trata-se de uma doente de 36 anos de idade com recidiva da cirrose auto-imune com necessidade de 2º enxerto; e o segundo caso trata-se de um doente de 64 anos com cirrose hepática alcoólica.
Resultados Ambos os doentes apresentavam um shunt espleno-renal, pelo que foi realizado bypass venoso portal com enxerto em Y à mesentérica superior e à veia renal esquerda que se mantem patente e sem complicações no pós-operatório.
Discussão Os casos clínicos apresentados demonstram que a trombose portal não é uma contraindicação absoluta para transplante.
#3742845520 Submetido em: 2016-11-20
Titulo Racionalização na abordagem das fístulas dos sleeves gástricos Autores Catanho C., Noronha Ferreira C., Pestana Marques P., Chiado de Andrade A., Chiado de Andrade C., Nunes J., Raposo d\'Almeida J., Mendes de Almeida J. Hospital Centro Hospitalar de Lisboa Norte, EPE
ID: 2845520 2016-11-20
Racionalização na abordagem das fístulas dos sleeves gástricos
Objectivo/Introdução A abordagem das fístulas dos sleeves gástricos é um assunto debatido, visto que não há um único algoritmo internacionalmente aceite para a abordagem deste tipo de complicação
Material e Métodos Foram revistos os doentes submetidos a sleeve gástrico entre 01-01-2014 e 31-10-2016, que complicaram com fístula. Foram estudados os métodos de tratamento das fistulas.
Resultados Estudo retrospetivo com 657 doentes submetidos a sleeve gástrico, dos quais 12 complicaram com fístula. O intervalo, em média, entre a cirurgia e a 1ª EDA foi de 25 dias. Numa doente foi realizada rafia da fistula. Foram 3 os doentes que tiveram necessidade de drenagem cirúrgica de abcessos intra-abdominais. A taxa de recidiva de fistulas ascendeu a 25%. A taxa de encerramento da fistula foi de 100%, 5 com encerramento primário e 7 com combinação de técnicas.
Discussão O tratamento das fístulas pós sleeve gástrico depende de múltiplos fatores como o timing de apresentação, a presença de estenose, o tamanho do orifício fistuloso, e o estado clínico e nutricional do doente. A drenagem de coleções, o desvio do conteúdo esofágico e o suporte nutricional entérico/parentérico são essenciais no manuseamento destas complicações. A criação de um algoritmo aceite com base nestes fatores pode permitir a standardização do tratamento desta complicação. A abordagem conservadora é segura e eficaz em casos selecionados.
#4019853044 Submetido em: 2016-11-20
Titulo CIRURGIA DE RESSECÇÃO HEPÁTICA CASUÍSTICA 2011-2015 Autores Cristina Fernandes, Renato Bessa Melo, Fabiana Sousa, Ana B. Caldeira, Luís Graça, José Costa Maia Hospital Centro Hospitalar de São João, EPE
ID: 9853044 2016-11-20
CIRURGIA DE RESSECÇÃO HEPÁTICA CASUÍSTICA 2011-2015
Objectivo/Introdução A cirurgia de ressecção hepática é o tratamento de eleição para a maioria das neoplasias primárias do fígado e tumores metastáticos. Este tipo de cirurgia está classicamente associado a elevadas taxas de morbi-mortalidade. Objectivo: Analisar a experiência de uma unidade especializada em cirurgia de ressecção hepática nos últimos 5 anos.
Material e Métodos Estudo retrospectivo obtido através de consulta dos processos clínicos de todos os doentes submetidos a hepatectomia (excluídas biópsias e lesões císticas) entre Janeiro de 2011 e Dezembro de 2015.
Resultados Foram submetidos a ressecção hepática, durante este período, 387 doentes. A idade média foi de 59 anos. A maioria (343 doentes) foi classificada como ASA II e III. A patologia maligna foi a principal indicação para ressecção hepática - 160 doentes com metástases hepáticas de carcinoma colo-rectal, 44 com metástases de outros primários e 42 por hepatocarcinoma. A abordagem por laparotomia foi opção em 86% das intervenções. Foram submetidos a hepatectomia major 62 doentes. A taxa global de complicações foi de 39%, com 2,8% dos casos classificados como Grau IVb e V, segundo a Classificação Clavien-Dindo. Presença de fístula biliar em 6,2% dos doentes e insuficiência hepática em 6,7% dos doentes. A taxa de mortalidade foi de 1,8%.
Discussão Os nossos resultados demonstram a importância dos centros de referência no tratamento destes doentes permitindo realizar este tipo de cirurgia com baixa de taxa mortalidade e de complicações graves.
#5762374832 Submetido em: 2016-11-21
Titulo Perfurações Esofágicas - A casuística do Serviço Autores Leonor Matos; Tiago Fonseca; Tiago Ferreira; António José Reis; Marta Guimarães; Rui Ferreira de Almeida; Artur Trovão; Gil Gonçalves; Mário Nora Hospital Centro Hospitalar Entre Douro e Vouga, EPE
ID: 2374832 2016-11-21
Perfurações Esofágicas - A casuística do Serviço
Objectivo/Introdução A perfuração esofágica é uma entidade clínica rara,c/uma elevada taxa de morbi-mortalidade,causada maioritariam/por iatrogenia e ruptura espontânea.Apresenta uma clínica variada,dependente da localização,etiologia,duração e grau de contaminação local.O Dx é feito através da clínica e EAD,destacando-se a TC c/contraste oral.A escolha entre tx conservador e cx assenta em critérios bem definidos e tem por base fatores locais associados à lesão e ao doente,devendo ser tomada o mais precocem/possível,assumindo uma equipa multidisciplinar,experiente,dispondo das infra-estruturas necessárias.Este trabalho tem como objetivo a avaliação multi-fatorial da casuística do serviço no que diz respeito à epidemiologia,sintomatologia,localização,etiologia,tipo de tx efetuado e morbi-mortalidade associada.
Material e Métodos Entre 2000-2015,um total de 22 doentes(68%sexo masc,idade média 61 anos)foram internados no Serviço por perfuração esofágica.
Resultados A dor de variável localização foi o sintoma cardinal de apresentação da perfuração,que se localizou mais frequentem/no esófago abdominal e foi causada mais vezes por ingestão de corpo estranho (50%).15 dos nossos doentes foram submetidos a intervenção cx.A taxa de morbilidade foi de 41% e a mortalidade global de 32%.
Discussão A casuística observada permite demonstrar epidemiologia,sintomatologia e mortalidade sobreponíveis à literatura,uma taxa de morbilidade importante,expectável neste grupo de doentes,e alerta-nos para a importância de um dx e decisão terapêutica atempadas.
#5812048218 Submetido em: 2016-11-21
Titulo Leucocitose e PCR: em qual devemos confiar na Apendicite Aguda? Autores Sofia Frade, Clara Sampaio, Sofia Pina, Luis Moniz, Helder Viegas Hospital Centro Hospitalar Lisboa Central
ID: 2048218 2016-11-21
Leucocitose e PCR: em qual devemos confiar na Apendicite Aguda?
Objectivo/Introdução A apendicite aguda é uma das principais causas de abdómen agudo no Serviço de Urgência. O seu diagnóstico é essencialmente clínico, contudo, é comum socorrermos-nos de alguns exames complementares para estabelecer o diagnóstico, nomeadamente a avaliação analítica, da qual consta normalmente, o hemograma com contagem de leucócitos, e a PCR. O objectivo deste trabalho é encontrar a referência analítica que identifica com maior precisão o diagnóstico de apendicite aguda e que se relaciona com a presença de apendicite complicada.
Material e Métodos Foi realizado um estudo retroespectivo, recorrendo a dados clínicos (nomeadamente: nº leucócitos, PCR e histopatologia) de 433 doentes submetidos a apendicectomia, num período de 2 anos, num hospital central. Foram excluídos 74 doentes por apresentarem apêndices sem anatomopatologia de apendicite aguda (N= 46) e por ausência de dados analíticos (N= 28). Foi efectuada a relação entre a presença de leucocitose (leuc>11.000) e aumento da PCR (>10) com a presença de apendicite aguda complicada e não complicada.
Resultados Dos 359 doente incluídos no estudo, detectámos que 78% apresentava leucocitose e apenas 41,5% apresentava aumento da PCR. Estes dois marcadores apresentavam-se elevados concomitantemente em 31,5% dos casos. Aquando da análise das apendicites complicadas, 58% dos doentes apresentava aumento da PCR, dos quais 80% com PCR>100 enquanto que nos 78% de doentes com leucocitose, 50% apresentava valores inferiores a 15.000 leucócitos.
Discussão Após este estudo podemos concluir que, destes dois marcadores laboratoriais, que usualmente nos auxiliam no diagnóstico de apendicite aguda, é mais seguro confiar na contagem total de leucócitos, uma vez que este se encontra elevado na maioria dos casos de apendicite aguda. O valor de PCR poderá auxiliar na presunção de uma apendicite complicada.